Um cantinho, um violão, uma moto, um caminhão...
O que pode dar errado?
Ao transportar uma carga desajeitada como um violão, guitarra, muletas (já vi muitas! e geralmente, eram do piloto com o pé engessado...), nunca se esqueça que ela se projeta para as laterais, bem além da largura do guidão.
Mesmo que você coloque uma carga como um violão bem vertical, mas não fixada corretamente, ela se deslocará com a trepidação e se projetará para fora.
Uma grande mochila presa à sissy bar de uma moto custom também se deslocará se não estiver bem fixada, podendo atrapalhar a passagem no corredor ou te desequilibrar.
Então, ao transportar cargas desajeitadas, não tente passar pelo corredor, mesmo que o trânsito esteja parado.
Basta um esbarrão para mudar sua vida para sempre.
E os seus amigos e familiares querem a vida sempre assim com você perto de mim.
Ops, já ia me esquecendo:
Nunca socorra uma vítima de acidente fazendo o que o piloto da moto fez, tentando colocar o acidentado de pé!
Alguma fratura que poderia ser imobilizada e tratada facilmente, se tornará uma fratura exposta com severa hemorragia e complicada recuperação por pinagem e fisioterapia.
Na melhor das hipóteses.
Um abraço,
Jeff
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quinta-feira, 27 de novembro de 2014
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
As curvas da estrada de Santos — Adolescência e riscos
Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer: entre no meu carro e na estrada de Santos você vai me conhecer... é, vai me conhecer...
Você vai pensar até que eu não gosto nem mesmo de mim, e que, na minha idade, só a velocidade anda junto a mim...
Eu só ando sozinho, e no meu caminho o tempo é cada vez menor...
Ah, eu preciso de ajuda... por favor me acuda, eu preciso de ajuda, eu vivo muito só, eu me sinto muito só...
Mas se acaso numa curva eu me lembro do meu rumo, eu piso mais fundo, corrijo num segundo, não posso parar...
Eu prefiro as curvas, as curvas da estrada de Santos, onde eu tento esquecer um amor que eu tive e vi pelo espelho na distância se perder...
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar, as curvas se acabam e na estrada de Santos eu não vou mais passar... não, não eu não vou mais passar...
Tudo fica melhor com Elis.
Até o interminável percurso da estrada de Santos.
Mas o motivo desta postagem não é a estrada, nem a canção, mas essa tendência autodestrutiva tão comum entre os jovens e tão bem exemplificada aqui.
Por que esse sentimento de não se importar que a vida possa acabar, quando está apenas começando?
De onde vem esse impulso que faz com que os jovens se sintam imunes e indiferentes ao perigo?
De achar que a morte e os acidentes só acontecem com os outros?
Por que os jovens têm essa necessidade de testar os limites dos carros, das motos, das aventuras radicais? Testar seus próprios limites?
Por que arriscar a vida em rachas, dirigir bêbado, fazer superman com a moto?
Tudo na vida tem explicação, e não tem nada a ver com estas figurinhas aqui...
Particularmente a morena.
A tendência ao comportamento de risco na juventude é explicada pela Ciência.
Um estudo publicado na revista Developmental Neuroscience, "Teenage Brains: Think Different?" (em tradução livre, Cérebros Adolescentes: Pensamento Diferente?) concluiu que esse comportamento de risco está programado em nossos cérebros e dificilmente poderá ser controlado.
Imagens de ressonância magnética mostraram que cérebrosimaturos adolescentes reagem emocionalmente diante de desafios de uma maneira que não se repete após a maturidade.
Só que hoje nossos leões e ursos se encontram aos milhões, estão em todas as esquinas, são mais velozes e mortais.
Vemos o resultado nas estatísticas de acidentes nas estradas e no trânsito das cidades.
Um abraço,
Jeff
Você vai pensar até que eu não gosto nem mesmo de mim, e que, na minha idade, só a velocidade anda junto a mim...
Eu só ando sozinho, e no meu caminho o tempo é cada vez menor...
Ah, eu preciso de ajuda... por favor me acuda, eu preciso de ajuda, eu vivo muito só, eu me sinto muito só...
Mas se acaso numa curva eu me lembro do meu rumo, eu piso mais fundo, corrijo num segundo, não posso parar...
Eu prefiro as curvas, as curvas da estrada de Santos, onde eu tento esquecer um amor que eu tive e vi pelo espelho na distância se perder...
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar, as curvas se acabam e na estrada de Santos eu não vou mais passar... não, não eu não vou mais passar...
É de Roberto e Erasmo, é de 1969, foi regravada por Lulu, pelo Skank, mas você já ouviu na versão da Elis?
Tudo fica melhor com Elis.
Até o interminável percurso da estrada de Santos.
Mas o motivo desta postagem não é a estrada, nem a canção, mas essa tendência autodestrutiva tão comum entre os jovens e tão bem exemplificada aqui.
Por que esse sentimento de não se importar que a vida possa acabar, quando está apenas começando?
De onde vem esse impulso que faz com que os jovens se sintam imunes e indiferentes ao perigo?
De achar que a morte e os acidentes só acontecem com os outros?
Por que os jovens têm essa necessidade de testar os limites dos carros, das motos, das aventuras radicais? Testar seus próprios limites?
Por que arriscar a vida em rachas, dirigir bêbado, fazer superman com a moto?
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Particularmente a morena.
Imagem: vector.me
A tendência ao comportamento de risco na juventude é explicada pela Ciência.
Um estudo publicado na revista Developmental Neuroscience, "Teenage Brains: Think Different?" (em tradução livre, Cérebros Adolescentes: Pensamento Diferente?) concluiu que esse comportamento de risco está programado em nossos cérebros e dificilmente poderá ser controlado.
Imagens de ressonância magnética mostraram que cérebros
Eles também não se intimidam com ameaças de punição e tendem a fazer apostas mais altas do que o razoável.
Por exemplo, ao calcular a chance de sucesso em uma ultrapassagem.
Aparentemente, segundo o estudo, uma determinada molécula (hormônio) fundamental para desenvolver o medo diante de situações perigosas é encontrada em menor quantidade no cérebro jovem do que no cérebro adulto.
É como se o mundo adolescente fosse visto com outras cores, uma realidade mais irreal. Mais próxima à realidade dos videogames, talvez.
Mas qual a utilidade evolutiva desse comportamento potencialmente autodestrutivo?
Darwin explica:
Para garantir a sobrevivência da espécie, ousadia é fundamental.
Imagine-se vivendo no tempo das cavernas:
A tribo precisava de guerreiros suficientemente audazes para enfrentar bisões e mamutes para garantir o alimento, mas suficientemente inteligentes para evitar serem mortos por eles, e por leões e ursos.
Mas ainda assim, esses guerreiros precisavam ser ousados o suficiente para enfrentar também estes últimos, se fosse necessário defender as mulheres e crianças da tribo.
Somente os mais inteligentes, que soubessem avaliar melhor os riscos de matar ou morrer e bolar estratégias vencedoras, sobreviviam para gerar descendentes.
Esse mecanismo está gravado nas instruções de fabricação de seres humanos.
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Vemos o resultado nas estatísticas de acidentes nas estradas e no trânsito das cidades.
Em função dessa ousadia inerente aos jovens, incapazes de avaliar corretamente o perigo, talvez o mais prudente fosse não pilotar nem dirigir antes dos 25 anos.
Alguém consegue imaginar uma sociedade assim?
Nem eu.
Então o negócio é aprender o máximo sobre o mundo para sobreviver da melhor maneira possível às ameaças que estão lá fora da nossa caverna moderna.
Sabendo que essa condição existe, é inerente ao ser humano, é instintiva e acontece com praticamente todos os machos da espécie, você poderá se precaver contra as atitudes irracionais deles no trânsito.
E as suas também.
Sabendo que essa condição existe, é inerente ao ser humano, é instintiva e acontece com praticamente todos os machos da espécie, você poderá se precaver contra as atitudes irracionais deles no trânsito.
E as suas também.
Jeff
domingo, 18 de maio de 2014
Um filme inspirador
Space Oddity – David Bowie
Veja o vídeo e a letra traduzida em: http://letras.mus.br/david-bowie/5362/traducao.html
Ground control to Major Tom
Veja o vídeo e a letra traduzida em: http://letras.mus.br/david-bowie/5362/traducao.html
Ground control to Major Tom
Ground control to Major Tom
Take your protein pills and put your helmet
on
Ground control to Major Tom
(10, 9, 8, 7)
Commencing countdown, engines on
(6, 5, 4, 3)
Check ignition, and may God's love be with
you
(2, 1, lift off)
This is ground control to Major Tom
You've really made the grade
And the papers want to know whose shirts
you wear
Now it's time to leave the capsule if you
dare
This is Major Tom to ground control
I'm stepping through the door
And I'm floating in the most peculiar way
And the stars look very different today...
For here am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue, and there's nothing I
can do...
Though I'm past 100,000 miles
I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to
go...
Tell my wife I love her very much, she
knows...
Ground control to Major Tom
Your circuit's dead, there's something
wrong
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you...
Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet Earth is blue, and there's nothing I
can do...
Space Oddity – David Bowie
Vídeo e letra traduzida: http://letras.mus.br/david-bowie/5362/traducao.html
Vídeo e letra traduzida: http://letras.mus.br/david-bowie/5362/traducao.html
***
Esse era o tipo de música que se podia ouvir nas rádios nos anos 70... era um mundo diferente de hoje.
O filme acima é A Vida Secreta de Walter Mitty, e quem assistiu sabe o que essa música representa no filme.
Não vou tirar o prazer de quem for assistir; só posso contar que é sobre um cara pacato e sonhador que é levado pelas circunstâncias a descobrir a quintessência da vida.
E foi inspirador para minha aventura de ontem.
Esta postagem é apenas para introdução, a viagem eu conto amanhã.
"Nem o rio e nem o homem permanecem os mesmos depois da travessia."
Até amanhã,
Jeff
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Tocando em frente
Imagem: http://positivelyparkinsons.blogspot.com.br/2011/07/anatomy-of-corner.html
Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais...
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe? Só levo a certeza de que muito pouco eu sei... ou nada sei...
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir...
Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente...
Como um velho boiadeiro levando a boiada, eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou... Estrada, eu sou...
Como um velho boiadeiro levando a boiada, eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou... Estrada, eu sou...
Todo mundo ama um dia todo mundo chora, um dia a gente chega e no outro vai embora...
Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...
*****
Almir Sater e Renato Teixeira disseram tudo.
Inesperadamente algumas postagens ganham um significado todo especial, e esta é uma delas.
Era para ser apenas a transcrição da letra da música.
Mas procurando por uma imagem para ilustrar, encontrei também um texto que reflete bem o meu sentimento quando eu escrevia.
O autor é o motociclista Bob Kuhn, e foi postada no site Positively Parkinson's.
Estou providenciando a tradução, e assim que postá-la, você entenderá a associação.
Inesperadamente algumas postagens ganham um significado todo especial, e esta é uma delas.
Era para ser apenas a transcrição da letra da música.
Mas procurando por uma imagem para ilustrar, encontrei também um texto que reflete bem o meu sentimento quando eu escrevia.
O autor é o motociclista Bob Kuhn, e foi postada no site Positively Parkinson's.
Estou providenciando a tradução, e assim que postá-la, você entenderá a associação.
Um abraço,
Jeff
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