sábado, 7 de fevereiro de 2015

Desrespeitar os próprios limites

Postagem, reportagem e vídeo sugeridos pelo leitor Roberto Yanaguihara via facebook (obrigado, Roberto!!!):


Reportagem: http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/motos,motociclista-voa-apos-bater-em-barranco,23075,0.htm

O vídeo é esse aí embaixo, e é muito didático — mostra um risco ao qual você se expõe quando viaja em grupo. Você também pode cometer esse erro sozinho, mas em grupo é mais fácil.

O acidente acontece aos 40 segundos:




O que aconteceu aqui?

Esse é o maior problema dos passeios em grupo:

O piloto acidentado não tinha domínio suficiente da moto para conseguir acompanhar os líderes do grupo naquele ritmo forte e excedeu sua habilidade.


Os líderes fizeram ultrapassagens com faixa dupla contínua, mas ele aguardou um trecho de ultrapassagem permitida. Ficou para trás e, na tentativa de alcançar os líderes que se distanciavam, se esforçou acima de sua capacidade de controlar a moto.

Ao chegar na curva, ele não teve condições de manter a trajetória correta, desgarrou para a contramão e, para não bater de frente com o carro (o que seria morte certa), ele comprou o terreno na beira da estrada — ter voado salvou sua vida.


Quem puxava o pelotão deveria ter tido sensibilidade de maneirar a tocada em função do amigo menos hábil e mais respeitador da lei... se soubesse que ele não tinha tanta experiência. 


Então quem pode ser responsabilizado por este acidente?


O nosso velho culpado de sempre, o próprio piloto. 


Se o pessoal lá na frente não sabe ou não percebe que o ritmo está muito forte para alguém do grupo, o próprio piloto é que deve limitar sua velocidade — ir na onda dos outros, tentar fazer o que os outros faziam, isso quase matou o rapaz do vídeo.


Ficando para trás, o grupo seria obrigado a esperá-lo, e ele poderia comunicar que estava com dificuldades para seguir com a galera; todo mundo seguiria com um pouco menos de velocidade daí por diante, e todos chegariam ao destino em segurança.


Mas e se o pessoal não parasse para esperar? Se todo mundo fosse embora e ele ficasse sozinho lá atrás?


Então ele estaria melhor sozinho do que se arriscando a se desgarrar, destruir a moto, fazer um voo de baixa altitude e se quebrar inteiro.


Somente você pode determinar seus limites, não seus amigos.


Se eles forem mais experientes, irão tocar em um ritmo cada vez mais exigente para você. 

A pressão de não atrasar o grupo e não atrapalhar o passeio será estressante, e o estresse leva a decisões erradas, como entrar numa curva acima da velocidade ideal para seu domínio da moto ou fazer ultrapassagens sem condições de segurança.  


Não se mate nessa tentativa de acompanhar o pessoal. 


Seja prudente e viva mais. 


Se isso desagradar seus amigos, eles não merecem ser chamados assim.


Outras postagens sobre viagens em grupo:


http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/04/viagens-em-grupo-ii.html


http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2012/12/passeios-em-grupo.html


http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2012/12/uma-situacao-que-tem-tudo-para-dar.html


http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/01/uma-excelente-postagem-do-roberto.html


Na postagem de amanhã, o que fazer ao ver um amigo sendo vítima de um acidente como esse.


Um abraço,

Jeff

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