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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Será que o cabeçote está trincado? Como trocar vela de ignição?

Respondendo ao leitor Thiago Cabral Dos Santos:

(...) Tenho uma CB300 2011 que comprei usada e me assustei quanto ao problema do cabeçote. A minha liga normal na primeira e mantém a lenta, não vaza óleo, está com 54 mil km, tudo ok. Porém joguei wd no pé da vela e a mesma espirra igual ao sintoma de cabeçote trincado. Será que é outra coisa?

Bem, sejamos otimistas...


Sugerimos começar pelo mais simples:

A vela de ignição possui uma arruela de vedação. 

Imagem: http://www.zacarias.com.br/blog/2013/03/21/dicas-de-manutencao-velas-de-ignicao/

Ela é feita para se deformar e garantir boa vedação sem deixar escapar compressão, como está ocorrendo na sua moto.

Então antes de qualquer coisa, verifique se a vela está frouxa no cabeçote tentando apertá-la usando a chave de vela original do jogo de ferramentas, mas sem instalar o cabo de alavanca na chave. 

Uma vela bem apertada não poderá girar acionando a ferramenta apenas com os dedos. Se girar, aperte com a ferramenta sem o cabo de alavanca até a vela assentar totalmente, e então coloque o cabo de alavanca e aplique um pequeno aperto tipo 1/4 de volta, isso deverá ser suficiente para eliminar o problema.

Repita o teste com o óleo em aerossol. Se continuar vazando compressão, continue investigando a vela.

Remova essa vela de ignição e verifique se a arruela de vedação está instalada. Sabe como é, você nunca sabe o que o pessoal andou aprontando por aí.

Aproveite para ver o estado da vela e, se for o caso, já troque por uma nova com a arruela de vedação em perfeito estado.

Dificilmente você vai ter um torquímetro disponível para aplicar o torque correto, então use o seguinte critério:

Instale a vela bem centralizada na rosca, parafusando-a com os dedos até que a arruela de vedação se encoste no cabeçote, depois aplique mais um quarto ou meia volta com a chave de vela e o cabo de alavanca do jogo de ferramentas da moto. 

Não use alavancas maiores do que aquele ferrinho que veio junto com a chave de vela; ele é dimensionado para dar um aperto adequado à vela — uma alavanca maior esforçará demais o cabeçote.

Aperte apenas o suficiente para sentir que a vela ficou firme — é diferente de apertar uma porca de roda, na porca de roda você precisa fazer muito mais força.

Não exagere nesse aperto, porque o torque excessivo na hora de apertar a vela pode trincar o cabeçote.

Não trocar a vela e tentar compensar a incapacidade de vedação da arruela apertando-a em excesso é o tipo da economia que sai caro:

A arruela não dá boa vedação porque está deformada, o cara tenta compensar aplicando um aperto cavalar, a rosca do cabeçote não aguenta e acaba criando uma trinca que vai custar centenas de vezes mais caro do que instalar uma vela nova e aplicar o aperto correto.

Instalada a vela nova, repita o teste com óleo em aerossol para ver se o vazamento de compressão continua.

O mais provável é que esses procedimentos resolvam, porque se fosse realmente um trinca no cabeçote, a moto não pegaria com facilidade. 

Mas pode ser o início de uma trinca, ou então só agora ela chegou a achar um ponto de fuga.

Se o motor pega bem na partida, não está fraco, não está beberrão e a lenta está estável, é bem provável que a vela não tenha recebido o torque adequado.

Dica do leitor Rogeriopko:

Pode-se também utilizar um medidor de compressão que vai rosqueado [no lugar da] vela. Caso a compressão esteja muito baixa, o cabeçote já rachou.

Obrigado, Rogério!

Boa sorte,

Jeff e Dan

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Minha moto dá partida, mas depois começa a pipocar e morre

Minha moto começa a funcionar, mas depois começa a pipocar e morre...

Podem ser várias coisas. 


Atualização:
Descobri um macete novo, verifique antes de tudo se o seu miolo da chave da tampa do tanque de combustível não está obstruído! Explicações na postagem Minha moto anda 1 km e para de funcionar sem motivo, ou não dá partida pela manhã.

Se não resolver, volte para esta postagem.

Se isso estiver acontecendo com tempo bom, descartamos que seja por umidade no cachimbo (conector) da vela de ignição.

Então a primeira coisa que eu faria seria verificar se o cabo de vela está bem conectado ao cachimbo, e se o cachimbo está bem encaixado na vela de ignição.

O próximo suspeito na lista é sua vela de ignição. Há quanto tempo ela não é limpa? Com que folga estão os eletrodos? 

Os eletrodos da vela se desgastam, e quando a folga fica muito grande, a faísca tende a falhar, gera esse sintoma. 

Se isso acontecer após uma chuva, e não for umidade no cachimbo da vela, é bem possível que tenha entrado água no tanque de combustível. 

Se ocorrer após um abastecimento, pode ter sido com gasolina adulterada, e o álcool (ou solvente) tenha se separado da gasolina de verdade e ido para o fundo do tanque.

Como água e solvente não se incendeiam com a centelha, geram esse sintoma de falhar até morrer.

Aí a solução seria eliminar uma boa parte do combustível do tanque abrindo o parafuso do ladrão do carburador. A água e o álcool são mais pesados que a gasolina e vão para o fundo do tanque. Nas motos injetadas eu não sei como escoar a gasolina do tanque.

Se o que estiver saindo do tanque for transparente e tiver mais cheiro de álcool do que gasolina, ou não tiver cheiro de quase nada, entrou água no seu tanque — remova 1 ou 2 litros e, quando começar a sair gasolina de verdade, feche o ladrão e tente dar partida novamente. Abastecer gasolina nova também ajuda muito.

Se melhorar o combustível não resolveu o problema, poderá ser sua vela, bobina de ignição ou CDI que foi para o espaço. 

O eletrodo pode trincar dentro da vela, interrompendo intermitentemente a passagem da corrente elétrica, e será impossível identificar o problema externamente.

O CDI é responsável por gerar no momento certo o pulso elétrico que fará a bobina enviar a alta tensão elétrica que gerará a faísca na vela de ignição. 

Se os fios da bobina ou as trilhas do cdi entrarem em curto, ou se o eletrodo da vela trincar, só é possível resolver com a troca da peça.

Comece pela mais barata e fácil de trocar, a vela, e depois a bobina e por último o CDI.

Boa sorte,

Jeff

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Minha moto anda por 10 km e depois para de funcionar

A minha moto anda por 10 km, depois ela para de funcionar, então eu tenho que esperar ela esfriar para ligar de novo. Onde pode estar o problema?

Respondendo à pergunta da Nilma:

Descobri um macete novo, verifique antes de tudo se o seu miolo da chave da tampa do tanque de combustível não está obstruído! Explicações na postagem Minha moto anda 1 km e para de funcionar sem motivo, ou não dá partida pela manhã.

Se não resolver, volte para esta postagem.

São duas possibilidades:

1) Algum componente com problema no sistema de ignição (aquele que envia faísca para a vela para o motor funcionar)

2) Algum problema no sistema de carburação ou injeção (que desaparece quando a moto esfria ou fica parada)


1) Se o problema estiver na parte elétrica, o primeiro suspeito é o cachimbo/cabo da vela.

O cachimbo é essa peça vermelha aí (na sua moto ele pode ser preto) e ele pode estar mal conectado na vela, aí o motor esquenta, pára de passar faísca, aí a moto esfria e volta a funcionar até que o aquecimento faça os componentes se dilatarem e se desencostarem.

Esses dias aconteceu algo muito parecido comigo, relatei nesta postagem aqui.

O cachimbo pode estar apenas encostado na vela, ou apenas mal encaixado no cabo da vela.

Para eliminar as duas dúvidas, retire o cachimbo da vela, torça ele no cabo por umas 2 ou 3 voltas e depois force ele contra a vela até sentir que ele fez um clique. 

Se o cabo de vela estiver muito estragado no encaixe do cachimbo, corte um teco de uns 2 centímetros e repita a operação, tem que garantir um bom contato entre o fio de cobre e o pino do cachimbo.

Se isso não resolver, troque a vela de ignição.

Uma vela trincada interrompe a passagem de faísca quando se dilata, é uma peça muito barata, vale a pena trocar preventivamente a cada 15 mil km para não passar por esses perrengues.

Outros componentes que podem pifar somente com o motor quente são a bobina de ignição (que transforma a energia de 12 volts da bateria em milhares de volts para gerar a faísca) e o CDI (que é o cérebro eletrônico que determina o momento exato de gerar a faísca).

Se tiver que trocar esses componentes, comece pela bobina (o cabo da vela já vem junto, não dá para trocar um sem o outro).

Se não resolver, parta para o CDI, que é mais caro (coisa de uns 60 reais nas motos mais comuns).



2) A outra possibilidade é que a causa esteja no sistema de alimentação de combustível.

Verifique se a mangueira que sai do tanque e vai para o carburador não está dobrada.

Uma mangueira dobrada pode prender uma bolha de vapor de combustível quando o motor esquenta, e essa bolha não deixa a gasolina descer. 

Basta endireitar a mangueira e você nunca mais terá esse problema.

Mas tem uma coisa: 

Uma bolha só se forma com o motor funcionando muito quente, tipo ficando presa em congestionamentos por muito tempo, ou então o motor funcionando com pouco óleo. 

Dá uma conferida na denúncia A esperteza dos fabricantes e a ingenuidade do povo e meça a quantidade de óleo do seu motor pela manhã exatamente de acordo com o procedimento do manual do proprietário.

Caso sua moto seja injetada (injeção eletrônica de combustível), a bomba elétrica de gasolina dentro do tanque pode estar com defeito, ou então trabalhando com muito pouca gasolina.

Bomba com defeito, só trocando, e custa caro.

Mas se você tiver o hábito de andar com pouca gasolina no tanque, a bomba trabalhará mais quente do que o normal, e a bolha de vapor se formará dentro dela. 

Passando a rodar com o tanque sempre acima da metade ou um terço da capacidade, esse problema desaparecerá, se a bomba não tiver sido afetada por trabalhar em temperatura acima do ideal por muito tempo.

Que eu lembre, isso esgota as possibilidades...

Bom, também tem mais uma:


Sujeira dentro do tanque de combustível pode dar a impressão de que o problema está na temperatura do motor, enquanto na verdade é apenas o combustível sendo sugado pelo tanque que muda a sujeira de posição.

Com a gasolina sendo sugada, a sujeira bloqueia a passagem, aí a moto pára, o combustível deixa de ser sugado e a sujeira se afasta do filtro do registro de combustível — você pensa que é porque a moto esfriou, mas não é. Pegadinha de moto.

Algum dia você removeu e limpou a tela do filtrinho que tem no registro do tanque de combustível?

Não deve acontecer em motos novas, mas nas mais rodadas é uma necessidade que costuma passar despercebida até pelos mecânicos, que acabam trocando peças sem necessidade e apanham para resolver um problema simples (e você paga o pato).

Boa sorte!

Jeff

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A importância da folga da vela

Você trocou a(s) vela(s) da sua moto e depois disso o motor passou a funcionar de maneira áspera, dura, forçada, sem suavidade?

A(s) vela(s) estão bem rodadas e sua moto está fraca, sem vontade de acelerar?

No primeiro caso, provavelmente não ajustaram os eletrodos para a folga correta; no segundo, os eletrodos se desgastaram e aumentaram a folga — uma limpeza e o ajuste da folga talvez resolvam o problema sem precisar trocar nada.


Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Spark_plug

A falta de ajuste é um descuido cometido por 9 em cada 10 mecânicos.

O pessoal retira a vela velha, pega a nova da embalagem e instala do jeito que vem da fábrica.

Está errado!

Cada motor tem uma regulagem específica da folga dos eletrodos da vela.

Como o mesmo modelo de vela pode ser instalado com folgas diferentes em motores diferentes, o fabricante entrega todas com uma folga padrão, geralmente de 0,5 mm.

É responsabilidade de quem está trocando a vela ajustar essa folga para a medida recomendada pelo fabricante da moto; esse dado é mencionado no manual do proprietário e você encontra nas fichas técnicas espalhadas pela internet.

Se a folga for muito pequena, a centelha saltará antes da hora correta e a ignição ocorrerá antes de o pistão comprimir totalmente a mistura na câmara de combustão (antes de chegar ao ponto morto superior (PMS), o ponto mais alto que o pistão atinge antes de começar a descer novamente).

Resultado, a parte final do curso do pistão será feita forçadamente contra a explosão que aconteceu prematura.

Quando isso ocorre, o motor fica áspero daquele jeito lá em cima. Você sente que ele não está feliz e pode até ouvir um tinido, a famosa batida-de-pino.

Isso é péssimo para a vida de seu motor.

Todo mecânico tem obrigação de saber isso, mas sabe como é que é, isso aqui é Brasil, né?

Uma vez mandei trocar a vela da minha moto e falei para o mecânico: 

— "A vela vem com folga de 05, abre ela para 08 antes de instalar" (a folga recomendada é de 0,7 - 0,8 mm, eu prefiro 0,8 mm, o motor fica mais suave — sim, um décimo de milímetro faz uma boa diferença).

Tirei a moto da oficina e não consegui sair do quarteirão, a moto não tinha força nenhuma.

Voltei lá e perguntei para o mecânico o que ele tinha feito.

"É, com 08 a vela fica muito fechada, não salta faísca... eu estranhei, mas você mandou..."

Em vez de aumentar a folga de 0,5 para 0,8 mm, o infeliz tinha fechado a vela para 0,08 mm, uma folga 10 vezes menor do que eu tinha solicitado.

Então nunca subestime a capacidade do pessoal de fazer... ahnnn... coisas indevidas e, sentindo que a moto está fraca ou com o motor funcionando sem suavidade depois de uma troca de vela, verifique se a folga está correta.


E seja bem claro na hora de solicitar o ajuste da folga.

Um abraço,

Jeff

sábado, 1 de junho de 2013

Minha moto morre na chuva

Todas as motos têm um macete qualquer que pode infernizar sua vida.

Pode apostar que desde a primeira moto, alguma coisa ela fazia que deixava o velhinho Gotlieb de cabelo em pé (até ele ficar careca).

Geralmente é uma coisinha simples, fácil de resolver, mas até você descobrir, vai penar, xingar, suar, blasfemar e jurar que nunca mais terá uma moto na vida.

E depois que você descobre o macete, esquece o passado, perdoa e diz pra todo mundo que a sua é a melhor moto do mundo.

Existe um problema clássico, o da moto que toma chuva e pára de funcionar e não há quem consiga fazer ela voltar a andar.



Primeira possibilidade: 

Normalmente essa pane é causada por umidade no conector da vela de ignição.

A presença de água permite a fuga da corrente de alta tensão diretamente para o bloco do motor, deixando de gerar faísca na vela, aí o motor não funciona mesmo.

A solução é simples, com a ignição desligada, basta desconectar o cabo da vela e secar o interior do conector, batendo-o na palma da mão para retirar a água e assoprando com força. 

Um pano e uma chave de fenda ajudam bastante.


Segunda possibilidade:

Há uma pane que atormenta a vida de alguns proprietários de dafra Kansas 150 e kasinski Mirage 150, suzuki Yes e Intruder 125 (pode acontecer com outros modelos, mas não tenho conhecimento.) 

Essas motos costumam apagar sob chuva, o método acima não funciona e ninguém (nas concessionárias) descobre o motivo.

Felizmente os pilotos de motos são solidários por natureza e compartilham suas soluções em rodas de amigos (epa! ficou estranho isso...) ou na internet.

Seguinte:

Em algumas dessas motos, a mangueira do ladrão do carburador é muito comprida, chegando quase até o solo.


A mangueirinha vilã é essa ali embaixo, perto do cavalete... 
Pelo jeito, os donos de Kansas 250 também sofrem com o mesmo problema.

Como a pressão no interior do carburador é menor do que a atmosférica, em dias de chuva a mangueira permite aspirar (sugar) a água da rua.


Se a água no exterior da vela é ruim, no interior da câmara de combustão ela vai direto para os eletrodos da vela, fechando um curto circuito e cortando a faísca, a coisa fica pior ainda e o motor não funciona nem com reza braba.


Mas a solução é muito simples:

Acredite ou não, basta cortar um trecho de 5 centímetros, ou afastar a ponta da mangueira do solo. 

Uma coisa tão simples, mas que passa despercebida pelos mecânicos das concessionárias, porque quando a moto chega até eles, a condição causadora do problema desapareceu.


Aí eles pensam que se trata de umidade no corta-corrente pu entrada de água no tanque de combustível (que também podem causar esse tipo de problema, mas são mais raros — a moto teria que ficar embaixo de uma goteira para isso acontecer), e trocam a gasolina ou trocam ou enchem de silicone o corta-corrente.


Já adivinhou quem vai pagar a peça mais o serviço e ainda ficar na rua na próxima chuva, xingando, blasfemando e arrancando os cabelos?


Essa solução de cortar a mangueira não é lenda, vi o problema acontecer numa viagem em que estávamos com quatro motos iguais, apenas uma apresentou o problema, justamente aquela que ainda não tinha sido... ahn.... circuncidada.

Foi só cortar a pontinha, foi-se o problema.

E nunca mais o proprietário arrancou seus cabelos, nem ficou careca.

Terceira possibilidade:

Dica do leitor Bruno Pomoreni:

O problema da speed 150 [e provavelmente muitas outras motos] é no mata-motor [interruptor corta-corrente].

Eu sofri pra descobrir isso, entrava água e a moto morria e só pegava depois de um tempo.

Aí eu secava com o secador de cabelo e ela voltava a funcionar, então eu fiz uma ligação direta no mata-motor e nunca mais tive qualquer problema na chuva. Espero ter ajudado.

Ajudou sim, Bruno! Somente os proprietários é que podem falar com bom conhecimento dos macetes de cada modelo! Obrigado pela colaboração!

PS: Para problemas de entrada de água no tanque de combustível, veja a postagem Água na gasolina falsa.

Um abraço,


Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta ou olhando o visor é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

sábado, 11 de maio de 2013

Defeitos comuns no inverno

* Para dificuldades de partida em dias frios, veja esta postagem.

O frio intenso, assim como o calor intenso, são inimigos dos componentes elétricos e eletrônicos, e faz parte das leis da natureza que eles deixem de funcionar sob condições extremas. 

Antes de ontem foi o primeiro dia de frio de verdade aqui em Santa Catarina e o CDI da minha moto bateu com as dez, vítima do choque térmico.

No inverno, defeitos desse tipo se tornam mais comuns.

O sintoma de um CDI trincado é que ele não deixa passar toda a corrente, ora interrompendo totalmente a ignição, ora conseguindo manter a marcha lenta.

Parece muito com sintoma de carburador entupido, com a diferença de que provoca estouros no escapamento.

Quando a gasolina continua fluindo, e não é queimada dentro do motor, ela se incendeia no escapamento, provocando estouros. 

Esse sintoma permite saber que o carburador está fazendo a parte dele, mas não está havendo faísca para provocar a explosão. 

Se não há faísca, três suspeitos: o primeiro é a vela de ignição, o segundo a bobina, e o terceiro é o CDI, nessa sequência de probabilidade de dar defeito. 

Para não ficar completamente sem ação, sempre carregue as ferramentas e pelo menos uma vela de ignição. Como componente mais provável de dar defeito, vale a pena contar com uma reserva.

Na próxima postagem, explicarei como verificar essa ocorrência de faísca e trocar a vela (que é tão fácil quanto trocar uma lâmpada). Os outros componentes já são mais complicados, é mais prático levar até uma oficina.

Motos são assim mesmo, temperamentais.

Ame-as ou venda-as.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.