segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Você pularia fora da moto?

Na hora de um acidente, pode ser necessário dar o pulo do gato. Mas muita gente na hora da emergência fica travada, durinha, agarrada aos comandos da moto.

Algum dia você pensou na possibilidade de pular fora da moto diante de um acidente inevitável?

Imaginou se na hora de cair, você esticaria ou encolheria os braços?

Encolheria o pescoço para proteger as vértebras?

Aposto que você nunca pensou nisso, né?

Mas responder a essas perguntas pode fazer muita diferença na hora da decolagem e da aterrissagem.

Reportagem: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/motocicleta-fica-presa-em-onibus-depois-de-desviar-de-um-caminhao-no-norte-do-estado-20110906.html


Ter saltado fora evitou que este piloto se machucasse

Pode chegar um momento em que saltar fora da moto seja a única opção, e você não poderá vacilar nesse momento.

Sou veterano de algumas aterrissagens, mas nunca passei por essa situação de ter que abandonar a moto. 

Mas pensar nisso agora pode ajudar a realizar os movimentos necessários, minha/sua memória irá buscar essa informação na hora H e o corpo reagirá de forma automática.

Bom, quer dizer, teoricamente, porque espero que nunca seja necessário...

Já na hora da aterrissagem, o reflexo é levar os braços à frente para tentar amortecer a queda.

Não adianta, esse amortecimento quase certamente irá quebrar os ossos do braço/mão/dedos. Ou todos eles.

É muita energia concentrada, os ossos não são feitos para isso.

Para amortecer esse impacto, uma técnica que pode ser útil é aquela usada pelos lutadores de judô:

Ao serem arremessados contra o tatame, recolhem os braços junto ao corpo, encolhem o pescoço e rolam.

Rolar faz com que a energia do impacto se dissipe em alguns metros em vez de se concentrar instantaneamente toda em seu braço. 

E os braços encolhidos junto ao corpo protegem as costelas. Costelas quebradas são assassinas em potencial, ao se levantar elas podem perfurar o pulmão e causar uma hemorragia federal.

Não consegue visualizar como essa técnica pode ajudar?

Imagine uma jaca na jaqueira:

Se a jaca cai ao chão, se voa pedaço de jaca pra todo lado; mas se houver uma íngreme ladeira ao pé da jaqueira (poesia pura, homenagem aos 100 anos do Vinícius [nota: não esquecer de remover antes de publicar]), a jaca sairá rolando até parar.

Bom, uma jaca talvez não seja o melhor exemplo.

No meu caso um grande saco de batatas cai melhor.

Um abraço,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

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