terça-feira, 28 de abril de 2015

Dois acidentes comuns e plenamente evitáveis, aprenda com eles

Veja estes dois acidentes:


Reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2015/04/video-mostra-ocupantes-de-moto-sendo-lancados-apos-batida-em-mg.html


Reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/goias/transito/noticia/2015/04/jovem-fica-ferido-ao-bater-moto-em-carro-e-ser-arremessado-veja-video.html

As reportagens com os vídeos estão disponíveis neste link e neste outro do g1.

Os dois acidentes ocorreram em menos de 24 horas e servem para ilustrar como uma pequena desatenção pode virar um grande desastre.

Os dois pilotos de maneira incompreensível se lançam diretamente na frente de carros plenamente visíveis. 


Por que fizeram isso? 

Dica: o problema não foi apenas o desrespeito às regras de trânsito.

Se a situação fosse oposta, com os carros avançando contra as motos, poderíamos pensar que as motos estivessem ocultas pela coluna dianteira do carro, como explicado nesta outra postagem.


Mas os capacetes dos motociclistas não têm esse impedimento à visão, e normalmente ninguém quer se atirar na frente de um carro em alta velocidade, então o que aconteceu?

Distração, falta de concentração na pilotagem.


No primeiro caso, é muito provável que piloto e garupa estivessem conversando; distraído, o piloto desrespeitou a gigantesca sinalização horizontal de PARE e não percebeu o carro se aproximando em alta velocidade.


A cabeça estaria na conversa e não no controle da moto — esse é um dos maiores riscos ao se pilotar com garupa.


No segundo caso, o piloto fez uma conversão imprudente (que a reportagem diz ser proibida). 

Provavelmente o piloto tomou a decisão de sair para a rua transversal por impulso, sem pensar.

Toda sua atenção foi usada para não ser atropelado enquanto cortava o tráfego da via principal, e no momento de atravessar a pista, seu foco desviou para a rua onde ele ia entrar — não sobrou concentração para ver o veículo se aproximando e ele foi colhido violentamente

Possivelmente o horário deste último acidente teve influência: 6:20 da manhã de uma segunda-feira, hora em que nem todo mundo consegue acordar completamente, ainda mais na segunda (eu não consigo)

É um horário e um dia da semana em que acontecem muitos acidentes porque o fator cansaço/sono matinal pesa muito. Estar atrasado para o trabalhopilotar em jejum também.


Em ambos os acidentes, a cabeça estava longe, eles pilotaram de maneira displicente, e agora é torcer para que todo mundo sobreviva e se recupere bem após uma longa e dolorida fisioterapia. 


Ou seja, sobreviver ao acidente será apenas a primeira etapa de um processo sofrido que se arrastará por meses, talvez anos.

Um sofrimento que poderia ser evitado com um mínimo de atenção, isso é que é o mais triste.

Um abraço, e não caia nessas armadilhas,

Jeff

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