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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Jezebel e o Militec na última viagem

Jezebel rodou muito bem na última viagem, foi um bom teste para ver como se comporta o Militec.

Uma coisa eu constatei:


Aquela história de que ele faz efeito por até 3 trocas sem precisar de reposição não é bem assim.


Depois que passei a usar, e antes da viagem, fiz uma troca sem reposição do aditivo e o motor começou a rajar de novo, daí concluí que o melhor resultado realmente ocorre quando se repõe o Militec em todas as trocas — ou seja, já não é mais tão econômico quanto eu tinha calculado


Passado mais um período de troca, já me preparando para a viagem, troquei o óleo, coloquei o aditivo, rodei uns 200 km em Santa Catarina antes de pegar a estrada.


De acordo com o google maps, fiz 1.127 km, aí soma mais uns 80 km que perambulei e não lancei no mapa.

No total, percorremos aproximadamente 1.400 km de São José - SC até Arujá - SP, com um atalho por Santa Bárbara d'Oeste e Campinas, sem trocar o óleo aditivado. 


Mapa: google maps

Senti que nos últimos 100 km antes da troca Jezebel não estava mais tão feliz como no restante da viagem. 

Então concluí que o limite para o uso do óleo aditivado é de aproximadamente 1.300 km, não mais do que isso.

Só lembrando, meu motor está cansado, 73 mil km na época da viagem, e por isso usamos habitualmente óleo para alta quilometragem 25W-60. (Veja o PS lá embaixo.)

Esse óleo é automotivo, e haverá gente dizendo "não pode usar óleo de carro em motor de moto"; mas sou técnico em Mecânica Industrial com estágio em Manutenção de Máquinas e curso de lubrificação — eu me garanto.

Nos anos 70 e 80 não havia "óleo para motor de moto" e os motores das motos funcionavam com óleo automotivo tão bem (ou até melhor) do que hoje

Aliás, estou preparando uma postagem sobre uma coisa interessante que descobri. Me aguarde. Bruahahaha!

A temperatura foi baixa no trecho inicial da viagem, partimos rumo ao norte junto com a frente fria.

A velocidade de cruzeiro, quando o motor estava redondo com pista livre e eu conferia o velocímetro, ficou na casa dos 86 km/h, um ganho de 3 km/h em relação às viagens anteriores, e isso para um motor já cansado. 

A velocidade máxima registrada na perna final, com temperatura mais elevada, foi de 94,9 km/h reais (130 no velocímetro ladrão da Kansas) e média horária real de 67 km/h durante todo o trajeto, anotadas e calculadas pelo velocímetro digital para bicicletas instalado no guidão.

Então é isso. 

Para mim, o Militec está aprovado como aditivo para o óleo do motor. Na minha avaliação, apesar do alto custo agora ainda mais alto, ouvir o motor trabalhando redondinho na estrada compensa.

Um abraço,

Jeff
PS: O Daniel comentou comigo que a postagem deu a entender que o Militec seria um espessante porque eu mencionei que o meu motor está cansado.

Ele não é um espessante não, ele é só um redutor de atrito que tem afinidade com as peças metálicas e usa o óleo para chegar até elas, não interferindo com a cortiça da embreagem.

Valeu, Daniel!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Velocidade de cruzeiro, motor rajando e um bom aditivo

Gente, não é jabá não. 

Meu motor estava rajando e na última viagem pude comprovar o quanto o danado do Militec cumpre o que promete.


Há dias eu vinha pensando em escrever uma postagem chamada O motor da minha moto está rajando, mas depois da viagem da semana passada, vou adiar por uns tempos.

O fato é que Jezebel sempre gostou de viajar a 83 km/h — uma velocidade de cruzeiro boa para uma moto com máxima de 95 km/reais.

Mas o que é velocidade de cruzeiro?

É a velocidade normal para uso da moto em estrada, cerca de 90% da velocidade máxima. 

Nessa velocidade o motor vai confortável, não se esforça demais, não se aquece acima do que foi projetado, não consome óleo em excesso. 

Se você rodar sempre a 100%, seu motor durará significativamente menos do que a 90%.

As peças do motor são ajustadas com folgas com a precisão de milésimos de milímetro.

Motor rajando quer dizer que as folgas dos componentes do motor (não do câmbio) já estão grandes o suficiente para causar o desagradável barulho de metal vibrando e atritando devido às folgas internas.

As peças mais soltas do que o normal, atritando contra a microrugosidade das superfícies de contato, entram em ressonância quando o motor é exigido e emitem esse som característico de motor rajando.

É um barulho diferente do ronco surdo de um câmbio desgastado, falei disso aqui. Ou do barulho de rolamentos gastos, que é um chiado contínuo.

De uns tempos para cá, depois que se tornou setuagenária (ela diz que só tem 66, mas eu sei que ela esconde uns 5 mil km no velocímetro), o motor de Jezebel começou a rajar aos 75 km/h.

Não podia passar dessa velocidade que começava aquele barulho de motor que já não bate, só apanha, como diz o meu amigo Daniel.

Além de o motor perder potência, também perde o ímpeto de aumentar a rotação devido ao excesso de atrito interno.

Pois bem, coloquei o Militec na manhã da viagem e, quando pegamos a BR-101 à tarde, Jezebel estava feliz, serelepe, radiante, lépida e fagueira como uma adolescente viajando em cruzeiro a 87 km/h...

Motor redondinho e gostoso de se ouvir como há muito tempo eu não via. Ou melhor, ouvia. 

O frasquinho custa 70 reais, e pelos cálculos indicados por eles isso seria suficiente para quatro aplicações, cada uma delas protegendo o motor por 20 mil km. 

Mas o fabricante sempre recomenda mais do que o necessário, vide sabão em pó que você pode usar a metade da quantidade com o mesmo resultado.


Pelo meu critério, esses 70 reais serão diluídos em umas seis aplicações, uma a cada 20 mil km. O frasco deve durar mais do que o restante de vida do motor.


Mas só em prolongar a vida do motor já fiquei contente: metal batendo é metal sendo desgastado — eliminando isso, o motor durará mais. 

De acordo com a explicação do produto, ele é um redutor de atrito que adere somente a superfícies metálicas. Como metade dos discos de embreagem são de cortiça, teoricamente o conjunto não é afetado. 

Até agora a embreagem está perfeita, agora é torcer para que não surjam efeitos colaterais em longo prazo; por enquanto, aprovo esse aditivo para óleo com louvores, muito bom mesmo. 

Vamos ver no futuro.

Um abraço,

Jeff
PS: Respondendo ao comentário do Bob William:

Quero acompanhar isso... já ouvi muitas opiniões divergentes. Uns elogiando bastante (como você), outros mais medianos, dizendo que o benefício só é bom em motores novos (pois ele impede um desgaste, e não recupera de um desgaste), e já ouvi gente condenar totalmente.

Até agora o motor continua desempenhando bem. 

Realmente, é impossível recuperar um desgaste com um aditivo, mas o melhor deslizamento dos componentes entre si permite um funcionamento suave e sem vibração. 

A prova de fogo será no final deste mês, irei de Floripa até São Paulo e Campinas, 1600 km no total, aí já passo em Camboriú para ver as faixas de pedestres adesivas (não esqueci não). 

Vou tentar fazer o percurso sem trocar o óleo no meio do caminho (geralmente troco a cada 1000 km).

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Posso usar aditivos no óleo da moto?

Essa é uma dúvida muito comum entre os proprietários, e as opiniões se dividem. 

Nenhum fabricante recomenda seu uso, porque não fecharam acordo comercial não sabem que marca de aditivo o proprietário poderá colocar no motor, e não querem dor de cabeça durante o período de garantia.

Os aditivos mais comuns são do tipo espessantes do óleo e melhoradores de atrito, o mais conhecido talvez seja o Bardhal B12.

Esse aditivo é realmente muito bom para motores de automóveis, mas os motores de motos têm uma diferença crucial:

A embreagem das motos funciona em banho de óleo, o mesmo óleo que vai no motor e câmbio.

Então aditivos que diminuem o atrito, como o Bardhal, podem tornar nossa embreagem ineficaz. E depois de contaminados, é impossível limpar, só mesmo trocando os discos da embreagem.

Uma falha da embreagem pode ser muito perigosa, a minha está pedindo troca (e eu pedindo um tempo) e outro dia fui entrar na Via Expressa, acelerei tudo que a moto dava e a embreagem patinou bem na frente de um ônibus da Catarinense... quase fui parar no Jornal do Almoço. 


Imagem: Jurassic Park (é, eu sei que você sabia...)

Não queira perder velocidade na frente de um ônibus. Ainda mais da Catarinense.

Caso você resolva experimentar aditivos não recomendados por sua conta e risco, tome cuidado também com a proporção da diluição. 

As embalagens são feitas com a dose para um motor de automóvel, e você não pode despejar todo o conteúdo no motor da moto.

Alguns desses aditivos são extremamente viscosos, e uma dosagem excessiva fará com que a bomba de óleo não aguente movimentar um óleo tão denso. 

O resultado será a falha de lubrificação das partes mais exigidas do motor, causando sérios danos (em compensação, o câmbio vai ficar feliz como um pato na lagoa). 

Há outros tipos de aditivos químicos como o Militec, que não interferem na viscosidade do óleo e aderem somente a metais e não aos discos de cortiça da embreagem, portanto não apresentam os mesmos inconvenientes.

Quem usou falou muito bem, não relatou problema nenhum com a embreagem; como nunca utilizei, só retransmito o que li e ouvi de amigos com grande experiência e em quem confio, talvez um dia eu experimente.

Ou talvez não, porque estou cada vez mais preguiçoso e pão-duro.

Atualização:
Também existem os aditivos para descarbonização do motor (retirada do carvão acumulado na câmara de combustão pistão e anéis do pistão), alguns são adicionados ao óleo e outros à gasolina. Sobre os aditivos para o óleo, leia a postagem Descarbonização do motor, filtro centrífugo e aditivos.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.