Não a sua, a dele...
Mas qual deve ser essa distância?
Existe uma regra muito divulgada chamada regra dos dois segundos. Particularmente, prefiro a regra australiana dos três segundos.
Por esse critério, ficar a uma distância equivalente ao tempo de dois ou três segundos asseguraria uma margem de segurança suficiente para você desviar ou frear no caso de o veículo à frente frear de repente.
Em dias de chuva, essa distância deve ser aumentada por 50%.
Para estabelecer essa margem, você observa a passagem do veículo à frente por um ponto fixo da estrada e não pode chegar a esse ponto fixo antes de contar pausadamente mil e um, mil e dois, mil e três.
Acrescentar o "mil e" faz com que cada frase seja dita em aproximadamente 1 segundo.
Quanto maior a velocidade, automaticamente maior será essa distância. E com o tempo, você desenvolverá essa percepção naturalmente.
OK, a regra é útil, mas as coisas nem sempre são bem assim.
Essa margem considera uma pane ou acidente normais, em que o veículo à frente continue se movendo. Tipo sofrer uma pane mecânica ou se envolver em uma colisão traseira.
Nessa condição, normalmente os veículos não estancam de repente; eles continuam se movendo por algum tempo até pararem.
Mas quando ocorre uma colisão frontal, os veículos estancam repentinamente — veja o vídeo do link abaixo:
A velocidade dos dois veículos é reduzida a zero instantaneamente.
Alguém em uma moto com margem de 2 ou 3 segundos teria grande dificuldade para conseguir se livrar do acidente sem se envolver ou sem cair.
Este outro vídeo ajuda a dar uma ideia de como as coisas acontecem rápido em um engavetamento, mesmo com os ônibus subindo a ponte em baixa velocidade.
São dois exemplos, um rodoviário e outro de trânsito urbano, de como é importante manter uma boa distância de segurança em relação ao veículo à sua frente — principalmente se ele for um veículo opaco que não permita visualizar o que está acontecendo mais à frente.
Um abraço,
Jeff
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