Depois de longo e tenebroso inverno em que não tive ânimo nem de olhar pela janela, quanto mais pelas janelinhas do monitor, voltei! Pânico de ver o mundo, pânico de ver as notícias. É, acontece às vezes.
Mas como o mundo e as notícias não vão mudar, só me resta levantar, limpar a poeira e continuar.
Enfrentar a estrada da vida é uma arte, levar tombo faz parte.
O que me leva ao assunto da postagem de hoje, frenagens em pânico.
Reportagem: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2015/09/motociclista-perde-controle-e-bate-em-caminhao-na-rodovia-rio-santos.html
Felizmente a motociclista sobreviveu ilesa.
A reportagem não informa o que a levou a invadir a pista contrária, mas a foto permite tirar algumas conclusões...
As marcas de frenagem de um automóvel estão bastante frescas no asfalto, então minha teoria é:
Alguma coisa motivou a freada súbita de um veículo à frente da moto, que não conseguiu parar a tempo e desviou para não bater.
Ao frear, ela perdeu o controle e caiu na frente do caminhão, a moto foi deslizando e chegou primeiro.
Esse tipo de acidente é extremamente comum e também é extremamente fácil de se evitar — basta manter uma distância de segurança do veículo à sua frente.
A imensa maioria dos condutores viaja colado no carro à frente, porque 99% do tempo isso não tem consequência nenhuma.
Mas os acidentes acontecem quando no mínimo dois fatores se somam — e um desses fatores certamente é não manter uma distância prudente do veículo à frente.
O grande erro que todo mundo comete é contar sempre com a sorte e não prever que alguma coisa possa acontecer.
Basta que aconteça um imprevisto qualquer que obrigue quem vai à frente diminuir subitamente a velocidade, e o motociclista (ou motorista) logo atrás descobre que parar uma moto (ou um carro) em média ou alta velocidade em curta distância não é tão fácil quanto parece.
Manter uma distância mínima de 3 segundos do carro à frente evita esse tipo de coisa.
Para desenvolver essa percepção, comece a contar 1001, 1002, 1003 quando o carro na sua frente passar por um ponto de referência (poste, sinalização viária, árvore).
Você estará a uma distância segura quando passar pela referência ao atingir 1003, o equivalente a 3 segundos.
Mas não vá fazer essa contagem no meio de um cruzamento, como no vídeo aí de cima... senão vem um carro pela transversal e te pega. Esse é um exemplo de referência para a contagem dos 3 segundos que traz um risco — um cruzamento é o pior lugar para você ficar preocupado com esse tipo de coisa. Não se desconcentre em cruzamentos. Use um poste, árvore ou uma placa de sinalização viária, é mais seguro.
Mantendo esse intervalo de 3 segundos, você terá tempo de frear com segurança, inclusive em duas etapas (aliviando a frenagem e retomando em seguida para que o incauto atrás de você consiga parar sem te atropelar).
Em um carro o prejuízo é apenas material, mas de moto uma colisão ou um tombo são bastante doloridos — então não custa se precaver.
Já bastam os tombos da vida.
Um abraço,
Jeff
Tenho um medo gigante desses péssimos condutores que ficam colados atrás de você.
ResponderExcluirQuando chega um desses, paro de acelerar e até diminuo a velocidade, e imagino que isso seja ótimo por alguns motivos; primeiro que se está com tanta pressa, que ultrapasse logo para me deixar com espaço; segundo que aumento a distância do carro à minha frente, assim eu sempre começo a frear muito antes do necessário, e evito que colidam na traseira da minha moto, como já fizeram uma vez (mas eu estava parado nesse caso).
Terceiro que é uma forma de "retornar o favor", ele me irrita colocando em risco a minha segurança, irrito ele fazendo com que tenha que diminuir a velocidade mais do que precisaria, caso mantivesse uma distância segura.
Há exceções, afinal, não vou disputar espaço em momentos que o único que vai sair perdendo serei eu.
Essa é a melhor tática. Infelizmente, traz o risco de o cara atrás ser um maluco que queira se vingar, te ultrapassando e freando com a intenção de te ferrar.
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=X5fjvhJUQ_s
É, tem louco pra tudo...
Um abraço,
Jeff