Uma coisa eu constatei:
Aquela história de que ele faz efeito por até 3 trocas sem precisar de reposição não é bem assim.
Depois que passei a usar, e antes da viagem, fiz uma troca sem reposição do aditivo e o motor começou a rajar de novo, daí concluí que o melhor resultado realmente ocorre quando se repõe o Militec em todas as trocas — ou seja, já não é mais tão econômico quanto eu tinha calculado.
Passado mais um período de troca, já me preparando para a viagem, troquei o óleo, coloquei o aditivo, rodei uns 200 km em Santa Catarina antes de pegar a estrada.
De acordo com o google maps, fiz 1.127 km, aí soma mais uns 80 km que perambulei e não lancei no mapa.
No total, percorremos aproximadamente 1.400 km de São José - SC até Arujá - SP, com um atalho por Santa Bárbara d'Oeste e Campinas, sem trocar o óleo aditivado.
Senti que nos últimos 100 km antes da troca Jezebel não estava mais tão feliz como no restante da viagem.
Então concluí que o limite para o uso do óleo aditivado é de aproximadamente 1.300 km, não mais do que isso.
Só lembrando, meu motor está cansado, 73 mil km na época da viagem, e por isso usamos habitualmente óleo para alta quilometragem 25W-60. (Veja o PS lá embaixo.)
Esse óleo é automotivo, e haverá gente dizendo "não pode usar óleo de carro em motor de moto"; mas sou técnico em Mecânica Industrial com estágio em Manutenção de Máquinas e curso de lubrificação — eu me garanto.
Nos anos 70 e 80 não havia "óleo para motor de moto" e os motores das motos funcionavam com óleo automotivo tão bem (ou até melhor) do que hoje.
Aliás, estou preparando uma postagem sobre uma coisa interessante que descobri. Me aguarde. Bruahahaha!
A temperatura foi baixa no trecho inicial da viagem, partimos rumo ao norte junto com a frente fria.
A velocidade de cruzeiro, quando o motor estava redondo com pista livre e eu conferia o velocímetro, ficou na casa dos 86 km/h, um ganho de 3 km/h em relação às viagens anteriores, e isso para um motor já cansado.
A velocidade máxima registrada na perna final, com temperatura mais elevada, foi de 94,9 km/h reais (130 no velocímetro ladrão da Kansas) e média horária real de 67 km/h durante todo o trajeto, anotadas e calculadas pelo velocímetro digital para bicicletas instalado no guidão.
Então é isso.
Para mim, o Militec está aprovado como aditivo para o óleo do motor. Na minha avaliação, apesar do alto custo agora ainda mais alto, ouvir o motor trabalhando redondinho na estrada compensa.
Um abraço,
Jeff
PS: O Daniel comentou comigo que a postagem deu a entender que o Militec seria um espessante porque eu mencionei que o meu motor está cansado.
Ele não é um espessante não, ele é só um redutor de atrito que tem afinidade com as peças metálicas e usa o óleo para chegar até elas, não interferindo com a cortiça da embreagem.
Valeu, Daniel!