quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como melhorar a eficácia dos freios

Em todos esses anos nesta indústria vital, eu caí 14 vezes; 12 com minha primeira moto (uma cg 125) e 2 com minha moto atual (uma kansas 150).

Com a primeira moto, cerca de 8 quedas foram causadas diretamente por esse efeito do freio traseiro do qual falamos ontem (apesar de eu sempre frear corretamente, aplicando 70% de força no dianteiro e 30% no traseiro).

Com a segunda moto, apenas uma queda foi causada pelo freio, e ainda assim porque eu estava usando sapatas de freio não originais.

Mas foi esse acidente que me fez ver a maneira pela qual você pode melhorar o desempenho da frenagem de sua moto:


Cada fabricante de sapatas (freio a tambor) ou pastilhas (freio a disco) usa uma receita de bolo própria.

Algumas são mais macias (agarram melhor, mas se desgastam mais rápido) e outras são mais duras (não agarram tão bem, mas são mais duráveis).

Nunca utilizei pastilhas dessa marca, não conheço seu desempenho.
A foto não constitui propaganda ou referência, é meramente ilustrativa.

O ideal é ter sapatas ou pastilhas macias na roda dianteira e sapatas duras no freio traseiro (pouquíssimas são as motos de baixa cilindrada com freio a disco traseiro).

Essa combinação faz com que o freio traseiro pareça ineficaz no trânsito do dia a dia (você terá dificuldade para parar a moto usando apenas o freio traseiro), mas em compensação, permite frenagens de emergência muito mais equilibradas (e estas são muito mais importantes).

As motos kansas possuem a fama injusta de ter um freio traseiro ineficaz; esse tombo com Jezebel (minha kansas) ocorreu quando experimentei sapatas da marca Fabreq, extremamente eficazes (demais) na hora de travar a roda, o que fez a moto rabear e me levou para o chão. 

Na kansas, as pastilhas e sapatas originais Fischer são eficazes na medida certa, você só consegue travar a roda naquelas frenagens de coração saindo pela boca, mas sem levar sustos com reações inesperadas da moto. Um projeto bem acertado no quesito freios.

As pastilhas e sapatas Cobreq apresentam um resultado intermediário. E há diversos outros fabricantes que não tive a oportunidade de testar, como a Ira. 

Minha sugestão, caso você esteja insatisfeito com o desempenho dos freios de sua moto, é que você experimente componentes de boa qualidade de fabricantes alternativos para tentar compensar esse efeito.

Esse tipo de acerto é feito pelos pilotos de competição, faça você também que valerá muito a pena.

No processo, você poderá descobrir que a marca X resultou pior que a original, mas a marca Z melhorou o desempenho da frenagem.

Valerá a pena jogar fora os componentes da marca X antes que você se acidente (maldita hora que não fiz isso); em compensação, passar a usar componentes que melhorem sua frenagem poderá evitar um acidente muito grave, compensando amplamente o investimento nos testes.

Qualquer dúvida, é só perguntar. 

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Como frear corretamente

Algo que sempre deixa os novatos em dúvida é a técnica para frear a moto corretamente.

Parece uma coisa instintiva, mas não é.

As motos possuem manete do freio dianteiro e pedal do freio traseiro (dãããã...), e muita gente sai da motoescola pensando que só deve usar o freio traseiro, nunca o dianteiro.

Esse crime é cometido por maus instrutores, interessados unicamente em cumprir o horário, e não em ensinar alguém a pilotar. Instrutor que age assim merecia ir para a cadeia.

O freio mais eficiente das motocicletas é o dianteiro.

Não tenha medo de usá-lo, e com mais intensidade que o traseiro. 

Apenas aprenda a dosá-lo, principalmente se for um freio a disco que exige muito menos força para ser acionado.

Quem se acostumou com freio dianteiro a tambor estranha bastante na primeira semana, mas depois descobre a maravilha que é.

Já nas motonetas o freio traseiro é mais eficiente por conta da distribuição do peso, veja o comentário lá embaixo.

Nas motos (não motonetas), use os dois freios sempre em conjunto, 70% de força no dianteiro, 30% de força no traseiro, a menos que a situação exija uma mudança (veja abaixo).


Imagem: http://pilotodefensivo.blogspot.com.br blog do Moab Barros com muitas dicas de um instrutor de pilotagem defensiva, vale a pena conhecer.

Quando você freia, seu peso é deslocado para a frente, o que melhora muito a eficiência da frenagem com o freio dianteiro.

Usar apenas o freio traseiro tem dois três inconvenientes:

1) Você gasta muitos metros a mais para parar; pode ser a diferença entre parar com segurança ou encher a lata do carro à frente.

2) Você desgasta mais intensamente o tambor de freio da roda traseira, o que sairá caro na hora de trocar.

3) Você provavelmente cairá, porque a imensa maioria das titans motos fabricadas no Brasil padecem de um mau projeto de engenharia.

A roda traseira dessas motos tem a tendência quase incorrigível de travar assim que se pisa no pedal, sem chance de dosar a intensidade da frenagem. 

Vale a pena continuar a falar sobre isso (e como resolver o problema), o que farei amanhã.

Condições para alterar a proporção da frenagem:

A intensidade da frenagem deverá ser alterada para 50% dianteiro/50% traseiro se as condições da pista exigirem.

E que condições são essas?

Pista molhada - pode exigir menos intensidade sobre o freio dianteiro para evitar que a roda derrape;

Garupa - o maior peso transferido para a frente pode ser excessivo; 


Motonetas e motos custom com motor V2 - elas têm menor tendência de transferir o peso para a frente, então você deve reforçar um pouco a aplicação do freio traseiro.


Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Uma notícia boa

Domingo pela manhã, dia de nossa tradicional caminhada à beira-mar, Jezebel e eu avistamos uma viatura de resgate dos bombeiros voltando para a base.

E xeretas movidos pela curiosidade, fomos até lá para saber se retornavam de um atendimento a motociclista, quem sabe eu teria um bom assunto para postar na segunda-feira.


Não encontrei foto atualizada, então uso a do google street view de 2011. Mas a sede dos Bombeiros no centro de São José já está concluída e operacional, então use a imaginação.

Resultou que a notícia foi melhor do que eu esperava. 

Conversando com o soldado Marcos, que foi muito atencioso, descobri que o panorama não é tão ruim quanto eu achava.

É verdade que há dias em que eles fazem até 10 resgates de motociclistas, mas a boa notícia é que a gravidade dos acidentes hoje é menor do que há 15 anos.

Naqueles tempos, na maioria das vezes eles não faziam resgates, mas recuperações. Hoje, apesar do aumento da frota de motos, os acidentes acontecem geralmente em velocidades mais baixas, portanto com maior taxa de sobrevivência.

Duas ocorrências que ele atendeu ficaram gravadas na memória:

O motociclista que ultrapassava pelo acostamento e se chocou contra um automóvel parado. Algo totalmente evitável e cuja violência ficou gravada na memória e na lataria do carro.

O outro foi quando a viatura retornava de uma ocorrência e foi ultrapassada pela esquerda e direita por um grupo de motociclistas.

Mal deu tempo de falar "esses aí vão se matar", e o pessoal se embolou ali na frente, os 10 foram para o chão.

Oito se levantaram e fugiram antes que a viatura estacionasse, mas dois não conseguiram e foram atendidos. 

Enquanto recebiam os primeiros socorros, ouviram um sermão sobre segurança e responsabilidade no trânsito que nunca mais devem ter esquecido.

Voltei mais animado dessa conversa...

Quem sabe essa moçada ainda tenha uma chance?

Um abraço,

Jeff

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Preferência em cruzamentos e rotatórias


http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/07/cameras-flagram-momento-de-colisao-entre-moto-e-carro-em-rotula.html

Responda rápido, sem pensar:

Ao chegar num cruzamento não sinalizado, quem tem a preferência? E numa rótula?

Há uma regra básica facilmente memorizável:

A preferencial é sempre de quem estiver à sua direita, menos numa rótula.

Se você avistar outro veículo à sua direita num cruzamento onde ambas as vias têm a mesma preferência, você deverá ceder a passagem para ele.

Essa regra vale para todos os cruzamentos não sinalizados, exceto rótulas e rotatórias.

Numa rotatória, a preferência é sempre de quem já estiver nela, salvo sinalização indicando o contrário.

Tudo muito certo, tudo muito bonito... mas a triste verdade é que não funciona.

Infelizmente para nós, motociclistas, a preferência em cruzamentos e rotatórias acaba sendo sempre do veículo mais forte.

Ou seja, todos os outros.

Então, como motociclista, faça sua parte:

Saiba exatamente quando dar a preferência, e faça-o sem hesitar; mas sempre esteja preparado para escapar daqueles motoristas (e outros motociclistas) que não respeitam as regras básicas de circulação.

Sempre considere que alguém poderá desrespeitar sua preferencial. 

Essa regrinha básica salvou minha vida inúmeras vezes, e irá salvar a sua também. 

Afinal, é uma selva lá fora, e o seu único objetivo é escapar ileso dessa loucura.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como usar a reserva de gasolina

OBSERVAÇÃO:
Motonetas (scooters) tipo honda Biz não usam reserva de gasolina, o registro de combustível funciona de modo diferente e está instalado em outro local. Acredito que outras motonetas de modelos como honda Lead, yamaha Neo, hao bao e similares funcionem do mesmo jeito. Para informações sobre o funcionamento do registro desse outro tipo, vá para este link.

Torneirinha de reserva de gasolina da moto, taí uma coisa que só as motos têm e que pode despertar muita dúvida na hora de usar.

O novato com motos muitas vezes pensa que é obrigatório usar a gasolina até a moto "pedir reserva" para só então reabastecer.


Isso é um erro a ser evitado. O ideal é nunca usar a reserva, por uma série de motivos.



Montagem sobre imagem obtida em: http://www.uxmatters.com/mt/archives/2008/01/motorcycle-ux-riding-in-the-fast-lane.php

Para começar, a reserva é apenas um duto mais curto colocado no fundo do tanque. Não existe um tanquinho de reserva separado lá dentro.


Não existe o risco de a gasolina da reserva ficar velha por falta de uso, porque ela é exatamente a mesma gasolina que você usa todos os dias, não há separação física.

Mas como o duto da reserva é mais curto, e toda a sujeira que entrar ou se formar no seu tanque de gasolina (água, poeira, detritos, corrosão) irá se acumular no fundo do tanque, justamente o local da reserva, essa gasolina sempre estará mais sujeita à presença de contaminantes.

Além disso, ao pedir reserva, o motor rateia, falha ao acelerar, dá umas engasgadas. Isso pode ser um grande risco no meio do trânsito pesado. 

O próprio ato de acionar a torneirinha com a moto em movimento já é arriscado. Você precisa saber fazer isso no automático, sem precisar olhar. 

Treine acionar a reserva, mas preferencialmente nunca a utilize.

Estabeleça uma quilometragem tipo meio tanque e sempre reabasteça antes de a moto pedir reserva; assim você estará evitando uma série de inconvenientes, como a necessidade de parar numa oficina para limpar a sujeira que foi para o carburador.

E um detalhe muito importante:

Muita gente anda por aí o tempo todo com a torneirinha na posição de reserva... na hora que precisar de verdade, vai ter de empurrar a moto até o posto, o que é muito perigoso.


Isso acontece porque a concessionária sempre entrega a moto com a gasolina na reserva. Eles colocam o mínimo apenas para a moto chegar até o posto mais próximo.

Aí o novato nem sabe desse detalhe do funcionamento da torneirinha e começa a andar permanentemente com o registro na posição de reserva.

A posição correta para uso é sempre esta aqui, com a alavanca para baixo:



Imagem: http://www.motosclassicas70.com.br

Regra básica: 

Torneira de gasolina aberta para uso normal com a alavanca totalmente para baixo, torneira de gasolina na reserva com a alavanca totalmente para cima.

Como saber se a torneira de gasolina está fechada? 

Normalmente, a alavanca ficará na horizontal para um lado ou para outro. 


Citando o comentário de meu xará Jefferson Gomes:

Estranho, porque na minha moto a torneira para baixo tem o nome ''Res'' = reserva, e a parte de cima escrito ''ON''. Isso é normal ? Ou todas as motos as torneiras devem ser para baixo?


Que eu saiba, essas posições do registro são quase universais. 


Mas existem torneirinhas onde a reserva fica na horizontal:

Não sei de que moto é, nem se veio para o Brasil, então use seu discernimento para descobrir a posição correta.

É justamente essa gravação que o Jefferson fala que provoca a confusão. 

Todo mundo olha o registro de frente, onde estão gravadas as posições de uso (ON) e reserva (RES).




Ninguém vê a setinha gravada na alavanca do registro e pensa que é a alavanca que tem que ser colocada naquela posição. 


É essa seta quase invisível que tem que ficar apontada para a posição que você deseja usar.


Olha como a coisa é traiçoeira:




Neste registro, a gravação FUEL (combustível) na lateral só causa confusão. 


Pela gravação, muita gente pensa que essa torneira está na posição de reserva, mas não está. O que vale é aquela setinha gravada na alavanca que só o engenheirinho que projetou sabe que existe.


Para solucionar problemas que podem surgir na hora de acionar a reserva, leia esta postagem.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre o funcionamento da reserva, dê uma lida neste blog aqui.

E se quiser ver uma restauração completa de uma moto clássica dos anos 70 (e aprender um pouco sobre a mecânica básica de sua moto) no blog de onde tirei a foto da torneirinha, visite este endereço aqui.


Um abraço,

Jeff
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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Minha moto não funciona nem usando o afogador

Para quem não está acostumado, o uso do afogador parece bastante complicado, atrapalhando em vez de ajudar.

Mas na verdade ele é seu maior aliado na hora de fazer a moto funcionar em situações de temperatura muito baixa.

Para isso, você precisa aprender a usar uma técnica muito simples. 

Algumas motos têm o comando do afogador no guidão, mas em todas elas o afogador também pode ser acionado diretamente no carburador, então acione-o da maneira mais apropriada ao modelo de sua moto.  

O truque é o seguinte:

Aplique totalmente o afogador, dê partida e recue o afogador para a metade assim que o motor começar a funcionar.

Se você não usar o afogador, pouca gasolina irá para o motor frio, ele não dará partida, mas a cada tentativa mais gasolina será despejada. A vela vai ficar encharcada e o motor não irá funcionar.

Ao usar o afogador, você joga proporcionalmente mais gasolina, o que facilita a partida. 

Entretanto, se você não recuar o afogador na hora que o motor começar a funcionar, o excesso excessivo (gostei) de gasolina também fará a vela encharcar.

E não se esqueça de recuar totalmente o afogador quando o motor estiver suficientemente aquecido. O tempo de aquecimento do motor não deve ultrapassar 5 minutos.

Não faça como um amigo meu que não direi o nome, que esqueceu de tirar o afogador e a moto começou a engasgar e ele fui até a oficina (sorte que percebiu antes de passar vexame com o pessoal de lá).

Usar essa técnica é muito fácil, depois que você pega o jeito vai se surpreender com a facilidade de fazer o motor funcionar até mesmo nos dias em que cai neve (e olha que estou escrevendo isso aqui em Santa Catarina).

Um abraço,

Jeff
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terça-feira, 23 de julho de 2013

Macetes de luzes, agora com LEDs :-)

Aproveitando a deixa da postagem "Macetes de luzes" do Jeff, quero deixar também minha experiência com este assunto.

Mesmo checando as luzes antes de sair, ainda pode acontecer de ela queimar no caminho, vale a pena ficar atento ao comportamento dos carros, como freadas próximas ou muito farol alto. Se desconfiar que a lanterna queimou, ligue o pisca até encontrar um local seguro para a troca.

Na Intruder da Marlene já aconteceu de eu sair do trabalho com a lanterna em perfeitas condições e chegar em casa com ela queimada.

Talvez seja um problema relacionado ao modelo, pois vejo muitas Intruders por aí com a lanterna queimada, mesmo estando bem cuidadas no restante. Não sei se é por conta da vibração ou algum mau contato, na dúvida ataquei as duas possíveis causas:

  • Substituí o soquete da lâmpada

  • Coloquei anéis de borracha na fixação do suporte do soquete para absorver um pouco a vibração.

Ainda existe outra solução, que são as lâmpadas LED, que ouvi dizer que não funcionam nas motos da Suzuki, porém nunca testei e acredito que seja apenas boato, afinal, o encaixe é o mesmo, a tensão é a mesma, não vejo motivos para não funcionar.

Foto de: http://www.jokermotorcycles.com.br
Nesse tipo de Led acima, vejo como desvantagem a quase inutilização do refletor e a falta de iluminação para a placa, para usar este tipo de lâmpada você terá que instalar parafusos com iluminação em Led para a placa ou qualquer outra forma de iluminar a mesma, o que acaba com a praticidade da coisa, mas daí fica a gosto de cada um.
Este outro modelo é mais caro, porém espalhará mais a luz e tornará a moto melhor vista também de ângulos laterais, terá a luz refletida e iluminará a placa (considerando que sua moto não tenha uma lâmpada só para isso, como é na lanterna da Kasinski Mirage 250).
 
Foto de:http://leaoesuamoto.blogspot.com.br
No caso da moto da Marlene, aproveitamos que tínhamos fita de LED, alguns diodos e resistores por aqui e instalamos além de dentro do farol, dentro da lanterna, então mesmo que a lâmpada comum queimar, haverá alguns LEDs de alto brilho para ajudar.

É uma solução de reserva, mas que dá um certo trabalho para fazer. 

Se você não tem experiência com solda e alguns componentes eletrônicos (leitura de códigos e conhecimento sobre a resistência física deles), desaconselho totalmente essa ideia, que não nasceu da praticidade, mas da disponibilidade dos componentes.

Mesmo que você instale lâmpadas LED, tenha em mente que mesmo estas podem apresentar problemas e continue verificando, pois eu mesmo já tive problemas com uma lâmpada de pisca em LED que quebrou por dentro.

Outra observação é que isso é uma mudança nas características do veículo e se o "guarda" quiser, ele pode te multar. Conheço um sujeito que foi multado por parar em local proibido, daí o guarda aproveitou e mandou-lhe outra multa por ter mudado os piscas de posição.

Vinícius Melo

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O motociclista é sempre o culpado - II

Mais um cala-boca para os defensores do chavão acima:



Ao avistar um motorista na contra-mão, não confie que ele vá terminar a ultrapassagem e retornar para a pista dele.

O cara poderá estar bêbado, como o canalha do filme.

Um abraço,

Jeff
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Como agir em caso de acidente

A adrenalina é aquele hormônio que é despejado na corrente sanguínea e que faz a gente ficar com sangue quente na hora do perigo.

Graças a ele, depois de uma fechada ou acidente podemos agir mais por instinto do que por raciocínio.

Isso pode ajudar a agir rapidamente, escapando de um acidente, mas também pode nos levar a ações impensadas com consequências muito graves.

Este duplo acidente vitimou um motociclista que sobreviveu ileso ao atropelamento por uma carreta:



Fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/07/motociclista-escapa-de-acidente-e-ao-levantar-morre-atropelado-no-es.html

O piloto conseguiu fazer o mais difícil, passar por baixo da carreta sem ser atingido pelas rodas ou chassi; mas com a adrenalina a mil, levantou-se e correu para retirar a moto da pista.

Infelizmente, a adrenalina o impediu de avaliar corretamente os riscos, e ele acabou atropelado por outro caminhão.

Ao pilotar uma moto, temos que tentar manter o sangue frio a todo instante, por mais que a adrenalina nos impulsione a agir rapidamente.

Caso você sofra um acidente, é fundamental avaliar todos os riscos antes de tomar qualquer atitude, e fazer isso muito rápido.

É fundamental avaliar se o impacto pode ter sido suficiente para quebrar algum osso antes de começar a se mexer. 

  • Na dúvida, e se for seguro, aguarde o SAMU ou os bombeiros, sem se mover. 
  • Não aceite ser removido por pessoas sem conhecimentos, a menos que a situação o exija. 
  • Não deixe que retirem seu capacete se ele não estiver atrapalhando sua respiração. Apenas os socorristas deverão fazer isso.
  • Não tente se levantar repentinamente. Isso pode transformar uma fratura simples em fratura com o osso exposto rompendo artérias importantes ou órgãos vitais — e o que poderia ser resolvido com gesso ou colar cervical, pode se transformar em uma hemorragia mortal ou cadeira de rodas para o resto da vida.
É claro que vale mais a pena arriscar uma hemorragia por fratura do que ser atropelado, então as condições do trânsito é que vão determinar o que você precisará fazer no caso de uma queda.

Cabeça fria nessa hora... por mais que doa o coração, é preferível ver sua moto ser atropelada do que morrer junto com ela. 

Você precisa estar consciente de todos os riscos a serem evitados, e agir com base no critério do pior risco imediato.

Somente  a concentração total na pilotagem, incluindo a preparação mental de como agir no caso de um acidente, é que poderão te dar essa condição. 

Acidentes acontecem nas horas mais inesperadas, então esteja preparado a todo momento.

Um abraço,

Jeff

terça-feira, 16 de julho de 2013

Cruzando trânsito congestionado

Essa eu vi acontecer agora há pouco, bem na minha frente.

Eu ajudei a criar o corredor para motos em 1900 e 70 e alguma coisa, mas naquela época no corredor era só eu e a sombra.... agora tem um montão de malucos, ficou perigoso.

Hoje eu acompanho o trânsito lento e não me incomodo de parar por algum tempo, enquanto os profissionais de entregas e a moçada apressada 'avua' de ambos os lados. 

Olha só o que aconteceu:

O cara com a CB300 aproveitou que o trânsito tinha parado e saiu de uma rua transversal, atravessando entre os carros, logo à frente de onde eu estava.

Mas ele se esqueceu que os carros param, mas as motos continuam ultrapassando todo mundo...

O cara da Intruder passou do meu lado freando como não podia para não bater no novato da 300.... e splonk!

Eles não chegaram propriamente a bater, foi mais um enroscar de pneu com pedaleira. 

Puxa pra um lado, puxa pro outro, livraram-se e cada um seguiu seu caminho.

Mas quase que os dois ficaram dançando um tango no meio da pista.



Encontrado em: http://www.autoblog.com/2011/06/23/watch-tangled-motorbikes-tango-mid-race/#continued

Pelo menos, serviu para inspirar esta postagem. 

Não se esqueça de considerar as motos nas duas direções quando estiver atravessando o trânsito parado.

Um abraço,

Jeff

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Macetes de luzes


Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/07/motociclista-morre-apos-ser-arrastado-por-caminhonete-em-ms-diz-policia.html

Para evitar acidentes como este, nunca se arrisque a trafegar com a lanterna traseira queimada.

Vi como isso é importante quando viajava na rodovia Bandeirantes, e a uma certa distância à minha frente vi o automóvel freando em cima de uma moto totalmente apagada.

Eu também só a percebi por causa do carro freando. 

Carregue sempre o jogo de ferramentas e lâmpadas de reserva. Vale muito a pena gastar 5 minutos para essa troca.  

Antes de sair de casa, tenha certeza de que sua lanterna, setas e luz de freio estejam funcionando.

Teste e verifique todas elas, inclusive os piscas traseiros. 


Normalmente, uma lâmpada queimada do pisca traseiro faz a seta dianteira do mesmo lado piscar mais rápido... mas nem sempre isso é verdade.

Pode acontecer de a luz traseira se queimar sem afetar o ritmo da dianteira, isso aconteceu em minha própria moto. 

Se me dissessem que isso ocorre, eu não teria acreditado; mas vi acontecer, então não tenho como me chamar de maluco. Bem... humm... deixa pra lá.

Então fique consciente quanto à importância do funcionamento perfeito de todas as luzes de sua moto, e não se arrisque.

Um abraço,

Jeff

domingo, 14 de julho de 2013

Não vacile!

Sempre que tomar uma decisão, não vacile!

Mas esteja pronto para revertê-la, se necessário...

Estou contando isso por conta de uma quase colisão com outra moto agora há pouco.

Aqui perto há um cruzamento sob um viaduto, e o grande pilar que o sustenta fica numa rotatória. 

Bom, melhor do que falar, é mostrar o que aconteceu:


Imagem: Google Maps https://maps.google.com.br 

Eu estou na mancha moto laranja, preocupado em atravessar a rotatória sob o viaduto da Governador Ivo Silveira. 

Diminuo a velocidade, porque a preferencial é deles, e tento me encaixar rapidamente no fluxo de automóveis.

Mas há uma grande coluna de sustentação do viaduto que ocultou a visão da mancha moto azul, que fez a curva em velocidade típica de motoboy.

Dois macacos velhos dificilmente se trombam.

O motoboy chegou a iniciar uma manobra para tentar passar por trás de mim, mas eu sabia exatamente de quem era a preferência (e nunca ia conseguir provar que ele estava em uma velocidade incompatível...).

Apesar de estar acelerando para me encaixar no trânsito, estanquei imediatamente, e ele reverteu e continuou praticamente sem precisar alterar a trajetória.

Tudo aconteceu muito rápido, coisa de fração de segundo, mas lembro dos detalhes em câmera-lenta.

Colisão evitada porque nenhum dos dois vacilou na hora de fazer o que deviam, nem em mudar as decisões que haviam tomado.

Sabíamos exatamente o que tinha que ser feito, e o fizemos.

Durante a pilotagem, não vacile. Tome atitudes decididas que indiquem claramente suas intenções. 

Um vacilo de qualquer um dos dois, e esta postagem seria outra.

Um abraço,

Jeff

sábado, 13 de julho de 2013

Cortante ou Cerol, o Ninja sanguinário que ataca motociclistas

Olá meus amigos!

No meu tempo, Milkbar chamava Lollo, Havaianas era chinelo de pobre, e cerol chamava cortante.

Não importa o nome que se dê, o negócio faz com que uma brincadeira tenha consequências sérias.

A molecada vivia com as mãos cortadas, as mães perdiam meias durante o processo de produção da trapaça (o cortante foi o primeiro cheat code da molecada) e surgiam no bairro as primeiras histórias de acidentes, ainda envolvendo bicicletas e em seguida motos.

Isso acontece desde que eu era moleque e empinava pipa (não que isso seja uma exclusividade da molecada), e tenho certeza que já acontecia antes, mas o problema é que ainda está acontecendo.

O fio de linha 10 é invisível e não há tempo de reação, por isso é necessário se proteger e mostrarei a seguir o porque.

Não publicamos fotos de acidentes, não estamos aqui para mostrar sangue, por isso selecionei algumas fotos em que o dano foi causado em algum objeto, para que tenham uma ideia do poder destrutivo de uma linha com cerol.

Esta motocicleta estava sendo transportada sobre uma pickup e foi atingida por uma linha com cerol.



Espelho e carenagem de perto:



Segundo o dono desta jaqueta, a linha que o atingiu nem mesmo tinha cerol, imagine se tivesse:



Já este aqui aconteceu perto de casa, na rodovia Airton Senna:



O Cerol é proibido por lei, mas quem vai ficar esperando que consigam acabar com isso? 

Vamos agir e nos proteger.


O item de proteção mais comum contra essas linhas é a "antena corta-pipa".

Este item é encontrado em diversos modelos. 

Onde compro as peças e acessórios para minha moto existem entre 10 e 60 reais. 


Foto de:http://www.minhamoto.info

Outro item interessante é o protetor de pescoço, que protege do frio e tem cabos de aço internos que ajudam a proteger das linhas. Um protetor como este custa mais ou menos 60 reais.

Além desse modelo, ainda existe a barba de bode, que é fixada no capacete e custa em média 35 mangos.


Nas fotos abaixo, podemos ver que o equipamento de proteção tem uma base fixada ao capacete e parte que entra em contato com a linha é apenas encaixada, para que seja fácil retirar caso haja necessidade, como no caso de um acidente.
Fotos de: http://www.jokermotorcycles.com.br/para-voce-protetores-protetor-contra-fios-barba-bode-p-1473.html

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ah, lembrei

Eu sabia que alguma coisa tinha ficado faltando na postagem de ontem, mas só fui lembrar agora:

A importância do salto numa bota.



Imagem: http://www.the-isb.com/?p=586

Mandei recondicionar dois pares de botas (por motivo de estimação — eu estimo muito meu dinheirinho suado), e o sapateiro me fez um favor não solicitado (malditos favores não solicitados...)

Como os pares eram idênticos, ele achou por bem distinguir um do outro instalando solados diferentes.

Então ele fez um par com saltos e outro sem saltos.

Pois é. Boa intenção teve o velhinho. 

Sobreviveu por causa disso.

Mas involuntariamente ele colaborou para estes tópicos.

Pude constatar na prática o quanto a bota sem salto escorrega nas mesmas situações e condições de utilização, já que alterno o uso dos pares de acordo com meu mau humor.

E garanto que meu humor piora muito quando uso as botas sem salto.

Realmente, saltos são questão de segurança. No dia em que derrubei Jezebel (leia o rodapé — sem trocadilho, juro), eu estava usando as malfadadas botas sem salto.

E em várias outras situações, o pé escorregou ao parar em semáforos e estacionamentos de padarias.

Sempre botas, e com saltos.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sapatos, sapatilhas, tênis e botas

Esta é uma postagem pensada há muito tempo, mas que ficou aguardando o momento certo.

E o momento surgiu quando, conferindo as estatísticas do blog, encontrei uma visita à postagem Momento Comédia, que não via há muito tempo.

E revendo o filme, encontrei o argumento perfeito. 

Reveja você também:



Notou o que derrubou o pimpão piloto?

O tênis dele escorregou da pedaleira...

Tênis (não deveriam ser tênises?) não são calçados adequados para pilotar uma moto por um motivo simples: 

Seu solado liso impede que os pés fiquem travados nas pedaleiras durante uma frenagem súbita. 

Em dias chuvosos, a coisa fica extremamente perigosa.

O mesmo se aplica às sapatilhas que as meninas tanto gostam.

Sapatos têm salto, então oferecem maior firmeza, mas podem se soltar dos pés no caso de uma queda. 

As botas e coturnos são os calçados recomendados para a pilotagem porque oferecem todas as vantagens: 

Maior firmeza, melhor proteção e, quando usados pelos meninos, impedem que os outros sofram com a visão daquelas canelas feias e peludas.

Este assunto continua nesta postagem aqui.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.