sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Terceira marcha

Você dever estar se perguntando como é que eu sei que é a terceira marcha que deu problema, né? 

Porque ela é a marcha que mais utilizamos no dia a dia. 

Temos a impressão de que sempre estamos em 5ª marcha, mas apenas porque é nessa velocidade que mais gostamos de estar.

Descobri isso instalando um velocímetro digital na Jezebel. O original é mais neurótico que o dono da moto, não é raro apresentar erros de dezenas de km/h.


Uso esse aí. Já durou 2 anos, sem problemas.
Uma única troca de bateria até agora, e talvez nem fosse necessária.

Já o velocímetro digital (desses de bicicleta) memoriza a média de velocidade, além da velocidade máxima, hodômetro total e parcial, além de relógio em tempo integral. Discreto e muito prático.

E o que ele revelou, para nossa surpresa, foi o seguinte:

Na estrada, em percursos longos, apesar de tentar manter os 85-90 km/h*, a média fica sempre em 65 km/h, reflexo das perdas de velocidade em subidas, caminhões, curvas, e usamos mais a 5ª e 4ª marchas.

* Velocidade real, não aquele delírio de 140 km/h que o pessoal pensa que uma 125/150 consegue atingir. A velocidade máxima da Kansas sem atingir a faixa vermelha (se tivesse conta-giros) é de 95 km/h (dado do fabricante chinês); a máxima de uma Titan é na casa dos 102 km/h respeitando a faixa vermelha — se a tivesse. Um dia farei uma postagem sobre erro dos velocímetros).

Na cidade, essa média cai para 30 a 35 km/h, exatamente a faixa de utilização da 3ª marcha.

Por isso a terceira marcha geralmente é a primeira a ir embora sem dizer adeus.

Um macete para economizá-la é nunca a utilizar para acelerar intensamente a moto em condições de quase imobilidade, como após passar por uma lombada.

Os motoristas de automóveis estão acostumados a reduzir uma única marcha ao passar por uma lombada digna do nome.

Nas motos de baixa cilindrada, você precisa reduzir três e até quatro marchas para aproveitar o torque fraquinho do motorzinho valente.

Nunca saia de uma lombada em terceira marcha, isso faz com o que o motor se esforce demais, e o sintoma é aquela trepidação que aparece quando você acelera.

Motor trepidando é sinônimo de componentes internos se desgastando além da conta.

Use sempre a primeira ou, se estiver um pouco mais embalado, a segunda marcha.

Um abraço,

Jeff

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