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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Um comentário que vale por uma postagem

Comentário enviado pelo leitor Rogério Kozima que vale por uma postagem inteira (obrigado, Rogério!).

Eu não poderia deixar de postar tal contribuição antes de entrar em hibernação.

Olá gostaria de contribuir com a minha opinião sobre o tópico do seu blog a postagem: 


Na minha opinião a honda simplesmente optou por um cabeçote mais simples e com manutenção mais fácil que o da CB 300. 

Assim como as antigas Twister e Tornado, a CB 300 possuía cabeçote com regulagem através de pastilhas, o que tornava sua manutenção muito complicada ou mesmo negligenciada pelas concessionárias. 

Quem tiver noção básica de mecânica ou mesmo conhecer algum mecânico de motos, pergunte qual moto é mais fácil de se realizar uma regulagem de válvulas: uma NX-4 Falcon ou uma CB300. 

Eu posso dizer com toda certeza que as válvulas da Falcon são muito mais fáceis de serem reguladas, afinal fazia esse serviço em casa com um pequeno número de ferramentas, e em um espaço curto de tempo, mesmo não sendo mecânico profissional. 

Embora a Honda nunca tenha admitido o problema de válvulas presas que muitas CB 300 apresentaram, é fato entre os proprietários, o grande número de motos com esse problema. 

Provavelmente se a manutenção de regulagem de válvulas fosse mais simples o número de motos CB300 com problema no cabeçote seria reduzido. Digo isto em razão da mudança no novo modelo Twister 2015 em oferecer um cabeçote com regulagem muito mais simples que o da cb 300. 

Sei que não devemos publicar material sem autorização, mas note que esses desenhos abaixo são encontrados na internet  e até mesmo no youtube. 

Vou colocar o link do desenho da CB Twister, agora o da XLR 250 é mais complicado. 

Achei interessante notar que motores com 4 válvulas e comando simples são mais antigos que podemos pensar. 

Ambas as figuras demonstram peças do cabeçote da antiga xlr 250 que foi fabricada pela honda no começo da década de 80. 

Essa moto oferecia desempenho bem semelhante à XR 250 tornado e possuía regulagem de válvulas por parafusos! Muito mais prático que as motos com duplo comando no cabeçote.

Coloquei essas imagens para mostrar que a honda está fabricando a nova Twister 250 com tecnologia semelhante.
Link para o balancim da XLR 250:



 Agora compare com essa imagem que pegamos no you tube:

Notamos que se trata de um cabeçote com comando simples roletado e que aciona dois balancins, estes por sua vez acionam duas válvulas cada. 

Cada balancim possui dois parafusos de regulagem para as válvulas tornando sua manutenção bem mais simples que o da cb 300. 

Notamos que é um sistema muito parecido com uma moto fabricada nos anos 80. Se por um lado podemos prever alguma vantagem, já que é um sistema mais simples e leve, ainda não sabemos como esse sistema vai se comportar com a utilização do óleo 10W-30 muito fino e que não permanece muito tempo no cabeçote, e também com a tendência de superaquecimento dos motores que estão sendo fabricados agora.


Enfim gostaria de salientar apenas que não existe nada de novo neste motor, mas se trata de algumas mudanças em um projeto bem antigo de motor. 


Embora não duvide da qualidade dos produtos Honda, me pergunto quando vão oferecer um produto moderno e que atenda os anseios do consumidor quando compra um produto Honda. 


Basta ver as motos que são oferecidas nos demais mercados internacionais e notar que essa fábrica deixa muito a desejar no mercado brasileiro. 

Esperamos que a líder mundial ofereça produtos que são vendidos nos mercados europeus e norte americanos, e não iluda o consumidor oferecendo produtos repaginados e com preço exorbitante.

Grato pela atenção, Rogério Paes Kozima.

Agradeço ao Rogério pela contribuição e espero que finalmente os problemas da honda sejam resolvidos — se bem que, em minha opinião, esses problemas somente serão resolvidos quando eles passarem a indicar a quantidade de óleo correta a ser colocada nos motores...

Mas isso não interessa a fabricante nenhum, né mesmo? 

As vendas de peças de reposição dão um lucro danado...

Um abraço,

Jeff

sábado, 31 de maio de 2014

Dona honda, explica pra gente?

Dona honda, explica pra gente como é que pode uma moto simplona como a NX 400i Falcon...



Como é que essa moto peladona pode custar quase a mesma coisa que um TRX 420 FourTrax também fabricado pela honda?


Imagens: honda

Tanto a moto quanto o jipinho têm guidão e motor 400 com injeção eletrônica, mas as semelhanças acabam por aí.

Se a senhora reparar, dona honda, o seu jipinho tem 2 rodas a mais óóóbvio), bancão, um amortecedor a mais, dois para-lamas extras, mais dois discos e pinças de freio extras, bandejas de suspensão, carroceria, bagageiro dianteiro, bagageiro traseiro, grade dianteira, grandes plataformas para os pés, radiador, bomba de água, dois faróis, duas lanternas, marcha à ré, diferencial (uh, isso é bem caro), árvore de transmissão e semieixos, fora outros macetes, como um chassi muito mais complexo, pesado e reforçado.

Todas essas coisas a mais custam caro, dona honda. 

Bem caro, é só ver quanto estão pedindo no balcão de peças das suas concessionárias.

Só aqueles pneus muito mais borrachudos custam os olhos da cara. Mais de 400 reais cada um, pode pesquisar.

Então agora explica pra gente como é que pode esse jipinho custar quase o mesmo preço de uma moto de motor equivalente?

Porque a Falcon tem preço sugerido de quase 17 mil reais (é 16990), enquanto o TRX de tração em duas rodas tem preço sugerido de quase 19 mil (é 18990). 

Tudo isso a mais por uma diferença de apenas 2 mil reais, dona honda?

Das duas uma, dona honda:

Ou seu jipinho está muito barato, ou sua moto está absurdamente cara.

Considerando que seu jipinho custa quase o preço de um carro popular, oferecendo muito menos, ele não me parece estar fora da faixa de preço. Melhor dizendo, ele não está barato.

Mas então, dona honda, como é que pode uma moto com motor semelhante, e com tanta coisa a menos que o jipinho, como é que ela pode custar tão caro assim?

Será que o preço das motos vendidas pela senhora aqui no Brasil não está totalmente fora da realidade do mercado mundial, dona honda?

Pergunto isso porque lá na África e no resto do mundo a senhora vende motos equivalentes às nossas por menos da metade do preço.

Pelo preço que a NX 400 é vendida aqui, dá para comprar uma NC 700 no Canadá e ainda sobra troco:


Imagem: http://motorcycle.honda.ca/  

Nesta data, com o dólar canadense a R$ 2,07, os valores seriam R$15.523, R$18.627 e R$14.591, mais impostos aproximados de 7%.

Não quero acreditar que a senhora esteja querendo se aproveitar da liderança do mercado para impor motos a preços irreais para os brasileiros, né dona honda? 

Mas essa é a impressão que fica pra mim.

Ficaria muito feio para a senhora se alguém escancarasse essa política de preços absurda e contraditória fazendo uma comparação entre dois produtos similares de sua fabricação, tipo uma moto vendida por um preço absurdamente mais caro e um produto muito mais complicado e cheio de peças, como um jipinho.

Ops... 

Mas a culpa não é minha, dona honda. É a senhora que estabelece o preço e publica as informações, elas estão no seu site:


http://www.honda.com.br/motos/Paginas/trx-420-fourtrax.aspx

http://www.honda.com.br/motos/Paginas/NX400iFalcon.aspx

Dona honda, tome mais cuidado na hora de estabelecer sua política de preços para não ficar tão evidente que os preços de suas motos não têm a menor relação com o custo de produção. 

Esse tipo de contradição, quando flagrada escancaradamente, dá a impressão de que a senhora pratica o máximo preço que o mercado estiver disposto a se sacrificar para pagar, e isso pega muito mal para sua imagem.

Os clientes podem começar a ter consciência disso e deixar de aceitar essa prática abusiva.

Ou então, dona honda, se manque do quanto isso é ruim para sua imagem e comece a vender suas motos aqui no Brasil com a mesma margem de lucro decente e honesta que é utilizada em todo o resto do mundo, menos em nosso país.


Esse tipo de prática pega muito mal, dona honda. 

Jeff

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Minha moto é nova e vive morrendo...

1) Se a sua moto é zero km e vive morrendo, isso pode ser causado pelo óleo protetivo aplicado no tanque pelo fabricante. 

A solução para isso é encher completamente o primeiro tanque, e sempre mantê-lo cheio, pelo menos nos primeiros 500 km. 


Depois disso o óleo protetivo desapareceu, mas é recomendável sempre andar com a moto com tanque cheio, reabastecendo quando chegar à metade ou no mínimo um terço da capacidade.


Não deixe chegar à reserva, isso não é necessário.


2) Uma coisa que pode infernizar a vida dos novos proprietários é uma manha que só as motos têm:

Ao ficar estacionada por muito tempo apoiada sobre o cavalete lateral, o mecanismo que controla a entrada de gasolina no carburador (uma boia igual à da caixa d'água da sua casa) pode ficar preso pelo atrito.

A boia "se encanta" na posição fechada e não deixa a gasolina entrar. É o contrário do que acontece quando a gasolina vaza pela mangueira — no caso a boia "se encantou" na posição aberta.

Para fazer a boia voltar a se movimentar, basta dar umas pancadinhas leves na parte reforçada do carburador com o cabo (não a ponta!) de uma chave de fenda. 

Eu costumava usar o cadeado de trava, mas eliminei o problema colocando um calço debaixo do cavalete lateral, a moto fica menos inclinada e a boia não trava fechada.

Agora, se a sua moto já passou dos 300 km:

Você vai arrancar em primeira e a moto apaga?


Está parado no semáforo e o motor da moto morre?


3) Há dois suspeitos nesse caso: a regulagem do cabo de embreagem e a regulagem da marcha lenta.


3a) Os comandos acionados por cabos são componentes que precisam de regulagem frequente durante a fase de amaciamento da moto.

Nas primeiras utilizações eles tendem a aumentar de comprimento, e quando o cabo de embreagem fica mais comprido, os discos de embreagem permanecem em contato mesmo com o manete completamente acionado.


Isso impõe um esforço ao motor que acaba morrendo porque na marcha lenta ele não terá força para vencer esse atrito.




Afrouxe a contraporca (2) do ajustador da embreagem (1) e gire o ajustador para ganhar um pouco mais de folga na embreagem. Não precisa ferramentas para isso.


Se a regulagem estiver boa, ou se esse procedimento não resolver, aumente a rotação de marcha lenta, é fácil.

3b) A marcha lenta é a velocidade de rotação mínima que o motor mantém quando o acelerador não está acionado.

Os fabricantes determinam um valor ideal, geralmente entre 1300 e 1500 rpm, dependendo do projeto do motor.

Essa velocidade de rotação é necessária para garantir um fluxo de ar e combustível suficiente para manter o motor em funcionamento, além de garantir boa lubrificação.

Isso é necessário porque a pressão do óleo é proporcional à velocidade de rotação da bomba; se a rotação for muito baixa, a lubrificação ficará abaixo do ideal. O motor poderá não ter força para vencer o atrito da embreagem, como vimos acima.

Mas isso aqui é Brasil, e os mexânicos contratados pela concessionária, e mesmo alguns daqueles que se acham profissionais, costumam fazer essa regulagem de ouvido.

E se orgulham de mostrar para o proprietário “olha como a marcha lenta está baixa, agora sua moto está econômica!”

Não caia nessa, quem vai pagar o pato é você, com a moto morrendo a toda hora e criando situações perigosas no trânsito.

4) Outro motivo porque a rotação não deve ficar abaixo do recomendado pelo fabricante ocorre nas motos que possuem descompressor de partida, como a Apache e a Falcon.

Em motos com esse recurso facilitador da partida, o funcionamento abaixo da marcha lenta ideal provoca o acionamento indevido do descompressor, gerando ruído similar ao de válvulas desreguladas.

Aí o proprietário reclama do barulho e o mexânico “regula” as válvulas (o que não era necessário). 

O barulho some, mas o motor passa a trabalhar com as válvulas presas.

Uma hora a conta vai aparecer para você pagar, e não será pequena.

5) Como aumentar a rotação de marcha lenta?

Siga as recomendações do seu manual do proprietário e não o palpite infeliz de quem não entende do assunto, e ajuste você mesmo a marcha lenta.

imagem: achada na internet e adaptada

Basta apertar pouca coisa (no máximo 1/4 a 1/2 volta) esse parafuso de latão visível na lateral do carburador e a rotação do motor subirá imediatamente. 

Não mexa desnecessariamente em nenhum outro, senão sua moto ficará beberrona e poderá engasgar por excesso ou falta de gasolina.

6) Outro motivo para a moto morrer seguidamente é o excesso de temperatura do motor. Se a sua embreagem estiver mal regulada irá gerar calor adicional no motor. 

Nível de óleo baixo e óleo velho também contribuem para deixar a moto apagar com frequência. 

E óleo velho é óleo com mais de 1000 km, não caia no conto do fabricante que diz que o óleo aguenta 3000 km em motos arrefecidas a ar, isso só serve para seu motor durar menos. Leia os tópicos falando de óleo e lubrificação para saber mais.


O consumo de óleo é maior durante a fase de amaciamento e as motos já saem da concessionária com menos óleo do que o necessário, veja a denúncia completa neste link.

Mesmo uma moto zero km pode apresentar nível de óleo baixo já ao sair da concessionária! A quantidade que o fabricante fala é apenas a mínima a ser colocada e que deve ser completada conforme o procedimento do manual do proprietário, mas... 

A concessionária teria a obrigação de colocar a quantidade indicada, verificar o nível e completar (sempre é preciso completar para chegar ao nível máximo da vareta), mas eles não fazem isso na imensa maioria dos casos, deixando a responsabilidade para o proprietário, que não lê o manual do proprietário e não completa, perdendo o motor com metade da vida útil. Bom para o fabricante, péssimo para você.

Para medir o nível do óleo, a melhor coisa é ler o procedimento detalhado lá nas páginas internas do manual. O procedimento da primeira página é incompleto e te induz a erro.

Caso não tenha mais o manual da sua moto, fique sabendo que a quantidade informada pelo dono anterior quase certamente estará errada porque todo mundo confia no fabricante e pensa que a quantidade falada por ele é suficiente. Não é. Aprenda a verificar o nível de óleo do modo certo lendo esta postagem.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta ou olhando o visor pela manhã é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.