quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Macetes de freios

Chove muito aqui em Santa Catarina.

Chove no inverno, chove no verão e chove na primavera.

Em compensação, no outono tem dia que não chove.

Um ou dois.


Imagem: http://helmetorheels.wordpress.com Detalhes no PS lá embaixo.

E pilotagem com chuva exige galochas um macete que a gente sempre esquece e só lembra na hora que isso faz mais falta:

Secar os freios.

Chuva é água que cai do céu (pode conferir, está no dicionário), e a água, além de molhada, gelada e parecer pedrinha (putz, será que aquilo era granizo?), a água é um lubrificante natural.

Cai a chuva, muita chuva, e seus freios vão ficando molhados e lubrificados. Essa é uma péssima combinação. 

Na hora em que as pastilhas de freio molhadas entrarem em contato com o disco (ou as sapatas com o tambor), seu freio vai demooooooorar para mostrar a que veio, e esse atraso pode significar uma bela de uma estabacada na traseira do carro à frente.

Mas como manter os freios secos com São Pedro mandando ver?

É simples, basta manter o manete e o pedal levemente, muito levemente acionados de quando em vez. 

Atrito gera calor e calor evapora a água. Freios aquecidos não deixam a água se acumular e respondem muito mais eficientemente se você precisar deles numa emergência.

Mas esse é um macete que não pode ser exagerado; freios superaquecidos também perdem a eficiência, principalmente os freios a disco (com fluido).

Quando muito quente, o fluido de freio forma bolhas de vapor, e elas roubam o esforço que você aplica no manete: antes de atuar sobre as pastilhas, a pressão vai perder tempo comprimindo as bolhas, e isso não é legal pelos mesmos motivos estabacantes acima.

Então não se esqueça de secar os freios antes de precisar deles, seu seguro-saúde agradece. 

Um abraço,

Jeff
PS: o http://helmetorheels.wordpress.com (capacete ou salto alto) é o blog de uma blogueira (obvious). Essa bela foto ilustra o dia de sua primeira aula de pilotagem, debaixo de chuva. Ela começou o blog quando ainda estava na expectativa de aprender a pilotar e vem atualizando com a experiência adquirida nesses dois anos. Incrível como a moto é uma experiência universalmente apaixonante. (Já as páginas em que ela fala sobre unhas, sapatos e acessórios de tricô só são universais para a outra metade da população do planeta.)

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