Olá, amigo leitor!
Desculpe a demora em publicar e responder aos comentários sobre a volta do blog, mas só hoje encontrei a pilha de comentários aguardando moderação... é, sou lerdo mesmo.
Antigamente eles eram enviados com cópia para minha caixa de correio, mas agora sei lá porquê eles ficam na aba Comentários do admin do blog, sem aviso de comentários recebidos.
E pior, depois que eu libero, tenho de percorrer as postagens uma a uma... não consegui encontrar todos que eu liberei.
Então vou aproveitar para agradecer a todos que enviaram mensagens de felicitações por saber que não havíamos partido desta para... sei lá onde... e pedir novamente desculpas pela demora em avisar a todos.
Depressão é uma coisa que te arrasta para um poço sem fundo, começa com uma sensação de inutilidade ao ficar dando murro em ponta de faca, aí bate o desânimo, a vontade de largar tudo, e depois a volta é lenta, muito lenta.
Desenvolver um novo projeto ajuda, e o meu projeto de pesquisa me salvou, mas consumiu muito tempo.
Tomar vitaminas também ajudou muito, principalmente no combate à insônia, à artrite, à lombalgia, à anemia, à apatia, à hipocondria e à terapia.
Ah, e agora tem a diabetia.
Então, o jeito é continuar pedalando para a moto não cair.
Opa, moto não dá pra pedalar...
Melhor trocar a bateria.
Um forte abraço,
Jeff
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
O maior impacto de todos os tempos
Outro dia comentei aqui no blog sobre minha descoberta da causa real da Extinção Permiana, a mãe de todas as extinções — muito, muito pior do que aquela que acabou com os dinossauros. Que não eram aves...
A extinção do Cretáceo matou 70% da vida nos mares e outros tantos da vida na terra — já a extinção do Permiano matou 96% da vida marinha e 70% da vida terrestre, uma mortalidade sem igual.
A Ciência admite que a causa foi uma atividade vulcânica sem precedentes na Sibéria, acontecida por mero acaso.
Mas o que eu descobri foi a causa dessa atividade vulcânica anormal que gerou um mar de lava quase do tamanho do Brasil:
Encontrei evidências de crateras de impacto tão grandes, mas tão grandes, que todo mundo vê as frações delas no Google Earth e não percebe que se tratam das marcas da explosão de asteroides que caíram na Terra há cerca de 252 milhões de anos.
Imagem: Comparativo de diâmetro entre as crateras da extinção cretácea Chicxulub e Shiva (esta última proposta pelo geólogo Sankar
Chatterjee e ainda não oficialmente reconhecida) acima e as crateras propostas nesta teoria, Tarim e Wegener abaixo na imagem
Meu pensamento inicial era de que a causa seria unicamente a cratera Tarim, também apresentada neste estudo, e vizinha do derrame de lava na Sibéria.
Mas aí encontrei evidências que permitem datar em 251,0 ± 2,6 milhões de anos a cratera Wegener (nome proposto em homenagem ao descobridor das placas tectônicas que formam o planeta — o movimento dessas placas é fundamental para entender os processos de deformação e fragmentação das crateras).
Imagens: Google Earth, Antártida sem gelo, Placa de Nazca (em Wikipedia): Cratera fragmentada em 4 locais com círculos de 4.600 km sobrepostos
Se esta teoria for confirmada, será a maior descoberta científica deste século — pelo menos até agora.
E você pode ler a íntegra da minha pesquisa em dois blogs que criei, condensando quase 100 páginas de um livro que ninguém ousou publicar.
Os leitores do Minha Primeira Moto serão os primeiros a tomar conhecimento desse conteúdo, mas se quiserem comentar, comentem naquele blog — eu não tenho acesso aos comentários feitos aqui neste blog porque as mensagens caem na caixa de entrada da conta de email que foi hackeada.
O endereço do blog em Português é extincaopermianaporasteroide.blogspot.com
Para ler em Inglês, o endereço do blog é permianextinctionbyasteroid.blogspot.com
Prometo tentar esclarecer todas as dúvidas, afinal, o assunto é bastante técnico e menciona alguns processos geológicos que não pude explicar em detalhes.
Um abraço, e espero que alguém mais se divirta tanto quanto eu ao montar as peças desse quebra-cabeças planetário,
Jeff
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Não, Jezebel e eu não morremos
Mas foi por muito pouco.
Antes de tudo, uma explicação há muito devida aos nossos leitores:
Logo após a última postagem em 19/11/2017, hackearam minha conta do gmail — fiquei sem acesso ao blog e perdi todos meus contatos comerciais e sociais.
Tentei recuperar inúmeras vezes mas, se tem uma coisa que o google não prima, é pela inteligência no relacionamento com seus bloggers/usuários.
Todas minhas tentativas para recuperar a conta foram descartadas, apesar de eu fornecer exatamente as informações solicitadas... aqueles dados que eles pedem para recuperar a conta não servem pra nada.
Mergulhei numa depressão sem tamanho que se arrastou por meses. Thanks, google.
Para me livrar da depressão antes de fazer uma besteira, mergulhei nos estudos do meu assunto predileto em vez de falar mal da ho... em vez de falar de motos.
Acho que isso foi providencial, porque consegui atingir um objetivo que eu perseguia desde meus 13, 14 anos (faz tempo...) Não me pergunte há quantos anos, não consigo trabalhar com números grandes.
Descobri a causa real da extinção do Permiano, a mãe de todas as extinções, aquela que foi capaz de deixar a extinção dos dinossauros com vergonha, ocorrida há 251,0 ± 2,6 milhões de anos (da qual fui testemunha ocular):
96% da vida marinha e 70% da vida terrestre viraram poeira sem uma explicação convincente.
Botaram a culpa numa atividade vulcânica sem precedentes na Sibéria, mas ninguém tinha descoberto o motivo dessa atividade fora do comum. Até agora.
Sim, atingi o objetivo maior da minha vida e encaminhei o estudo para as maiores autoridades no assunto — dever cumprido, estou realizado, agora a bola está com eles, posso morrer em paz.
E falando em morrer, foi nesse meio tempo que eu e Jezebel quase morremos.
Em março de 2019, fomos até Floripa para rever os amigos.
Com as BR-116, 376 e 101 já com as curvas e paisagens decoradas, saí um dia mais cedo a fim de poder me aventurar por uma estrada turística até Apiaí para depois seguir até Curitiba pelo Rastro da Serpente e depois o Vale Europeu catarinense antes de retomar a 101.
Jezebel nunca havia passado por lá, só a Edith, e eu só tinha feito a vinda de lá pra cá (a paisagem daqui de SP pra lá é melhor ainda, e a rodovia estava um tapete, quase totalmente recapeada).
A tragédia foi optar por chegar até Apiaí via BR-116 / SP-165 via Sete Barras / Eldorado / PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira...
O trecho final da estrada é de terra e o estado de conservação do trecho asfaltado é nulo.
No meio do parque tem uma serra e no meio da serra tem um abismo...
Mas vou deixar para contar o drama na próxima postagem, senão ela vai ficar muito longa e vocês sabem que não sou de fazer postagens longas... acho.
Um abraço, e nos perdoe pela longa ausência,
Jeff & Jezebel
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
royal enfield surpreendendo todo mundo com motorzão de dois cilindros
Eu havia programado para hoje mais uma postagem sobre a Chopper Road, mas não pude me conter...
Esta semana foi lançada a mais moderna moto antiga de todos os tempos.
Olha que coisa mais linda:
Imagem: https://indianautosblog.com/2017/11/royal-enfield-interceptor-650-twin-royal-enfield-continental-gt-650-twin-2017-eicma-289789/royal-enfield-interceptor-650-twin-orange-press-shot-front-left-quarter
Parece a Jezebel depois de malhar na academia...
A velharada A moçada experiente se empolgou com o lançamento do novo motor 650 bicilíndrico e duas novas motos da royal enfield no salão de Milão!
Vai de bônus um vídeo com a história da royal.
Não se espante com o tamanho, a parte boa é do início até os 03:45, e depois a partir dos 11:45 para ver as motos...
Apesar do jeitão de motor antigão, por dentro ele é moderno, com 4 válvulas por cilindro e comando no cabeçote.
E para quem gosta de motores sem complicação, arrefecimento a ar e óleo, em vez de água. Infelizmente, vem com injeção eletrônica... bom, nada é perfeito...
Paradoxalmente, com essa configuração e um eixo balanceiro, é possível obter a mínima vibração total de um motor bicilíndrico.
E ainda preservar aquele ronco clássico de moto antiga... melhor dos mundos.
No press release que o pessoal publicou, enfatizaram a resistência e os testes do chassi... por que será, né?
Se for mesmo verdade, em 2019 mais tardar 2020 teremos essas motos muito interessantes rodando em nossas ruas, a Interceptor e a Continental GT.
Apesar de grandalhão, o motor é pacato, gera no máximo 47 cavalos. Uma kawasaki Ninja com a mesma cilindrada gera 72 cavalos.
Então o motor é fraco?
Beeem... digamos que isso tem vantagens e desvantagens...
Uma Ninja gera toda essa cavalaria em rotações elevadas, 8.500 rpm, e o torque máximo acontece com o motor girando a 7.000 rpm.
O motor 650 da royal gera 47 cavalos a 7.100 rpm, mas o maior torque acontece em baixíssimas 4.000 rpm.
O que isso implica?
Torque é o que faz a moto acelerar, e potência é o que permite atingir altas velocidades.
Rodando na faixa de torque máximo, o motor está na zona de conforto, rodando tranquilo e podendo fazer muita força se precisar.
A velocidade máxima da Continental GT e da Inteceptor será de apenas 160 km/h, a Ninja passa dos 200 km/h.
Para mim, 160 km/h é mais do que suficiente, não preciso chegar a isso...
Fazendo uma regra de três simples (aquela aula chata de má temática enfim serviu para alguma coisa), calculo que o motor estará a ridículas 5.000 rpm para rodar a 110 km/h — o limite para não tomar multas.
É uma moto para rodar com conforto e viajar tranquilo — com reserva para acelerar forte nas ultrapassagens, se necessário.
Um motor que roda sem ser muito exigido tem vida mais longa e menor custo de manutenção. Sem falar que a baixa rotação economiza combustível.
Para muita gente, uma moto como essa é mais empolgante do que uma esportiva magrela e desconfortável.
Ah, e sabe o preço na Índia?
O equivalente a 16 mil reais dos nossos.
Então é isso, não pude conter a empolgação...
A tendência de motos retrô está ganhando terreno para a alegria da galera... (alguém ainda fala galera?)
Um abraço,
Jeff
Esta semana foi lançada a mais moderna moto antiga de todos os tempos.
Olha que coisa mais linda:
Imagem: https://indianautosblog.com/2017/11/royal-enfield-interceptor-650-twin-royal-enfield-continental-gt-650-twin-2017-eicma-289789/royal-enfield-interceptor-650-twin-orange-press-shot-front-left-quarter
Parece a Jezebel depois de malhar na academia...
Vai de bônus um vídeo com a história da royal.
Não se espante com o tamanho, a parte boa é do início até os 03:45, e depois a partir dos 11:45 para ver as motos...
Apesar do jeitão de motor antigão, por dentro ele é moderno, com 4 válvulas por cilindro e comando no cabeçote.
E para quem gosta de motores sem complicação, arrefecimento a ar e óleo, em vez de água. Infelizmente, vem com injeção eletrônica... bom, nada é perfeito...
O sincronismo do motor é a 270 graus, ou seja, as faíscas ocorrem em cada cilindro a cada 3/4 de volta do virabrequim, e não a 180 ou a 360 graus como no motor da CB 400/450.
Paradoxalmente, com essa configuração e um eixo balanceiro, é possível obter a mínima vibração total de um motor bicilíndrico.
E ainda preservar aquele ronco clássico de moto antiga... melhor dos mundos.
No press release que o pessoal publicou, enfatizaram a resistência e os testes do chassi... por que será, né?
Se for mesmo verdade, em 2019 mais tardar 2020 teremos essas motos muito interessantes rodando em nossas ruas, a Interceptor e a Continental GT.
Apesar de grandalhão, o motor é pacato, gera no máximo 47 cavalos. Uma kawasaki Ninja com a mesma cilindrada gera 72 cavalos.
Então o motor é fraco?
Beeem... digamos que isso tem vantagens e desvantagens...
Uma Ninja gera toda essa cavalaria em rotações elevadas, 8.500 rpm, e o torque máximo acontece com o motor girando a 7.000 rpm.
O motor 650 da royal gera 47 cavalos a 7.100 rpm, mas o maior torque acontece em baixíssimas 4.000 rpm.
O que isso implica?
Torque é o que faz a moto acelerar, e potência é o que permite atingir altas velocidades.
Rodando na faixa de torque máximo, o motor está na zona de conforto, rodando tranquilo e podendo fazer muita força se precisar.
A velocidade máxima da Continental GT e da Inteceptor será de apenas 160 km/h, a Ninja passa dos 200 km/h.
Para mim, 160 km/h é mais do que suficiente, não preciso chegar a isso...
Fazendo uma regra de três simples (aquela aula chata de má temática enfim serviu para alguma coisa), calculo que o motor estará a ridículas 5.000 rpm para rodar a 110 km/h — o limite para não tomar multas.
É uma moto para rodar com conforto e viajar tranquilo — com reserva para acelerar forte nas ultrapassagens, se necessário.
Um motor que roda sem ser muito exigido tem vida mais longa e menor custo de manutenção. Sem falar que a baixa rotação economiza combustível.
Para muita gente, uma moto como essa é mais empolgante do que uma esportiva magrela e desconfortável.
Ah, e sabe o preço na Índia?
O equivalente a 16 mil reais dos nossos.
Então é isso, não pude conter a empolgação...
A tendência de motos retrô está ganhando terreno para a alegria da galera... (alguém ainda fala galera?)
Um abraço,
Jeff
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Quando a vida imita muito mal as artes
Irmãos Metralha reclamando de ir para a cadeia por motivo absurdo:
Imagem traduzida de http://tiahblog.blogspot.com.br/2016/01/
Será essa a nossa realidade no Brasil em 2018?
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/carros/noticia/pedestres-e-ciclistas-poderao-ser-multados-a-partir-de-2018.ghtml
A novidade é que agora estão querendo multar os pedestres que atravessarem a rua fora da faixa, e também os ciclistas abusados... (beem... hummm...)
Como é previsível, será uma multa muito difícil de ser cobrada, já que depende de a infração ser comprovada e também de o infrator ser identificado.
Como farão a identificação? Pedindo os documentos?
E se o pedestre se negar a fornecer o RG por não querer produzir uma prova contra si mesmo, como garante a Constituição?
Irão colocar o pedestre contra a parede, revistando e conferindo os documentos?
Já vi esse filme... e não gostei.
Imagem: http://elinorflorence.com/blog/if-day-ww2-winnipeg
Não, não foi na Europa de 1940.
Foi aqui mesmo no Brasil nos anos 1970.
Bastava ter cabelo comprido (naquela época eu tinha, e era comprido) e você era parado e revistado pelas otoridades. Ter cabelo comprido era coisa de subversivo e maconheiro. Mais ou menos o que fazem com os motociclistas hoje. Tá de moto, é ladrão até prova em contrário. Otoridades não gostam de quem destoa da manada. Otoridades não gostam de quem contesta a autoridade de quem não tem, e se valem da truculência para impor seu ponto de vista. Tanto à esquerda quanto à direita.
E mesmo que identifiquem o 'infrator', como as otoridades cobrarão essa multa?
Mandando pra cadeia quem se recusar a pagar?
Impedindo de receber a aposentadoria quem tiver multas em aberto?
Foi a esse governo policialesco, opressor, escorchante e "democrático" a quem delegamos o poder de nos representar via voto?
A quem esses governantes representam, além de eles mesmos?
Não me entenda mal, o caos no trânsito precisa ser combatido — pedestres e ciclistas desatentos colocam suas vidas em perigo, e também as nossas.
Como motociclistas, somos tão vulneráveis quanto pedestres e ciclistas, e frequentemente eles nos envolvem em situações perigosas.
Imagem e reportagem: http://www.obemdito.com.br/regiao/moto-atinge-pedestre-e-e-colhida-por-picape-dois-morrem/13565/
Bom, nós também volta e meia não fazemos nossa parte...
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/motociclista-e-pedestre-morrem-apos-atropelamento-em-frente-ao-palacio-do-planalto.ghtml
Mas o caminho para solucionar o problema não está em multar alguém que nunca foi ensinado a atravessar uma rua, alguém que nunca aprendeu sobre os perigos do trânsito...
Alguém não habilitado a ser um pedestre.
Se o trânsito não for ensinado nas escolas, não será multando e oprimindo nosso povo que teremos um trânsito mais seguro.
Chega dessa palhaçada de querer arrancar dinheiro do povo de todo jeito!
Qual será o próximo passo?
Tatuar RG e CPF no braço dos cidadãos?
Colocar chip no povo?
Monitorar nossos celulares?
Nos obrigar a usar roupas com números?
E não falo dos números das camisetas dos Irmãos Metralha, mas de algo muito mais sinistro de 80 anos atrás.
Algo tão velho que poucas pessoas estão vivas para lembrar o que não pode ser esquecido jamais...
Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Identification_in_Nazi_camps
Conhecer a História serve para não deixar repetir os erros do passado.
Pode parecer exagerado comparar esse excesso de interferência do governo na vida das pessoas com o que aconteceu na Europa nazista.
Mas ninguém percebeu o que ocorria na Alemanha até ser tarde demais.
Se cedermos, permitiremos que o governo se torne (ainda mais) uma máquina gigantesca que age impune e sem fiscalização, impondo o que bem entende a todos nós.
Um governo que desrespeitará nossos direitos mais básicos — como o direito sagrado de ir e vir, o direito de nos associarmos em paz e com liberdade, o direito de recusar injustiças.
Se cedermos a tudo, seremos sufocados e transformados em meros autômatos pagadores de impostos.
Imagem: Pink Floyd, The Wall Paradoxal, né? Usar um vídeo criticando o ensino para falar sobre a necessidade de Educação.
É que não se trata de robotizar o povo, mas de conscientizá-lo para que vivam uma vida melhor. Ou pelo menos, mais longa.
Autômatos pagadores de impostos e multas que trabalham a vida toda por um salário indigno.
E que não recebem de volta nada que valha alguma coisa — como Educação, Saúde, Segurança, Justiça, Aposentadoria Digna, Malha Viária Decente e Trânsito Seguro.
Apenas corrupção.
Um abraço,
Jefferson
Imagem traduzida de http://tiahblog.blogspot.com.br/2016/01/
Será essa a nossa realidade no Brasil em 2018?
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/carros/noticia/pedestres-e-ciclistas-poderao-ser-multados-a-partir-de-2018.ghtml
A novidade é que agora estão querendo multar os pedestres que atravessarem a rua fora da faixa, e também os ciclistas abusados... (beem... hummm...)
Como é previsível, será uma multa muito difícil de ser cobrada, já que depende de a infração ser comprovada e também de o infrator ser identificado.
Como farão a identificação? Pedindo os documentos?
E se o pedestre se negar a fornecer o RG por não querer produzir uma prova contra si mesmo, como garante a Constituição?
Irão colocar o pedestre contra a parede, revistando e conferindo os documentos?
Já vi esse filme... e não gostei.
Imagem: http://elinorflorence.com/blog/if-day-ww2-winnipeg
Não, não foi na Europa de 1940.
Foi aqui mesmo no Brasil nos anos 1970.
Bastava ter cabelo comprido (naquela época eu tinha, e era comprido) e você era parado e revistado pelas otoridades. Ter cabelo comprido era coisa de subversivo e maconheiro. Mais ou menos o que fazem com os motociclistas hoje. Tá de moto, é ladrão até prova em contrário. Otoridades não gostam de quem destoa da manada. Otoridades não gostam de quem contesta a autoridade de quem não tem, e se valem da truculência para impor seu ponto de vista. Tanto à esquerda quanto à direita.
E mesmo que identifiquem o 'infrator', como as otoridades cobrarão essa multa?
Mandando pra cadeia quem se recusar a pagar?
Impedindo de receber a aposentadoria quem tiver multas em aberto?
Foi a esse governo policialesco, opressor, escorchante e "democrático" a quem delegamos o poder de nos representar via voto?
A quem esses governantes representam, além de eles mesmos?
Não me entenda mal, o caos no trânsito precisa ser combatido — pedestres e ciclistas desatentos colocam suas vidas em perigo, e também as nossas.
Como motociclistas, somos tão vulneráveis quanto pedestres e ciclistas, e frequentemente eles nos envolvem em situações perigosas.
Imagem e reportagem: http://www.obemdito.com.br/regiao/moto-atinge-pedestre-e-e-colhida-por-picape-dois-morrem/13565/
Bom, nós também volta e meia não fazemos nossa parte...
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/motociclista-e-pedestre-morrem-apos-atropelamento-em-frente-ao-palacio-do-planalto.ghtml
Mas o caminho para solucionar o problema não está em multar alguém que nunca foi ensinado a atravessar uma rua, alguém que nunca aprendeu sobre os perigos do trânsito...
Alguém não habilitado a ser um pedestre.
Se o trânsito não for ensinado nas escolas, não será multando e oprimindo nosso povo que teremos um trânsito mais seguro.
Chega dessa palhaçada de querer arrancar dinheiro do povo de todo jeito!
Qual será o próximo passo?
Tatuar RG e CPF no braço dos cidadãos?
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Ê ô ô vida de gado... povo marcado, ê... povo feliz... |
Colocar chip no povo?
Monitorar nossos celulares?
Nos obrigar a usar roupas com números?
E não falo dos números das camisetas dos Irmãos Metralha, mas de algo muito mais sinistro de 80 anos atrás.
Algo tão velho que poucas pessoas estão vivas para lembrar o que não pode ser esquecido jamais...
Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Identification_in_Nazi_camps
Conhecer a História serve para não deixar repetir os erros do passado.
Pode parecer exagerado comparar esse excesso de interferência do governo na vida das pessoas com o que aconteceu na Europa nazista.
Mas ninguém percebeu o que ocorria na Alemanha até ser tarde demais.
Se cedermos, permitiremos que o governo se torne (ainda mais) uma máquina gigantesca que age impune e sem fiscalização, impondo o que bem entende a todos nós.
Um governo que desrespeitará nossos direitos mais básicos — como o direito sagrado de ir e vir, o direito de nos associarmos em paz e com liberdade, o direito de recusar injustiças.
Se cedermos a tudo, seremos sufocados e transformados em meros autômatos pagadores de impostos.
Imagem: Pink Floyd, The Wall Paradoxal, né? Usar um vídeo criticando o ensino para falar sobre a necessidade de Educação.
É que não se trata de robotizar o povo, mas de conscientizá-lo para que vivam uma vida melhor. Ou pelo menos, mais longa.
Autômatos pagadores de impostos e multas que trabalham a vida toda por um salário indigno.
E que não recebem de volta nada que valha alguma coisa — como Educação, Saúde, Segurança, Justiça, Aposentadoria Digna, Malha Viária Decente e Trânsito Seguro.
Apenas corrupção.
Um abraço,
Jefferson
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
A kawasaki tomou juízo, a bmw ainda não aprendeu a lição
A kawasaki do Brasil tomou juízo quanto ao intervalo de troca de óleo recomendado, enquanto a bmw ainda não aprendeu uma dura lição...
O triste é que essa lição será tomada com gente se machucando e se dando muito mal por conta de uma política de vendas totalmente errada.
Não se negligencia a segurança em motocicletas.
Usar como argumento de vendas 10 mil km sem manutenção do óleo do motor — denunciado na postagem de ontem — colocará a vida de muita gente em perigo.
Quem está há mais tempo no mercado brasileiro já percebeu que a coisa por aqui é séria e diferente do resto do mundo, e já tomou atitude para livrar a própria cara.
Lembra daquela postagem sobre os 12 mil km da troca de óleo das kawasaki?
Imagem: Postagem http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/04/os-12-mil-km-da-troca-de-oleo-da.html
Conforme alertado pelo leitor Sergio Brunner, que me enviou a imagem abaixo e a quem agradeço muito, a kawasaki do Brasil não embarcou nessa onda de 12 mil quilômetros para troca de óleo da matriz.
O pessoal no Brasil teve o bom senso de determinar a troca de óleo com a metade da quilometragem recomendada lá no exterior:
O manual brasileiro recomenda a troca de óleo e do filtro de óleo a cada 6 mil km, e não os absurdos 12 mil km determinados no Japão.
Mas são 6 mil km mesmo?
Não.
Você leu as letras miúdas da observação nº 2?
"Efetue o serviço (troca de óleo e filtro de óleo) com mais frequência quando pilotar a motocicleta em condições severas: regiões com muita poeira, úmidas ou lamacentas, pilotagem em alta velocidade ou com partidas/paradas frequentes."
Ora, essa é praticamente a condição de pilotagem de todas as Ninja, na estrada ou em trânsito urbano... que outra condição existe?
Aliás, é a condição de pilotagem de praticamente qualquer motocicleta...
Fora disso, só aquelas motocicletas que ficam sempre no mesmo lugar:
Imagem: http://www.bellecityamusements.com/our-midway/
Na prática, a kawasaki do Brasil está falando sem dizer para fazer a troca do óleo e filtro a cada 3 mil km...
Ou seja, reduziram de 12 mil km para 6 mil km, mas se você não quiser ter problemas, troque o óleo e o filtro de óleo a cada 3 mil km...
Enquanto isso, a bmw usa como argumento de vendas o "óleo mágico" para 10.000 km sem manutenção...
"Maior economia com menor custo de troca de óleo."
Onde foi que já ouvi isso antes?
Ah, lembrei!
A honda começou com essa história do "óleo mágico" para 3 mil, depois 4 mil e agora 6 mil quilômetros usando como argumento de vendas a maior economia de manutenção.
Deu no que deu para as motos pequenas de arrefecimento a ar e a ar/óleo CB 300, XRE 300, Titan, Fan, Bros...
Jogaram a imagem da honda lá no chão, tiveram que trocar os motores, e nem assim os problemas acabaram porque foram potencializados pela adoção de um óleo inadequado para o Brasil.
Pelo menos a kawasaki caiu na real e teve o bom senso de se adequar à realidade nacional.
Fato:
Os proprietários brasileiros não se ligam em detalhes de manutenção e não repõem o óleo consumido.
Aliás, nem medem o nível de óleo da moto.
Quando medem o nível de óleo, sempre medem do jeito errado, sem ligar e desligar o motor, conforme foi ensinado nas concessionárias... ops!
Caramba, as concessionárias ensinam errado uma coisa tão importante, né?
As montadoras deviam prestar atenção nisso, está fazendo muita gente estragar o motor com baixa quilometragem e até correr risco de vida nas estradas...
Mas o fato é que o pessoal da kawasaki sabe que a turma usa as motos para chinelar no fim de semana, e sabem perfeitamente que óleo velho com nível baixo pode dar uma grande колбаса, tanto é que publica em todos os seus manuais:
Mais cedo ou mais cedo ainda, a bmw também vai descobrir que usar como argumento de vendas um óleo que aguenta 10 mil km sem manutenção não compensa.
Os proprietários leigos interpretarão "sem manutenção" como "sem preocupação de repor o óleo consumido" — o que colocará a vida dos usuários da moto em perigo.
O artifício de dizer que "proprietários que percorram longas distâncias poderão ter de trazer as motocicletas para revisão antes da próxima data programada" — na prática, a cada 5.000 km — não funciona no Brasil.
Os proprietários rodarão 10.000 km sem nem mesmo conferir o nível de óleo.
Motores começarão a estourar ainda este ano, mais tardar em janeiro de 2018, anote o que estou dizendo.
Os riscos envolvidos não só para os usuários — que verão seus motores travarem e estourarem em alta velocidade na estrada — como para a imagem da marca e seus produtos, não compensam as vendas iniciais.
Pelo visto, a kawasaki do Brasil já descobriu. Mas suas concessionárias continuam entregando as motos da revisão sem óleo suficiente...
Muita gente vai dançar graças a essa política de vendas totalmente errada da bmw.
O negócio é rezar para ninguém morrer por conta disso.
Um abraço,
Jeff
O triste é que essa lição será tomada com gente se machucando e se dando muito mal por conta de uma política de vendas totalmente errada.
Não se negligencia a segurança em motocicletas.
Usar como argumento de vendas 10 mil km sem manutenção do óleo do motor — denunciado na postagem de ontem — colocará a vida de muita gente em perigo.
Quem está há mais tempo no mercado brasileiro já percebeu que a coisa por aqui é séria e diferente do resto do mundo, e já tomou atitude para livrar a própria cara.
Lembra daquela postagem sobre os 12 mil km da troca de óleo das kawasaki?
Imagem: Postagem http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/04/os-12-mil-km-da-troca-de-oleo-da.html
Conforme alertado pelo leitor Sergio Brunner, que me enviou a imagem abaixo e a quem agradeço muito, a kawasaki do Brasil não embarcou nessa onda de 12 mil quilômetros para troca de óleo da matriz.
O pessoal no Brasil teve o bom senso de determinar a troca de óleo com a metade da quilometragem recomendada lá no exterior:
O manual brasileiro recomenda a troca de óleo e do filtro de óleo a cada 6 mil km, e não os absurdos 12 mil km determinados no Japão.
Mas são 6 mil km mesmo?
Não.
Você leu as letras miúdas da observação nº 2?
"Efetue o serviço (troca de óleo e filtro de óleo) com mais frequência quando pilotar a motocicleta em condições severas: regiões com muita poeira, úmidas ou lamacentas, pilotagem em alta velocidade ou com partidas/paradas frequentes."
Ora, essa é praticamente a condição de pilotagem de todas as Ninja, na estrada ou em trânsito urbano... que outra condição existe?
Aliás, é a condição de pilotagem de praticamente qualquer motocicleta...
Fora disso, só aquelas motocicletas que ficam sempre no mesmo lugar:
Imagem: http://www.bellecityamusements.com/our-midway/
Na prática, a kawasaki do Brasil está falando sem dizer para fazer a troca do óleo e filtro a cada 3 mil km...
Ou seja, reduziram de 12 mil km para 6 mil km, mas se você não quiser ter problemas, troque o óleo e o filtro de óleo a cada 3 mil km...
Enquanto isso, a bmw usa como argumento de vendas o "óleo mágico" para 10.000 km sem manutenção...
"Maior economia com menor custo de troca de óleo."
Onde foi que já ouvi isso antes?
Ah, lembrei!
A honda começou com essa história do "óleo mágico" para 3 mil, depois 4 mil e agora 6 mil quilômetros usando como argumento de vendas a maior economia de manutenção.
Deu no que deu para as motos pequenas de arrefecimento a ar e a ar/óleo CB 300, XRE 300, Titan, Fan, Bros...
Jogaram a imagem da honda lá no chão, tiveram que trocar os motores, e nem assim os problemas acabaram porque foram potencializados pela adoção de um óleo inadequado para o Brasil.
Pelo menos a kawasaki caiu na real e teve o bom senso de se adequar à realidade nacional.
Fato:
Os proprietários brasileiros não se ligam em detalhes de manutenção e não repõem o óleo consumido.
Aliás, nem medem o nível de óleo da moto.
Quando medem o nível de óleo, sempre medem do jeito errado, sem ligar e desligar o motor, conforme foi ensinado nas concessionárias... ops!
Caramba, as concessionárias ensinam errado uma coisa tão importante, né?
As montadoras deviam prestar atenção nisso, está fazendo muita gente estragar o motor com baixa quilometragem e até correr risco de vida nas estradas...
Mas o fato é que o pessoal da kawasaki sabe que a turma usa as motos para chinelar no fim de semana, e sabem perfeitamente que óleo velho com nível baixo pode dar uma grande колбаса, tanto é que publica em todos os seus manuais:
Mais cedo ou mais cedo ainda, a bmw também vai descobrir que usar como argumento de vendas um óleo que aguenta 10 mil km sem manutenção não compensa.
Os proprietários leigos interpretarão "sem manutenção" como "sem preocupação de repor o óleo consumido" — o que colocará a vida dos usuários da moto em perigo.
O artifício de dizer que "proprietários que percorram longas distâncias poderão ter de trazer as motocicletas para revisão antes da próxima data programada" — na prática, a cada 5.000 km — não funciona no Brasil.
Os proprietários rodarão 10.000 km sem nem mesmo conferir o nível de óleo.
Motores começarão a estourar ainda este ano, mais tardar em janeiro de 2018, anote o que estou dizendo.
Os riscos envolvidos não só para os usuários — que verão seus motores travarem e estourarem em alta velocidade na estrada — como para a imagem da marca e seus produtos, não compensam as vendas iniciais.
Pelo visto, a kawasaki do Brasil já descobriu. Mas suas concessionárias continuam entregando as motos da revisão sem óleo suficiente...
Muita gente vai dançar graças a essa política de vendas totalmente errada da bmw.
O negócio é rezar para ninguém morrer por conta disso.
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Você acha que os causadores de acidentes graves no trânsito deveriam ser tratados com maior rigor?
Se você concorda com essa ideia, pode fazer algo a respeito!
Nosso fiel leitor Péricles encaminhou uma proposta de lei cidadã para o senado federal através do site e-cidadania a fim aumentar o rigor com que são tratados os causadores de acidentes graves.
Maior seriedade no trânsito de nosso país é uma das medidas urgentes que precisam ser tomadas, vemos todos os dias as notícias de pessoas envolvidas em acidentes com latas e garrafas de bebidas consumidas... isso não pode continuar do jeito que está.
Então essa iniciativa tem o meu apoio, assim como apoiarei todo e qualquer cidadão que tome uma atitude para melhorar nosso país — desde que respeitando os direitos fundamentais de todos nós.
Existe o preceito legal de que "ninguém é considerado culpado até ser julgado e condenado", mas o projeto do Péricles não condena ninguém.
Apenas exige que o envolvido no processo seja protegido de se envolver em novas situações que compliquem seu processo na justiça enquanto aguardaa condenação o julgamento por um juiz.
Nós, a sociedade dos cidadãos respeitadores da lei, só temos a ganhar.
Segue a íntegra do comunicado enviado pelo Péricles:
Jeff, você conhece o portal e-cidadania?
É um espaço onde podemos propor ideias de leis e, caso nossas ideias atinjam um número mínimo de votos online, ela automaticamente é encaminhada ao Senado Federal para que eles discutam sobre o assunto e eventualmente nossas ideias podem se tornar leis, mesmo.
Imagem: Portal e-cidadania, proposta do Péricles
Estou dizendo isso porque sempre tive uma ideia de lei relacionada à segurança no trânsito e essa semana postei lá no portal, e se você achar conveniente, gostaria de pedir seu apoio e dos leitores do blog para divulgarmos a ideia e fazê-la alcançar os 20 mil apoios necessários pra ser discutida.
Resumidamente, a ideia é a seguinte:
Tendo em vista que a maior parte dos chamados "acidentes" é causada por imperícia, imprudência ou por desrespeito às leis de trânsito, e que muitas vezes os condutores que provocam acidentes não são punidos de nenhuma forma, propus que o condutor que causar acidentes de trânsito com vítimas graves deve, obrigatoriamente, passar por reciclagem em CFC, para comprovar que esteja apto a compreender as leis e a respeitá-las.
Em caso de reincidência em médio prazo (algo em torno de 3 anos), o condutor passa a sofrer sanções mais graves e com prazo maior, como por exemplo:
1) Suspensão temporária da CNH por alguns meses + reciclagem novamente
2) Revogação da CNH, obrigando o condutor a refazer todo o processo de habilitação após alguns meses
3) Cassação definitiva da CNH.
Esses pontos são apenas ideias para ilustrar a forma como as punições vão se agravando caso o condutor continue provocando acidentes no trânsito.
Meu ponto é que, se houver punição severa, que impeça o condutor a continuar dirigindo por algum período enquanto refaz algum processo, e pagando por isso, nosso trânsito se tornará mais consciente.
Uma pessoa pode pensar duas vezes antes de dirigir utilizando o celular, porque hoje, se ela atropelar alguém enquanto usar o celular, amanhã ela pode dirigir normalmente, e continua usando o celular.
Um condutor bêbado pode matar uma dezena de pessoas no ponto de ônibus, pode até responder processo, mas enquanto isso caminha nada impede que ele fique bêbado de novo na próxima semana e mate mais alguém.
Bom, resumidamente, esta é a minha proposta que publiquei no site.
Se você achar que pode ser uma boa ideia, gostaria de pedir seu apoio para divulgar e pedir pro pessoal compartilhar com os amigos e conhecidos, no Facebook e Whatsapp, para que a gente possa tentar tornar nosso trânsito um pouco mais seguro.
Já vi gente morrendo no trânsito sem culpa, e o condutor dirigindo no dia seguinte como se nada tivesse acontecido.
Não é isso que queremos para o nosso trânsito.
Grande abraço, e, caso veja alguma utilidade nessa proposta, já agradeço pelo espaço e pelo seu apoio!
Parabéns pela iniciativa, Péricles!
Os leitores que quiserem colaborar e ajudar a divulgar a ideia, o link para a proposta do Péricles é este aqui.
Um abraço,
Jeff
Nosso fiel leitor Péricles encaminhou uma proposta de lei cidadã para o senado federal através do site e-cidadania a fim aumentar o rigor com que são tratados os causadores de acidentes graves.
Maior seriedade no trânsito de nosso país é uma das medidas urgentes que precisam ser tomadas, vemos todos os dias as notícias de pessoas envolvidas em acidentes com latas e garrafas de bebidas consumidas... isso não pode continuar do jeito que está.
Então essa iniciativa tem o meu apoio, assim como apoiarei todo e qualquer cidadão que tome uma atitude para melhorar nosso país — desde que respeitando os direitos fundamentais de todos nós.
Existe o preceito legal de que "ninguém é considerado culpado até ser julgado e condenado", mas o projeto do Péricles não condena ninguém.
Apenas exige que o envolvido no processo seja protegido de se envolver em novas situações que compliquem seu processo na justiça enquanto aguarda
Nós, a sociedade dos cidadãos respeitadores da lei, só temos a ganhar.
Segue a íntegra do comunicado enviado pelo Péricles:
Jeff, você conhece o portal e-cidadania?
É um espaço onde podemos propor ideias de leis e, caso nossas ideias atinjam um número mínimo de votos online, ela automaticamente é encaminhada ao Senado Federal para que eles discutam sobre o assunto e eventualmente nossas ideias podem se tornar leis, mesmo.
Imagem: Portal e-cidadania, proposta do Péricles
Estou dizendo isso porque sempre tive uma ideia de lei relacionada à segurança no trânsito e essa semana postei lá no portal, e se você achar conveniente, gostaria de pedir seu apoio e dos leitores do blog para divulgarmos a ideia e fazê-la alcançar os 20 mil apoios necessários pra ser discutida.
Resumidamente, a ideia é a seguinte:
Tendo em vista que a maior parte dos chamados "acidentes" é causada por imperícia, imprudência ou por desrespeito às leis de trânsito, e que muitas vezes os condutores que provocam acidentes não são punidos de nenhuma forma, propus que o condutor que causar acidentes de trânsito com vítimas graves deve, obrigatoriamente, passar por reciclagem em CFC, para comprovar que esteja apto a compreender as leis e a respeitá-las.
Em caso de reincidência em médio prazo (algo em torno de 3 anos), o condutor passa a sofrer sanções mais graves e com prazo maior, como por exemplo:
1) Suspensão temporária da CNH por alguns meses + reciclagem novamente
2) Revogação da CNH, obrigando o condutor a refazer todo o processo de habilitação após alguns meses
3) Cassação definitiva da CNH.
Esses pontos são apenas ideias para ilustrar a forma como as punições vão se agravando caso o condutor continue provocando acidentes no trânsito.
Meu ponto é que, se houver punição severa, que impeça o condutor a continuar dirigindo por algum período enquanto refaz algum processo, e pagando por isso, nosso trânsito se tornará mais consciente.
Uma pessoa pode pensar duas vezes antes de dirigir utilizando o celular, porque hoje, se ela atropelar alguém enquanto usar o celular, amanhã ela pode dirigir normalmente, e continua usando o celular.
Um condutor bêbado pode matar uma dezena de pessoas no ponto de ônibus, pode até responder processo, mas enquanto isso caminha nada impede que ele fique bêbado de novo na próxima semana e mate mais alguém.
Bom, resumidamente, esta é a minha proposta que publiquei no site.
Se você achar que pode ser uma boa ideia, gostaria de pedir seu apoio para divulgar e pedir pro pessoal compartilhar com os amigos e conhecidos, no Facebook e Whatsapp, para que a gente possa tentar tornar nosso trânsito um pouco mais seguro.
Já vi gente morrendo no trânsito sem culpa, e o condutor dirigindo no dia seguinte como se nada tivesse acontecido.
Não é isso que queremos para o nosso trânsito.
Grande abraço, e, caso veja alguma utilidade nessa proposta, já agradeço pelo espaço e pelo seu apoio!
Parabéns pela iniciativa, Péricles!
Os leitores que quiserem colaborar e ajudar a divulgar a ideia, o link para a proposta do Péricles é este aqui.
Um abraço,
Jeff
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Ora, ora... novas motos da harley-davidson agora com novo chassi 65% mais rígido... por que será, né?
A harley lançou a nova linha 2018 da série Softail e olha só a grande novidade destacada:
Imagem e press-release: http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/harley-davidson-faz-barca-de-lancamentos-2018-veja-fotos.ghtml
"Novo chassi 65% mais rígido que seu antecessor" é a maneira menos feia de dizer que o chassi anterior é 40% mais fraco.
Entenda "fraco" no sentido de "menos rígido" — o chassi anterior é 40% menos rígido.
Sabe aquele papo "em time que está ganhando não se mexe"?
Pois é, parece que alguém do time lá de Wisconsin não ia muito bem das pernas e foi substituído...
Todo mundo achando que o chassi antigo das Harleys já seria satisfatório em termos de rigidez... e estava todo mundo enganado.
O chassi poderia ter sido muito melhor, e há muito tempo.
A engenharia reprojetou o chassi para obter maior rigidez, e o marketing está enfatizando essa melhoria surpreendente — 65% é um ganho de rigidez e tanto.
Surpreendente que puderam melhorar tanto assim um projeto que supostamente já deveria estar perto da perfeição.
Esse ganho de 65% é a prova clara de que o chassi não estava nem perto da perfeição.
As motos eram vendidas como sendo o suprassumo da tecnologia da harley, mas não eram... havia margem para melhorar 65%.
Isso me faz pensar (é raro, mas de vez em quando acontece):
Parece que minha teoria na postagem anterior passou bem perto da realidade...
Lá eu levantei a hipótese de que os quadros da harley não seriam suficientemente rígidos para aguentar o enorme peso do motor em pequenos tombos...
... se deformando a cada queda do mesmo jeito que a minha primeira moto, minha não tão saudosa honda CG 1978...
... causando o desalinhamento das rodas alertado pelo Chuck da Classic Cycles...
... e segundo ele, essa seria a causa da mania das Harleys apresentarem o famoso "balanço da morte" (death wobble).
Se você não conhece a história, a postagem é esta aqui:
Postagem completa: https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/08/harleys-e-sua-tendencia-mortal-de-sair.html
Juro que quando escrevi a postagem da semana passada eu não sabia que a harley estava para lançar novas motos nesta semana.
E também não fazia a menor ideia de que os engenheiros lá deMilaseu Milwaukee (Заднее столкновение corretor ortográfico!!!) estavam preocupados em reforçar o quadro dessas motos...
Parece que minha suposição inicial de que os quadros das Harley poderiam ter problemas de desalinhamento originais de fábrica não se confirmou, mas a realidade é muito pior.
A própria fábrica admite que os quadros não eram tão resistentes quanto os novos da linha 2018 — portanto, os quadros anteriores são muito mais vulneráveis a problemas de desalinhamento.
E de rigidez estrutural.
Agora tudo faz sentido.
São justamente as motos equipadas com os quadros 'ainda não 65% mais rígidos' que apresentam o death wobble.
Falta de rigidez quer dizer tendência a se deformar e a desalinhar as rodas, causando instabilidade — como aquela moto testada e reprovada pela polícia rodoviária da Califórnia:
Reforçar o chassi para eliminar esse problema é uma coisa lógica.
Isso irá evitar que o quadro atue como uma mola, desalinhando as rodas temporariamente — e entre em ressonância fazendo a moto rebolar que nem uma doida.
Pelo menos, terá a tendência de entrar em ressonância apenas em velocidades maiores, é o mesmo princípio usado para afinar as cordas do violão.
Também evitará que o chassi se deforme por qualquer tombo besta e fique com as rodas desalinhadas.
Suspeito que um 'chassi ainda não 65% mais rígido' — ou 40% mais fraco em relação ao novo chassi — seja capaz de se deformar permanentemente até sem levar um tombo besta...
Deformação elástica é aquela que o objeto deformado retorna à forma original depois que o esforço aplicado é eliminado.
Deformação plástica é aquela que permanece depois que o esforço excessivo é eliminado.
Note que a capacidade de resistir ao esforço depende somente da rigidez e resistência mecânica desse objeto.
Um objeto que se deforma elasticamente está a um passo de se deformar permanentemente, basta ultrapassar seu limite de resistência física.
"Novo chassi 65% mais rígido que seu antecessor" é a maneira menos feia de dizer que o chassi anterior é 40% mais fraco.
Entenda "fraco" no sentido de "menos rígido" — o chassi anterior é 40% menos rígido.
Sabe aquele papo "em time que está ganhando não se mexe"?
Pois é, parece que alguém do time lá de Wisconsin não ia muito bem das pernas e foi substituído...
Todo mundo achando que o chassi antigo das Harleys já seria satisfatório em termos de rigidez... e estava todo mundo enganado.
O chassi poderia ter sido muito melhor, e há muito tempo.
A engenharia reprojetou o chassi para obter maior rigidez, e o marketing está enfatizando essa melhoria surpreendente — 65% é um ganho de rigidez e tanto.
Surpreendente que puderam melhorar tanto assim um projeto que supostamente já deveria estar perto da perfeição.
Esse ganho de 65% é a prova clara de que o chassi não estava nem perto da perfeição.
As motos eram vendidas como sendo o suprassumo da tecnologia da harley, mas não eram... havia margem para melhorar 65%.
Isso me faz pensar (é raro, mas de vez em quando acontece):
Parece que minha teoria na postagem anterior passou bem perto da realidade...
Lá eu levantei a hipótese de que os quadros da harley não seriam suficientemente rígidos para aguentar o enorme peso do motor em pequenos tombos...
... se deformando a cada queda do mesmo jeito que a minha primeira moto, minha não tão saudosa honda CG 1978...
... causando o desalinhamento das rodas alertado pelo Chuck da Classic Cycles...
... e segundo ele, essa seria a causa da mania das Harleys apresentarem o famoso "balanço da morte" (death wobble).
Se você não conhece a história, a postagem é esta aqui:
Postagem completa: https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/08/harleys-e-sua-tendencia-mortal-de-sair.html
Juro que quando escrevi a postagem da semana passada eu não sabia que a harley estava para lançar novas motos nesta semana.
E também não fazia a menor ideia de que os engenheiros lá de
Parece que minha suposição inicial de que os quadros das Harley poderiam ter problemas de desalinhamento originais de fábrica não se confirmou, mas a realidade é muito pior.
A própria fábrica admite que os quadros não eram tão resistentes quanto os novos da linha 2018 — portanto, os quadros anteriores são muito mais vulneráveis a problemas de desalinhamento.
E de rigidez estrutural.
Agora tudo faz sentido.
São justamente as motos equipadas com os quadros 'ainda não 65% mais rígidos' que apresentam o death wobble.
Falta de rigidez quer dizer tendência a se deformar e a desalinhar as rodas, causando instabilidade — como aquela moto testada e reprovada pela polícia rodoviária da Califórnia:
Reforçar o chassi para eliminar esse problema é uma coisa lógica.
Isso irá evitar que o quadro atue como uma mola, desalinhando as rodas temporariamente — e entre em ressonância fazendo a moto rebolar que nem uma doida.
Pelo menos, terá a tendência de entrar em ressonância apenas em velocidades maiores, é o mesmo princípio usado para afinar as cordas do violão.
Também evitará que o chassi se deforme por qualquer tombo besta e fique com as rodas desalinhadas.
Suspeito que um 'chassi ainda não 65% mais rígido' — ou 40% mais fraco em relação ao novo chassi — seja capaz de se deformar permanentemente até sem levar um tombo besta...
Deformação elástica é aquela que o objeto deformado retorna à forma original depois que o esforço aplicado é eliminado.
Deformação plástica é aquela que permanece depois que o esforço excessivo é eliminado.
Note que a capacidade de resistir ao esforço depende somente da rigidez e resistência mecânica desse objeto.
Um objeto que se deforma elasticamente está a um passo de se deformar permanentemente, basta ultrapassar seu limite de resistência física.
Existe um limite para a deformação elástica — passou desse limite de esforço, ela vira uma deformação plástica, permanente.
Um pequeno esforço acima desse limite faz a diferença — é a gota que transborda o copo — e o resultado é a deformação plástica permanente do chassi da motocicleta.
Tipo aquela que você coloca duas réguas e descobre que suas rodas estão desalinhadas porque seu chassi se deformou, apesar de você nunca ter caído com sua moto.
Que segundo o Chuck da Classic Cycles, pode induzir o balanço da morte death wobble.
Então "é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho"?
A moto oscila porque o quadro se deforma, ou o quadro se deforma porque a moto oscila porque ele é fraco para aguentar?
Mas é claro que, se a má fama das Harleys foi causada pela fraqueza dos quadros anteriores, a fabricante nunca irá convocar um recall de seus "antecessores".
Já imaginou o prejuízo?
Quem caiu, caiu. Quem ainda cair, azar.
Azar dos ocupantes, não da fábrica.
Para eles, death wobble não é defeito, é "feature".
A culpa é sempre do piloto, nunca das fabricantes.
Qualquer semelhança entre esse reforço dos quadros das H-D modelos 2018 e o reforço dos quadros das dafra Kansas com o lançamento do modelo 2010 — SEM CONVOCAR RECALL DAS MOTOS ANTERIORES — é só uma coincidência, claro.
Não dá para comparar a qualidade de uma com a outra.
Só dá para comparar o método, que é comum a todas as fabricantes.
Novos modelos resolvem problemas dos anteriores, e os proprietários...
Bem, os proprietários nunca descobrem o que está por trás dos press-releases de divulgação das empresas que enfatizam apenas o lado bom da coisa, e fica tudo por isso mesmo.
Os fatos estão aí, a moto é sua, tire a conclusão que quiser.
Você que se cuide, seja qual for a sua moto, porque você sempre estará sozinho em cima dela.
No máximo, com sua garupa — e a responsabilidade pela vida dela será somente sua.
Aprenda a ver o mundo com outros olhos, batalhe por sua segurança, porque para o marketing e o mercado você é apenas um 'consumer'.
No Brasil "consumer" é traduzido como "cliente", mas ao pé da letra, "consumer" é apenas "consumidor".
Boa sorte com sua moto de qualquer marca,
Jeff
Um pequeno esforço acima desse limite faz a diferença — é a gota que transborda o copo — e o resultado é a deformação plástica permanente do chassi da motocicleta.
Tipo aquela que você coloca duas réguas e descobre que suas rodas estão desalinhadas porque seu chassi se deformou, apesar de você nunca ter caído com sua moto.
Que segundo o Chuck da Classic Cycles, pode induzir o balanço da morte death wobble.
Então "é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho"?
A moto oscila porque o quadro se deforma, ou o quadro se deforma porque a moto oscila porque ele é fraco para aguentar?
Mas é claro que, se a má fama das Harleys foi causada pela fraqueza dos quadros anteriores, a fabricante nunca irá convocar um recall de seus "antecessores".
Já imaginou o prejuízo?
Quem caiu, caiu. Quem ainda cair, azar.
Azar dos ocupantes, não da fábrica.
Para eles, death wobble não é defeito, é "feature".
A culpa é sempre do piloto, nunca das fabricantes.
Qualquer semelhança entre esse reforço dos quadros das H-D modelos 2018 e o reforço dos quadros das dafra Kansas com o lançamento do modelo 2010 — SEM CONVOCAR RECALL DAS MOTOS ANTERIORES — é só uma coincidência, claro.
Não dá para comparar a qualidade de uma com a outra.
Só dá para comparar o método, que é comum a todas as fabricantes.
Novos modelos resolvem problemas dos anteriores, e os proprietários...
Bem, os proprietários nunca descobrem o que está por trás dos press-releases de divulgação das empresas que enfatizam apenas o lado bom da coisa, e fica tudo por isso mesmo.
Os fatos estão aí, a moto é sua, tire a conclusão que quiser.
Você que se cuide, seja qual for a sua moto, porque você sempre estará sozinho em cima dela.
No máximo, com sua garupa — e a responsabilidade pela vida dela será somente sua.
Aprenda a ver o mundo com outros olhos, batalhe por sua segurança, porque para o marketing e o mercado você é apenas um 'consumer'.
No Brasil "consumer" é traduzido como "cliente", mas ao pé da letra, "consumer" é apenas "consumidor".
Boa sorte com sua moto de qualquer marca,
Jeff
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