Ritual de vestir a roupa para viagem, carregar os alforjes, forrar o estômago, calibrar pneus, dar de beber à Bél, o de sempre.
A viagem seguiu tranquila até perto de Joinville, quando a quantidade de caminhões aumentou muito.
Não tivemos outra coisa a fazer, senão viajar entre dois caminhões, aquele grandão muito perto atrás de mim (epa!) me deixava preocupado.
Foi aí que o pneu dianteiro murchou de repente.
Reportagem: http://www.super30noticias.com.br/?p=7236
A direção ficou pesada, Jezebel começou a bambolear que nem doida, e num instante fomos para o chão. O caminhão não conseguiu parar a tempo.
Ainda tentei me agarrar a alguma parte do caminhão para não ir para debaixo das rodas, mas tudo aconteceu tão rápido...
...
Essa cena veio na minha cabeça enquanto faziam a revisão pré-viagem desta semana.
O mecânico quase não conseguiu tirar a vela de ignição de tão oxidada que estava. Várias partes da moto estavam bastante oxidadas.
Lembra quando voltamos cobertos de barro do Corvo Branco? A moto estava tão suja que usaram dose dupla de limpa-alumínio na lavação.
Essa porcaria é ácida, tem até ácido clorídrico na fórmula. O resultado é que o que podia oxidar, oxidou, e se a vela estava assim, lembrei que poderia ter ocorrido corrosão interna dos aros causada por esse limpador do mal.
Ele se infiltra nas frestas, e entre o aro e a câmara de ar, e com o tempo acaba corroendo o metal, furando a câmara na região que não é protegida pela vacina de pneu.
Já passei por essa experiência, felizmente com a moto estacionada. Tenho um excelente anjo da guarda.
Nunca use essa porcaria na lavação e lave você mesmo a moto enquanto as dores nas costas permitirem. Elas chegam aos 50.
Lavar a moto você mesmo é um pequeno cuidado que deixa sua moto muito feliz e que pode salvar sua vida também de outra maneira, como me salvou nessa viagem.
Mas isso eu só conto amanhã.
Um abraço,
Jeff
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