Acidente de moto na rodovia João Cereser onde o motociclista quase conseguiu ultrapassar pela direita (assista ao vídeo na página do uol):
Vídeo e reportagem: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/03/06/acidente-carro-moto-jundiai.htm
Ele deixou para desviar no último momento para ultrapassar pela direita, e fez isso no momento exato em que o motorista decidiu mudar de faixa.
Excesso de velocidade, não manter distância de segurança, (tentar) ultrapassar pela direita, encontrar um motorista que não espera que você esteja acima da velocidade máxima permitida.
Assim que acionou o freio, o piloto perdeu o controle da moto e teve a sorte de não ser atropelado nem matar ninguém.
Ao pilotar no limite, você coloca não apenas sua vida e sua moto em risco, mas também a vida e o veículo de outras pessoas que não têm nada a ver com a tua aventura.
O resultado é o que você vê no vídeo, outras consequências virão mais tarde.
Aprenda com o erro dos outros, dói menos e sai mais barato.
Mudando de assunto:
Curioso, parece ser uma moto laranja.
Seria o proprietário de uma moto recém adquirida em péssima campanha promocional* tentando descobrir a velocidade máxima na estrada?
Imagem do vídeo: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/03/06/acidente-carro-moto-jundiai.htm
Não, seria coincidência demais.
Um abraço,
Jeff
* Está aparecendo anúncio deles até aqui no blog, não tenho controle sobre os anúncios postados pelo google, senão podava.
Mostrando postagens com marcador Como evitar acidentes de moto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Como evitar acidentes de moto. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 6 de março de 2020
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
A preferencial nunca é da moto
Mais um bom exemplo para ilustrar porque você nunca deve pensar que sua moto terá a preferencial respeitada:
Vídeo e reportagem: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2020/02/22/motociclista-e-arremessada-apos-ser-atingida-por-carro-dirigido-por-adolescente-em-maringa-video.ghtml
Não são só os adolescentes sem habilitação que desrespeitam a preferencial.
A maioria dos motoristas (e motociclistas) não se liga nesse detalhe em ruas tranquilas de bairro, vejo isso todos os dias nos cruzamentos aqui perto de casa.
Além de não estarem atentos a motocicletas, qualquer motorista pode deixar de ver uma moto nos cruzamentos porque ela pode ficar oculta atrás da coluna dianteira do carro.
Esse tipo de acidente é mais comum exatamente em situações como esta — com o carro do lado esquerdo da motocicleta.
Nessa direção, a coluna dianteira direita encobre uma área maior da visão do motorista.
Já a coluna do lado esquerdo encobre uma área menor e o motorista pode perceber melhor o som da motocicleta se aproximando, mas ainda assim existe o risco de você passar batido. Literalmente.
O motorista, quando muito, dá uma olhada rápida para ver se não vem outro carro, então ele só olha na sua direção por um breve instante.
Se coincidir de ele dar essa olhada no momento em que você e sua moto estão encobertos pela coluna, já era. Pior que geralmente é o que acontece.
No instante em que a moto aparece na frente do carro, o motorista não tem tempo de parar, não dá tempo nem de pisar no freio — e o motociclista nem imagina que uma coisa tão inesperada possa ocorrer.
Essa ocultação está relacionada à distância entre os veículos em cada faixa de rolamento, ao ângulo de visualização, e à posição e distância entre o motorista e cada coluna dianteira.
Então, a melhor coisa a fazer é sempre encarar os cruzamentos já contando que você e sua moto não serão vistos e que nunca irão respeitar sua preferencial.
Mesmo na preferencial, sempre diminua a velocidade e olhe duas vezes para cada lado antes de iniciar a travessia — um primeiro olhar pode não perceber um carro ou outra moto se aproximando em alta velocidade.
Se você atravessa na inocência achando que ninguém vai desrespeitar sua preferencial, na hora em que você percebe que o carro (ou a outra moto) não vai parar, já não dá tempo de fazer mais nada — só limpar o capô e beijar o asfalto.
Mas se você chegar ao cruzamento preparado para essa possibilidade, já com os dedos no freio dianteiro e o pé pronto para atuar o freio traseiro, você não será pego de surpresa e conseguirá evitar a colisão — esse cuidado simples já me livrou de incontáveis acidentes.
Só tome cuidado para não reduzir a velocidade bruscamente se houver um carro ou outra moto muito perto atrás de você — eles não estarão esperando que você reduza ou pare de repente e não terão tempo de reagir.
Além disso, a moto tem a capacidade de reduzir bastante a velocidade só com o freio-motor, e o freio-motor não aciona a luz de freio.
De repente você evita a batida no cruzamento, mas é derrubado por quem vem atrás... Não bom.
Nessa situação, se você precisar parar totalmente, mantenha-se em uma posição que permita a passagem livre do fominha que vem atrás de você.
Evite ser atropelado no cruzamento, deixe o fominha passar te xingando e assista de camarote a batida dele com o sujeito que não respeita a preferencial.
E, se ninguém se feriu a ponto de precisar de socorro, se mande de lá antes que os dois comecem a discutir quem irá pagar o prejuízo...
Nessas discussões, sempre pode sobrar uma bala perdida para quem não tem nada a ver com a encrenca.
Um abraço,
Jeff
Vídeo e reportagem: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2020/02/22/motociclista-e-arremessada-apos-ser-atingida-por-carro-dirigido-por-adolescente-em-maringa-video.ghtml
Não são só os adolescentes sem habilitação que desrespeitam a preferencial.
A maioria dos motoristas (e motociclistas) não se liga nesse detalhe em ruas tranquilas de bairro, vejo isso todos os dias nos cruzamentos aqui perto de casa.
Além de não estarem atentos a motocicletas, qualquer motorista pode deixar de ver uma moto nos cruzamentos porque ela pode ficar oculta atrás da coluna dianteira do carro.
Esse tipo de acidente é mais comum exatamente em situações como esta — com o carro do lado esquerdo da motocicleta.
Nessa direção, a coluna dianteira direita encobre uma área maior da visão do motorista.
Já a coluna do lado esquerdo encobre uma área menor e o motorista pode perceber melhor o som da motocicleta se aproximando, mas ainda assim existe o risco de você passar batido. Literalmente.
Se coincidir de ele dar essa olhada no momento em que você e sua moto estão encobertos pela coluna, já era. Pior que geralmente é o que acontece.
No instante em que a moto aparece na frente do carro, o motorista não tem tempo de parar, não dá tempo nem de pisar no freio — e o motociclista nem imagina que uma coisa tão inesperada possa ocorrer.
Essa ocultação está relacionada à distância entre os veículos em cada faixa de rolamento, ao ângulo de visualização, e à posição e distância entre o motorista e cada coluna dianteira.
Então, a melhor coisa a fazer é sempre encarar os cruzamentos já contando que você e sua moto não serão vistos e que nunca irão respeitar sua preferencial.
Mesmo na preferencial, sempre diminua a velocidade e olhe duas vezes para cada lado antes de iniciar a travessia — um primeiro olhar pode não perceber um carro ou outra moto se aproximando em alta velocidade.
Se você atravessa na inocência achando que ninguém vai desrespeitar sua preferencial, na hora em que você percebe que o carro (ou a outra moto) não vai parar, já não dá tempo de fazer mais nada — só limpar o capô e beijar o asfalto.
Mas se você chegar ao cruzamento preparado para essa possibilidade, já com os dedos no freio dianteiro e o pé pronto para atuar o freio traseiro, você não será pego de surpresa e conseguirá evitar a colisão — esse cuidado simples já me livrou de incontáveis acidentes.
Só tome cuidado para não reduzir a velocidade bruscamente se houver um carro ou outra moto muito perto atrás de você — eles não estarão esperando que você reduza ou pare de repente e não terão tempo de reagir.
Além disso, a moto tem a capacidade de reduzir bastante a velocidade só com o freio-motor, e o freio-motor não aciona a luz de freio.
De repente você evita a batida no cruzamento, mas é derrubado por quem vem atrás... Não bom.
Nessa situação, se você precisar parar totalmente, mantenha-se em uma posição que permita a passagem livre do fominha que vem atrás de você.
Evite ser atropelado no cruzamento, deixe o fominha passar te xingando e assista de camarote a batida dele com o sujeito que não respeita a preferencial.
E, se ninguém se feriu a ponto de precisar de socorro, se mande de lá antes que os dois comecem a discutir quem irá pagar o prejuízo...
Nessas discussões, sempre pode sobrar uma bala perdida para quem não tem nada a ver com a encrenca.
Um abraço,
Jeff
domingo, 19 de novembro de 2017
Vídeo com as quatro maiores causas de acidentes fatais de moto
O acidente deste vídeo publicado pelo canal Wolf Biker Motovlog é chocante mas não tem sangue.
O piloto provavelmente morreu ao bater a cabeça no solo e/ou quebrar o pescoço — a gente sempre torce pelo melhor, o corpo humano é capaz de coisas surpreendentes, mas não tenho mais informações.
No entanto, o vídeo é um exemplo fantástico dos principais erros que todo mundo comete e não percebe ao pilotar uma moto na cidade.
Primeira coisa, o piloto não foi prudente.
A velocidade em que ele veio era maior do que os 20 a 40 km/h recomendados para vias estreitas de bairros.
O pessoal pensa que o perigo está somente quando você roda na velocidade máxima, ou pelo menos acima dos 80 km/h.
Mas acidentes podem ser fatais a partir de 50 km/h, memorize este número.
Mesmo que a moto estivesse dentro do limite urbano de 60 km/h, já seria demais para rodar naquela rua.
Segunda coisa, faltou cautela ao chegar na intersecção.
A preferencial ali é difícil de identificar.
Provavelmente a moto estava na preferencial, o mesmo caminho do ônibus, mas a separação do asfalto deixa margem para dúvidas.
Você nunca chega em uma velocidade que te impeça de impedir um acidente porque alguém desrespeitou a preferencial em uma intersecção ou cruzamento.
Carros ou motos poderiam vir nos dois sentidos e o motociclista não conseguiria parar, como não parou.
Os outros sempre poderão errar, mas o motociclista não pode errar nunca, senão o resultado é esse do vídeo.
Terceira coisa, ele não previu que um veículo poderia estar atrás do ônibus e cruzar a frente dele.
Veículos opacos sempre ocultam outros veículos menores e você só descobre quando não dá mais tempo de fazer nada.
A única saída é prever que isso possa acontecer e rodar em velocidade que te permita evitar o acidente.
E finalmente, mas não menos importante:
Ele perdeu todas as chances de sair dessa apenas com um susto quando não afivelou o capacete corretamente.
Um capacete frouxo é a primeira coisa que voa longe em uma batida.
Se estivesse bem afivelado, permaneceria na cabeça e amorteceria o impacto contra o solo.
Talvez até mudasse a trajetória contra a parede.
Sinceramente, torço para que o rapaz tenha sobrevivido e aprendido essa lição dolorosa.
Mas se a lição não serviu para ele, que sirva para você não cometer os mesmos erros tão comuns.
Erros básicos e facilmente evitáveis que estão matando muita gente dessa maneira triste.
Um abraço, especialmente ao meu amigo Daniel que me enviou o vídeo,
Jeff
PS: Como observado pelo leitor Patrick Lemos, ele estava pilotando de chinelos.
É nessas horas em que se precisa frear desesperadamente que o chinelo costuma escorregar da pedaleira. Principalmente se estiver molhada.
O piloto provavelmente morreu ao bater a cabeça no solo e/ou quebrar o pescoço — a gente sempre torce pelo melhor, o corpo humano é capaz de coisas surpreendentes, mas não tenho mais informações.
No entanto, o vídeo é um exemplo fantástico dos principais erros que todo mundo comete e não percebe ao pilotar uma moto na cidade.
Primeira coisa, o piloto não foi prudente.
A velocidade em que ele veio era maior do que os 20 a 40 km/h recomendados para vias estreitas de bairros.
O pessoal pensa que o perigo está somente quando você roda na velocidade máxima, ou pelo menos acima dos 80 km/h.
Mas acidentes podem ser fatais a partir de 50 km/h, memorize este número.
Mesmo que a moto estivesse dentro do limite urbano de 60 km/h, já seria demais para rodar naquela rua.
Segunda coisa, faltou cautela ao chegar na intersecção.
A preferencial ali é difícil de identificar.
Provavelmente a moto estava na preferencial, o mesmo caminho do ônibus, mas a separação do asfalto deixa margem para dúvidas.
Você nunca chega em uma velocidade que te impeça de impedir um acidente porque alguém desrespeitou a preferencial em uma intersecção ou cruzamento.
Carros ou motos poderiam vir nos dois sentidos e o motociclista não conseguiria parar, como não parou.
Os outros sempre poderão errar, mas o motociclista não pode errar nunca, senão o resultado é esse do vídeo.
Terceira coisa, ele não previu que um veículo poderia estar atrás do ônibus e cruzar a frente dele.
Veículos opacos sempre ocultam outros veículos menores e você só descobre quando não dá mais tempo de fazer nada.
A única saída é prever que isso possa acontecer e rodar em velocidade que te permita evitar o acidente.
E finalmente, mas não menos importante:
Ele perdeu todas as chances de sair dessa apenas com um susto quando não afivelou o capacete corretamente.
Um capacete frouxo é a primeira coisa que voa longe em uma batida.
Se estivesse bem afivelado, permaneceria na cabeça e amorteceria o impacto contra o solo.
Talvez até mudasse a trajetória contra a parede.
Sinceramente, torço para que o rapaz tenha sobrevivido e aprendido essa lição dolorosa.
Mas se a lição não serviu para ele, que sirva para você não cometer os mesmos erros tão comuns.
Erros básicos e facilmente evitáveis que estão matando muita gente dessa maneira triste.
Um abraço, especialmente ao meu amigo Daniel que me enviou o vídeo,
Jeff
PS: Como observado pelo leitor Patrick Lemos, ele estava pilotando de chinelos.
É nessas horas em que se precisa frear desesperadamente que o chinelo costuma escorregar da pedaleira. Principalmente se estiver molhada.
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Se ligue no cara na sua frente
Taí um macete que pode ser muito útil:
Se quem está na sua frente de repente vai para um lado, vá junto — não vacile, simplesmente vá junto! (3:05)
Se o cara na sua frente desvia sem motivo, é porque algum motivo tem.
Ele pode estar desviando de um buraco, um pneu (5:47)...
... uma banda de rodagem, um pedaço de para-lama de carreta, um cacareco qualquer (6:52)...
... ou uma escada caída no meio da pista.
Quem está na sua frente está vendo algo que você só vai descobrir o que era na hora que passar por cima, e aí já era.
Instintivamente, ele vai evitar passar com as rodas por cima do problema.
Seguir a trilha das rodas do veículo à frente pode ser uma boa maneira de escapar de uma encrenca desse tamanho.
Um abraço,
Jeff
Se quem está na sua frente de repente vai para um lado, vá junto — não vacile, simplesmente vá junto! (3:05)
Se o cara na sua frente desvia sem motivo, é porque algum motivo tem.
Ele pode estar desviando de um buraco, um pneu (5:47)...
... uma banda de rodagem, um pedaço de para-lama de carreta, um cacareco qualquer (6:52)...
... ou uma escada caída no meio da pista.
Quem está na sua frente está vendo algo que você só vai descobrir o que era na hora que passar por cima, e aí já era.
Instintivamente, ele vai evitar passar com as rodas por cima do problema.
Seguir a trilha das rodas do veículo à frente pode ser uma boa maneira de escapar de uma encrenca desse tamanho.
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Nunca ultrapasse um veículo lento pela direita
Qual é a primeira coisa que um veículo lento faz depois de passar um carro parado?
Ele volta para a faixa da direita e te espreme (09:48):
Vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?v=t_bCDlNOhJc
Tentar ultrapassar pela direita nessas condições é se jogar na boca do lobo.
E você lembra daquela dica — um caminhoneiro andando lentamente na faixa da esquerda está se preparando para uma conversão à direita?
Achei um vídeo perfeito para ilustrar (07:26):
A manobra foi sinalizada com o pisca do cavalo mecânico, mas não da carreta, provavelmente por mau contato na conexão — algo super hiper comum.
Na hora em que o motociclista viu, ele já estava vendido, teve muita sorte de poder escapar pela ciclovia.
O pisca também pode deixar de ser acionado por esquecimento do motorista.
Por isso, ao ver um veículo lento na faixa da esquerda, ligue o seu desconfiômetro — ele provavelmente tem motivo para estar lá, ou então está se preparando para voltar para a direita.
E o motorista não espera que do nada apareça um mané que não deveria estar ali.
Este blog nasceu depois que vi o resgate de uma garota com a motinho em baixo da roda dianteira de um Scania lá em Santa Catarina.
Tem coisas que a gente não esquece e não se cansa de alertar.
Um abraço,
Jeff
Ele volta para a faixa da direita e te espreme (09:48):
Vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?v=t_bCDlNOhJc
Tentar ultrapassar pela direita nessas condições é se jogar na boca do lobo.
E você lembra daquela dica — um caminhoneiro andando lentamente na faixa da esquerda está se preparando para uma conversão à direita?
Achei um vídeo perfeito para ilustrar (07:26):
A manobra foi sinalizada com o pisca do cavalo mecânico, mas não da carreta, provavelmente por mau contato na conexão — algo super hiper comum.
Na hora em que o motociclista viu, ele já estava vendido, teve muita sorte de poder escapar pela ciclovia.
O pisca também pode deixar de ser acionado por esquecimento do motorista.
Por isso, ao ver um veículo lento na faixa da esquerda, ligue o seu desconfiômetro — ele provavelmente tem motivo para estar lá, ou então está se preparando para voltar para a direita.
E o motorista não espera que do nada apareça um mané que não deveria estar ali.
Este blog nasceu depois que vi o resgate de uma garota com a motinho em baixo da roda dianteira de um Scania lá em Santa Catarina.
Tem coisas que a gente não esquece e não se cansa de alertar.
Um abraço,
Jeff
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Quase atropelei uma criança — o perigo das vans escolares
Segunda-feira Jezebel e eu seguíamos atrás de uma van escolar quando ela parou pouco antes de um cruzamento movimentado aqui do bairro.
Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.
O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.
Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/
Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.
Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.
Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.
Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!
Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!
E não deu outra:
Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.
A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.
Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.
Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.
Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.
Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar umaperna ou braço perninha ou bracinho.
Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.
Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.
E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.
Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.
Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?
Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...
O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):
E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...
É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.
Todo o trânsito fica bloqueado justamente porque nunca se sabe do que uma criança é capaz, indo ou voltando da escola.
Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:
Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.
Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas paradescarregar (ops!) desembarcar ou apanhar crianças.
Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.
Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.
Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.
E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...
Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.
Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...
Um abraço,
Jeff
Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.
O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.
Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/
Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.
Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.
Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.
Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!
Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!
E não deu outra:
Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.
A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.
Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.
Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.
Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.
Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar uma
Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.
Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.
E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.
Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.
Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?
Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...
O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):
E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...
É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.

Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:
Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.
Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas para
Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.
Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.
Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.
E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...
Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.
Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...
Um abraço,
Jeff
domingo, 20 de agosto de 2017
Harleys e sua tendência mortal de sair fora de controle
Vídeo incrível flagrou uma Harley saindo fora de controle com o famoso "balanço da morte" (death wobble):
Vídeo: De autoria da família Hoff reproduzido na reportagem http://www.dailymail.co.uk/news/article-4657406/Shocking-video-shows-motorcyclist-losing-control-bike.html
Do nada a moto começa a oscilar de um lado para outro e acaba sofrendo uma queda feia. O piloto quebrou a cara no asfalto, aquela mania de não usar capacete integral... ou nenhum. Capacete coquinho é a mesma coisa que nada.
A família que gravou o vídeo conta que ele já havia quase perdido o controle da moto umas 6 vezes quando atingia uma determinada velocidade.
A harley-davidson há anos alega que não é culpa do projeto dela.
Como sempre, para as fabricantes, a culpa é sempre do piloto.
Você pode me dizer o que o piloto fez nesse vídeo para ser culpado pela queda?
Nem eu.
Não há acessórios instalados naquela moto para serem usados como desculpa.
A moto viajava em velocidade muito próxima à dos carros, certamente não estava muito acima dos 100 km/h.
Mas o fato é que as motos fabricadas pela harley são famosas por acidentes desse tipo.
Imagem e reportagem: http://www.wftv.com/news/local/fhp-investigates-if-death-wobble-caused-troopers-motorcycle-crash/199766013
A polícia rodoviária da Califórnia barrou a compra de motos da harley por causa disso (vídeo mais abaixo e postagem antiga).
Motos zero km, diga-se de passagem.
Já que segundo a harley-davidson não é um defeito do projeto, então o que causa essa mania das Harleys?
Encontrei este vídeo de um mecânico que tem todo o jeitão de entender muito, muito mesmo de Harleys:
Segundo ele, o desalinhamento das rodas é o motivo de as Harleys terem essa mania de sair rebolando sem motivo aparente.
Ora, um desalinhamento das rodas ou do quadro não é coisa original de fábrica, correto?
Não é bem assim.
Supostamente os gabaritos de montagem devem garantir o alinhamento perfeito entre as peças, mas erros acontecem. Que o digam as primeiras dafra montadas no Brasil, que tinham o chassi muito mal soldado em Manaus...
É famosa a história de um carro nacional que saiu de fábrica com o lado esquerdo maior que o direito por erro de fabricação dos estampos de cada lado. Pena que agora eu não me lembre qual foi, e também não encontrei o caso na internet.
E lembrando, os testes feitos pela polícia rodoviária da Califórnia, que barrou a compra de uma frota de Harleys, foram feitos com motos zero km...
De qualquer forma, você pode descobrir se é um problema original de fábrica ou não por conta própria.
O teste de alinhamento feito pelo Chuck é muito simples, só depende de duas réguas bem retas.
(E neste caso "régua" é qualquer tubo, cano, cantoneira, perfilado, etc. suficientemente reto e rígido para servir de referência.)
É algo que você proprietário de Harley pode e deve fazer, basta alinhar as réguas com o pneu traseiro e ver se há diferença em relação ao pneu dianteiro.
(Obviamente, o teste só tem sentido depois de comprovar que a roda traseira está corretamente alinhada na balança, as marcas de referência de um lado coincidindo com as do outro — isso é básico.)
O mecânico experiente afirma que isso é erro de reparador desqualificado, e não um problema original de fábrica. Pode ser.
O torque de aperto excessivo da porca da roda traseira pode causar um pequeno desalinhamento das rodas.
Em uma moto longa como uma Harley, um pequeno desalinhamento vira um grande desalinhamento.
Mas eu suspeito que outra causa possível para esse problema seja aquele que os proprietários têm vergonha de admitir e nem comentam com os amigos:
O tombo besta com a moto.
Harleys são muito pesadas.
Ao passar por um tombo besta, até mais besta que esse aí de cima, o enorme motor faz uma força tremenda sobre o chassi.
Minha suspeita é que isso possa ser o responsável por um grande desalinhamento do quadro.
Acontece até com o peso ridículo do motor de uma CG antiga — experiência própria de um amigo meu (que não sou eu ;).
A rigidez do quadro é proporcional ao peso da moto — a rigidez do chassi de uma Harley tem de suportar o enorme peso do motor projetado pela harley.
Mas boa parte do esforço dos engenheiros vai para a maior redução possível do peso para tornar a moto econômica (não só em consumo, mas principalmente nos custos de produção).
Se for negligenciada a conferência do alinhamento depois de um tombo besta, o proprietário se arrisca a passar por essa situação do balanço da morte.
Se minha hipótese for correta, podemos dizer que não se trata de falha do projeto?
Um chassi "fraco" que não aguenta um tombo besta sem se deformar?
Bom, nenhuma moto é feita para cair.
Harleys até são resistentes, mas o motor é realmente algo muito pesado, e cada tombo é um tombo diferente.
Então atribuir a culpa do problema à harley vai muito da opinião pessoal de cada um. A minha os leitores do blog já conhecem, então sou suspeito para falar... hehehe.... o fato é que os tombos com minha antiga CG entortavam o quadro, e tombos tão graves quanto com minha Kansas nunca o entortaram. O quadro da Kansas peca pela resistência à fadiga, mas não pela resistência à torção.
A grande questão é:
Será que passa pela cabeça do proprietário de uma Harley que sofreu um tombo besta — e aparentemente não teve danos — levar a moto à concessionária para verificar o alinhamento do chassi e das rodas?
Tenho certeza que não.
E mesmo que leve a moto à concessionária, será para trocar algum componente riscado ou danificado.
Será que passa pela cabeça dos mecânicos da concessionária harley fazer a verificação do alinhamento das rodas de uma moto que chegou para trocar um componente riscado ou danificado?
Sem dispor de um dispositivo medidor a laser? Tudo fica melhor com lasers, já dizia o Cardoso.
O macete ensinado pelo Chuck é macete de quem conhece...
Então tenho minhas dúvidas se em todas as concessionárias encontraremos gente com essa percepção e capacidade de solucionar o problema.
Assim, minha sugestão é que você mesmo faça amedição verificação conforme ensinada pelo Chuck, seja sua moto original zero km nunca caída ou não.
Quem sabe o que mais a gente descobre?
E se descobrir, não deixe de avisar a gente!
You're welcome,
Jeff
Vídeo: De autoria da família Hoff reproduzido na reportagem http://www.dailymail.co.uk/news/article-4657406/Shocking-video-shows-motorcyclist-losing-control-bike.html
Do nada a moto começa a oscilar de um lado para outro e acaba sofrendo uma queda feia. O piloto quebrou a cara no asfalto, aquela mania de não usar capacete integral... ou nenhum. Capacete coquinho é a mesma coisa que nada.
A família que gravou o vídeo conta que ele já havia quase perdido o controle da moto umas 6 vezes quando atingia uma determinada velocidade.
A harley-davidson há anos alega que não é culpa do projeto dela.
Como sempre, para as fabricantes, a culpa é sempre do piloto.
Você pode me dizer o que o piloto fez nesse vídeo para ser culpado pela queda?
Nem eu.
Não há acessórios instalados naquela moto para serem usados como desculpa.
A moto viajava em velocidade muito próxima à dos carros, certamente não estava muito acima dos 100 km/h.
Mas o fato é que as motos fabricadas pela harley são famosas por acidentes desse tipo.
Imagem e reportagem: http://www.wftv.com/news/local/fhp-investigates-if-death-wobble-caused-troopers-motorcycle-crash/199766013
A polícia rodoviária da Califórnia barrou a compra de motos da harley por causa disso (vídeo mais abaixo e postagem antiga).
Motos zero km, diga-se de passagem.
Já que segundo a harley-davidson não é um defeito do projeto, então o que causa essa mania das Harleys?
Encontrei este vídeo de um mecânico que tem todo o jeitão de entender muito, muito mesmo de Harleys:
Segundo ele, o desalinhamento das rodas é o motivo de as Harleys terem essa mania de sair rebolando sem motivo aparente.
Ora, um desalinhamento das rodas ou do quadro não é coisa original de fábrica, correto?
Não é bem assim.
Supostamente os gabaritos de montagem devem garantir o alinhamento perfeito entre as peças, mas erros acontecem. Que o digam as primeiras dafra montadas no Brasil, que tinham o chassi muito mal soldado em Manaus...
É famosa a história de um carro nacional que saiu de fábrica com o lado esquerdo maior que o direito por erro de fabricação dos estampos de cada lado. Pena que agora eu não me lembre qual foi, e também não encontrei o caso na internet.
E lembrando, os testes feitos pela polícia rodoviária da Califórnia, que barrou a compra de uma frota de Harleys, foram feitos com motos zero km...
De qualquer forma, você pode descobrir se é um problema original de fábrica ou não por conta própria.
O teste de alinhamento feito pelo Chuck é muito simples, só depende de duas réguas bem retas.
(E neste caso "régua" é qualquer tubo, cano, cantoneira, perfilado, etc. suficientemente reto e rígido para servir de referência.)
É algo que você proprietário de Harley pode e deve fazer, basta alinhar as réguas com o pneu traseiro e ver se há diferença em relação ao pneu dianteiro.
(Obviamente, o teste só tem sentido depois de comprovar que a roda traseira está corretamente alinhada na balança, as marcas de referência de um lado coincidindo com as do outro — isso é básico.)
O mecânico experiente afirma que isso é erro de reparador desqualificado, e não um problema original de fábrica. Pode ser.
O torque de aperto excessivo da porca da roda traseira pode causar um pequeno desalinhamento das rodas.
Em uma moto longa como uma Harley, um pequeno desalinhamento vira um grande desalinhamento.
Mas eu suspeito que outra causa possível para esse problema seja aquele que os proprietários têm vergonha de admitir e nem comentam com os amigos:
O tombo besta com a moto.
Harleys são muito pesadas.
Ao passar por um tombo besta, até mais besta que esse aí de cima, o enorme motor faz uma força tremenda sobre o chassi.
Minha suspeita é que isso possa ser o responsável por um grande desalinhamento do quadro.
Acontece até com o peso ridículo do motor de uma CG antiga — experiência própria de um amigo meu (que não sou eu ;).
A rigidez do quadro é proporcional ao peso da moto — a rigidez do chassi de uma Harley tem de suportar o enorme peso do motor projetado pela harley.
Mas boa parte do esforço dos engenheiros vai para a maior redução possível do peso para tornar a moto econômica (não só em consumo, mas principalmente nos custos de produção).
Se for negligenciada a conferência do alinhamento depois de um tombo besta, o proprietário se arrisca a passar por essa situação do balanço da morte.
Se minha hipótese for correta, podemos dizer que não se trata de falha do projeto?
Um chassi "fraco" que não aguenta um tombo besta sem se deformar?
Bom, nenhuma moto é feita para cair.
Harleys até são resistentes, mas o motor é realmente algo muito pesado, e cada tombo é um tombo diferente.
Então atribuir a culpa do problema à harley vai muito da opinião pessoal de cada um. A minha os leitores do blog já conhecem, então sou suspeito para falar... hehehe.... o fato é que os tombos com minha antiga CG entortavam o quadro, e tombos tão graves quanto com minha Kansas nunca o entortaram. O quadro da Kansas peca pela resistência à fadiga, mas não pela resistência à torção.
A grande questão é:
Será que passa pela cabeça do proprietário de uma Harley que sofreu um tombo besta — e aparentemente não teve danos — levar a moto à concessionária para verificar o alinhamento do chassi e das rodas?
Tenho certeza que não.
E mesmo que leve a moto à concessionária, será para trocar algum componente riscado ou danificado.
Será que passa pela cabeça dos mecânicos da concessionária harley fazer a verificação do alinhamento das rodas de uma moto que chegou para trocar um componente riscado ou danificado?
Sem dispor de um dispositivo medidor a laser? Tudo fica melhor com lasers, já dizia o Cardoso.
O macete ensinado pelo Chuck é macete de quem conhece...
Então tenho minhas dúvidas se em todas as concessionárias encontraremos gente com essa percepção e capacidade de solucionar o problema.
Assim, minha sugestão é que você mesmo faça a
Quem sabe o que mais a gente descobre?
E se descobrir, não deixe de avisar a gente!
You're welcome,
Jeff
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Motociclistas apressados e cruzamentos
Vídeo de reportagem do g1 mostra acidente onde picape atravessa no amarelo e motociclista apressado tenta cruzar antes de o sinal abrir para ele.
Vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/ceara/noticia/imagens-mostram-que-sinal-estava-amarelo-quando-medico-bateu-em-motociclista.ghtml
Aliás, a reportagem descreve o caso de maneira errada.
O motociclista não foi atingido nem o médico bateu na moto — foi a moto que bateu na lateral da picape que cruzava com o sinal ainda amarelo.
Infelizmente, muitos motociclistas acabam se dando mal por conta dessa afobação de não esperar o sinal abrir.
Ou sair assim que o sinal abre.
Alguns semáforos são armadilhas que permanecem fechados mesmo depois que todo o trânsito parou, mesmo depois de bloquear as travessias de pedestres...
Isso pode fazer com que algum condutor que conheça essa manha do semáforo resolva aproveitar esse tempo e cruzar a via, na certeza de que ninguém irá furar...
O acidente acontece justamente quando dois condutores têm a mesma má ideia.
Nada justifica tentar atravessar enquanto o semáforo ainda está vermelho para você.
Não é só distração, é uma pressa injustificável que causa acidentes fatais como esse da reportagem.
Fique ligado para não se envolver em uma situação dessas.
A afobação para ganhar 30 segundos pode não ter volta.
Um abraço,
Jeff
Vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/ceara/noticia/imagens-mostram-que-sinal-estava-amarelo-quando-medico-bateu-em-motociclista.ghtml
Aliás, a reportagem descreve o caso de maneira errada.
O motociclista não foi atingido nem o médico bateu na moto — foi a moto que bateu na lateral da picape que cruzava com o sinal ainda amarelo.
Infelizmente, muitos motociclistas acabam se dando mal por conta dessa afobação de não esperar o sinal abrir.
Ou sair assim que o sinal abre.
Alguns semáforos são armadilhas que permanecem fechados mesmo depois que todo o trânsito parou, mesmo depois de bloquear as travessias de pedestres...
Isso pode fazer com que algum condutor que conheça essa manha do semáforo resolva aproveitar esse tempo e cruzar a via, na certeza de que ninguém irá furar...
O acidente acontece justamente quando dois condutores têm a mesma má ideia.
Nada justifica tentar atravessar enquanto o semáforo ainda está vermelho para você.
Não é só distração, é uma pressa injustificável que causa acidentes fatais como esse da reportagem.
Fique ligado para não se envolver em uma situação dessas.
A afobação para ganhar 30 segundos pode não ter volta.
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 11 de julho de 2017
Muita gente se ferra fazendo isso
Vídeo do g1 mostrando porque você nunca deve fazer ultrapassagens em um trevo ou cruzamento:
Imagem, reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/motorista-de-land-rover-foge-apos-atingir-motociclista-no-trevo-da-mg-167-em-varginha-mg.ghtml
Independente de a conversão que a range rover fez ser proibida:
Durante uma ultrapassagem, você e sua moto estão ocultos pelo carro da frente.
Um motorista que pretenda entrar na via ou cruzá-la fará seu cálculo considerando apenas o carro — sem ver você.
Enquanto você estiver encoberto no campo de visão do outro motorista, ele não fará ideia de que você está se aproximando.
Se ele achar que consegue atravessar na frente do carro lento que você está ultrapassando, ele avançará e acertará você em cheio.
Fazer uma ultrapassagem nesse momento resulta no que o vídeo mostra.
Respeitar a regra de trânsito básica de não fazer ultrapassagens em cruzamentos (e similares) evitaria muitos motociclistas passeando de ambulância por aí.
Um abraço,
Jeff
Imagem, reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/motorista-de-land-rover-foge-apos-atingir-motociclista-no-trevo-da-mg-167-em-varginha-mg.ghtml
Independente de a conversão que a range rover fez ser proibida:
Durante uma ultrapassagem, você e sua moto estão ocultos pelo carro da frente.
Um motorista que pretenda entrar na via ou cruzá-la fará seu cálculo considerando apenas o carro — sem ver você.
Se ele achar que consegue atravessar na frente do carro lento que você está ultrapassando, ele avançará e acertará você em cheio.
Fazer uma ultrapassagem nesse momento resulta no que o vídeo mostra.
Respeitar a regra de trânsito básica de não fazer ultrapassagens em cruzamentos (e similares) evitaria muitos motociclistas passeando de ambulância por aí.
Um abraço,
Jeff
sábado, 8 de julho de 2017
Desconfiômetro ligado, acidente com caminhão evitado
Sempre desconfie de caminhões.
Um caminhão pesado e lento é uma das coisas mais difíceis de dirigir, o que o torna propenso a se envolver em acidentes com motocicletas leves e ligeiras.
Olha só este vídeo da reportagem do g1:
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/motociclista-sobrevive-apos-parar-debaixo-de-caminhao-no-es-veja-video.ghtml
O vídeo da reportagem mostra um acidente bem típico envolvendo caminhão e motocicleta:
Ele faz a conversão inesperada e corta a frente da moto — felizmente, o piloto escapa ileso.
Então ligue seu desconfiômetro ao ver um caminhão à sua frente.
Um caminhão parado pode estar aguardando para fazer uma conversão.
Caminhão parado no acostamento sempre pode estar querendo cruzar a pista.
Imagem e reportagem: http://www.diariodoscampos.com.br/policia/2017/03/motociclista-escapa-com-vida-de-acidente-na-rodovia-para-palmeira/2348761/
Um fato comum entre todos estes acidentes:
Nem passou pela cabeça dos motociclistas que o caminhão pudesse fazer uma manobra inesperada bem na frente deles.
Motocicletas em alta velocidade nunca são percebidas e não conseguem parar a tempo de evitar a colisão com caminhões lentos.
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/motociclista-morre-apos-ser-atingido-por-veiculo-em-rodovia-de-salto-de-pirapora.ghtml
E essa alta velocidade nem precisa estar acima do limite, ela pode ser a normal da rodovia:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/motociclista-morre-apos-parar-embaixo-de-caminhao-durante-batida-em-rodovia.ghtml
Note que a foto mostra que o caminhão não "colidiu com a lateral da motocicleta" como diz a reportagem.
Ele cortou a frente dela que foi parar lá embaixo do eixo traseiro.
Então sempre que observar um caminhão em atitude suspeita, ou nas proximidades de uma saída lateral, redobre sua atenção.
Fique atento a pátios de carga de caminhões, depósitos de materiais de construção, pátios de indústrias, etc. — se prepare para escapar de uma fechada.
Sinalize, buzine, altere a trajetória para chamar a atenção, mas não confie cegamente na eficácia de nada disso.
Sua melhor proteção é rodar dentro dos limites de velocidade, nunca se aproximando para ultrapassagens sem uma boa margem de segurança.
Você nunca sabe o que um motorista de caminhão pode precisar fazer para dobrar uma esquina, então não tente adivinhar.
Ao avistar um caminhão parado, sempre trace rotas alternativas pensando "e se ele cruzar minha frente"?
E antes de ultrapassar um caminhão, sempre buzine e tenha certeza de que ele não está se preparando para fazer uma conversão.
Se um caminhão está quase parado do lado esquerdo da faixa, é porque vai fazer uma conversão à direita.
E se um caminhão está quase parado do lado direito da faixa, pode ser que pretenda fazer uma conversão à esquerda.
Caminhões precisam desse espaço para virar, e uma coisa que eles não precisam é você enfiando sua moto embaixo dele.
NUNCA ultrapasse um caminhão lento pela direita.
Imagem e reportagem: http://www.patosagora.net/noticia/motoneta-vai-parar-debaixo-de-carreta-em-acidente-na-rua-dona-luiza
NUNCA ultrapasse um caminhão durante uma curva ou conversão, mesmo que seja pelo lado correto.
Mantenha seu desconfiômetro ligado em nível máximo perto de caminhões.
Para nós motociclistas, caminhões e seus parentes ônibus sempre são grandes encrencas.
Raramente alguém tem uma segunda chance como o piloto do vídeo.
Um abraço,
Jeff
Um caminhão pesado e lento é uma das coisas mais difíceis de dirigir, o que o torna propenso a se envolver em acidentes com motocicletas leves e ligeiras.
Olha só este vídeo da reportagem do g1:
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/motociclista-sobrevive-apos-parar-debaixo-de-caminhao-no-es-veja-video.ghtml
O vídeo da reportagem mostra um acidente bem típico envolvendo caminhão e motocicleta:
Ele faz a conversão inesperada e corta a frente da moto — felizmente, o piloto escapa ileso.
Então ligue seu desconfiômetro ao ver um caminhão à sua frente.
Um caminhão parado pode estar aguardando para fazer uma conversão.
Caminhão parado no acostamento sempre pode estar querendo cruzar a pista.
Imagem e reportagem: http://www.diariodoscampos.com.br/policia/2017/03/motociclista-escapa-com-vida-de-acidente-na-rodovia-para-palmeira/2348761/
Um fato comum entre todos estes acidentes:
Nem passou pela cabeça dos motociclistas que o caminhão pudesse fazer uma manobra inesperada bem na frente deles.
Motocicletas em alta velocidade nunca são percebidas e não conseguem parar a tempo de evitar a colisão com caminhões lentos.
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/motociclista-morre-apos-ser-atingido-por-veiculo-em-rodovia-de-salto-de-pirapora.ghtml
E essa alta velocidade nem precisa estar acima do limite, ela pode ser a normal da rodovia:
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/motociclista-morre-apos-parar-embaixo-de-caminhao-durante-batida-em-rodovia.ghtml
Note que a foto mostra que o caminhão não "colidiu com a lateral da motocicleta" como diz a reportagem.
Ele cortou a frente dela que foi parar lá embaixo do eixo traseiro.
Então sempre que observar um caminhão em atitude suspeita, ou nas proximidades de uma saída lateral, redobre sua atenção.
Fique atento a pátios de carga de caminhões, depósitos de materiais de construção, pátios de indústrias, etc. — se prepare para escapar de uma fechada.
Sinalize, buzine, altere a trajetória para chamar a atenção, mas não confie cegamente na eficácia de nada disso.
Sua melhor proteção é rodar dentro dos limites de velocidade, nunca se aproximando para ultrapassagens sem uma boa margem de segurança.
Você nunca sabe o que um motorista de caminhão pode precisar fazer para dobrar uma esquina, então não tente adivinhar.
Ao avistar um caminhão parado, sempre trace rotas alternativas pensando "e se ele cruzar minha frente"?
E antes de ultrapassar um caminhão, sempre buzine e tenha certeza de que ele não está se preparando para fazer uma conversão.
Se um caminhão está quase parado do lado esquerdo da faixa, é porque vai fazer uma conversão à direita.
E se um caminhão está quase parado do lado direito da faixa, pode ser que pretenda fazer uma conversão à esquerda.
NUNCA ultrapasse um caminhão lento pela direita.
Imagem e reportagem: http://www.patosagora.net/noticia/motoneta-vai-parar-debaixo-de-carreta-em-acidente-na-rua-dona-luiza
NUNCA ultrapasse um caminhão durante uma curva ou conversão, mesmo que seja pelo lado correto.
Mantenha seu desconfiômetro ligado em nível máximo perto de caminhões.
Para nós motociclistas, caminhões e seus parentes ônibus sempre são grandes encrencas.
Raramente alguém tem uma segunda chance como o piloto do vídeo.
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 20 de junho de 2017
Mais cruzamentos e preferenciais traiçoeiras
O leitor Péricles contribuiu com dois bons exemplos de preferenciais traiçoeiras, assunto comentado na postagem anterior.
Segue seu relato em azul:
A rua é larga e tem visão, mas as valetas obrigam os veículos a quase pararem, e causam às vezes alguma confusão porque sempre tem um que quer aproveitar e cortar a frente do cidadão.
Imagem: Google Street View
Talvez pela imagem você não tenha boa noção, mas essas são bem fundas e "secas", sabe.
Se quiser se aventurar pelo street view, no próximo quarteirão seguindo em frente tem mais.
E se vc contornar a delegacia você vai encontrar uma que eu particularmente xingo toda vez que tenho que fazer aquela curva por cima dela.
Imagem: Google Street View
Por que a reclamação do Péricles?
Porque passar com a moto inclinada sobre uma valeta funda resulta em uma mudança de atitude da moto suficiente para te desequilibrar.
Passar sobre obstáculos como valetas, lombadas e trilhos em diagonal sempre é um risco, a melhor maneira é cruzá-los em linha reta.
Mas nesta esquina isso fica praticamente impossível, daí a reclamação.
Sobre elas te derrubarem, isso é verdade.
Tem uma outra aqui que quase já me derrubou, porque apesar de aparecer sinalizada no street view, hoje em dia é apenas um buraco fundo, sem sinalização e extremamente perigoso.
Como não andamos sempre por ali, pode acontecer de só vermos o buraco quando já estamos em cima dele.
Esse é o grande problema da sinalização pintada, ela requer manutenção, e isso só é feito — quando é feito — em véspera de eleição.
Atendendo ao convite do Péricles, botei meu chapéu de Indiana Jones virtual e me aventurei pelo quarteirão.
Acabei encontrando este exemplo interessante de outra armadilha viária:
Imagem: Google Street View
Note como a sinalização pintada no chão pode ficar apagada e encoberta (seta 1).
Nessa situação, um veículo parado pode encobrir a indicação para outro veículo passando pela direita dele.
O carro parado também encobrirá esse outro veículo desrespeitando a preferencial para a visão de uma moto seguindo reto na preferencial (visão da câmera), uma armadilha muito comum para nós motociclistas.
Essa imagem também mostra um bom recurso para identificar uma preferencial, apontado na seta 2, a placa de PARE:
Imagem: Google Street View
Agora você já sabe porque a placa PARE é a única que tem esse formato de octógono:
Para ser reconhecida pelas costas...
Ver uma placa dessas por trás pode ser sua melhor referência para saber que você está na preferencial em um cruzamento.
Mas nunca se esqueça de que não importa de quem é a preferencial, é sempre o motociclista quem se ferra, então não confie que irão respeitá-la.
Eu nem ia comentar sobre o motociclista pensando em entrar na contramão...
Mas essa atitude dele pode ser um fator de distração determinante para um acidente.
Preocupado com a atitude dele, você deixa de prestar atenção no tráfego da transversal.
Lembra da postagem anterior sobre o acidente entre carro e ônibus?
Você lembra que imediatamente antes do acidente fatal uma moto fez uma conversão brusca e quase causou um acidente?
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/video-mostra-o-momento-do-acidente-que-vitimou-a-cantora-eliza-clivia-e-o-marido-em-aracaju.ghtml
Aí eu pergunto:
Será que o motorista do carro acidentado não se distraiu justamente por causa dessa atitude do motociclista?
Eu consigo imaginar o motorista olhando preocupado para ver se o motociclista tinha sido atropelado, avançando o carro sem perceber que estava cortando a frente do ônibus...
Uma distração que poderia explicar um acidente aparentemente incompreensível.
Depois da postagem pronta, o amigo Cássio comentou que o motorista acidentado da banda pode ter sido induzido a atravessar a preferencial ao ver o motociclista entrando despreocupado.
Como o Cássio disse:
Sobre o acidente, não é aquele caso de repetição?
Ele viu o motociclista entrando e repetiu.
Ou, como já aconteceu no meu bairro lá em Goiânia, resolveram mudar a preferencial de uma rua e todo dia tinha um acidente, até o pessoal do local se acostumar, entendo que houve sim imprudência, mas, causada por uma "imitação" ou costume, não sei.
São duas possibilidades que merecem ser lembradas como coadjuvantes para acidentes como aquele do vídeo.
Repetir o procedimento de quem vai à frente já fez muita gente avançar o sinal vermelho induzido pela malandragem de alguém.
Há espaço para o apressadinho, mas não para quem vem atrás — e o distraído acaba entrando na frente de um caminhão, ônibus, outro carro ou mesmo uma moto...
A "esperteza" de um motociclista pode acabar resultando na morte de um amigo.
É por isso que devemos sempre manter uma atitude correta no trânsito — nossas atitudes não podem confundir os demais condutores.
Mesmo que não venhamos a sofrer as consequências, outros poderão se machucar por nossa causa.
E precisamos sempre manter nosso radar farejador de encrencas ativado no máximo.
Acidentes nunca são resultado de uma única causa, mas da soma de vários fatores, tipo uma negligência de um condutor somado a uma distração de outro.
Ruas tranquilas de bairros — e do centro da maioria das cidades — sempre têm armadilhas como essas esperando para nos derrubar.
Nossa única defesa é pilotar com extrema atenção e dentro de limites de velocidade razoáveis.
Um abraço — e um agradecimento especial ao Péricles pela colaboração exemplificando essas arapucas viárias, e também ao amigo Cássio, que eu ia me esquecendo de agradecer aqui na postagem,
Jeff
PS: Depois da postagem pronta, apareceu o verdadeiro motivo para o acidente do carro que atravessou na frente do ônibus:
O motorista estava olhando para o GPS.
Fonte: http://maceio.7segundos.ne10.uol.com.br/noticias/2017/06/19/90573/motorista-nao-obedeceu-a-sinalizacao-diz-integrante-da-banda-de-eliza-clivia.html
Segue seu relato em azul:
A rua é larga e tem visão, mas as valetas obrigam os veículos a quase pararem, e causam às vezes alguma confusão porque sempre tem um que quer aproveitar e cortar a frente do cidadão.
Imagem: Google Street View
Talvez pela imagem você não tenha boa noção, mas essas são bem fundas e "secas", sabe.
Se quiser se aventurar pelo street view, no próximo quarteirão seguindo em frente tem mais.
E se vc contornar a delegacia você vai encontrar uma que eu particularmente xingo toda vez que tenho que fazer aquela curva por cima dela.
Imagem: Google Street View
Porque passar com a moto inclinada sobre uma valeta funda resulta em uma mudança de atitude da moto suficiente para te desequilibrar.
Passar sobre obstáculos como valetas, lombadas e trilhos em diagonal sempre é um risco, a melhor maneira é cruzá-los em linha reta.
Mas nesta esquina isso fica praticamente impossível, daí a reclamação.
Sobre elas te derrubarem, isso é verdade.
Tem uma outra aqui que quase já me derrubou, porque apesar de aparecer sinalizada no street view, hoje em dia é apenas um buraco fundo, sem sinalização e extremamente perigoso.
Como não andamos sempre por ali, pode acontecer de só vermos o buraco quando já estamos em cima dele.
Esse é o grande problema da sinalização pintada, ela requer manutenção, e isso só é feito — quando é feito — em véspera de eleição.
Atendendo ao convite do Péricles, botei meu chapéu de Indiana Jones virtual e me aventurei pelo quarteirão.
Acabei encontrando este exemplo interessante de outra armadilha viária:
Imagem: Google Street View
Nessa situação, um veículo parado pode encobrir a indicação para outro veículo passando pela direita dele.
O carro parado também encobrirá esse outro veículo desrespeitando a preferencial para a visão de uma moto seguindo reto na preferencial (visão da câmera), uma armadilha muito comum para nós motociclistas.
Essa imagem também mostra um bom recurso para identificar uma preferencial, apontado na seta 2, a placa de PARE:
Imagem: Google Street View
Para ser reconhecida pelas costas...
Ver uma placa dessas por trás pode ser sua melhor referência para saber que você está na preferencial em um cruzamento.
Mas nunca se esqueça de que não importa de quem é a preferencial, é sempre o motociclista quem se ferra, então não confie que irão respeitá-la.
Eu nem ia comentar sobre o motociclista pensando em entrar na contramão...
Mas essa atitude dele pode ser um fator de distração determinante para um acidente.
Preocupado com a atitude dele, você deixa de prestar atenção no tráfego da transversal.
Lembra da postagem anterior sobre o acidente entre carro e ônibus?
Você lembra que imediatamente antes do acidente fatal uma moto fez uma conversão brusca e quase causou um acidente?
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/video-mostra-o-momento-do-acidente-que-vitimou-a-cantora-eliza-clivia-e-o-marido-em-aracaju.ghtml
Aí eu pergunto:
Será que o motorista do carro acidentado não se distraiu justamente por causa dessa atitude do motociclista?
Eu consigo imaginar o motorista olhando preocupado para ver se o motociclista tinha sido atropelado, avançando o carro sem perceber que estava cortando a frente do ônibus...
Uma distração que poderia explicar um acidente aparentemente incompreensível.
Depois da postagem pronta, o amigo Cássio comentou que o motorista acidentado da banda pode ter sido induzido a atravessar a preferencial ao ver o motociclista entrando despreocupado.
Como o Cássio disse:
Sobre o acidente, não é aquele caso de repetição?
Ele viu o motociclista entrando e repetiu.
Ou, como já aconteceu no meu bairro lá em Goiânia, resolveram mudar a preferencial de uma rua e todo dia tinha um acidente, até o pessoal do local se acostumar, entendo que houve sim imprudência, mas, causada por uma "imitação" ou costume, não sei.
São duas possibilidades que merecem ser lembradas como coadjuvantes para acidentes como aquele do vídeo.
Repetir o procedimento de quem vai à frente já fez muita gente avançar o sinal vermelho induzido pela malandragem de alguém.
Há espaço para o apressadinho, mas não para quem vem atrás — e o distraído acaba entrando na frente de um caminhão, ônibus, outro carro ou mesmo uma moto...
A "esperteza" de um motociclista pode acabar resultando na morte de um amigo.
É por isso que devemos sempre manter uma atitude correta no trânsito — nossas atitudes não podem confundir os demais condutores.
Mesmo que não venhamos a sofrer as consequências, outros poderão se machucar por nossa causa.
E precisamos sempre manter nosso radar farejador de encrencas ativado no máximo.
Acidentes nunca são resultado de uma única causa, mas da soma de vários fatores, tipo uma negligência de um condutor somado a uma distração de outro.
Ruas tranquilas de bairros — e do centro da maioria das cidades — sempre têm armadilhas como essas esperando para nos derrubar.
Nossa única defesa é pilotar com extrema atenção e dentro de limites de velocidade razoáveis.
Um abraço — e um agradecimento especial ao Péricles pela colaboração exemplificando essas arapucas viárias, e também ao amigo Cássio, que eu ia me esquecendo de agradecer aqui na postagem,
Jeff
PS: Depois da postagem pronta, apareceu o verdadeiro motivo para o acidente do carro que atravessou na frente do ônibus:
O motorista estava olhando para o GPS.
Fonte: http://maceio.7segundos.ne10.uol.com.br/noticias/2017/06/19/90573/motorista-nao-obedeceu-a-sinalizacao-diz-integrante-da-banda-de-eliza-clivia.html
Assinar:
Postagens (Atom)