sábado, 2 de agosto de 2014

Resuminho da viagem

Este é o mapa geral da última viagem:


Mapa: Google Maps

São José — Balneário Camboriú — Juquiá — Santa Bárbara d'Oeste — Sumaré — Campinas — Santo André — Arujá — Mogi das Cruzes — Bertioga — Joinville — São José.

Primeiro dia, sábado, fiz o percurso São José a Juquiá, BR-101 sem novidades.


Mapa: Google Maps

Passei por Balneário Camboriú procurando as faixas de pedestres adesivas, mas percorri todo o centro e não encontrei nenhuma.

Em compensação, as novas faixas estão sendo implantadas pelo método tradicional, pintadas no asfalto, então desconfio que a novidade não se mostrou viável em termos de adesão e durabilidade.

Segundo dia, domingão, Juquiá a Santa Bárbara d'Oeste por uma estrada linda que merece ser percorrida, a SP-079. À noite, segui até Campinas via Sumaré.


Mapa: Google Maps

Até Piedade e um pouco além a SP-079 é uma sucessão de curvas lindas e deliciosas. No trecho da serra ela serpenteia ao longo do rio Juquiá, um rio largo e bonito no meio da Mata Atlântica preservada, paisagem que enche os olhos.



Vídeo: Evandro Klimpel Balmant

O primeiro terço está totalmente recapeado, asfalto novinho, estavam pintando as faixas.... delícia! 

O restante não chegava a estar precário, há uma faixa entre os buracos que permite a passagem de motocicletas. No meio do caminho dois grampinhos com curvas intermináveis, passeio melhor que o Rastro da Serpente pelo asfalto e pela paisagem.


Nesta postagem vou comentar somente as estradas — a visita aos amigos merece postagem especial; vou esperar instalarem a internet lá em casa esta semana para escrever sem pressa (tem cada história...)

Pernoitei em Campinas para resolver um assunto na Unicamp e visitar a filhota, aí já era o terceiro dia; momento pai e filha 2.

Saindo de lá, fui para Santo André via rodovia Bandeirantes e Rodoanel, aniversário do Papi na quarta-feira terça-feira. Dia de churrasco e reunião familiar, sai de baixo!


Mapa: Google Maps


Na quarta-feira tomei o caminho de Arujá e Mogi das Cruzes para encontrar os Vinícius, o parceiro daqui do blog e o outro, que está sumido (Cara, por onde você anda? Bati o nariz na porta de novo!)


E aí começaram as surpresas.

Mapa: Google Maps


Saímos de perto da Pirelli e tomamos um atalho para Arujá que passou em frente à Volkswagen — Jezebel e eu não comentaremos o assunto. 

Só digo uma coisa: falta sinalização e faltam retornos no Rodoanel e na Via Anchieta. E tenho dito.

Após o café da manhã, o almoço e a troca de óleo DA JEZEBEL com o Vinícius (foi longa a conversa), e depois de não encontrar o Vinícius (o outro) em casa, descemos a serra da Mogi-Bertioga, uma das estradas mais lindas do Brasil.

No meio da serra fui parar pra resolver uma coisa besta, a fivela da pochete que estava aberta.

Malditos tachões colocados no acostamento!

Tentei não parar em cima deles, me desequilibrei, e na hora que coloquei o pé no chão, ele foi para o valão.

Pé no valão, Jezebel no chão. Foi tombo ou não foi, Arnaldo?

— A regra é clara, para ser tombo tem que sair deslizando. Se a moto não deslizou, é só uma queda besta, é limpar a roupa e seguir em frente.

— Mas Arnaldo, ele não consegue levantar a moto, ela continua lá deitada, vazando gasolina perto do escapamento. Parece que sentiu a coxa. 

— Estirou a coxa. Vai ter de sair de maca, Galvão.

Estiramento de coxa é igual cãibra, só que dói mais mais mais, e não passa não passa não passa. E quando você tenta mexer a perna, dá uma fisgada que te derruba.

Estava lá repassando flashes da história da minha vida e pensando no sentido de giro da Via Láctea, a infinitude do universo e o karma da mãe do cara que determinou os tachões no acostamento, quando vi um vulto branco de sandálias e a camisa do São Paulo.

http://www.fotosefotos.com/page_img/24698/historia_do_mascote_do_sao_paulo


Pensei que era São Pedro em pessoa me recebendo no Céu, mas era só uma alma caridosa (apesar de são-paulina — só conheço ele e o Wagnão!) que me ajudou a tirar a moto do valão.

O esforço rendeu mais algumas fisgadas doloridas, e aí não teve jeito, fui para o chão, fiquei deitado só vendo os carros passando.

Uma coisa bizarra, eu deitado lá, o tempo passando e eu sem poder fazer nada a não ser curtir a paisagem...

Bom, eu tinha que sair dali e não queria que fosse de viatura, então dei um jeito de subir na moto e descer a serra.

Só pensava em tomar algum remédio para a dor, aí lembrei daquele truque de morder um pedaço de pau (epa!) enquanto arrancam a bala com um canivete, mas eu não ia fazer uma coisa dessas: antiecológico e anti-higiênico.

Mordi foram as curvas, o que eu muito teria curtido, não fosse a dor. 

Ao chegar em Bertioga parei na primeira farmácia, tomei o analgésico mais forte, comprei a pomada mais forte e fui para a primeira pousada que encontrei — e viva o diclofenaco!

A noite foi tranquila até as 5 da manhã, quando acordei com as explosões e os tiros de fuzil.

Como a fuzilaria e as explosões duraram uns 15 minutos, concluí que não era nem chacina nem acerto de contas, deviam estar explodindo algum caixa eletrônico, virei para o lado e continuei dormindo.

Na manhã seguinte, perguntei ao porteiro o que tinha acontecido. Resposta:

— Dessa vez fizeram os caixas do Itaú e o Santander. Geralmente eles fogem pelo mar.

Geralmente? Virou rotina... tá feia a coisa.

A coisa é tão banal que nem sai notícia na grande mídia, alinhada com o candidato à reeleição. Provavelmente nem entra para as estatísticas oficiais. Legado da Copa. Legado da Olimpiada. Legado do Brasil.


Homem Muppet, filme Os Muppets
Com a perna comprometida e andando que nem o Homem Muppet, subi na moto e me mandei direto para Santa Catarina, fazendo um desvio em Joinville para visitar o amigo José Luís.


Mapa: Google Maps

A parte chata era a dor na hora de acionar o freio traseiro, o que exigiu cuidado quintuplicado. 

Jezebel me ajudou e se comportou maravilhosamente bem, vou contar as novidades numa postagem exclusiva.

Saí de Bertioga às 8 da manhã de quinta e cheguei em casa à 01:40 da sexta. Fazer 750 km em um único dia e sem cansaço, apesar da dor, nada mau. 

Foi legal descobrir que a adaptação que mandei fazer no assento de Jezebel possibilitou fazer toda a viagem sem o cansação (foi erro de digitação, mas ficou legal) de sempre. 

De agora em diante, irei a SP sem precisar pernoitar, a menos que vá pela estrada de Piedade, onde a paisagem vale a pena e seria um risco muito grande subir à noite.

Depois do sucesso desse assento, Rio de Janeiro, me aguarde!

Um abraço,

Jeff

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