Qual é a primeira coisa que um veículo lento faz depois de passar um carro parado?
Ele volta para a faixa da direita e te espreme (09:48):
Vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?v=t_bCDlNOhJc
Tentar ultrapassar pela direita nessas condições é se jogar na boca do lobo.
E você lembra daquela dica — um caminhoneiro andando lentamente na faixa da esquerda está se preparando para uma conversão à direita?
Achei um vídeo perfeito para ilustrar (07:26):
A manobra foi sinalizada com o pisca do cavalo mecânico, mas não da carreta, provavelmente por mau contato na conexão — algo super hiper comum.
Na hora em que o motociclista viu, ele já estava vendido, teve muita sorte de poder escapar pela ciclovia.
O pisca também pode deixar de ser acionado por esquecimento do motorista.
Por isso, ao ver um veículo lento na faixa da esquerda, ligue o seu desconfiômetro — ele provavelmente tem motivo para estar lá, ou então está se preparando para voltar para a direita.
E o motorista não espera que do nada apareça um mané que não deveria estar ali.
Este blog nasceu depois que vi o resgate de uma garota com a motinho em baixo da roda dianteira de um Scania lá em Santa Catarina.
Tem coisas que a gente não esquece e não se cansa de alertar.
Um abraço,
Jeff
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terça-feira, 10 de outubro de 2017
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Novidades que talvez apareçam por aqui
O primeiro foi comentado pelo leitor José Carlos Aires, e é uma lanterna / luz de freio / setas de LED com bateria que detecta automaticamente a desaceleração da moto, alertando até mesmo quando você usa freio motor.
Freio motor é aquela desaceleração da moto simplesmente reduzindo marchas ou aliviando o acelerador, coisa que não é sinalizada pelas luzes normais da moto.
Como essa desaceleração pode ser intensa, contar com um sistema como esse será muito útil.
Além disso, serve de reserva para o caso de a iluminação traseira da moto falhar.
E por estar em uma posição alta, facilita a visualização da moto no trânsito — lanternas de motos são muito pouco visíveis, são ocultadas facilmente pelo carro atrás de você.
O brake light dos carros reduz acidentes porque permite que vários motoristas antecipem a frenagem quando ele se acende lá na frente, e motos nunca tiveram isso, até agora.
Você encontra mais informações sobre essa novidade neste link da reportagem da globo enviado pelo José Carlos.
A segunda novidade é uma luva equipada com GPS (ou um GPS embutido em uma luva, você decide).
Eu não me adaptaria com um GPS fixado no guidão da moto, e tenho dúvida se me adaptaria com um desses.
Aliás, tenho dúvida se me adaptaria com qualquer novidade tecnológica que distraísse minha atenção da pilotagem...
Mas de repente pode atender a uma necessidade de muita gente, o tempo dirá.
A terceira novidade é um headset que permite receber ligações de celular, além de gerenciar uma série de funções úteis para quem pilota.
E a quinta novidade interessante é a bota de proteção com sistema de iluminação que reproduz a sinalização de setas e luz de freio:
Além de ser uma alternativa com reforços de proteção para as pouco práticas botas de cano longo, esse sistema de iluminação melhora a visibilidade do piloto.
Entretanto, não reproduz a lanterna, o que traz uma desvantagem em relação à luz de freio de capacete lá em cima:
A lanterna no capacete sinaliza a posição do piloto em caso de queda.
Bom, se não voar longe com o impacto...
Mas em casos de queda simples, de longe os mais comuns, indicar a posição de um motociclista caído pode salvar vidas.
Um abraço,
Jeff
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Motos e motonetas na chuva
A reportagem demonstra no vídeo a fragilidade das motonetas para enfrentar enxurradas:
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2017/03/motociclista-e-arrastado-por-enxurrada-durante-chuva-no-veja-video.html
O piloto se arriscou e a moto deu sorte de passar, mas poderia ter sido arrastada, faltou muito pouco.
Já a motoneta mais leve foi derrubada e arrastada pela correnteza forte.
É uma situação muito perigosa, potencialmente fatal que deve ser evitada sobre duas rodas.
Não é porque uma moto mais pesada deu sorte de passar que sua motoneta conseguirá fazer o mesmo.
Motonetas são os veículos mais vulneráveis do trânsito. E bicicletas são veículos de lazer, não deveriam circular em avenidas. Pronto, falei. Quem vai ser o primeiro a atirar a primeira pedra virtual? Por via das dúvidas, espere um pouquinho que vou colocar meu capacete bem afivelado com a viseira fechada.
E as chuvas trazem outro risco para as motos e motonetas, que comentei outro dia...
Os buracos encobertos pela água que as pequenas rodas das motonetas têm enorme dificuldade para enfrentar.
Infelizmente, com um exemplo para ilustrar:
Imagem e reportagem: http://www.emaisgoias.com.br/motociclista-morre-apos-ser-atropelada-por-caminhao-no-setor-cidade-jardim/
Chuva, motos e motonetas não combinam.
Ainda mais à noite, com seus faróis e iluminação traseira limitados.
Buracos ocultos pela água suja são impossíveis de ver, ainda mais com a fraqueza do farol das motos e a viseira do capacete embaçada e coberta de gotas refratando e refletindo as luzes da rua e dos carros.
Motos e motonetas já são mais difíceis de se ver no trânsito normal durante o dia — e à noite com chuva praticamente desaparecem no mar de luzes do trânsito.
Principalmente as motonetas que têm lanternas, faróis e setas mais baixos que as motos, portanto ainda menos visíveis.
Imagem: http://yanjin.deviantart.com/art/On-the-scooter-at-night-201382470
Agora imagine essa cena com chuva...
Aliás, não precisa nem chover nem ser motoneta nem ser de noite...
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/videos/t/todos-os-videos/v/motocicleta-cai-em-cratera-aberta-no-meio-da-rua-em-arandu-sp/3268652/
Basta um buraco aberto por vazamento da rede de água para estragar o dia de um motociclista...
Motocicletas, motonetas e água — por cima, por baixo ou pelos lados — não combinam.
Ainda mais à noite.
Um abraço,
Jeff
O piloto se arriscou e a moto deu sorte de passar, mas poderia ter sido arrastada, faltou muito pouco.
Já a motoneta mais leve foi derrubada e arrastada pela correnteza forte.
É uma situação muito perigosa, potencialmente fatal que deve ser evitada sobre duas rodas.
Não é porque uma moto mais pesada deu sorte de passar que sua motoneta conseguirá fazer o mesmo.
Motonetas são os veículos mais vulneráveis do trânsito. E bicicletas são veículos de lazer, não deveriam circular em avenidas. Pronto, falei. Quem vai ser o primeiro a atirar a primeira pedra virtual? Por via das dúvidas, espere um pouquinho que vou colocar meu capacete bem afivelado com a viseira fechada.
E as chuvas trazem outro risco para as motos e motonetas, que comentei outro dia...
Os buracos encobertos pela água que as pequenas rodas das motonetas têm enorme dificuldade para enfrentar.
Infelizmente, com um exemplo para ilustrar:
Chuva, motos e motonetas não combinam.
Ainda mais à noite, com seus faróis e iluminação traseira limitados.
Buracos ocultos pela água suja são impossíveis de ver, ainda mais com a fraqueza do farol das motos e a viseira do capacete embaçada e coberta de gotas refratando e refletindo as luzes da rua e dos carros.
Motos e motonetas já são mais difíceis de se ver no trânsito normal durante o dia — e à noite com chuva praticamente desaparecem no mar de luzes do trânsito.
Principalmente as motonetas que têm lanternas, faróis e setas mais baixos que as motos, portanto ainda menos visíveis.
Aliás, não precisa nem chover nem ser motoneta nem ser de noite...
Basta um buraco aberto por vazamento da rede de água para estragar o dia de um motociclista...
Motocicletas, motonetas e água — por cima, por baixo ou pelos lados — não combinam.
Ainda mais à noite.
Um abraço,
Jeff
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
shineray processada pela honda por uma péssima ideia... na verdade, duas.
Agradeço ao amigo forumeiro viageiro estradeiro WD±40 Cássio dono da Kansas Carol que me avisou sobre a reportagem! O Cássio, não a Carol. A Carol não fala comigo, ela só conversa com a Jezebel. E com o Cássio.
A honda finalmente ganhou a ação por plágio que moveu contra a shineray:
Imagem e reportagem: https://www.noticiasautomotivas.com.br/shineray-e-condenada-a-indenizar-honda-por-copia-de-motocicletas/
Plágio éfruto furto de ideias, é ganhar dinheiro com algo que você não teve o trabalho de criar.
Bem feito para a shineray que em vez de desenvolver um design próprio preferiu copiar o pior projeto da honda sem pagar um tostão para a autora da ideia.
Aliás, ideia de jerico da honda de lançar uma moto com os piscas integrados ao farol, algo vetado pela legislação internacional.
Motor Vehicle Act Regulations - Canadá e outros países — clique na figura ou abra em outra página que aumenta e fica legível. http://www.bclaws.ca/Recon/document/ID/freeside/26_58_01
O brilho do farol impossibilita a visualização das setas acionadas.
Faltou bom senso na hora de projetar a moto. Que falta que faz o senhor Soichiro no comando da empresa...
Conforme foi denunciado aqui, a honda retirou esse modelo do mercado depois de um breve período.
E teve a cara de pau de lançar as CG 2013 se vangloriando de que os novos piscas atendiam à legislação...
Denúncia: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/09/uma-modinha-e-milhoes-de-motos.html
Denúncia: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/01/a-conclusao-final-que-chegamos.html
"Atualizados, os novos piscas atendem às normas internacionais de iluminação e possuem excelente sinalização." Sério, escreveram isso no site da honda...
Normas e excelência que os modelos anteriores parecidos com esse modelo chupado aí em cima também não atendem e não possuem.
O curioso é que a shineray terá de indenizar a honda por ter copiado o design, inclusive o malfadado farol com piscas invisíveis por causa da proximidade com o farol aceso.
A honda tirou a moto de linha e matou esse estilo de reestilização porque o não atendimento às normas internacionais estava impossibilitando a venda nos países sérios...
Um modelo como esse não seria homologado por lá.
Homologação é o processo de análise rigorosa que as autoridades competentes fazem para autorizar a venda de veículos minimamente seguros — ou vetar a comercialização de veículos evidentemente inseguros — em um país. Um país sério.
Se o processo de homologação falhasse e permitisse o lançamento desse modelo por lá, teriam sido obrigados a fazer um dos recalls mais vergonhosos da história mundial.
Mas aqui no Brasil a honda homologou, lançou, vendeu pra dedéu, tirou o modelo do mercado sem convocar recall e ficou tudo por isso mesmo...
Problema dos milhões de donos de CG 2009 a 2013 e todas as shineray Max...
Só podem confiar que os outros NÃO estão vendo sua sinalização.
Se eu fosse a shineray, processava a honda por colocar no mercado um produto com uma falha tão grave de projeto...
Hummm... pensando bem, não haveria como isso acontecer.
Porque eu já começaria não copiando o projeto de ninguém...
Bom carnaval,
Jeff
A honda finalmente ganhou a ação por plágio que moveu contra a shineray:
Plágio é
Bem feito para a shineray que em vez de desenvolver um design próprio preferiu copiar o pior projeto da honda sem pagar um tostão para a autora da ideia.
Aliás, ideia de jerico da honda de lançar uma moto com os piscas integrados ao farol, algo vetado pela legislação internacional.
Piscas integrados ao farol não oferecem segurança aos usuários da moto.
O brilho do farol impossibilita a visualização das setas acionadas.
Faltou bom senso na hora de projetar a moto. Que falta que faz o senhor Soichiro no comando da empresa...
Conforme foi denunciado aqui, a honda retirou esse modelo do mercado depois de um breve período.
E teve a cara de pau de lançar as CG 2013 se vangloriando de que os novos piscas atendiam à legislação...
Denúncia: http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/01/a-conclusao-final-que-chegamos.html
Normas e excelência que os modelos anteriores parecidos com esse modelo chupado aí em cima também não atendem e não possuem.
O curioso é que a shineray terá de indenizar a honda por ter copiado o design, inclusive o malfadado farol com piscas invisíveis por causa da proximidade com o farol aceso.
A honda tirou a moto de linha e matou esse estilo de reestilização porque o não atendimento às normas internacionais estava impossibilitando a venda nos países sérios...
Um modelo como esse não seria homologado por lá.
Homologação é o processo de análise rigorosa que as autoridades competentes fazem para autorizar a venda de veículos minimamente seguros — ou vetar a comercialização de veículos evidentemente inseguros — em um país. Um país sério.
Se o processo de homologação falhasse e permitisse o lançamento desse modelo por lá, teriam sido obrigados a fazer um dos recalls mais vergonhosos da história mundial.
Mas aqui no Brasil a honda homologou, lançou, vendeu pra dedéu, tirou o modelo do mercado sem convocar recall e ficou tudo por isso mesmo...
Problema dos milhões de donos de CG 2009 a 2013 e todas as shineray Max...
Só podem confiar que os outros NÃO estão vendo sua sinalização.
Se eu fosse a shineray, processava a honda por colocar no mercado um produto com uma falha tão grave de projeto...
Hummm... pensando bem, não haveria como isso acontecer.
Porque eu já começaria não copiando o projeto de ninguém...
Bom carnaval,
Jeff
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Piscas e design não inteligente
Hoje de manhã uma picapezinha fiat Strada Working reduziu a velocidade na minha frente e eu me perguntei se ela iria fazer a conversão à esquerda.
Se ia virar, por que raios não estava dando seta, животное, pensei eu.
Foi aí que eu vi que ela estava dando seta...
Essa setinha ridícula e insignificante aí embaixo, projetada pelos superentendidos de design da fiat:
Imagem: https://autobrasil.wordpress.com/tag/fiat-strada-working-1-4/
Fala se uma vergonha dessas é tamanho de seta que se apresente...
Na preocupação de fazer bonito, o design burro abre mão da funcionalidade — e esse mal não é somente da fiat, todas as montadoras usam setas ridículas nas picapes pequenas.
Setas são equipamentos de segurança, mas são tratadas sem o respeito merecido, principalmente nas picapes pequenas por causa do espaço limitado.
E apesar de essas lanternas já serem mínimas, ainda tem gente que diminui ainda mais a visibilidade para o carro ficar bonito...
Só descobrem o prejuízo na hora em que levam uma chapoletada na caçamba.
O problema é quando quem bate atrás é uma moto.
Assim, fique ainda mais atento quando estiver atrás de uma picapezinha dessas — mesmo que o cara ligue a seta, você terá grande chance de não vê-la. Só não bati porque soucag prudente.
Design vende, e bom senso é coisa rara.
Um abraço,
Jeff
Se ia virar, por que raios não estava dando seta, животное, pensei eu.
Foi aí que eu vi que ela estava dando seta...
Essa setinha ridícula e insignificante aí embaixo, projetada pelos superentendidos de design da fiat:
Fala se uma vergonha dessas é tamanho de seta que se apresente...
Na preocupação de fazer bonito, o design burro abre mão da funcionalidade — e esse mal não é somente da fiat, todas as montadoras usam setas ridículas nas picapes pequenas.
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| Imagem: MercadoLivre.com.br |
E apesar de essas lanternas já serem mínimas, ainda tem gente que diminui ainda mais a visibilidade para o carro ficar bonito...
Só descobrem o prejuízo na hora em que levam uma chapoletada na caçamba.
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| Imagem ilustrativa: Caraça FM |
O problema é quando quem bate atrás é uma moto.
Assim, fique ainda mais atento quando estiver atrás de uma picapezinha dessas — mesmo que o cara ligue a seta, você terá grande chance de não vê-la. Só não bati porque sou
Design vende, e bom senso é coisa rara.
Um abraço,
Jeff
quinta-feira, 28 de julho de 2016
O flagrante da falta que faz o farol aceso durante o dia para as motos
Quanto a este vídeo, nem tem o que comentar, o acidente foi gravado com uma riqueza de detalhes difícil de se ver por aí.
E o que se vê claramente é que se a moto estivesse com o farol aceso muito possivelmente teria sido vista e o acidente não aconteceria.
Rodar com o farol apagado ou queimado é um dos maiores erros cometidos pelos motociclistas.
Motos são muito pouco visíveis, principalmente as de cor preta desaparecem contra o asfalto preto.
Some a isso a jaqueta e o capacete pretos, e a moto fica invisível naquela olhada rápida que os motoristas dão antes de atravessar uma via.
Nosso cérebro vê aquilo que esperamos ver — ele constrói uma imagem mental daquilo que espera encontrar e confere se o sinal enviado pelos olhos corresponde ao esperado.
Como ele espera ver algo como um carro, caminhão ou ônibus, assim que o motorista não vê nada disso se aproximando, ele toma a decisão de avançar.
Infelizmente, motos pouco visíveis são ignoradas pelos olhos e pelo cérebro, e por isso é tão fundamental manter o farol alto aceso durante o dia.
Nosso cérebro também é atraído por coisas brilhantes, e o farol aceso é sua única defesa contra essa incapacidade de enxergar motos.
E essa incapacidade é universal, o pessoal cruza na frente das motos porque não as vê tanto aqui como no Japão, EUA, Argentina, Canadá, Rússia ou Bósnia e Herzegovina.
Não deixe para trocar a lâmpada queimada outra hora, é uma economia muito burra.
Maximize sua chance de ser visto pelos motoristas acendendo o farol alto durante o dia, mesmo na cidade.
E nas estradas isso é ainda mais importante agora que os carros também estarão com o farol baixo aceso.
Usar o farol alto fará com que você se destaque e não seja confundido com os faróis mais fracos dos carros.
É verdade que rodar com o farol alto durante o dia supostamente deveria dar multa...
Mas dificilmente o guarda irá distinguir um farol de moto aceso alto de um farol de moto aceso baixo. ҩ^..^ ψ — Principalmente se você for ligeiro e cara de pau e mudar rapidinho de alto para baixo na hora em que for parado pelo guarda.
Além disso, roubar dinheiro público deveria obrigatoriamente dar cadeia, e não dá, então estamos quites.
Pelo menos, rodando com o farol alto aceso durante o dia você garante a sua segurança.
Até hoje eu nunca tomei multa por isso.
Nem trombei contra alguém cruzando a minha frente.
Um abraço,
Jeff
E o que se vê claramente é que se a moto estivesse com o farol aceso muito possivelmente teria sido vista e o acidente não aconteceria.
Rodar com o farol apagado ou queimado é um dos maiores erros cometidos pelos motociclistas.
Motos são muito pouco visíveis, principalmente as de cor preta desaparecem contra o asfalto preto.
Some a isso a jaqueta e o capacete pretos, e a moto fica invisível naquela olhada rápida que os motoristas dão antes de atravessar uma via.
Nosso cérebro vê aquilo que esperamos ver — ele constrói uma imagem mental daquilo que espera encontrar e confere se o sinal enviado pelos olhos corresponde ao esperado.
Como ele espera ver algo como um carro, caminhão ou ônibus, assim que o motorista não vê nada disso se aproximando, ele toma a decisão de avançar.
Infelizmente, motos pouco visíveis são ignoradas pelos olhos e pelo cérebro, e por isso é tão fundamental manter o farol alto aceso durante o dia.
Nosso cérebro também é atraído por coisas brilhantes, e o farol aceso é sua única defesa contra essa incapacidade de enxergar motos.
E essa incapacidade é universal, o pessoal cruza na frente das motos porque não as vê tanto aqui como no Japão, EUA, Argentina, Canadá, Rússia ou Bósnia e Herzegovina.
Não deixe para trocar a lâmpada queimada outra hora, é uma economia muito burra.
Maximize sua chance de ser visto pelos motoristas acendendo o farol alto durante o dia, mesmo na cidade.
E nas estradas isso é ainda mais importante agora que os carros também estarão com o farol baixo aceso.
Usar o farol alto fará com que você se destaque e não seja confundido com os faróis mais fracos dos carros.
É verdade que rodar com o farol alto durante o dia supostamente deveria dar multa...
Mas dificilmente o guarda irá distinguir um farol de moto aceso alto de um farol de moto aceso baixo. ҩ^..^ ψ — Principalmente se você for ligeiro e cara de pau e mudar rapidinho de alto para baixo na hora em que for parado pelo guarda.
Além disso, roubar dinheiro público deveria obrigatoriamente dar cadeia, e não dá, então estamos quites.
Pelo menos, rodando com o farol alto aceso durante o dia você garante a sua segurança.
Até hoje eu nunca tomei multa por isso.
Nem trombei contra alguém cruzando a minha frente.
Um abraço,
Jeff
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Faróis e faroleiros
Olha só essa reportagem sobre a eficácia de faróis de jipões, aqueles carrões que são quase o top de linha das montadoras:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/carros/noticia/2016/07/hr-v-e-renegade-sao-reprovados-em-teste-de-farois-nos-eua.html
Pois é, mais de 120 anos depois da invenção do automóvel, os fabricantes continuam vendendo caro soluções muito imperfeitas. Vai ver que não deu tempo ou não tiveram verba para pesquisar o assunto ¨
O farol do HR-V até me lembrou o farol da minha moto, o que me inspirou uma postagem sobre a falta de eficiência dos faróis que nos obrigam a usar.
Para variar, não encontrei nada na imprensa nacional, já que as montadoras não fornecem material publicitário comparando uma com a outra.
E sem as fabricantes entregando roteirinho com fotinhos, dizendo exatamente o que a mídia deve dizer (senão não brinca com as motinhos), ninguém se atreve a fazer reportagens que possam desagradar os patrocinadores — falando coisas como, por exemplo, a verdade.
Esse tipo de pesquisa você só encontra em blogs de pessoas interessadas que são muito gente boa.
Mas para testes de várias marcas, o jeito é pesquisar do outro lado do mundo...
Encontrei o interessante site indiano de motociclismo motohive.in que publicou um estudo comparativo de eficiência dos faróis entre motos de diversos modelos e marcas, algumas comercializadas aqui no Brasil.
Reportagem: http://motohive.in/motorcycle-headlight-comparison-ninja-650-vs-bmw-f650gs-vs-kawasaki-z800-vs-triumph-street-triple/
É interessante ver como diferentes fabricantes dão atenção diferente ao mesmo problema. Ou simplesmente não estão nem aí.
Não se iluda, isso acontece até com marcas de renome e tradição inquestionada pelos respectivos fãs.
Felizmente há pessoas que não babam ovo pelas fabricantes e ousam pesquisar soluções melhores e mais econômicas do que o olho da cara habitual das grifes de concessionárias.
Para quem está com o inglês enferrujado, o kit de farol não original é bem mais eficiente e custa a metade do kit "eficiente" cobrado pela concessionária.
Por que o fabricante não instala um farol eficiente já na linha de montagem?
Ora, por que fazer isso se o cliente pode comprar um opcional aprovado pela fábrica pelo preço que a grife determinar? Pelo menos lá fora existe concorrência, aqui no país do pixuleco olímpico® nem pensar.
Pois é, mais de 120 anos depois da invenção do automóvel, os fabricantes continuam vendendo caro soluções muito imperfeitas. Vai ver que não deu tempo ou não tiveram verba para pesquisar o assunto ¨
O farol do HR-V até me lembrou o farol da minha moto, o que me inspirou uma postagem sobre a falta de eficiência dos faróis que nos obrigam a usar.
Para variar, não encontrei nada na imprensa nacional, já que as montadoras não fornecem material publicitário comparando uma com a outra.
E sem as fabricantes entregando roteirinho com fotinhos, dizendo exatamente o que a mídia deve dizer (senão não brinca com as motinhos), ninguém se atreve a fazer reportagens que possam desagradar os patrocinadores — falando coisas como, por exemplo, a verdade.
Esse tipo de pesquisa você só encontra em blogs de pessoas interessadas que são muito gente boa.
Mas para testes de várias marcas, o jeito é pesquisar do outro lado do mundo...
Encontrei o interessante site indiano de motociclismo motohive.in que publicou um estudo comparativo de eficiência dos faróis entre motos de diversos modelos e marcas, algumas comercializadas aqui no Brasil.
É interessante ver como diferentes fabricantes dão atenção diferente ao mesmo problema. Ou simplesmente não estão nem aí.
Não se iluda, isso acontece até com marcas de renome e tradição inquestionada pelos respectivos fãs.
Felizmente há pessoas que não babam ovo pelas fabricantes e ousam pesquisar soluções melhores e mais econômicas do que o olho da cara habitual das grifes de concessionárias.
Para quem está com o inglês enferrujado, o kit de farol não original é bem mais eficiente e custa a metade do kit "eficiente" cobrado pela concessionária.
Por que o fabricante não instala um farol eficiente já na linha de montagem?
Ora, por que fazer isso se o cliente pode comprar um opcional aprovado pela fábrica pelo preço que a grife determinar? Pelo menos lá fora existe concorrência, aqui no país do pixuleco olímpico® nem pensar.
De bônus, você vê no vídeo como é fácil trocar aquele farol usando uma única chave philips.
E fica morrendo de raiva de saber que a concessionária levou três dias para fazer esse serviço e te cobrou dois salários, um olho e uma perna porque só pessoas altamente qualificadas e com treinamento especializado da fábrica possuem habilidade e técnica suficientes para soltar parafusos na sua moto. You're welcome.
Nas motos de baixa cilindrada, na grande maioria dos casos você poderá melhorar a baixa eficiência do farol sem precisar trocar o conjunto todo, basta usar lâmpadas alternativas do mercado de autopeças.
Procure marcas de boa qualidade (fuja das baratinhas) e descubra como elas podem melhorar significativamente sua qualidade de visão noturna.
Lâmpadas do tipo superbranca — não xénon — irão custar mais caro, mas usadas corretamente* durarão bem mais. E o ganho para sua segurança não tem preço.
Só não caia na besteira de instalar lâmpadas com potência em watts superior às originais, nem luzes de xénon não permitidas, porque isso danificará a carcaça do seu farol — elas esquentam demais e a carcaça de plástico se derrete, e podem queimar o chicote e o sistema elétrico por sobrecarga.
Além disso, luzes xénon ofuscarão e irritarão todo mundo à sua volta, você vai ter que fugir da galera te jogando paus, pedras, tochas e forcados, e darão apreensão de sua moto para o pátio. A polícia adora parar moto com xénon, eles veem de longe.
*Farol alto sempre durante o dia, farol baixo durante a noite — e farol alto em rodovias sem veículos em sentido contrário nem iluminação pública. Lanterna não conta como farol baixo.
Um abraço,
Procure marcas de boa qualidade (fuja das baratinhas) e descubra como elas podem melhorar significativamente sua qualidade de visão noturna.
Lâmpadas do tipo superbranca — não xénon — irão custar mais caro, mas usadas corretamente* durarão bem mais. E o ganho para sua segurança não tem preço.
Só não caia na besteira de instalar lâmpadas com potência em watts superior às originais, nem luzes de xénon não permitidas, porque isso danificará a carcaça do seu farol — elas esquentam demais e a carcaça de plástico se derrete, e podem queimar o chicote e o sistema elétrico por sobrecarga.
Além disso, luzes xénon ofuscarão e irritarão todo mundo à sua volta, você vai ter que fugir da galera te jogando paus, pedras, tochas e forcados, e darão apreensão de sua moto para o pátio. A polícia adora parar moto com xénon, eles veem de longe.
*Farol alto sempre durante o dia, farol baixo durante a noite — e farol alto em rodovias sem veículos em sentido contrário nem iluminação pública. Lanterna não conta como farol baixo.
Um abraço,
Jeff
sábado, 9 de julho de 2016
Carros com farol aceso e o roubo de nossos direitos
A partir de hoje os carros são obrigados a rodar com os faróis acesos nas estradas durante o dia.
O objetivo é tornar os carros mais visíveis e evitar acidentes — mas pensaram na segurança das motocicletas?
Imagem e reportagem: http://www.metrojornal.com.br/nacional/foco/a-partir-desta-quinta-feira-farol-aceso-sera-obrigatorio-na-estrada-293724
Detesto ser pessimista, mas não acredito na eficácia disso nem mesmo para os carros. E muito menos na sinceridade de quem impôs.
Primeiro, porque isso faz sentido apenas em países com pouca luminosidade* — como Finlândia, Canadá, Suécia, Rússia...
Essa obrigatoriedade surgiu por lá, países em que o sol está sempre baixo no horizonte, mesmo no auge do verão.
Pesquisas em países com mais luz do sol durante o ano inteiro, como Israel, não verificaram melhora de segurança significativa com as luzes acesas durante o dia.*
Ônibus rodoviários brasileiros há décadas usam o farol aceso durante o dia e mesmo assim os acidentes continuam ocorrendo.
Reportagens e imagem:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/04/onibus-interestaduais-se-envolvem-em-acidentes-cada-16-horas-no-pais.html
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/07/ciclista-tenta-cruzar-rodovia-e-atingido-por-onibus-e-morre-em-brodowski-sp.html
Fala sério:
Você acha mesmo que motoristas que nem olham no espelho agora começarão a fazer isso por causa dos faróis acesos?
Uma confusão de luzes se aproximando no retrovisor não irá dificultar uma avaliação rápida?
Pedestres que não conseguem avaliar distância e velocidade para atravessar uma via terão a vida facilitada ou complicada pela visão de múltiplos faróis se aproximando? Eu penso que vai piorar a percepção de uma e de outra.
Mas o pior que vejo dessa medida é o que sobrará para nós, motociclistas.
Antes um farol aceso na estrada era uma motocicleta se aproximando... tínhamos direito a isso para compensar nossa baixa visibilidade no meio do mar de carros.
Agora, nosso farol será mais uma luz perdida num amontoado confuso de luzes acesas.
Será fácil confundir o nosso farol com o de um carro mais distante — azar nosso.
As motocicletas perderão a pouca visibilidade que tinham no trânsito.
Em mais uma medida populista sem embasamento, tomada mais para causar oba-oba na imprensa enquanto não começa a olimpiada 2016, eles nos cortaram a pouca proteção a que nós motociclistas tínhamos direito há décadas.
Será que pesou mais a preocupação com a segurança, ou a grana preta arrecadada com as multas que irão para os cofres sabe-se lá de quem?
A coisa não ficará boa para nós motociclistas.
Sem falar nos pedestres e ciclistas, tão comuns nas proximidades das grandes cidades... tenho medo só de imaginar as cenas desse pessoal tomando decisões ainda piores que as de hoje por causa dessa confusão de luzes.
Digo isso baseado não somente em minha experiência como motociclista, que é relativamente pouca — somando as motos, não chega a 10 anos — mas em mais de 30 anos dirigindo carros em cidade e muita, muita estrada.
E o pior é que isso não é só mais uma das minhas paranoias não. É, eu tenho algumas.
Estudos científicos feitos em países onde essa lei foi adotada há mais tempo mostram que não só a visualização dos motociclistas é prejudicada — mas pedestres e ciclistas ficam mais difíceis de se perceber no mar do tráfego de luzes acesas durante o dia.*
* Informações do estudo feito por V. Cavallo e Maria Pinto.
Ou seja, de agora em diante redobre sua atenção e espere ser fechado ainda mais do que antes.
É o que as estatísticas dos outros países dizem que irá acontecer.
E você motorista, prepare o bolso.
Você será multado por esquecer de usar o farol na estrada e esquecer de apagá-lo na cidade.
Atualizando:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/carros/noticia/2016/07/farol-apagado-em-estrada-gerou-3-mil-multas-por-dia-em-media-diz-prf.html
3 mil multas por dia, 12 mil em quatro dias.
Os roedores de dinheiro do povo de Brasília comemoram.
Um abraço e Deus salve a todos nós,
Jeff
O objetivo é tornar os carros mais visíveis e evitar acidentes — mas pensaram na segurança das motocicletas?
Detesto ser pessimista, mas não acredito na eficácia disso nem mesmo para os carros. E muito menos na sinceridade de quem impôs.
Primeiro, porque isso faz sentido apenas em países com pouca luminosidade* — como Finlândia, Canadá, Suécia, Rússia...
Essa obrigatoriedade surgiu por lá, países em que o sol está sempre baixo no horizonte, mesmo no auge do verão.
Pesquisas em países com mais luz do sol durante o ano inteiro, como Israel, não verificaram melhora de segurança significativa com as luzes acesas durante o dia.*
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/04/onibus-interestaduais-se-envolvem-em-acidentes-cada-16-horas-no-pais.html
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/07/ciclista-tenta-cruzar-rodovia-e-atingido-por-onibus-e-morre-em-brodowski-sp.html
Fala sério:
Você acha mesmo que motoristas que nem olham no espelho agora começarão a fazer isso por causa dos faróis acesos?
Uma confusão de luzes se aproximando no retrovisor não irá dificultar uma avaliação rápida?
Pedestres que não conseguem avaliar distância e velocidade para atravessar uma via terão a vida facilitada ou complicada pela visão de múltiplos faróis se aproximando? Eu penso que vai piorar a percepção de uma e de outra.
Mas o pior que vejo dessa medida é o que sobrará para nós, motociclistas.
Antes um farol aceso na estrada era uma motocicleta se aproximando... tínhamos direito a isso para compensar nossa baixa visibilidade no meio do mar de carros.
Agora, nosso farol será mais uma luz perdida num amontoado confuso de luzes acesas.
Será fácil confundir o nosso farol com o de um carro mais distante — azar nosso.
As motocicletas perderão a pouca visibilidade que tinham no trânsito.
Em mais uma medida populista sem embasamento, tomada mais para causar oba-oba na imprensa enquanto não começa a olimpiada 2016, eles nos cortaram a pouca proteção a que nós motociclistas tínhamos direito há décadas.
Será que pesou mais a preocupação com a segurança, ou a grana preta arrecadada com as multas que irão para os cofres sabe-se lá de quem?
A coisa não ficará boa para nós motociclistas.
Sem falar nos pedestres e ciclistas, tão comuns nas proximidades das grandes cidades... tenho medo só de imaginar as cenas desse pessoal tomando decisões ainda piores que as de hoje por causa dessa confusão de luzes.
Digo isso baseado não somente em minha experiência como motociclista, que é relativamente pouca — somando as motos, não chega a 10 anos — mas em mais de 30 anos dirigindo carros em cidade e muita, muita estrada.
E o pior é que isso não é só mais uma das minhas paranoias não. É, eu tenho algumas.
Estudos científicos feitos em países onde essa lei foi adotada há mais tempo mostram que não só a visualização dos motociclistas é prejudicada — mas pedestres e ciclistas ficam mais difíceis de se perceber no mar do tráfego de luzes acesas durante o dia.*
Ou seja, de agora em diante redobre sua atenção e espere ser fechado ainda mais do que antes.
É o que as estatísticas dos outros países dizem que irá acontecer.
E você motorista, prepare o bolso.
Você será multado por esquecer de usar o farol na estrada e esquecer de apagá-lo na cidade.
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Olha só o saldo do primeiro fim de semana... só lá. Imagina o resto do Brasil.
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3 mil multas por dia, 12 mil em quatro dias.
Os roedores de dinheiro do povo de Brasília comemoram.
Um abraço e Deus salve a todos nós,
Jeff
domingo, 22 de novembro de 2015
Meninos, eu vi
Pela manhã, a caminho do sagrado compromisso do meu cafezinho matinal, chego ao fim da minha rua.
Como sempre faço, escaneio a paisagem para ver o que está nos esperando.
Nada pela direita, à frente dois carros se preparam para a conversão à esquerda, uma motinho se aproxima por esse lado.
O primeiro carro avança, porque a motinho ainda está longe, mas certamente não daria tempo de o segundo carro avançar.
Para minha surpresa, o segundo carro avança bem na frente da motinho, e para conseguir parar a moto o piloto teve de frear tudo que podia e xingar tudo que não podia.
Trocam gestos irreproduzíveis em russo, seguidos por este que vos tecla, e cada um segue seu caminho.
O meu era na mesma direção e, coincidentemente, emparelhado na contramão ao lado do carro.
— Não viu a moto?
— Ele estava com a sinaleira ligada!
Hummm.... fato.
A gente fica revoltado de ver um motociclista sendo fechado e se solidariza com ele, porque não gostaríamos de estar na mesma situação, e a adrenalina ferve no sangue.
Mas o fato é que o cara da motinho se esqueceu mesmo de desligar a seta e seguiu em frente.
O motorista viu a seta ligada, interpretou que a moto ia entrar ali na nossa rua e cortou a frente dele.
Quem errou?
Os dois.
O motociclista errou porque não desligou a seta, e o motorista errou porque acreditou em uma seta ligada.
Sempre recomendo nunca acreditar em uma sinaleira ligada porque qualquer esquecimento pode causar acidentes do tipo que este quase foi.
É uma adaptação fácil de fazer, e tem muita gente fazendo, mas tem um porém que falo mais abaixo.
Também teria esta outra:
Reportagem: http://www.motonline.com.br/noticia/brasileiros-criam-sistema-inteligente-de-seta-para-motocicletas/
Foi tema de reportagem/divulgação no motonline, você vê neste link aqui.
Qual o problema com esses sistemas?
Porque você não vê ninguém usando?
O problema número 1 é que a legislação é burra e engessada e não permite que você faça modificações no sistema elétrico da moto.
Uma adaptação benéfica como essa campainha ou esse dispositivo de desligamento automático podem dar apreensão da moto para o pátio, porque modificações como essas teriam de ser originais de fábrica. E aí não seria modificação...
Em um país onde você toma multa por trafegar com o farol alto aceso em rua que tem iluminação pública durante o dia, esperar o quê das otoridades interessadas apenas em multar e arrecadar?
E sabe quando que as fábricas gastarão um centavo a mais com esse tipo de equipamento de segurança?
Nunca. Uma carenagem com adesivo estiloso enche os olhos e aumenta as vendas, um pisca que faz plim plim não.
Segurança custa caro (hahahaha — na visão deles, né?) e clientes se estourando nos cruzamentos da vida não são problema das montadoras.
Saiu da porta da concessionária, meu caro, minha cara, o problema é todo seu.
Se o governo não fizer uma lei obrigando, nunca que você verá esses sistemas em prática.
Mas você sabe como o governo não está nem aí com nada, né?
Os inventores brasileiros do dispositivo automático são bem intencionados, mas ingênuos.
Estão esperando que as montadoras entrem em contato para negociar a patente...
Não sabem que esses dispositivos já equipam motos de luxo de grandes cilindradas há décadas.
Simplesmente não há interesse das montadoras em popularizar um recurso que evitaria muitos acidentes.
Ele diminuiria a margem de lucro sobre cada moto e diminuiria as vendas de peças de reposição bem caras.
Um abraço,
Jeff
Como sempre faço, escaneio a paisagem para ver o que está nos esperando.
O primeiro carro avança, porque a motinho ainda está longe, mas certamente não daria tempo de o segundo carro avançar.
Para minha surpresa, o segundo carro avança bem na frente da motinho, e para conseguir parar a moto o piloto teve de frear tudo que podia e xingar tudo que não podia.
Trocam gestos irreproduzíveis em russo, seguidos por este que vos tecla, e cada um segue seu caminho.
O meu era na mesma direção e, coincidentemente, emparelhado na contramão ao lado do carro.
— Não viu a moto?
— Ele estava com a sinaleira ligada!
Hummm.... fato.
A gente fica revoltado de ver um motociclista sendo fechado e se solidariza com ele, porque não gostaríamos de estar na mesma situação, e a adrenalina ferve no sangue.
Mas o fato é que o cara da motinho se esqueceu mesmo de desligar a seta e seguiu em frente.
O motorista viu a seta ligada, interpretou que a moto ia entrar ali na nossa rua e cortou a frente dele.
Quem errou?
Os dois.
O motociclista errou porque não desligou a seta, e o motorista errou porque acreditou em uma seta ligada.
Sempre recomendo nunca acreditar em uma sinaleira ligada porque qualquer esquecimento pode causar acidentes do tipo que este quase foi.
Para os motociclistas, esquecer a seta ligada é muito
provável e perigoso, devido à nossa fragilidade no trânsito.
Motoristas possuem seta de desligamento automático, e estão
tão acostumados com isso, que nem sequer imaginam que as motos não possuam esse
recurso, então desconhecem a enorme chance de os pilotos esquecerem a sinaleira
ligada.
Então os motoristas nunca darão a chance da dúvida de que
sua seta ligada possa ser fruto de esquecimento.
Ao ver sua seta ligada, eles entrarão na sua frente de modo
automático e só perceberão o engano quando você já estiver polindo o capô do
carro.
Então nunca se esqueça de desligar sua seta, treine para
nunca esquecer de desligar sua seta, seja meio totalmente paranoico como eu,
que vivo desligando a seta mesmo quando ela não está ligada.
Um pouquinho dessa paranoia poupa grandes dores de cabeça.
Puxa, mas será que não existe uma maneira de eliminar a
chance de esquecer a seta ligada?
Sim, existe esta aqui:
É uma adaptação fácil de fazer, e tem muita gente fazendo, mas tem um porém que falo mais abaixo.
Também teria esta outra:
Foi tema de reportagem/divulgação no motonline, você vê neste link aqui.
Qual o problema com esses sistemas?
Porque você não vê ninguém usando?
O problema número 1 é que a legislação é burra e engessada e não permite que você faça modificações no sistema elétrico da moto.
Uma adaptação benéfica como essa campainha ou esse dispositivo de desligamento automático podem dar apreensão da moto para o pátio, porque modificações como essas teriam de ser originais de fábrica. E aí não seria modificação...
Em um país onde você toma multa por trafegar com o farol alto aceso em rua que tem iluminação pública durante o dia, esperar o quê das otoridades interessadas apenas em multar e arrecadar?
E sabe quando que as fábricas gastarão um centavo a mais com esse tipo de equipamento de segurança?
Nunca. Uma carenagem com adesivo estiloso enche os olhos e aumenta as vendas, um pisca que faz plim plim não.
Segurança custa caro (hahahaha — na visão deles, né?) e clientes se estourando nos cruzamentos da vida não são problema das montadoras.
Saiu da porta da concessionária, meu caro, minha cara, o problema é todo seu.
Se o governo não fizer uma lei obrigando, nunca que você verá esses sistemas em prática.
Mas você sabe como o governo não está nem aí com nada, né?
Os inventores brasileiros do dispositivo automático são bem intencionados, mas ingênuos.
Estão esperando que as montadoras entrem em contato para negociar a patente...
Não sabem que esses dispositivos já equipam motos de luxo de grandes cilindradas há décadas.
Simplesmente não há interesse das montadoras em popularizar um recurso que evitaria muitos acidentes.
Ele diminuiria a margem de lucro sobre cada moto e diminuiria as vendas de peças de reposição bem caras.
Um abraço,
Jeff
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