sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Vida loka

Imagem: http://horadesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/noticia/2015/01/video-mostra-perseguicao-da-policia-militar-a-suspeito-de-assaltos-em-camboriu-4690790.html

Assista o vídeo e leia a reportagem neste link

Roubou, tentou fugir, "caiu, caiu", foi pego com o celular da vítima, assinou um documento na delegacia e foi liberado porque "não houve flagrante".

Se este bordel fosse um país sério, ficava na cadeia só por conta das infrações de trânsito.


O sujeito causa uma situação de risco para a população da cidade, por si e pela ação que os policiais foram forçados a tomar, e sai pela porta da frente, dando risada de todos nós — já deve ter praticado outro assalto a esta altura.


E se o malandro, ops, o "suspeito" tivesse se quebrado inteiro na queda, seria levado para a emergência e passaria na frente dos cidadãos de bem que passam dia e noite no hospital esperando atendimento.

Blah.



Brasil, mostrando sua cara.

Nem vou comentar a ação da polícia. Já tomei grandes sustos com viaturas na contramão por aqui.

O correto não seria que um monte de viaturas interceptassem o caminho do safado sem colocar em risco os cidadãos de bem?


Mas....cadê frota, verba, pessoal e treinamento pra isso?


PS: Assistindo de novo, retiro o que disse. 

O ladrão caiu porque foi interceptado por outra viatura da PM — mostraram que têm frota, verba, pessoal e treinamento para isso. Pelo menos nesse caso tiveram.

Um bom trabalho da polícia, infelizmente jogado fora por nossas leis e "justiça" absurdas que só beneficiam quem não merece ser beneficiado.

Jefferson

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Respondendo a comentários e dúvidas dos leitores

Deixei acumular uma série de comentários de leitores, então vou responder a todos aqui nesta postagem. Quem não aparece na lista, ou já tem postagem respondendo, ou a resposta ainda está a caminho.


Leitor Ricardo Carvalho na postagem Alerta aos prorietários de kawasaki:

Jeff, acabei de adquirir uma Kawasaki Dtracker 250. Qual óleo vc recomenda, mineral ou sintético? Moro no nordeste, temperatura bem alta na maior parte do ano. E qual o procedimento seguro para mudar de sintético para mineral?

Leitor Alexandre Francisco na postagem Qual o melhor óleo, mineral ou sintético?


Olá Jeff, tudo bem? queria tirar uma dúvida definitiva sobre óleo: Gostaria de saber qual o melhor óleo para usar na minha Bros 2012 flex. O óleo mineral, o sintético ou o semissintético (se forem todos 20W-50). Quando você diz: "o semissintético certamente lubrificará melhor, mas cobrará caro por isso." você se refere a preço mesmo? 

Aproveitando para responder a ambos:

Recomendo usar o óleo indicado no manual do proprietário, considerando as recomendações para adequação à temperatura do próprio fabricante no caso da kawasaki.  

No Nordeste, caso o manual da DTracker recomende um 15W-40 com aquele gráfico de viscosidades alternativas em função da temperatura da região, certamente eu usaria um óleo 20W-50.

No caso da Bros, da mesma forma eu optaria por um 20W-50, indiferente do tipo de óleo. 

Quanto a essa opção por óleo sintético em vez do mineral, ou vice-versa, não haverá problema se a viscosidade for adequada à temperatura (o que não pode é usar um óleo menos viscoso do que o recomendado pelo fabricante).

No caso dessa Bros, o óleo sintético tem que atender à norma JASO MA especificada no manual do proprietário; há óleos sintéticos que farão a embreagem patinar e a condenarão. Se todos são da mesma viscosidade, problema nenhum.

A referência a cobrar caro é em relação ao preço mesmo. A crítica que faço é quanto ao uso de óleos pouco viscosos, como o 10W-30, que até outro dia o fabricante proibia a utilização, e agora liberou geral — esse óleo 10W-30 cobra caro no pior sentido, o de abreviar a vida útil do motor por ser inadequado às temperaturas brasileiras, por exigir monitoração mais frequente do nível, e certeza de usar o nível correto, coisa que muito pouca gente faz.

Os intervalos de troca também precisarão ser respeitados, eles são menores para o óleo mineral e maiores para o sintético, mas eu tenho dúvidas se ele pode ser tão maior quanto os fabricantes falam.

Dificuldade para passar marcha é sintoma de que o óleo não está mais lubrificando tão bem quanto antes, e é um bom critério para saber que já passou da hora da troca. A experiência diária com sua moto lhe dirá se os prazos especificados pelo fabricante são coerentes ou não.

O principal cuidado a tomar na mudança de um tipo para outro é lavar o cárter com o novo óleo para eliminar os restos do óleo anterior. Tipo colocar o novo tipo de óleo, rodar 100 a 200 km e trocar novamente pelo óleo definitivo.


***

Leitor Victor Garcia da Silva na postagem Há crises que vêm para o bem

Espero que a suzuki Inazuma baixe, 16 mil não dá! Gostei da moto, 2 cilindros, arrefecimento a água, vi os testes na imprensa internacional, baita ciclística, falaram muito bem, mas 16 MIL! Numa 250?, mais cara que a Ninjinha? 

Pois é, Victor... o coerente seria entrar no mercado em uma faixa de preços um pouco acima da Fazer, uma monocilíndrica de mesma cilindrada que é referência no mercado. O preço pouco superior se justificaria pelo motor bicilíndrico, seis marchas e arrefecimento líquido.

Hoje a Fazer está a 12 690 reais e a Next está a 12 790. A primeira tem arrefecimento a óleo e a segunda tem arrefecimento a água, e ainda assim o pessoal não está vendendo a um preço superior à concorrente. E ambas ainda estão caras em relação ao mercado internacional.

Curiosamente, não há motos equivalentes à nossa Fazer na Colômbia:


Imagem:  Imagem: http://www.incolmotos-yamaha.com.co/site/Productos/UrbanasTrabajoyDeportivas/

O modelo que eles chamam de Fazer por lá, assim como a FZ, são motos 150 vendidas por 6 100 000 pesos colombianos (6 710 reais brasileiros). Já a SZ-R,outra 150, sai por 4 400 000 pesos (4 840 reais).

Tenho a impressão que assim que acabar o oba-oba de modelo novo, com a atual crise de vendas, o preço da Inazuma ficará mais próximo, senão eles perderão vendas.


***

Leitor Nilson Nelson na postagem Bateria equivalente não é bateria igual:

De quanto em quanto tempo devemos trocar a batera da moto? 

A vida de uma bateria varia muito em função do fabricante, condições de uso e vícios do piloto.

Eu me policio para desligar o farol antes de desligar o motor, e desligar a chave assim que desligo o motor (normalmente desligo pelo corta-corrente e depois pela chave). Isso evita ficar consumindo corrente via luz de freio durante as manobras para estacionar a moto.

Também evito desperdiçar partida elétrica, antes de dar partida sempre verifico se o corta-corrente está na posição correta, uso o afogador sempre, e nos dias um pouco mais frios eu já aumento a rotação de marcha lenta antes da primeira tentativa de ligar o motor, isso garante que ele funcione de primeira.

Fazendo tudo isso, a vida dessa última bateria tem sido bastante satisfatória, já vai ultrapassar os 3 anos.

Qualquer coisa acima de 3 anos já está bom, mas não desista da bateria na primeira vez que ela falhar. O problema pode estar no sistema de carga falhando em carregar a bateria, nesse caso uma recarga e a substituição da peça defeituosa pode fazer com que ela volte ao normal por mais um ano ou dois.

Um abraço a todos, e obrigado por acompanharem o blog,

Jeff

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A reserva acabou longe do posto de gasolina

Você acionou a reserva de combustível e não encontrou nada, ela estava na posição errada...

Ou então a reserva de gasolina era insuficiente para chegar ao próximo posto, e você ficou parado no meio do nada com a moto pesadona demais para sair empurrando.

Nem tudo está perdido!
Esse desenho tenta mostrar o que acontece dentro do tanque quando a gasolina acaba.

O túnel na parte inferior do tanque sempre isola um pouquinho de combustível em seu lado direito.


Se você inclinar a moto o suficiente para esse restinho de gasolina passar para o lado esquerdo do tanque, onde está o registro, poderá acrescentar o suficiente na reserva para rodar mais uns poucos quilômetros e chegar ao posto sem precisar empurrar a moto ou caminhar para buscar um galãozinho.


É coisa para no máximo uns 5 a 10 km, mas ajuda.

Essa inclinação tem que ser grande, praticamente deitar a moto, senão a gasolina não passará por cima do túnel.

Lembrando que isso só vale pra motos carburadas que têm aquele registro de reserva... — Valeu pela lembrança, Deivisson Nobre — um abraço!

Para aprender um macete para levantar uma moto pesada, veja esta postagem.


Boa sorte!


Jeff

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Improvisos e atalhos

Reportagem em vídeo: http://noticias.terra.com.br/brasil/catve/videos/motociclista-faz-manobra-irregular-e-fica-ferido-em-cascavel,7741412.html



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Imagem: Google images

Imagem: http://fatimaromeu1954.blogspot.com.br/2012/08/eleicoes-2012-circulando-pelos-bairros_15.html












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Imagem: Erick Pinheiro 
http://www.mobilize.org.br/noticias/4069/
em-sorocaba-ciclovia-e-usada-como-rua-por-motoqueiros.html 




Esta postagem estava rascunhada desde ontem, figuras posicionadas esperando a colocação do texto, quando hoje pela manhã quase fui atropelado pelo carro que vinha atrás justamente por causa do tema desta postagem... 

Como as imagens são autoexplicativas, vamos direto ao que interessa:

Logo cedo, indo para o café na padoca, ao sair de uma curva tive que frear de repente por causa de um motociclista idiota em cima de uma moto que pegou um atalho pela contramão
bem na minha frente. 

O ex-graçado veio na minha direção por uns 30 metros para entrar em um comércio à minha direita. 

Ao ver o imbecil vindo pela contramão, você não sabe se o inepto perdeu o controle da moto, se está bêbado, chapadão, trincado, passando mal ou sabe lá Deus o que passa pela cabeça dele, se é que passa alguma coisa.

Freei porque não sabia o que ele ia fazer, e o carro atrás teve de cantar pneus. Erro meu, que deveria ter freado em duas etapas, mas no susto eu não tive reação.


O fato veio a calhar para ilustrar esta postagem sobre atalhos que alguns irresponsáveis gostam de pegar achando que a moto, por ser pequena, não causará problemas.


Causa sim. Desde as colisões e quase colisões (como a do vídeo e a minha), atropelamentos e quedas em passarelas de pedestres, e colisões em ciclovias.


Quando você desrespeita as regras de trânsito e coloca a moto em situações onde ela não deveria estar, alguém vai se assustar e poderá reagir de maneira inesperada.


Se o acidente não acontecer com a sua moto, como você viu no vídeo, poderá acontecer com a outra pessoa


Então não caia na tentação de pegar pequenos atalhos "que não atrapalharão ninguém".

Você mesmo poderá ser vítima desse ato impensado e, portanto, imprudente.

Ou pior ainda, a vítima poderá ser eu.

Um abraço,

Jeff

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Há crises que vêm para o bem

Olha como uma crise de mercado pode ser boa para colocar algumas coisas nos seus devidos lugares:

Imagem: Caminho de casa

yamaha Factor 125 sendo vendida a preço de moto chinesa... preço de moto chinesa de três anos atrás, janeiro de 2012!


Reportagem: http://carros.uol.com.br/motos/noticias/redacao/2012/01/05/dafra-traz-riva-150-por-r-4990-para-encarar-street-das-grandes.htm

E a comparação nem é justa com a moto chinesa, porque a chinesinha é completa com freio hidráulico a disco e rodas de liga leve, enquanto a yamaha é a velha carroça de sempre com freio a tambor e rodas raiadas. 

O dólar hoje está cotado a 2,59 reais, mas estava na casa dos 2,70 na época em que a campanha do outdoor foi lançada.

Mas em janeiro de 2012, o dólar estava na casa dos então assombrosos 1,85 reais.

No final de 2011, a Factor mais barata que você encontrava era a versão K por 5 769 reais. Aí em 2012 lançaram a versão pé de boi ainda mais básica K1 com redução de preços.

Então se o modelo basicuzão K1 existisse naquele início de ano e custasse digamos uns 5 200 reais, e fosse para atualizar o preço pelo dólar com base naquele mês, a moto hoje deveria estar custando algo na casa dos 7 280 reais...


Se fosse atualizada somente pela inflação nacional nesse período, 17,95% (HAHAHAHAHA... piada de mau gosto), hoje ela deveria estar custando 6 200 reais...

É, amigo, se a contabilidade deles se baseasse em custos reais, essa moto não poderia estar sendo vendida nesse "precinho camarada" de 4 990 reais...

RACIOCÍNIO FALSO!

Aí é o ponto em que eu queria chegar:

A verdade é que hoje essa moto está custando um valor mais próximo do seu real valor de mercado.

O mercado brasileiro de vendas de motos tem sido muito ruim nestes últimos dois anos. Esse último ano então, a coisa fedeu.


Reportagens:
http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2014/07/venda-de-motos-tem-pior-1-semestre-em-8-anos-diz-fenabrave.html
http://economia.ig.com.br/empresas/industria/2014-10-07/venda-de-motos-se-recupera-em-setembro-mas-segue-em-queda-em-2014.html

E quando não se vende um produto e você tem uma folha de pagamentos e despesas para cumprir, o dinheiro tem que aparecer de algum lugar, então o fabricante corta a gordura dos preços, diminui sua margem de lucro, e passa a cobrar um valor que permita cobrir os custos, sua folha de pagamentos e ainda ter lucro, que ninguém é tatu.

Acredite, a yamaha não está tendo prejuízo vendendo a moto por esse preço. 

Sabe por quanto ela vende HOJE a versão da YBR fabricada aqui no Brasil e exportada para nossa vizinha Colômbia?


 Imagem: http://www.incolmotos-yamaha.com.co/site/Productos/UrbanasTrabajoyDeportivas/Libero125/tabid/1840/Default.aspx


Sabe quanto são 3 400 000 pesos colombianos, impostos inclusos, em reais brasileiros no dia de hoje?

Cálculo: http://br.investing.com/currencies/cop-brl-scoreboard 

3 740 reais. Mais desconto de 3% com cartão deles.

E não é a nossa versão carroça K1, essa colombiana aí tem freio a disco e partida elétrica. No Brasil, essa versão custa quase o dobro disso.

Ou seja, ainda dá para abaixar os preços aqui no Brasil um pouco bem mais.

Esse raciocínio foi feito em cima da yamaha, mas é válido para qualquer fabricante.

Imagem: http://motos.honda.com.co/cb125e/5.html

3 490 000 pesos colombianos, 3 839 reais.

E não é uma Fan pé de vaca não.

"Ah, mas são as versões antigas..."

E por acaso o preço das nossas versões antigas era muito diferente dos preços das versões novas? 

Basicamente, só acrescentaram mais abas de plástico e um ou outro painel eletrônico que custa menos do que os painéis antigos para eles (e bem mais para nós). O resto é a mesma coisa.

Quem sabe um dia nossos preços de motos estarão perto desses patamares de primeiro mundo latino americano.

Tá vendo como uma crise às vezes pode ser boa para os consumidores enxergarem melhor as coisas?

É a lei da oferta e procura: 

Se as motos estão caras, você não compra — o feirante concessionário e o produtor acabam abaixando o preço, porque não têm saída.

Ou fazem isso, ou engolem as motos.

O que o consumidor não pode fazer é esquecer do preço baixo e ser tapeado por aquelas promoções de mensalidade/consórcio de 72 meses "baratinho" a 110 reais por mês.

72 meses x 110 reais = 7 920 reais 

Consórcio é igual a preço à vista mais taxa de administração na casa de 10 a 15%.

7 920 / 4 990 = taxa de administração de 58,7%... isso é mais que juro bancário de país decente, é roubo, porque mensalidade de consórcio é reajustada em função do preço da moto a cada mês.

Um abraço,

Jeff

domingo, 25 de janeiro de 2015

Moto com injeção eletrônica ficou parada vários dias e não funciona

Respondendo ao leitor Fábio Henrique Barbosa: 

Minha moto com injeção eletrônica ficou parada vários dias e agora não pega, o que fazer?

Fábio, 

Motos com injeção eletrônica se adaptam a qualquer situação para conseguir dar partida, a menos que sua gasolina esteja muito deteriorada ou sua vela não esteja gerando faísca.

Se a bateria de sua moto com injeção eletrônica ainda tem carga, mas não há faísca na vela, verifique se os conectores do cachimbo e da vela de ignição não estão oxidados. 

Se não houver oxidação, há um problema elétrico e algum componente deverá ser trocado. Comece pela vela, que é o componente com mais chance de pifar, e também o mais barato.


Se a bateria de sua moto se descarregou, o único jeito será remover a bateria e mandar aplicar uma carga, ou então trocar a bateria, se ela for velha (mais do que três anos).


Por que remover a bateria? Não dá para aplicar carga com ela instalada na moto?

Baterias parecem inofensivas, mas a verdade é que são bastante perigosas. E a operação de carga é sempre um risco que pode causar a explosão da bateria, deixando vazar o ácido sulfúrico de seu interior.


Hindenburg - conheça a história
Você não vai querer que a bateria exploda instalada na moto e que o ácido sulfúrico corroa seu chassi, daí a necessidade de remover a bateria e aplicar a carga em um local bem ventilado e longe de faíscas e cigarros acesos — durante a carga, a bateria libera gás hidrogênio, altamente inflamável. 

Leia também a postagem de ontem, há alguns comentários sobre a troca de uma bateria que poderão ser úteis.

Os cuidados para não usar gasolina muito velha (mais de três meses) deverão ser tomados. 


Atualização: Recentemente descobri uma manha típica de motos... 

Se o respiro da tampa do tanque estiver bloqueado, não entrará ar no tanque e a bomba terá de fazer muita força, o que pode resultar em uma falha de injeção difícil de diagnosticar, porque tudo aparentemente está normal.

Tampa de tanque do tipo aeronáutico é louca para bloquear a entrada de ar no tanque, porque aquela tampinha da fechadura cola no miolo da chave e impede a entrada de ar.

Se a sua moto estiver com dificuldade de partida ou engasgando, experimente abrir essa tampinha ou a tampa do tanque para deixar entrar ar.

Mais detalhes na postagem Minha moto anda 1 km e para de funcionar sem motivo, ou não dá partida pela manhã.

Boa sorte,


Jeff 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Bateria equivalente não é bateria igual

Ontem aconteceu uma coisa engraçada com um amigo meu:

Ele saiu para ir ao banco e errou o caminho.

Até aí, nada de anormal. Mas o engraçado é que ele errou o caminho justamente na quadra do banco e até agora não entende por qual motivo refez o caminho por duas quadras.

O fato é que dando essa volta completa e desnecessária, ele ficou atrás de uma moto com placa de Brasília. Na hora em que o brasiliense parou na esquina, parecendo indeciso, ele se prontificou a ajudar. 

Passada a informação de como chegar à rua procurada, se despediram, mas a moto do viajante não deu partida. 

Na terceira tentativa já não tinha mais bateria nenhuma, e como moto com injeção não pega no tranco, o dono optou por comprar uma bateria nova, seria a coisa mais prática a fazer com a moto no meio da rua e ambos com milhares de quilômetros para voltar para casa.

O fato é que nem a concessionária tinha a bateria original, e de lá eles telefonaram para uma loja que não tinha a original, mas uma equivalente. 

Buscaram a tal bateria e ele deixou o novo amigo na concessionária, que iria fazer o socorro no local. Foi tratar dos seus assuntos, quando na volta passou por lá e o pessoal ainda estava brigando com a bateria.


Parou para ver o que estava acontecendo, e descobriu mais uma:

A bateria equivalente era parecida com a original, mas não tinha o mesmo tamanho, era uns poucos centímetros maior na altura e menor na largura e comprimento. Ficava mal encaixada, no limite de não dar certo.

Mas o pior de tudo foi que os conectores eram montados de maneira diferente:
Baterias vistas de frente

Enquanto na bateria original os cabos eram parafusados por cima dos pólos, na bateria similar eles eram parafusados pela frente dos pólos.

Só que o pólo da nova bateria era mais largo e a aba do terminal não se encaixava, e as tentativas para apertar o cabo não davam certo porque a aba afastava o terminal da posição correta assim que o parafuso começava a ser apertado.

Vista superior de um dos pólos da bateria similar

O problema foi resolvido torcendo o cabo de maneira que a aba ficasse voltada para fora.

Um verdadeiro ovo de Colombo, mas para o pessoal na tensão brigando para colocar a moto para funcionar no meio da rua não era uma solução evidente.

Fica a dica, os cabos e a fiação conectados à bateria têm flexibilidade suficiente para serem torcidos e inverter a posição de montagem do terminal.  


Moral da história: 


É sempre melhor usar uma bateria original para evitar esses percalços na hora da instalação. 

Na hora de vender o vendedor sempre fala que não tem problema, você só descobre a bucha na hora da instalação.

Lembrete:

Uma bateria descarregada não quer necessariamente dizer que sua vida tenha chegado ao fim. O problema pode estar no retificador/regulador enviando uma voltagem mais baixa que a ideal. 

Trocar a bateria foi necessário para poder levar a moto pesadona até a oficina e conferir o sistema de carga, porque a concessionária não dispunha de serviço de resgate.

E também foi opção do proprietário para não se arriscar a uma pane no meio do caminho para casa.


IMPORTANTE:

Na hora de remover a bateria, sempre solte primeiro o terminal negativo (–) no cabo preto da bateria.

Assim, mesmo que a ferramenta se encoste ao chassi na hora de soltar o terminal positivo da bateria, não haverá problema porque não haverá um caminho para os elétrons chegarem até o pólo negativo da bateria.

Na hora de instalar a bateria, sempre conecte primeiro o terminal positivo (+) do cabo vermelho e então o negativo (–).

Isso diminuirá a chance de você provocar um curto-circuito e torrar o fusível ou o sistema elétrico da moto. 

Depois dos terminais conectados, um contato acidental entre a fiação do pólo positivo com o chassi ou outras peças causará um curto circuito, então aja com cuidado. 

Um abraço,


Jeff

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Tristeza, depressão e vontade de sumir

Semana passada um amigo meu entrou em depressão, desanimou de vez com as coisas da vida.

Perdeu a fé nas instituições, começou a se achar um peso inútil e andava namorando com a ideia de acabar de vez com seus problemas. 

Única coisa que o freava era encontrar uma maneira que não abalasse seus amigos e a única pessoa que restou de sua família.

Mas nada acontece por acaso, dizem, e nesse estado de espírito que se arrastava há dias, cada vez mais intenso, ele chegou na padoca de todos os dias e encontrou uma amiga que de cara perguntou se ela havia contado o que tinha acontecido com a sobrinha dela...

Apenas trinta e três anos e teve mais determinação e desprendimento do que esse meu amigo.

Enquanto procurava palavras para consolar a amiga, meu amigo filosofou sobre o sentido de ser defrontado com esse assunto justamente quando estava naquele estado de desânimo.

Uma das coisas que ele falou para a amiga foi que a sobrinha estava em depressão e a depressão não é apenas um estado de espírito, é também a falta de serotonina no cérebro — sua sobrinha não havia tomado aquela decisão com plena consciência, ela estava doente. 

A falta de serotonina nos faz ver o mundo colorido em tons de cinza, causa desânimo e nos enfia em uma espiral que leva cada vez mais para baixo.

Ele sabia disso porque já não era a primeira vez que mergulhava na depressão, e falar sobre isso o fez refletir.

Pelo sim, pelo não, passou na farmácia e comprou a única coisa sem tarja preta que podia ser comprada, calmante à base de maracujá concentrado. Chocolate amargo e tomar sol também ajudam.


Chegou em casa, mandou a dose diária goela abaixo em uma única tacada e ligou a internet.


Estava lá a notícia, Por que pessoas estão indo a este estádio de futebol para tentar suicídio?


Outra coincidência...

E lendo a matéria, encontrou a resposta em Durkheim: "O suicídio é uma denúncia individual de uma crise coletiva".

É isso. Matou a charada.



Nosso país passa por uma grande crise coletiva, e nessa onda negativa algumas pessoas são levadas mais para baixo do que outras. 

Algumas chegam ao limite de suas forças e não conseguem ver solução outra que não dar fim aos seus problemas.

Problemas que no fundo, não são só dela, mas de todos nós.

Meu amigo pediu para postar isso aqui no blog porque pode ajudar alguém que esteja passando pela mesma situação. 

Nunca se sabe quando alguém vai entrar em depressão, e às vezes encontrar uma mensagem ao acaso pode ser de alguma ajuda. 

Uma pequeno estímulo à mudança de atitude pode ter grande resultado.

No dia seguinte ao que começou a tomar as pílulas de maracujá, meu amigo não acordou pensando em soluções finais.

Pelo contrário, saiu com a moto e, como nada acontece por acaso — dizem — acabou ajudando um motociclista de Brasília com dificuldades mecânicas aqui em Floripa.


Rendeu boas histórias que até o reanimaram a tocar um blog sobre motociclismo que ele havia abandonado.


Tem um bom anjo da guarda, esse meu amigo.


Conversar com alguém que não seja parte do problema, extravasar a angústia ajuda muito a reencontrar um ponto de apoio para nos reequilibrar.


Para aquela hora que bate a angústia, o telefone do CVV — Centro de Valorização da Vida — na maior parte das cidades é 141, gratuito. 

Endereços, telefones e horários dos postos do CVV neste link.


Site do CVV com chat:


http://www.cvv.org.br/site/index.php


Um abraço,


Jeff

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Feliz ano novo, brasileiros otários (eu incluso)

Imagem: Primeira página do G1 de hoje

Desde sexta-feira cortaram a água mal cheirosa que vinha pelos canos aqui no meu bairro porque não pode faltar água nos chuveiros de praia e piscinas de Jurerê Internacional durante a alta temporada.

Faltam luz e água, e o culpado não é a falta de planejamento estratégico do governo... o culpado sou eu, que sou consumidor, porque vejam só, eu consumo.


Quando há água e luz, eu consumo.


Não há cortes de carne nobre para distribuição aqui em Santa Catarina porque está indo tudo para o exterior.


Sabe de quem é o monopólio da carne?


"Eu não sabia".  


Falando nisso, quem é o chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras? 


Quem botou os ladrões mais ladrões lá dentro, e quem foi pago com o nosso dinheiro arrancado pelos impostos para fiscalizar e não fiscalizou?

Esta semana me desliguei da rede que pretende melhorar o trânsito porque não há lugar ali para o ensino e a orientação. 

"As estatísticas provam que ensinar os jovens sobre o trânsito apenas piora a situação porque eles se tornam motoristas precoces... não adianta tentar educar condutores já formados porque eles são refratários... automóveis rodando a 30 km/h não causam acidentes graves e estimulam o uso do transporte público..." 


"A solução é reduzir a velocidade, implantar radares, fiscalizar e multar... por que estimular os jovens a usar automóvel ou motocicleta se podemos formar cidadãos dispostos a abrir mão do transporte privado para usar ônibus ou bicicleta?"


Ouvi esses absurdos e não foi só uma ou duas vezes não.


Já no meu entender, cada cidadão deve ser livre para optar pelo meio de transporte que melhor lhe convier e tem o direito de ser ensinado sobre as melhores maneiras de fazê-lo, para sua segurança e dos demais.

Seria obrigação do Estado, que cobra para isso, mas para eles não interessa. Multar e manipular o povo como bom gado obediente rende um certo prazerzinho perverso. Poder é poder, mesmo que seja mínimo... moldar a nova geração desse modo para mim é um projeto fascista.

Mais que fascista... socialista. 

Como minha formação humanista não permite compactuar com quem acha que o melhor projeto para uma cidade é transformá-la em uma Berlim Oriental dos anos 70, estou fora. 

Encaremos os fatos, fracassamos como nação.

O Brasil é uma grande fraude.

Não há alternativas à esquerda, à direita ou ao centro.

Cansei de me iludir.


Cansei de esperar pelo país do futuro. 

E já não tenho mais forças para tentar mudar o que está ao meu alcance. 

Não dá para dialogar com tantas cabeças doutrinadas incapazes de pensar fora da cartilha que lhes foi ensinada.

Eles não leram mais nada além da cartilha.

Um abraço,


Jefferson

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A moto não dá partida depois do tombo

Levei um tombo besta e o motor parou de funcionar...

Não consigo ligar o motor depois de cair com a moto...


Palma, palma, não priemos cânico!


Vamos aproveitar este vídeo para relembrar como mesmo pequenas pedrinhas podem te levar para o chão, e também a técnica de erguer uma moto caída, provando definitivamente que uma garota não precisa de ajuda nessa situação — se estiver sozinha.




Mas o interessante para esta postagem é analisar o motivo da dificuldade em ligar o motor depois de levantar a moto.

Acredite se puder: isso é normal.


Se for uma moto carburada, a cuba do carburador (ou carburadores) pode se esvaziar com a moto deitada.


E para onde vai essa gasolina? 


Para dentro da(s) câmara(s) de combustão do motor, encharcando a(s) vela(s) de ignição. É só um pouco, não tem perigo de calço hidráulico.


Mas velas molhadas não produzem faísca, e cubas vazias não enviam mistura ar/gasolina para o motor.


Após alguns minutos de repouso, tudo volta ao normal, se você não ficar insistindo em dar partida, o que só piora a situação de encharcamento da(s) vela(s), e pode acabar com a carga da bateria.


Mas a moto do vídeo é de injeção eletrônica, não está sujeita a esse problema. 


Então, por que a moto não quis pegar?


Trata-se de um recurso de segurança. 


Ao obrigar você a verificar a causa do não funcionamento do motor, ele impede que você ligue o motor em uma condição que poderia danificar o motor.


E também ajuda você a diminuir a adrenalina.


A primeira coisa a fazer depois de um tombo não é ligar o motor: é verificar se a moto não sofreu nenhum dano que comprometa sua utilização com segurança. 


Ligar o motor e ver sua moto pegar fogo por causa de um pequeno vazamento de gasolina não é algo que você queira ver.


É importante saber se alguma mangueira de freio não foi cortada, se o aro da roda não amassou (o que pode esvaziar o pneu repentinamente), se algum pedal não se danificou e poderá vir a se quebrar na hora da necessidade.

Em seguida, é necessário recolher o cavalete lateral. 


Você vai dizer que isso é óbvio, mas após um tombo e com a adrenalina a mil, é comum esquecer desses procedimentos básicos.


A terceira ação, adivinhou, é retornar o corta-corrente para a posição normal de funcionamento. 


Você provavelmente o usou para desligar o motor no susto e nem teve consciência disso.


A quarta ação é verificar se alguma luz de advertência permanece acesa ou piscando no painel de instrumentos.


Motos de grande cilindrada possuem um sensor de tombo queda estabacada inclinação que corta a corrente para o motor e impede seu funcionamento para garantir que você faça os procedimentos acima.


Para desativá-lo, você é obrigado a desligar e ligar a chave de ignição por uma ou duas vezes. É tempo suficiente para que todos os fluidos voltem para seus lugares em condições de deixar o motor operacional novamente. E você perceba o eventual cheiro de gasolina encharcando o motor.


Essa ação de ligar e desligar a chave apagará a luz de advertência no painel e reiniciará o sistema, permitindo novamente a partida do motor. 

Essas informações estão disponíveis no manual do proprietário, aquele que ninguém lê e que ninguém lembra de pedir para ler quando compra uma moto de segunda mão.


Devia dar mais atenção a isso.


Um abraço,


Jeff