Este vídeo me foi indicado pelo leitor Walter Vecchi, a quem agradeço imensamente!
Assista este vídeo do Furlani e veja (e ouça) a confirmação de tudo que sempre foi dito aqui no blog!
A tampa do cabeçote desta honda CG 150 sempre revisada em concessionária é aberta e, para minha alegria (e tristeza do dono), olha só que coisa pavorosa de se ver:
Parabéns ao Furlani por mais esta iniciativa de denunciar essa prática danosa das montadoras que vai contra todos os princípios éticos pelas quais elas deveriam se pautar.
É por adotar esse óleo inadequado, esses prazos de troca absurdamente longos e permitir que suas concessionárias entreguem as motos aos proprietários com menos óleo do que seus engenheiros recomendam — enquanto posa de dedicada a 'oferecer o melhor óleo para prolongar a vida útil do motor' — que a honda deixou de ser Honda.
(E não se iluda: yamaha, suzuki, kawasaki, bmw, triumph, traxx, kasinski... todas elas perderam as maiúsculas faz tempo. A dafra nunca teve.)
Viu que beleza que fica o motor usando apenas 1 litro do óleo semissintético mágico 10W-30 e rodando os 4 mil km do intervalo de troca recomendado pela fábrica?
(E olha que semissintético resiste melhor à temperatura do que o óleo mineral, hein?)
Ouviu o que o Furlani disse e eu concordo 100%?
Que o interesse dos fabricantes está em você gastar o seu dinheiro comprando peças e fazendo serviços com eles?
Acabando logo com o motor para você comprar outra motocicleta nova?
Aquele cara dizendo isso no vídeo não sou eu não...
É muito bom saber que não estou sozinho nessa briga.
Além do Furlani e do Madeira, Mecânicos Profissionais, vários leitores também estão ajudando a divulgar essas picaretagens do mercado e abastecendo o blog com novas informações!
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Nada se iguala à minha alegria neste momento!
Agora fico só imaginando a cara de bocoió daquele pessoal que sempre defendeu com unhas e dentes a honda e demais fabricantes...
Vá nessa onda de acreditar piamente nas montadoras e sua moto ficará do mesmo jeito que essa aí...
Eu queria ter gravado a reação dos mecânicos da concessionária dafra que fizeram a revisão de 6 mil km da minha Kansas 150 — a única que fiz depois de comprar a moto.
Eu comprei a Jezebel com pouco mais de 3 mil km do casal Lobo & Loba, que sempre a trataram com mais 200 ml de óleo do que o fabricante manda. Fui buscar em Volta Redonda (ela é carioca, ela é carioca... basta o jeitinho dela andar...)
Foi nessa primeira viagem que descobrimos que ela precisava era de 400 ml adicionais ao 1 litro falado no manual, mas a baixa quilometragem não chegou a comprometer significativamente o motor.
Naquela revisão de 6 mil km, os mecânicos ficaram admirados que o motor da Jezebel estava limpo, não tinha borra...
Eles nunca tinham visto um motor assim lá na concessionária...
Detalhe:
Jezebel sempre usou a quantidade correta de óleo mineral 20W-50 trocado de mil em mil km.
Pois é...
Depois disso a motinho já morou em Santo André, Biritiba-Mirim (SP) e São José (SC).
Comigo ela conheceu Rio de Janeiro (de novo), Ilhabela, Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu, Paraty, Florianópolis, São Joaquim, Imbituba, Novo Horizonte, Joanópolis, Águas de São Pedro, Americana, Sumaré, Itupeva, Bragança Paulista, Campinas, Santa Bárbara do Oeste, Serra Negra, fora outras, e continua lépida e fagueira. Não foi graças à dafra.
Hoje Jezebel está na casa dos 95 mil km com cabeçote, pistão e cilindro originais (só precisei trocar o câmbio porque extrapolei o peso máximo em viagens várias vezes).
Sabe porque a CG do vídeo tem tanta borra e aquele vazamento pela tampa do cabeçote?
Porque o aquecimento excessivo devido à pouca quantidade de óleo deforma a guarnição de borracha... além de queimar o óleo e formar borra.
Borra é óleo queimado. E o óleo queima porque o cabeçote se aquece muito, e o cabeçote se aquece demais quando o motor trabalha com pouco óleo e/ou óleo de viscosidade inadequada.
Já minha moto não vaza óleo pela tampa. Nem junta borra.
[Espaço reservado para a foto que alguém vai tirar do cabeçote da minha moto porque eu não tenho câmera fotográfica nem smartphone graças a Deus e ao meu vizinho malandro que fez a limpa do apartamento lá em São José.]
[Enquanto essa foto atual não vem, olha o cabeçote da Jezebel aberto quando ela tinha aproximadamente 62 mil km (55.907 no velocímetro + uns 6 mil que rodou sem cabo) e o Daniel trocou o câmbio. Borra quase inexistente e nenhuma crosta]:
Se o motor dessa honda CG 150 usasse 1,2 litro de óleo a cada troca, se usasse um óleo de viscosidade adequada à temperatura daquela região, e se o óleo consumido fosse reposto a cada 200 ml consumidos para permanecer dentro da faixa de segurança da vareta medidora...
Se fizesse tudo isso, o vídeo do Furlani seria para elogiar o estado maravilhoso do motor e não para mostrar toda essa borraiada.
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E perdoe minha atitude mesquinha e um pouco vingativa, mas merecidamente curtida:
Aproveito para dizer para aquele fã de carteirinha dos fabricantes que ainda duvida deste blogueiro e não se convence nem mesmo vendo esse vídeo:
Continue a acreditar cegamente nos fabricantes, continue a colocar apenas a quantidade recomendada sem atentar para a complementação, continue a fazer a troca a cada 3 ou 4 ou 5 ou 10 mil quilômetros...
Continue substituindo o filtro de óleo a cada trocentas trocas a cada trocentos mil km...
A moto é sua, você merece, seja feliz. Hehehehe
Um abraço a todos os leitores, menos a esses aí que eu falei por último,
Jeff :)