Ontem foi noticiado o recall da bmw para todos os modelos R1200 fabricados até hoje:
Reportagem e recall: https://infomoto.blogosfera.uol.com.br/2017/07/12/problema-na-suspensao-obriga-bmw-a-fazer-recall-das-r-1200-gs-gs-adventure/
Resumidamente, as bengalas podem se afrouxar da suspensão dianteira — junto com a roda.
Só isso.
E o Blog da Infomoto (leia!) dá a notícia de que o recall pela fabricante deve muito à iniciativa de um proprietário e blogueiro sul africano que vem denunciando o problema há tempos.
Ele até criou um site denunciando o problema:
Site com a denúncia (em inglês): http://bmwfatalflaw.com/
Não é o primeiro caso de falha grave a atormentar esse modelo específico da bmw.
Nem o primeiro recall por motivo absurdo.
Talvez você não tenha ficado sabendo, porque na divulgação curiosamente usaram a foto do modelo menos vendido no Brasil:
Recall: http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2015/04/bmw-convoca-4558-motos-no-brasil-para-recall.html
Já no lançamento desse modelo R1200 GS para a imprensa ocorreu a morte de um repórter especializado experiente por motivos que alguns atribuíram à falta de um amortecedor de direção.
Essa história foi contada entre outras aqui no blog na postagem Acidente de moto por falha mecânica? Não mesmo! Sua moto pode fazer o mesmo correndo menos que essa...
Reportagem: https://idratherberiding.com/2013/01/24/kevin-ash-dies-in-accident-at-the-2013-bmw-r1200gs-press-launch/
Postagem: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/05/acidente-de-moto-por-falha-mecanica-nao.html
A bmw nunca admitiu que a falta do amortecedor de direção pudesse ser a causa do acidente fatal, mas incorporou essa peça no ano seguinte.
Amortecedor de direção esse que já no primeiro semestre de uso deu problemas, sendo objeto de recall por parte do próprio fabricante:
Recall: https://www-odi.nhtsa.dot.gov/acms/cs/jaxrs/download/doc/UCM441718/RCMN-13E034-3459.pdf
Motivo do recall alegado pelo fabricante de amortecedores Öhlins?
O suporte do amortecedor teria sido "usinado em uma direção desfavorável em combinação com provável defeito do material e a liga de alumínio sendo sensível a fissuras por corrosão sob tensão".
Uma combinação de fatores e tanto, né?
Um macaco velho também poderia interpretar assim:
"O suporte foi subdimensionado para resistir aos esforços a que é submetido."
Ou seja, o componente era fraco, sem fator de segurança para aguentar o tranco.
E o fabricante muito possivelmente teve que assumir a culpa para não perder contratos com esse cliente — é assim que é no mundo dos negócios.
O suporte do amortecedor era fraco e não foi testado extensivamente antes de ser colocado no mercado.
A Öhlins assumiu o problema e livrou a cara da bmw.
Resta saber se o amortecedor foi projetado pela Öhlins ou se foi fabricado conforme as especificações da montadora bmw...
E se as especificações continham um fator de segurança adequado para a peça.
Seja quem for o pai ou a mãe da criança, o fato incontestável é que esse modelo de moto não foi testado adequadamente pela bmw antes de ser colocado no mercado.
Imagem e reportagem de lançamento: http://canadamotoguide.com/2013/01/28/launch-bmw-r1200gs/
A moto não foi testada adequadamente pela bmw antes de seu lançamento sem o amortecedor de direção.
A moto não foi testada adequadamente pela bmw quanto à resistência do amortecedor de direção incorporado.
A moto não foi testada adequadamente pela bmw quanto ao aperto da porca da roda traseira especificado e aplicado pela bmw.
A moto não foi testada adequadamente pela bmw quanto à resistência da suspensão dianteira projetada pela bmw.
Os fatos estão aí para provar.
Note que é exatamente o mesmo problema do amortecedor de direção, só que em uma escala maior:
Os amortecedores de suspensão (bengalas) não aguentam os esforços para os quais foram projetados:
"Tal folga decorre de impactos severos em grandes obstáculos e buracos em alta velocidade, por exemplo, a depender do modo de condução e tipo de terreno."
Mais uma mostra da pressa com que novos modelos são lançados com cálculos de resistência feitos por computador com base em tabelas de cálculos feitas por computador.
Pena que a vida real não é uma simulação de computador.
E o salário dos pilotos de teste das fábricas foi economizado, já que os testes de longa duração são feitos por voluntários que pagam para fazer o serviço.
Sim, você é o voluntário inocentão que está pagando para fazer os testes de rodagem de longa duração que as fábricas economizam.
A responsabilidade pela moto é deles, mas a vida é sua.
Cuidado com o que você compra.
Marca famosa hoje em dia não quer dizer mais nada, quem está no projeto é a gurizada com os computadores.
Se der problema, eles fazem um recall.
O problema é se a encrenca acontecer primeiro com você.
Um abraço, menos a essa garotada inexperiente que projeta motos hoje em dia,
Jefferson
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quinta-feira, 13 de julho de 2017
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Ressonância, oscilação e instabilidade
O que você faria numa situação dessas?
O que causou isso não foi apenas um problema da pista, nem a quebra de algum componente — a moto simplesmente começou a oscilar cada vez mais até sair totalmente do controle.
É o famoso shimmy, a moto está "shimando".
Isso é visto no vídeo acima e no link abaixo, onde é feito um teste comparativo entre motos da harley e da bmw pelos CHiPs (California Highway Patrol), onde nas mesmas condições a harley dança e a bmw não.
Imagem: http://www.kpho.com/story/14896060/some-harley-motorcycles-plagued-by-death-wobble-5-16-2011
... mas ao que parece reforçou os quadros das novas motos para torná-los ainda mais rígidos.
Se os quadros não tinham problema, por que fizeram isso?
Note que a harley afirma que todas as motocicletas podem estar sujeitas a oscilação e instabilidade (o que é verdade) por motivos que nada têm a ver com seus projetos (bem, como direi, ahn... isso é relativo. O vídeo das motos antigas lá em cima deixa evidente que os projetos dos anos 60 e 70 eram mais suscetíveis a esse fenômeno, e hoje ele não é mais tão comum).
Os projetos das motos dos anos 60 e 70 foram melhorados com acertos de quadro, ajustes de molas e amortecedores da suspensão, mudanças de ângulo de cáster (a inclinação do garfo dianteiro), pneus, centro de gravidade da moto, etc.
E quando ainda assim o problema persiste, instalam-se amortecedores de direção para evitar que pequenas oscilações virem uma instabilidade perigosa.
Amortecedor de direção: http://en.wikipedia.org/wiki/Steering_damper
No entanto, esse fenômeno é típico de motos leves esportivas. Pela lógica, as grandes e pesadas motos da harley não deveriam ser propensas a esse fenômeno.
Então por que especificamente esses modelos de motos estariam sofrendo dessa síndrome?
Nossa teoria é que a causa do problema seria a turbulência gerada pelos alforjes laterais somada ao chassi longo, suspensão macia e quadro com frequência ressonante coincidente com a vibração do motor e a induzida pelo vento sobre os alforjes e carenagens.
O centro de gravidade mais para trás das grandes custom V2 tende a anular o peso (massa) da frente, deixando a suspensão dianteira proporcionalmente mais leve. Conheça mais sobre isto nesta excelente postagem do Tite.
Isso facilita a amplificação da vibração gerada pela turbulência sobre a parte traseira da moto: tudo gira em volta do Centro de Gravidade do conjunto moto/piloto.
Quando esse CG está deslocado para trás, como nas motos custom, o peso sobre a suspensão dianteira é relativamente menor, e a força do vento sobre a grande área dos alforjes rígidos atua com um braço de alavanca em relação ao CG, e a suspensão dianteira com outro braço mais longo.
É como se fosse uma gangorra com lados diferentes, um mais comprido que o outro, mas no plano vertical. A articulação está no CG da moto e os pontos de aplicação de força nos contatos das rodas com o solo.
Uma pequena vibração lateral na traseira da moto com ponto central no centro de gravidade se torna uma vibração amplificada na dianteira mais leve, multiplicada pelo maior braço de alavanca na frente.
Isso reforça a oscilação e, se ela não for amortecida e vier a coincidir com a frequência ressonante natural do quadro, tenderá a aumentar cada vez mais.
A ressonância surge em uma determinada velocidade, que varia para cada modelo de moto.
Mas também existe algo anormal e facilmente corrigível que pode causar grande vibração: o desbalanceamento das rodas.
A moto chega a uma determinada velocidade (nas CG antigas, perto dos 80 km/h) e começa a oscilar.
Se isso coincidisse com a frequência ressonante do quadro e suspensão da moto, a oscilação se amplificaria; felizmente, não é o caso nas motos pequenas — passou dessa velocidade, a oscilação desaparece.
Pneus bem calibrados e rodas bem balanceadas eliminam esse grande fator causador de vibração que em motos maiores pode virar oscilação e instabilidade.
Bom, tudo muito bom, tudo muito bem (só que não), você me pergunta o que fazer se de repente descobrir que aquele acessório novo que você instalou (bolha, alforjes laterais, etc.) está fazendo sua moto entrar em ressonância — já que isso nunca aconteceria com uma moto original, nas palavras dos fabricantes. Sei.
Imagine a cena, você na estrada e sua moto começa a dançar cada vez mais rápido.
A primeira coisa que você pensa é que furou um pneu e a reação natural é levantar tronco e cabeça, o que piora a situação ainda mais.
Agora que você descobriu mais essa manha tinhosa de algumas motos, já sabe a solução:
Você tem de sair da frequência ressonante, acelerando ainda mais (opção arriscada!), ou diminuindo a velocidade na esperança que a instabilidade diminua.
Mas só isso não basta, porque o problema pode evoluir muito rapidamente:
Para interromper de vez a ressonância, antes que ela chegue a um ponto incontrolável, além de diminuir a velocidade você terá de fazer aquilo que vimos o piloto da Dunlop fazendo:
Deite-se sobre o tanque de combustível — isso aumenta o peso sobre a suspensão dianteira e ajuda a neutralizar a ressonância.
Um abraço, e espero que você nunca precise usar esta dica,
Jeff
O que causou isso não foi apenas um problema da pista, nem a quebra de algum componente — a moto simplesmente começou a oscilar cada vez mais até sair totalmente do controle.
É o famoso shimmy, a moto está "shimando".
Na verdade, apesar de mais comuns nas esportivas, isso pode acontecer quase com qualquer moto, até em bicicletas, e a qualquer momento — só depende de uma série de fatores coincidentes.
Mas o que causa isso? Possessão demoníaca? Artes do tinhoso?
Negativo.
É um fenômeno natural chamado ressonância.
A ressonância ocorre quando vibrações diferentes coincidem em múltiplos de uma das frequências. Com isso elas se somam e se reforçam, se amplificando.
Há diversas vibrações atuando simultaneamente em uma moto: a vibração do motor, as oscilações da suspensão, desbalanceamento das rodas, a turbulência do ar (você não vê, mas atrás de você existe um turbilhão de ar permanente que aumenta e diminui a pressão sobre a traseira da moto).
E a oscilação da maior mola que você encontra em sua moto, o chassi rígido (ou não)...
O aço parece uma coisa rígida para a força que você consegue fazer, mas ele tem uma certa flexibilidade e se deforma elasticamente (retorna à forma original) quando sofre um grande esforço, tipo passar pelas irregularidades do asfalto.
Se o projeto permitir uma flexibilidade tal que deixe o quadro entrar em ressonância, você verá cenas como estas (tenha um pouco de paciência, vale muito a pena):
As motos dos anos 60 e 70 atingiram velocidades inalcançadas por suas predecessoras, e ressonância induzida pela pista e pela turbulência do ar à sua volta começou a se tornar um problema.
Ao contrário do que se pensa, a ressonância não acontece apenas em altas velocidades. Ela pode aparecer em velocidades bem mais baixas.
No filme você vê motos entrando em ressonância em velocidades de 50-55 km/h, enquanto em outras ela surge a 135 km/h.
Fatores importantíssimos para a ocorrência desse fenômeno em baixa velocidade são o ângulo da suspensão dianteira e a rigidez do quadro.
Já viu carrinho de supermercado balançando a roda de um lado para outro?
O aço parece uma coisa rígida para a força que você consegue fazer, mas ele tem uma certa flexibilidade e se deforma elasticamente (retorna à forma original) quando sofre um grande esforço, tipo passar pelas irregularidades do asfalto.
Se o projeto permitir uma flexibilidade tal que deixe o quadro entrar em ressonância, você verá cenas como estas (tenha um pouco de paciência, vale muito a pena):
As motos dos anos 60 e 70 atingiram velocidades inalcançadas por suas predecessoras, e ressonância induzida pela pista e pela turbulência do ar à sua volta começou a se tornar um problema.
Ao contrário do que se pensa, a ressonância não acontece apenas em altas velocidades. Ela pode aparecer em velocidades bem mais baixas.
No filme você vê motos entrando em ressonância em velocidades de 50-55 km/h, enquanto em outras ela surge a 135 km/h.
Fatores importantíssimos para a ocorrência desse fenômeno em baixa velocidade são o ângulo da suspensão dianteira e a rigidez do quadro.
Já viu carrinho de supermercado balançando a roda de um lado para outro?
É ressonância em baixa velocidade devido ao ângulo entre o eixo do pivô e o ponto de contato da roda com o solo.
Um dos casos de maior repercussão atualmente é a fama de instabilidade em baixa velocidade atribuída a alguns modelos de motos da harley-davidson.
Os modelos Road King, Ultra Classic, Electra Glide e Série FLH foram apontados por alguns pilotos como inerentemente instáveis, podendo entrar em ressonância em velocidades relativamente baixas.
O assunto foi divulgado nesta reportagem de uma afiliada da CBS News, assista esse outro vídeo bem interessante lá na reportagem deste link.
A harley, em atitude típica dos fabricantes, nega que a culpa seja de seu projeto de quadro (que não mudou muito desde os anos 60 e 70)...
Imagem: http://www.kpho.com/story/14896060/some-harley-motorcycles-plagued-by-death-wobble-5-16-2011
... mas ao que parece reforçou os quadros das novas motos para torná-los ainda mais rígidos.
Se os quadros não tinham problema, por que fizeram isso?
Note que a harley afirma que todas as motocicletas podem estar sujeitas a oscilação e instabilidade (o que é verdade) por motivos que nada têm a ver com seus projetos (bem, como direi, ahn... isso é relativo. O vídeo das motos antigas lá em cima deixa evidente que os projetos dos anos 60 e 70 eram mais suscetíveis a esse fenômeno, e hoje ele não é mais tão comum).
Os projetos das motos dos anos 60 e 70 foram melhorados com acertos de quadro, ajustes de molas e amortecedores da suspensão, mudanças de ângulo de cáster (a inclinação do garfo dianteiro), pneus, centro de gravidade da moto, etc.
E quando ainda assim o problema persiste, instalam-se amortecedores de direção para evitar que pequenas oscilações virem uma instabilidade perigosa.
Amortecedor de direção: http://en.wikipedia.org/wiki/Steering_damper
No entanto, esse fenômeno é típico de motos leves esportivas. Pela lógica, as grandes e pesadas motos da harley não deveriam ser propensas a esse fenômeno.
Então por que especificamente esses modelos de motos estariam sofrendo dessa síndrome?
Nossa teoria é que a causa do problema seria a turbulência gerada pelos alforjes laterais somada ao chassi longo, suspensão macia e quadro com frequência ressonante coincidente com a vibração do motor e a induzida pelo vento sobre os alforjes e carenagens.
O centro de gravidade mais para trás das grandes custom V2 tende a anular o peso (massa) da frente, deixando a suspensão dianteira proporcionalmente mais leve. Conheça mais sobre isto nesta excelente postagem do Tite.
Isso facilita a amplificação da vibração gerada pela turbulência sobre a parte traseira da moto: tudo gira em volta do Centro de Gravidade do conjunto moto/piloto.
Quando esse CG está deslocado para trás, como nas motos custom, o peso sobre a suspensão dianteira é relativamente menor, e a força do vento sobre a grande área dos alforjes rígidos atua com um braço de alavanca em relação ao CG, e a suspensão dianteira com outro braço mais longo.
É como se fosse uma gangorra com lados diferentes, um mais comprido que o outro, mas no plano vertical. A articulação está no CG da moto e os pontos de aplicação de força nos contatos das rodas com o solo.
Uma pequena vibração lateral na traseira da moto com ponto central no centro de gravidade se torna uma vibração amplificada na dianteira mais leve, multiplicada pelo maior braço de alavanca na frente.
Isso reforça a oscilação e, se ela não for amortecida e vier a coincidir com a frequência ressonante natural do quadro, tenderá a aumentar cada vez mais.
A ressonância surge em uma determinada velocidade, que varia para cada modelo de moto.
Mas também existe algo anormal e facilmente corrigível que pode causar grande vibração: o desbalanceamento das rodas.
A moto chega a uma determinada velocidade (nas CG antigas, perto dos 80 km/h) e começa a oscilar.
Se isso coincidisse com a frequência ressonante do quadro e suspensão da moto, a oscilação se amplificaria; felizmente, não é o caso nas motos pequenas — passou dessa velocidade, a oscilação desaparece.
Pneus bem calibrados e rodas bem balanceadas eliminam esse grande fator causador de vibração que em motos maiores pode virar oscilação e instabilidade.
Bom, tudo muito bom, tudo muito bem (só que não), você me pergunta o que fazer se de repente descobrir que aquele acessório novo que você instalou (bolha, alforjes laterais, etc.) está fazendo sua moto entrar em ressonância — já que isso nunca aconteceria com uma moto original, nas palavras dos fabricantes. Sei.
Imagine a cena, você na estrada e sua moto começa a dançar cada vez mais rápido.
A primeira coisa que você pensa é que furou um pneu e a reação natural é levantar tronco e cabeça, o que piora a situação ainda mais.
Agora que você descobriu mais essa manha tinhosa de algumas motos, já sabe a solução:
Você tem de sair da frequência ressonante, acelerando ainda mais (opção arriscada!), ou diminuindo a velocidade na esperança que a instabilidade diminua.
Mas só isso não basta, porque o problema pode evoluir muito rapidamente:
Para interromper de vez a ressonância, antes que ela chegue a um ponto incontrolável, além de diminuir a velocidade você terá de fazer aquilo que vimos o piloto da Dunlop fazendo:
Deite-se sobre o tanque de combustível — isso aumenta o peso sobre a suspensão dianteira e ajuda a neutralizar a ressonância.
Um abraço, e espero que você nunca precise usar esta dica,
Jeff
domingo, 28 de setembro de 2014
Carros e motos rebaixados
Até outro dia, carro rebaixado era fora da lei; dava multa e apreensão.
Modificações eram proibidas porque alterações da suspensão de um veículo (seja carro ou moto) alteram sua estabilidade e comprometem sua dirigibilidade, tornando o veículo perigoso.
Mas o atual governo acabou com isso porque a indústria de acessórios gera grana com impostos, cria empregos e ajuda a movimentar a economia.
Então agora os carros rebaixados e com rodas e pneus não originais podem circular livremente.
Vai daí que o pessoal que entende lhufas de engenharia reprojeta o carro conforme seu gosto, conforme dá na telha, conforme cabe no bolso.
O resultado é este:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/jogador-de-futsal-morre-em-acidente-de-carro-na-serra-catarinense.html
A suspensão dura das molas cortadas / rebaixadas e os pneus de perfil baixo não conseguiram absorver as irregularidades da estrada, o carro começou a quicar em uma curva, a pista molhada facilitou a derrapagem e o carro rodou na frente de um caminhão bitrem.
O motorista de 25 anos ia visitar a esposa grávida, e morreu na hora. Nunca irá conhecer o filho que nascerá agora no ano novo.
Fique esperto e não se meta nesse tipo de fria.
A suspensão de carros e motos é projetada para lidar com as piores situações possíveis.
Alterações radicais como essa somente diminuem ou eliminam totalmente a capacidade de a suspensão fazer seu trabalho, que é manter o carro ou moto estável diante das imperfeições do pavimento.
Sem amortecimento, qualquer obstáculo pode causar uma perda de controle e te levar para a contramão.
Os pilotos de competição fazem mudanças na suspensão para correr em autódromos, onde todo mundo vai na mesma direção, e o asfalto é liso e sem ondulações; o mundo real é aquele lá de cima, com ondulações, bitrens, órfãos e viúvas.
Enquanto isso, os índices econômicos vão maravilhosamente bem nas pesquisas encomendadas pelo governo.
Um abraço,
Jeff
Modificações eram proibidas porque alterações da suspensão de um veículo (seja carro ou moto) alteram sua estabilidade e comprometem sua dirigibilidade, tornando o veículo perigoso.
Mas o atual governo acabou com isso porque a indústria de acessórios gera grana com impostos, cria empregos e ajuda a movimentar a economia.
Então agora os carros rebaixados e com rodas e pneus não originais podem circular livremente.
Vai daí que o pessoal que entende lhufas de engenharia reprojeta o carro conforme seu gosto, conforme dá na telha, conforme cabe no bolso.
O resultado é este:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/jogador-de-futsal-morre-em-acidente-de-carro-na-serra-catarinense.html
A suspensão dura das molas cortadas / rebaixadas e os pneus de perfil baixo não conseguiram absorver as irregularidades da estrada, o carro começou a quicar em uma curva, a pista molhada facilitou a derrapagem e o carro rodou na frente de um caminhão bitrem.
O motorista de 25 anos ia visitar a esposa grávida, e morreu na hora. Nunca irá conhecer o filho que nascerá agora no ano novo.
Fique esperto e não se meta nesse tipo de fria.
A suspensão de carros e motos é projetada para lidar com as piores situações possíveis.
Alterações radicais como essa somente diminuem ou eliminam totalmente a capacidade de a suspensão fazer seu trabalho, que é manter o carro ou moto estável diante das imperfeições do pavimento.
Sem amortecimento, qualquer obstáculo pode causar uma perda de controle e te levar para a contramão.
Os pilotos de competição fazem mudanças na suspensão para correr em autódromos, onde todo mundo vai na mesma direção, e o asfalto é liso e sem ondulações; o mundo real é aquele lá de cima, com ondulações, bitrens, órfãos e viúvas.
Enquanto isso, os índices econômicos vão maravilhosamente bem nas pesquisas encomendadas pelo governo.
Jeff
sábado, 9 de agosto de 2014
Como vai sua saboneteira?
Há quanto tempo você não confere como anda sua saboneteira?
Bom, a saboneteira que estou falando não é aquela do seu banho diário, nem o seu osso da clavícula, e nem a joelheira do seu macacão de pilotagem de pele de canguru (coitadinhos dos bichinhos!)
A saboneteira que eu estou falando é uma peça de borracha que é fixada na balança de sua moto.
Olha só uma balança (suspensão traseira) e a saboneteira de borracha preta ali na frente:
Imagem: http://www.falcononline.com.br/forum/index.php?topic=5459.30 — Não é necessário remover a balança da moto para trocar a saboneteira!
A saboneteira é uma peça de desgaste que serve para a corrente de transmissão deslizar sem danificar a balança.
E como toda peça de desgaste, ela se desgasta (dããã!).
Se você não ficar de olho e providenciar a troca antes que seja tarde, a corrente vai comer o aço (ou alumínio) da balança, e aí o bicho fica feio.
Imagem: http://www.autoevolution.com/news/how-to-take-care-of-your-bike-s-chain-part-1-69738.html
É a diferença entre trocar uma peça de poucas dezenas de reais ou outra de muitas centenas de reais. Em algumas motos, na casa do(s) milhar(es).
Puxa, por que não falam isso na hora de vender a moto?
Porque esse é um daqueles itens supostamente verificados obrigatoriamente nas revisões.
Se você continua levando sua moto para revisões depois dos 30 mil km, a concessionária deveria verificar e substituir o item quando necessário.
Mas pode acontecer que haja um descuido, imprevisto ou outro problema qualquer, sabe como é, e simplesmente informem que sua balança se desgastou e precisa ser trocada.
Afinal, é a diferença entre trocar uma peça de poucas dezenas de reais ou outra de muitas centenas de reais, Em algumas motos, na casa do(s) milhar(es).
Então cuidado com os descuidos, deles ou seus, senão o prejuízo será grande.
Fica esperto/a coma saboneteira o protetor da balança, bro/sis!
Qual o sintoma de uma saboneteira desgastada?
Você ouvirá sua corrente de transmissão fazer um barulho tac-tac-tac todas as vezes que cortar o acelerador, e somente enquanto a moto perde o embalo.
Isso acontece porque, ao deixar de ser tracionada, a corrente se afrouxa, balança e bate contra a bandeja metálica.
Você não ouvia esse barulho antes porque a borracha da saboneteira estava lá fazendo o seu trabalho.
Um abraço,
Jeff
Bom, a saboneteira que estou falando não é aquela do seu banho diário, nem o seu osso da clavícula, e nem a joelheira do seu macacão de pilotagem de pele de canguru (coitadinhos dos bichinhos!)
A saboneteira que eu estou falando é uma peça de borracha que é fixada na balança de sua moto.
Olha só uma balança (suspensão traseira) e a saboneteira de borracha preta ali na frente:
Imagem: http://www.falcononline.com.br/forum/index.php?topic=5459.30 — Não é necessário remover a balança da moto para trocar a saboneteira!
A saboneteira é uma peça de desgaste que serve para a corrente de transmissão deslizar sem danificar a balança.
E como toda peça de desgaste, ela se desgasta (dããã!).
Se você não ficar de olho e providenciar a troca antes que seja tarde, a corrente vai comer o aço (ou alumínio) da balança, e aí o bicho fica feio.
Imagem: http://www.autoevolution.com/news/how-to-take-care-of-your-bike-s-chain-part-1-69738.html
É a diferença entre trocar uma peça de poucas dezenas de reais ou outra de muitas centenas de reais. Em algumas motos, na casa do(s) milhar(es).
Puxa, por que não falam isso na hora de vender a moto?
Porque esse é um daqueles itens supostamente verificados obrigatoriamente nas revisões.
Se você continua levando sua moto para revisões depois dos 30 mil km, a concessionária deveria verificar e substituir o item quando necessário.
Mas pode acontecer que haja um descuido, imprevisto ou outro problema qualquer, sabe como é, e simplesmente informem que sua balança se desgastou e precisa ser trocada.
Afinal, é a diferença entre trocar uma peça de poucas dezenas de reais ou outra de muitas centenas de reais, Em algumas motos, na casa do(s) milhar(es).
Então cuidado com os descuidos, deles ou seus, senão o prejuízo será grande.
Fica esperto/a com
Qual o sintoma de uma saboneteira desgastada?
Você ouvirá sua corrente de transmissão fazer um barulho tac-tac-tac todas as vezes que cortar o acelerador, e somente enquanto a moto perde o embalo.
Isso acontece porque, ao deixar de ser tracionada, a corrente se afrouxa, balança e bate contra a bandeja metálica.
Você não ouvia esse barulho antes porque a borracha da saboneteira estava lá fazendo o seu trabalho.
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Recalls
A única finalidade do marketing é vender mais produtos, então tudo que é cor de rosa azul da cor do céu é amplamente divulgado em revistas, tv, cartazes e periquito de realejo.
Já as coisas que não são boas de se falar... Ha!
Você provavelmente já viu essa propaganda:
Mas ninguém nunca viu um anúncio de página inteira da honda com a mensagem Fourtrax: Troque a suspensão que ela não aguenta!
Você não viu e nem vai ver.
Fabricante nenhum faria alarde para um recall por problema gravíssimo nos braços da suspensão.
Pois é, a suspensão pode se quebrar e o cidadão felizaço da foto pode se desbarrancar e se quebrar inteiraço, pescoço incluso, e muito pouco se fala disso.
Propaganda dá lucro, recall pega mal e dá prejuízo.
O máximo que você verá é um anunciozinho sem brilho, daqueles que passam despercebidos num pé de página.
Que nem esse aqui, ó:
Você algum dia soube que a yamaha convocou o recall de todas as Fazer 250 fabricadas até aquela data para troca dos componentes da suspensão traseira, que pode se quebrar e causar a perda de controle da moto?
Leia as letrinhas miúdas do anúncio, eles fizeram isso não foi uma vez só não. Foram duas.
Com tanto destaque e divulgação que você nunca ouviu falar.
Nem você e nem um monte de proprietários que deixaram de comparecer e estão correndo risco até hoje.
Ou venderam a moto e alguém herdou a encrenca na maior inocência.
Ah, vá. Fazer tem poucas.
Então você ficou sabendo do recall de todas as honda Biz 125 anos 2006 e 2007 por um problema de solda que pode exigir a troca gratuita do chassi inteiro?
Nem ficou sabendo, né?
Mas esta propaganda você viu:
Bonita a foto, né?
Custava ter o mesmo empenho para comunicar que se o quadro das motos com problema na solda não for substituído, elas podem se partir ao meio?
Era só incluir o aviso e a tabelinha:
Biz 125 ano 2006
KS (chassi 9C2JA04106R000039 a
9C2JA04106R849955)
ES (chassi 9C2JA04206R000055 a
9C2JA04206R888744)
MAIS (chassi 9C2JA04306R000020 a 9C2JA04306R809884)
Biz 125 ano 2007
KS (chassi 9C2JA04107R000001 a 9C2JA04107R034076)
ES (chassi 9C2JA04207R000001 a
9C2JA04207R062422)
MAIS (chassi 9C2JA04307R000001 a
9C2JA04307R011533)
849.917 + 888.690 + 809.865 + 34.076 + 62.422 + 11.533 = 2.656.503
Dois milhões, seiscentas e cinquenta e seis mil e quinhentas e três motos que deveriam ter passado pelo recall.
Nem todas apresentam o problema, mas você só descobre isso levando a moto à concessionária para verificar se o reparo é necessário ou não.
Consegue imaginar quantas motos com o problema não foram reparadas porque o proprietário nem ficou sabendo que está correndo risco de um acidente gravíssimo e até morte?
Todas as empresas estão sujeitas a convocar recall, problemas de produção acontecem pra todo mundo.
Dois milhões, seiscentas e cinquenta e seis mil e quinhentas e três motos que deveriam ter passado pelo recall.
Nem todas apresentam o problema, mas você só descobre isso levando a moto à concessionária para verificar se o reparo é necessário ou não.
Consegue imaginar quantas motos com o problema não foram reparadas porque o proprietário nem ficou sabendo que está correndo risco de um acidente gravíssimo e até morte?
Todas as empresas estão sujeitas a convocar recall, problemas de produção acontecem pra todo mundo.
Empresas sérias fazem recall até quando o risco não é tão grande assim para os usuários.
A suzuki convocou recall das Burgman 125 por vazamento da tampa de combustível e de praticamente toda a linha de motos grandes por problemas no retificador de voltagem.
Por que isso não é noticiado com o devido destaque?
Porque para os fabricantes os comunicados de recall servem apenas para cumprir a legislação.
O primeiro comprador até pode ser procurado para o reparo pela concessionária, mas o segundo, terceiro proprietário... eles vão precisar contar com a sorte.
Ao comprar uma moto, seja nova ou usada, fique atento a eventuais chamados de recall. Um recall permanece válido, mesmo que tenha sido convocado há anos.
Se o antigo dono da sua moto deixou de fazer, você tem todo o direito de receber os serviços e peças sem custos, porque é vício oculto, o fabricante é responsável por sanar o erro, e não você.
Eles não podem te cobrar por isso.
A melhor maneira de ficar sabendo se a sua moto tem um recall é visitando o site da empresa, costuma ter um link meio escondido para informar sobre motos sendo convocadas para substituição gratuita de peças.
A menos que seja uma dafra.
E para encerrar:
Você viu por aí alguma notícia do recall das Falcon 2013 para troca da transmissão?
Eles não falam se é o câmbio ou a relação, só dizem que a roda traseira pode travar e causar sua queda.
Mas isso é só um detalhezinho sem importância, né?
Um abraço,
Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Minha moto está dançando
De uma hora para outra sua moto começa a dançar, sem motivo aparente.
Vários fatores podem estar causando isso, então vamos em ordem crescente de complicação.
1) Irregularidades do asfalto
Já cheguei a parar mais de uma vez pensando que minha moto estava com problemas, quando o culpado era o asfalto fresado (removido para recapeamento, mas que parece o acabamento permanente em algumas estradas)
Além disso, algumas emendas do asfalto quase invisíveis podem ficar coincidindo com as rodas da moto, fazendo ela dançar pra lá e pra cá.
Mas essas causas são mais ou menos óbvias e fáceis de detectar (menos na chuva e/ou à noite), então vamos às outras possibilidades.
2) Pneus gastos ou murchos
Pneus velhos fazem sua moto dançar, livre-se deles antes que comecem a furar. Pneus com a banda de rodagem desgastada tendem a furar com frequência absurda, livre-se do abacaxi antes de ter dor de cabeça procurando um borracheiro na noite de sábado.
Baixa pressão dos pneus também causa oscilação e desvio de trajetória. A pressão pode variar bastante ao longo do dia, caindo cerca de 2 libras quando entra uma frente fria.
Se o seu pneu já estava pedindo ar, e o tempo dá aquela esfriada, sua pilotagem pode ficar comprometida por isso. E o aumento do consumo de gasolina que isso causa, vixi...
3) Folga de rolamentos da roda
Isso é perigoso, rolamentos folgados a ponto de desequilibrar a moto podem travar ou estourar e levar você para o chão.
Para testar, segure firmemente a roda e force-a para os lados. Ela não pode se mover. Procure um mecânico assim que possível, não se acostume com isso!
4) Folga das buchas da balança
Algumas motos usam rolamentos de agulhas, outras usam buchas mesmo, mas a ideia é a mesma.
Uma folga nas buchas da balança não apresenta o risco de elas estourarem, mas o desequilíbrio que ela provoca na hora de fazer uma curva pode assustar e causar uma situação perigosa.
Faça o mesmo teste, mas prestando atenção na articulação da balança.
5) Folga ou desgaste do rolamento da coluna de direção
Você percebe puxando o guidão para cima, não deve haver movimento. Se for apenas uma folga, um simples aperto resolve por algum tempo.
Mas uma hora esses rolamentos se desgastam, a pista fica marcada e a moto fica instável em linha reta.
6) Desgaste de bengalas e amortecedores
As bengalas não passam de enormes amortecedores, mas têm a vantagem de serem recondicionáveis. Uma troca de fluido pode ajudar a recuperar a eficiência. Já os traseiros, só trocando o par, se a sua moto for de amortecimento duplo.
Com exceção deste último item, todos os outros serviços são relativamente baratos, vale a pena voltar a colocar sua amigona nas melhores condições.
7) Por último, o pior problema de todos, e que pode passar despercebido por causa dessas causas mais comuns aí de cima, é o quadro de sua moto estar rachado...
De vez em quando, gaste um tempinho removendo o tanque e inspecionando o quadro para ver se não há alguma rachadura no tubo que fica sobre o motor ou nas proximidades da fixação do motor ou coluna de direção.
O aço do quadro das motos pode rachar por uso abusivo e fadiga, e algumas motos novas podem apresentar esse problema por falha de material ou projeto.
É raro, mas não vale a pena correr um risco desse tamanho, quando se pode eliminá-lo com uma simples inspeção.
Um abraço,
Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.
Vários fatores podem estar causando isso, então vamos em ordem crescente de complicação.
1) Irregularidades do asfalto
Já cheguei a parar mais de uma vez pensando que minha moto estava com problemas, quando o culpado era o asfalto fresado (removido para recapeamento, mas que parece o acabamento permanente em algumas estradas)
Além disso, algumas emendas do asfalto quase invisíveis podem ficar coincidindo com as rodas da moto, fazendo ela dançar pra lá e pra cá.
Mas essas causas são mais ou menos óbvias e fáceis de detectar (menos na chuva e/ou à noite), então vamos às outras possibilidades.
2) Pneus gastos ou murchos
Pneus velhos fazem sua moto dançar, livre-se deles antes que comecem a furar. Pneus com a banda de rodagem desgastada tendem a furar com frequência absurda, livre-se do abacaxi antes de ter dor de cabeça procurando um borracheiro na noite de sábado.
Baixa pressão dos pneus também causa oscilação e desvio de trajetória. A pressão pode variar bastante ao longo do dia, caindo cerca de 2 libras quando entra uma frente fria.
Se o seu pneu já estava pedindo ar, e o tempo dá aquela esfriada, sua pilotagem pode ficar comprometida por isso. E o aumento do consumo de gasolina que isso causa, vixi...
3) Folga de rolamentos da roda
Isso é perigoso, rolamentos folgados a ponto de desequilibrar a moto podem travar ou estourar e levar você para o chão.
Para testar, segure firmemente a roda e force-a para os lados. Ela não pode se mover. Procure um mecânico assim que possível, não se acostume com isso!
4) Folga das buchas da balança
Algumas motos usam rolamentos de agulhas, outras usam buchas mesmo, mas a ideia é a mesma.
Uma folga nas buchas da balança não apresenta o risco de elas estourarem, mas o desequilíbrio que ela provoca na hora de fazer uma curva pode assustar e causar uma situação perigosa.
Faça o mesmo teste, mas prestando atenção na articulação da balança.
5) Folga ou desgaste do rolamento da coluna de direção
Você percebe puxando o guidão para cima, não deve haver movimento. Se for apenas uma folga, um simples aperto resolve por algum tempo.
Mas uma hora esses rolamentos se desgastam, a pista fica marcada e a moto fica instável em linha reta.
6) Desgaste de bengalas e amortecedores
As bengalas não passam de enormes amortecedores, mas têm a vantagem de serem recondicionáveis. Uma troca de fluido pode ajudar a recuperar a eficiência. Já os traseiros, só trocando o par, se a sua moto for de amortecimento duplo.
Com exceção deste último item, todos os outros serviços são relativamente baratos, vale a pena voltar a colocar sua amigona nas melhores condições.
7) Por último, o pior problema de todos, e que pode passar despercebido por causa dessas causas mais comuns aí de cima, é o quadro de sua moto estar rachado...
De vez em quando, gaste um tempinho removendo o tanque e inspecionando o quadro para ver se não há alguma rachadura no tubo que fica sobre o motor ou nas proximidades da fixação do motor ou coluna de direção.
O aço do quadro das motos pode rachar por uso abusivo e fadiga, e algumas motos novas podem apresentar esse problema por falha de material ou projeto.
É raro, mas não vale a pena correr um risco desse tamanho, quando se pode eliminá-lo com uma simples inspeção.
Um abraço,
Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.
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