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domingo, 19 de novembro de 2017

Vídeo com as quatro maiores causas de acidentes fatais de moto

O acidente deste vídeo publicado pelo canal Wolf Biker Motovlog é chocante mas não tem sangue.

O piloto provavelmente morreu ao bater a cabeça no solo e/ou quebrar o pescoço — a gente sempre torce pelo melhor, o corpo humano é capaz de coisas surpreendentes, mas não tenho mais informações.

No entanto, o vídeo é um exemplo fantástico dos principais erros que todo mundo comete e não percebe ao pilotar uma moto na cidade.

Primeira coisa, o piloto não foi prudente.

A velocidade em que ele veio era maior do que os 20 a 40 km/h recomendados para vias estreitas de bairros.

O pessoal pensa que o perigo está somente quando você roda na velocidade máxima, ou pelo menos acima dos 80 km/h.

Mas acidentes podem ser fatais a partir de 50 km/h, memorize este número.

Mesmo que a moto estivesse dentro do limite urbano de 60 km/h, já seria demais para rodar naquela rua.

Segunda coisa, faltou cautela ao chegar na intersecção.

A preferencial ali é difícil de identificar.

Provavelmente a moto estava na preferencial, o mesmo caminho do ônibus, mas a separação do asfalto deixa margem para dúvidas.

Você nunca chega em uma velocidade que te impeça de impedir um acidente porque alguém desrespeitou a preferencial em uma intersecção ou cruzamento.

Carros ou motos poderiam vir nos dois sentidos e o motociclista não conseguiria parar, como não parou.

Os outros sempre poderão errar, mas o motociclista não pode errar nunca, senão o resultado é esse do vídeo.

Terceira coisa, ele não previu que um veículo poderia estar atrás do ônibus e cruzar a frente dele.

Veículos opacos sempre ocultam outros veículos menores e você só descobre quando não dá mais tempo de fazer nada.

A única saída é prever que isso possa acontecer e rodar em velocidade que te permita evitar o acidente.

E finalmente, mas não menos importante:

Ele perdeu todas as chances de sair dessa apenas com um susto quando não afivelou o capacete corretamente. 

Um capacete frouxo é a primeira coisa que voa longe em uma batida.

Se estivesse bem afivelado, permaneceria na cabeça e amorteceria o impacto contra o solo.

Talvez até mudasse a trajetória contra a parede.

Sinceramente, torço para que o rapaz tenha sobrevivido e aprendido essa lição dolorosa.

Mas se a lição não serviu para ele, que sirva para você não cometer os mesmos erros tão comuns.

Erros básicos e facilmente evitáveis que estão matando muita gente dessa maneira triste. 

Um abraço, especialmente ao meu amigo Daniel que me enviou o vídeo,

Jeff
PS: Como observado pelo leitor Patrick Lemos, ele estava pilotando de chinelos. 

É nessas horas em que se precisa frear desesperadamente que o chinelo costuma escorregar da pedaleira. Principalmente se estiver molhada.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Nunca ultrapasse um veículo lento pela direita

Qual é a primeira coisa que um veículo lento faz depois de passar um carro parado?

Ele volta para a faixa da direita e te espreme (09:48):

Vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?v=t_bCDlNOhJc

Tentar ultrapassar pela direita nessas condições é se jogar na boca do lobo.

E você lembra daquela dica — um caminhoneiro andando lentamente na faixa da esquerda está se preparando para uma conversão à direita?

Achei um vídeo perfeito para ilustrar (07:26):


A manobra foi sinalizada com o pisca do cavalo mecânico, mas não da carreta, provavelmente por mau contato na conexão — algo super hiper comum.

Na hora em que o motociclista viu, ele já estava vendido, teve muita sorte de poder escapar pela ciclovia.

O pisca também pode deixar de ser acionado por esquecimento do motorista.

Por isso, ao ver um veículo lento na faixa da esquerda, ligue o seu desconfiômetro — ele provavelmente tem motivo para estar lá, ou então está se preparando para voltar para a direita.

E o motorista não espera que do nada apareça um mané que não deveria estar ali.

Este blog nasceu depois que vi o resgate de uma garota com a motinho em baixo da roda dianteira de um Scania lá em Santa Catarina.

Tem coisas que a gente não esquece e não se cansa de alertar.

Um abraço,
Jeff

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Quase atropelei uma criança — o perigo das vans escolares

Segunda-feira Jezebel e eu seguíamos atrás de uma van escolar quando ela parou pouco antes de um cruzamento movimentado aqui do bairro.

Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.

O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.

Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/

Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.

Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.

Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.

Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!

Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!


E não deu outra:

Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.

A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.

Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.

Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.

Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.

Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar uma perna ou braço perninha ou bracinho.

Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.

Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.

E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.

Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.

Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?

Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...

O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):


E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...

É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.

Todo o trânsito fica bloqueado justamente porque nunca se sabe do que uma criança é capaz, indo ou voltando da escola.

Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:


Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.

Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas para descarregar (ops!) desembarcar ou apanhar crianças.

Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.

Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.

Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.

E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...

Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.

Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...

Um abraço,

Jeff

terça-feira, 7 de março de 2017

Como pilotar nas nuvens

Pilotando desse jeito você está pilotando nas nuvens...

Nas nuvens porque não está atento ao trânsito à sua volta...

Ou porque está muito perto de pilotar diretamente no céu.
Imagem: Vídeo em http://olddogcycles.com/2017/03/existem-motociclistas-velhos-e-motociclistas-audazes.html

Assista ao vídeo na postagem do Olddogcycles neste link.

E não me venha com o mimimi "o cara do ônibus não olhou no espelho".

O motociclista é quem saiu pilotando sem considerar o trânsito à sua volta.

Os motoristas não contam com a agilidade das motocicletas, é algo fora da realidade deles — e das regras de trânsito.

Além de não prever que o ônibus poderia fazer a conversão, naquela velocidade ele não teria condição de ver a seta piscando.

Nem daria tempo de abortar a tentativa de passar pelo ônibus a tempo de impedir a batida.

Essa é a diferença entre pilotar e pilotar feito um doido.

O motofilmador saiu junto com ele e não se acidentou...

O acidentado nasceu de novo.

Com qual dos dois você prefere aprender alguma coisa?

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ciclistas ocultos na faixa de ônibus

Olá, pessoal!

Aí vai a primeira postagem gerada nesta nova etapa do blog! Estou preparando uma especial para contar sobre a volta de Jezebel, mas ainda dependo de algumas fotos... vai ter de esperar um pouquinho.

Vamos lá:

Tem coisas que a gente vê melhor quando não está andando de moto.

E em um desses dias em que eu andava de ônibus, tive oportunidade de ver uma cena interessante.

Estou no ponto de ônibus quando vejo um grande perigo para nós, motociclistas:
 
 
Imagem: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/67731-ciclistas-adotam-cameras-para-denunciar-motoristas.shtml

Pois é, um ciclista.

Na faixa exclusiva para ônibus, uma fila desses grandalhões começou a reduzir a velocidade para parar no ponto, e escondido atrás do primeiro deles vinha um ciclista totalmente à direita, andando perto da calçada.

Na verdade, vinha aquele que considero o pior dos ciclistas: o cara de meia idade com bicicleta esportiva, completamente equipado.

Gente que anda assim costuma se arriscar ainda mais no trânsito. Tem habilitação para carros e não anda de moto porque acha a motocicleta muito perigosa. Pensa que aquele capacete o protege de verdade. Acha que sabe tudo e não sabe nada.

Não deu outra:

Assim que o ônibus à frente dele começou a reduzir a velocidade, o ciclista saiu de trás do ônibus para fazer a ultrapassagem sem diminuir a velocidade. Ciclista detesta frear a bicicleta.

Como tinha experiência no trânsito, o otário respeitável cidadão desmotorizado deu aquela olhadinha rápida para ver se não vinha nenhum carro, e se mandou como deu.

Olhou para ver se não vinha nenhum carro na faixa ao lado, mas não o suficiente para ver uma motocicleta no corredor.

Não fosse o motociclista cravar os freios, o ciclista feliz tinha ido se ralar no asfalto e o motoqueiro infeliz tinha caído na frente da roda do segundo ônibus.

Errou o ciclista?

Claro que errou, o ciclista é sempre o culpado ele não podia mudar de faixa daquele jeito.

Mas o motoqueiro também errou, o motociclista é sempre o culpado ele não pode trafegar sempre pelo corredor, ainda mais com o trânsito em movimento.

Ao se posicionar entre os carros e os ônibus, a moto fica exatamente no ponto cego de todo mundo, a começar pelos motoristas de ônibus e carros.


E principalmente, fica no ponto cego dos ciclistas doidos para mudar de faixa sem perder o embalo, e dos pedestres querendo atravessar a rua pela frente dos ônibus.

Os ciclistas e pedestres ficam totalmente encobertos pelos outros veículos e, quando você menos espera, eles cortam sua frente ou trombam contra sua lateral, levando você para o chão.

Então já sabe, nas proximidades de pontos de ônibus esse tipo de coisa acontece com muito mais frequência, então fique atento a essa possibilidade e evite passar perto de coletivos para evitar surpresas desagradáveis como essa de sair rolando abraçado a um barbudo suado logo pela manhã.

Um abraço, porque eu não pedalo,

Jeff

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Uma decisão errada que mata muita gente

Sabe o que estas duas três notícias têm em comum?
Vídeohttp://noticias.terra.com.br/brasil/catve/videos/motociclista-atinge-traseira-de-onibus-e-fica-preso,7936307.html
Reportagem: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2015/08/motociclista-fica-gravemente-ferido-apos-colidir-atras-de-caminhao.html
Reportagem: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2015/09/motociclista-morre-em-acidente-de-transito-na-mogi-dutra.html

Os três se envolveram nesse tipo de acidente, sendo que os dois últimos motociclistas morreram (um deles no dia seguinte no hospital) muito provavelmente por causa da mesma decisão errada — ao ver um caminhão ou ônibus parado na pista, optaram por tentar mudar de faixa em vez de parar.

Esse é um erro muito comum e que é induzido pela crença de que a agilidade da motocicleta permite desviar e se encaixar com facilidade na outra faixa.

Não permite não. 


duas três situações que te impedirão de simplesmente desviar e se encaixar no fluxo da outra faixa (ou pista oposta):


1) Caminhão ou ônibus parado na sua faixa


2) Carro parado na sua faixa e caminhão ou ônibus te ultrapassando, ou qualquer veículo em sentido contrário


3) Tachões separando as pistas — tachões derrubam e matam.

Contanto que não existam caminhões, ônibus ou tachões por perto, desviar de um carro parado normalmente te deixa espaço para essa manobra porque há espaço suficiente para a passagem de sua moto entre dois carros. Não é prudente, mas em uma emergência pode ser a única saída.

Mas naquelas duas três situações lá de cima o corredor deixa de existir, você não consegue mudar de faixa e é obrigado a parar.

Ao adiar a decisão de frear na esperança de conseguir mudar de faixa, o piloto desperdiça segundo(s) precioso(s) que fazem a diferença entre parar com segurança ou colidir violentamente com a traseira do veículo parado.

Não tenha a ilusão de que alguém reduzirá a velocidade para você se encaixar na frente dele... na imensa maioria das vezes isso não acontece.

O pessoal não dá a vez porque os motoristas não conduzem com o mesmo grau de agilidade com que estamos acostumados de moto.

A imensa maioria dos motoristas só olha para frente, para a faixa deles, e só se preocupam com eles mesmos — não percebem a dificuldade e o perigo que o motociclista está correndo na outra faixa.

E enquanto o piloto fica olhando para trás, tentando achar uma brecha para se encaixar, a moto continua avançando em alta velocidade contra o veículo parado.

No instante em que ele volta a olhar para frente, a moto já percorreu dezenas de metros e não dá mais tempo de frear — o resultado é uma violenta colisão traseira.


Para você ter uma ideia:

80 km/h são 1333 metros por minuto, o que é igual a 22,2 metros por segundo.

Para conseguir parar uma moto a 80 km/h, cravando os freios, você precisa de aproximadamente 20 metros. Um pouco mais para ter segurança e não cair.

Gastando 1 segundo para olhar para trás e cravar os freios, você percorrerá quase 45 metros para estancar a moto.

Isso é aproximadamente a metade de uma quadra residencial — é um bom pedaço de chão, e se você deixar para frear no último momento, verá aquela enorme traseira crescendo na sua frente, com grande chance de cair antes de parar por conta da rabeada da roda traseira.

E isso sem levar em conta que o motociclista pode perder algum tempo até perceber que o veículo lá na frente está parado...

A figura mostra outro estudo, para 60 km/h:
Imagem: Achada no http://www.xtzlander.com.br/forum/viewtopic.php?f=2&t=6586 , autoria desconhecida.

Cada segundo desperdiçado rouba preciosas dezenas de metros para frear sua moto, então não vacile ao tomar decisões.

Caminhões e ônibus não se deformam para absorver o impacto, é a mesma coisa que bater de frente contra um muro ou parede


Então, entre arriscar a ser atropelado mudando de faixa e arriscar a encher a lata de um caminhão ou ônibus parado, eu considero a melhor opção diminuir a velocidade e parar com toda a segurança, tomando cuidado para não ser vítima de um engavetamento.

Perca um pouco de tempo e aguarde um momento seguro para sair de trás do veículo parado, aguardando uma boa oportunidade com muito espaço livre — não vá entrar na frente de um carro em alta velocidade contando com a capacidade de aceleração da moto!

Motos adoram sacanear e costumam engasgar bem no momento em que você mais precisa de aceleração...

O importante é lembrar que uma tentativa de não perder velocidade por urgência de não perder um ou dois minutos, pode te causar um atraso de várias semanas ou meses no hospital.

Ou toda a eternidade. Sabe Deus onde...

Seja prudente e viva muito.

Para quê tanta pressa, gente?

Um abraço,

Jeff

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Fique bem longe de ônibus e caminhões manobrando

Fique longe de ônibus e caminhões manobrando — veja este vídeo e entenda o porquê.

Assista a reportagem neste link ou no vídeo abaixo e entenda como o perigo pode sobrar para você, mesmo estando a uma boa distância.
Quem teve culpa por este acidente?

O motorista do ônibus que não imaginou que apareceria um ciclista enquanto ele dava ré e prestava atenção ao outro lado?

Ou o ciclista que não imaginou que o ônibus poderia começar a se mover e passou muito perto, sem manter uma distância de segurança?

Na minha opinião, o acidente não teria acontecido se o ciclista tivesse sido mais prudente. 

O ciclista, assim como o motociclista, sempre devem considerar a possibilidade de não serem vistos pelos motoristas.

Ou por estarem escondidos nos pontos cegos dos espelhos, ou por serem pouco visíveis e escaparem da visão periférica dos motoristas, ciclistas e motociclistas são responsáveis por não se colocarem em situações perigosas.

Ao decidir ultrapassar, o ciclista não considerou que o ônibus poderia se deslocar para a frente e derrubá-lo, e muito menos imaginou a possibilidade de o ônibus engatar a ré e derrubá-lo. Confesso que nem eu.

Ao ultrapassar sem margem de segurança, foi colhido, derrubado e acabou derrubando o motociclista.

Apesar de tudo isso, o motorista do ônibus errou gravemente ao não parar para prestar socorro.

Ao se omitir e abandonar o local, chamou para si toda a culpa por um acidente no qual teria atenuantes razoáveis.

Felizmente existem cada vez mais câmeras para flagrar esses momentos, mostrando para todos a dinâmica dos acidentes e tornando todos mais conscientes das situações potencialmente perigosas a serem evitadas.

O que este acidente nos ensina é que um evento anormal na pista oposta, como a manobra de um ônibus ou caminhão, uma obra, um carro saindo de uma garagem, etc., também pode gerar um efeito cascata potencialmente perigoso para nós motociclistas em nossa mão de direção.

O mais prudente sempre será ficar longe desses grandalhões.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A dura realidade da vida

A dura realidade da vida é que ônibus e caminhões sempre irão facilitar as curvas para eles, sem ver as motos por perto.

O acidente acontece a partir dos 3:20, mas vale a pena assistir tudo para ver como uma pilotagem agressiva te arrasta aos acidentes.



Como o motociclista poderia ter evitado este tombo?

Não costurando no meio do trânsito e mantendo uma velocidade aproximadamente igual à dos demais veículos.

Rodar a uma velocidade mais alta do que os carros e fazer mudanças repentinas de faixa tem o inconveniente de fazer com que as motos não sejam vistas pelos motoristas. 

Antes de o ônibus fechar a curva, o motorista tinha a percepção de que não havia ninguém por perto, talvez até tenha olhado pelo espelho e não viu ninguém nas proximidades.

Na hora em que ele fechou a curva, a moto estava se enfiando naquele espaço, acabou sendo fechada e na freada veio o tombo.

Moral da história:

Nunca entre junto com outro veículo em uma curva, principalmente ônibus ou caminhão, mesmo que ele esteja em uma faixa exclusiva.

Se o outro veículo for obrigado a desviar de algo que você não está vendo — como buracos perto da sarjeta, um carro saindo de uma garagem, um pedestre andando muito perto do meio-fio — a moto será obrigada a frear intensamente.

Motos freando intensamente durante curvas geralmente caem e continuam deslizando em linha reta para baixo das rodas de ônibus e caminhões.


Imagem e reportagem: http://acritica.uol.com.br/manaus/Motociclista-manobra-perigosa-praticamente-embaixo_0_824317625.html

Este cara teve a sorte de apenas a mão dele ficar embaixo da roda do ônibus... muita gente não escapa de uma dessas somente com a mão moída não.

Na verdade, não escapa.

Cair embaixo das rodas de um ônibus ou caminhão certamente não será uma das melhores experiências da vida curta de ninguém.

Portanto, mantenha distância de segurança de qualquer coisa maior que uma kombi, nunca fique perto deles em uma curva, viva uma vida longa e seja feliz por inteiro.


Um abraço,


Jeff

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Caminhões, ônibus e utilitários tombando

Imagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/02/carreta-tomba-na-sc-108-ao-tentar-passar-por-trevo-em-braco-do-norte.html

Assista ao vídeo na reportagem do g1 e veja como um caminhão tomba com facilidade, basta estar um pouco acima da velocidade permitida.

Ao perceber um caminhão em velocidade acima da normal em uma curva ou cruzamento, fique alerta.

Caminhões têm o centro de gravidade muito alto, o que quer dizer que tombam com facilidade.



E o que era um veículo grande fluindo com o trânsito, de repente passa a ser um enorme obstáculo plantado à sua frente.

Em dias de ventania, não caia na tentação de ficar abrigado ao lado de um caminhão vazio. O risco é maior em áreas descampadas e sobre pontes e viadutos:



Ao ser ultrapassado, tome cuidado porque a velocidade excessiva pode causar uma perda de controle na sua frente. (Já estive atrás de uma carreta que colocou o rodeiro traseiro no acostamento e fez um L, estancando bruscamente):



Ônibus também são veículos com propensão a capotar tombar. Estão sempre em alta velocidade na estrada, o que já é meio caminho andado. Basta uma manobra repentina para o centro de gravidade alto induzir um movimento pendular, fazendo o motorista perder o controle.



Veículos altos como jipões e peruonas utilitários esportivos SUVs também são instáveis. Basta uma curva em excesso de velocidade ou uma mudança de trajetória brusca para capotarem.



Um SUV estourando um pneu também capota. O estouro acontece aos 1:30 do vídeo.



Voltando aos caminhões:

Se já não bastasse o risco de permanecer no ponto cego do espelho do caminhoneiro, aí está mais um bom motivo para não entrar junto com um caminhão em uma curva:



E na cidade, ao parar em um cruzamento, não fique muito avançado em relação aos outros carros, nem sobre a faixa de pedestres.

Além de atrapalhar os transeuntes (alguém ainda usa essa palavra?) e arriscar uma multa, você estará sujeito a imprevistos como este:



Imagine-se no lugar daquele cara... 

Infelizmente, confirmando o alerta:

Tome cuidado com esses grandalhões.

Um abraço,

Jeff

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Relembrando algumas armadilhas de ônibus e caminhões

Imagem: Autor não localizado

Estas motos foram posicionadas nos pontos cegos do motorista do caminhão devido ao capô e posicionamento dos espelhos — nenhuma dessas motos pode ser vista pelo motorista.  

Os pontos cegos dos espelhos dos ônibus são bem parecidos.


Permanecer nesses pontos é sempre um risco, porque o motorista não está te vendo, nem imagina que você está por ali. 


Ao contrário dos motoristas de carros, os condutores de veículos grandes e barulhentos não ouvem o ronco das motocicletas.

Precisando mudar de faixa, ele não o ouvirá nem o verá pelos espelhos, e o ônibus ou caminhão crescerá para o seu lado, uma visão nada agradável.

Ao ultrapassar um ônibus ou caminhão, faça da maneira mais rápida e segura possível; não fique marcando touca do lado dele.

Além disso, existe outra situação: a de ser ultrapassado por um desses veículos lentos.

Acontece com motos de pouca potência, com motociclistas que babam com a paisagem e com aqueles que acreditam na indicação do velocímetro da Kansas e ficam na rodovia a 50 km/h achando que estão a oitenta.

Você acaba exposto a este risco:
Imagens: Coletânea the luckiest people compilation part 12 — https://www.youtube.com/watch?v=r4imaOrkqtg

O motorista do carro em alta velocidade vê o caminhão mudando de faixa em velocidade relativamente baixa à sua frente e, sem pensar no motivo que fez o caminhão mudar, tem a infeliz ideia de ultrapassar pela direita.

Acaba encontrando uma moto ainda mais lenta que o caminhão... e quase a atropela — as três últimas imagens foram feitas em menos de 1 segundo, eles tiveram sorte.

Quanto maior o veículo, maior a dificuldade de conduzir. Quando obrigados a fazer manobras bruscas, ônibus e principalmente caminhões tendem a perder o controle, capotar ou fazer o L.


Por causa do peso enorme, ônibus e caminhões têm muita dificuldade de frear.

Nunca caia na besteira de entrar na frente de um deles se não houver uma margem de segurança muito boa, achando que o motorista irá conseguir reduzir a velocidade só porque você entrou na pista.

Entre perder o controle do caminhão ou ônibus, colocando em risco a vida dos passageiros, ou passar por cima de você, muito motorista ficará na dúvida... 

E aí, se sua moto engasgar, pedir reserva, escapar a marcha, perder a corrente, adivinha quem vai dançar?



http://tn.temmais.com/noticia/5/60555/colisao_entre_onibus_e_motocicleta_mata_jovem_de_23_anos_em_itu.htm
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/02/motociclista-de-18-anos-morre-apos-colidir-contra-caminhao-na-br-282.html

Não dê chance para o azar. Para nós motociclistas, caminhões e ônibus são encrencas ambulantes. Quanto mais longe deles, melhor.

Outras postagens sobre caminhões e ônibus:

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/11/ponto-cego-na-lateral-de-caminhoes-e.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/10/area-cega-frente-de-caminhoes.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/01/visao-do-caminhoneiro.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/02/buzina-nao-para-caminhao.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/12/uma-grande-injustica.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/08/o-recado-daquele-la-que-sobreviveu.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2013/12/veiculos-grandes-lentos-e-nao-tao-lentos.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2012/10/armadilhas-do-transito-parte-i.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/02/pneu-dechapando.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2012/12/uma-situacao-que-tem-tudo-para-dar.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/01/dois-bons-motivos-para-ficar-longe-de.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/08/este-aqui-sobreviveu-para-dar-o-recado.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/03/quem-ve-so-traseira-nao-imagina-o-que.html

http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2012/12/esqueca-pressa.html

Barbaridade, quantas postagens sobre ônibus e caminhões... 

Isso porque são os acidentes com esses veículos que mais nos expõem ao risco de morrer.

Respeite esses grandalhões e viva muito.

Um abraço,

Jeff