O câmbio da imensa maioria das motos tem apenas um ponto neutro (equivalente em função ao ponto morto, mas não na construção) somente entre a primeira e a segunda marchas, então todos os acoplamentos de engrenagens são feitos diretamente.
Como as engrenagens giram em velocidades diferentes, é normal haver um pequeno tranco durante o acoplamento.
A técnica para minimizar esse efeito é tentar casar os giros do motor com a velocidade da próxima marcha sendo engatada.
Ao passar de uma marcha mais baixa para mais alta, você faz o desacoplamento com o motor em alta rotação, então precisa voltar o acelerador um pouco e tornar a acelerar assim que a embreagem é liberada.
Se você entrar com a mesma rotação do motor, ela não será compatível com a a velocidade da moto na marcha mais alta, e a moto dará um tranco.
Isso fica mais fácil de entender quando você reduz as marchas:
O acoplamento é mais suave quando você eleva a rotação do motor para receber a marcha mais baixa.
Ao entregar a marcha mais baixa com rotação do motor mais elevada, a velocidade de giro das engrenagens estará mais adequada à velocidade da moto naquele momento.
Fica difícil de explicar com palavras, mas agora você sabe porque os motoqueiros gostam tanto de fazer vrum-vrum ao reduzir.
Vale lembrar, trancos excessivos podem ser sintoma de uma embreagem precisando de regulagem, falaremos sobre isso em outra postagem.
Um abraço,
Jeff
Nenhum comentário:
Postar um comentário