terça-feira, 22 de setembro de 2015

Fabricantes de carros mudam as regras no meio do jogo — qual o nome disso?

Houve um tempo, e não muito distante, em que mudar as regras no meio do jogo podia acontecer por um de dois motivos:

1) A mudança das regras podia ocorrer com o propósito de dar uma vantagem para o time / jogador sensivelmente mais fraco, e nesse caso era uma atitude de nobreza por parte da equipe mais forte / jogador em vantagem. 

2) Ou então essa mudança era feita para beneficiar exclusivamente uma das partes, de maneira injusta. Isso era considerado abominável por todo mundoera chamado de trapaça.

O motivo desta postagem é a descoberta feita pelo leitor Deivisson Nobre, publicada na postagem A maneira errada de trocar o óleo, e a moto que consertaram uma coisa e pifaram outra, que transcrevo a seguir:

Engraçado, Jeff, que fui ler o manual do carro da minha mãe, Fiat Novo Uno, e até no carro pede pra medir o nível do óleo com o motor quente.

[O manual] fala pra medir após 10 minutos que o motor for desligado, e eu sempre achei que media com o motor frio... [você e todo mundo, Deivisson...]

Testei e dá diferença, com motor frio a vareta estava no máximo e fazendo o procedimento correto o nível baixava 1/5 da medição.

O Deivisson fez a gentileza de me enviar a página do manual do proprietário para que todos comprovem a denúncia:

O controle do nível de óleo deve ser efetuado com o veículo em terreno plano e com o motor ainda quente (cerca de 10 minutos após tê-lo desligado). 

E não foi só a fiat que mudou as regras do jogo no meio do campeonato. Olha só o que eu encontrei em um blog sobre o motor do nissan March:

Imagem: http://marchok.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html

E antes que alguma тапир comece a caluniar o autor daquele blog, eis a página do manual do proprietário:
Se bem que publicar a página do manual do proprietário não ajuda muito, тапир que é тапир de verdade continua não acreditando.

Como você pode ver, um procedimento muito parecido àquele que os fabricantes de motos recomendam. 

Agora juro que eu pagava para ver a cara do pessoal que diz que o procedimento de medição do nível de óleo da moto é "igual carro, pela manhã sem ligar o motor"... Hahahahaha... ai, deu cãibra...

O que descobrimos hoje?

Que acabou aquela história que você estava acostumado: 

Os fabricantes mudaram um procedimento consagrado há um século, e trocaram por outro que a imensa maioria dos consumidores nunca ouviu falar, sendo que a imensa maioria não lê e não lerá seu manual do proprietário. Ora, o que poderá dar errado, Murphy?

Os fabricantes de automóveis mudaram a regra no meio do jogo, sem fazer alarde, da mesma maneira que os fabricantes de motocicletas fizeram.

Em vez de medir o nível do óleo com o motor frio pela manhã, com todo o óleo escoado para o cárter — um critério universal impossível de errar ou causar confusão — alguns fabricantes passaram a exigir que o óleo seja medido completamente a quente (caso do novo fiat Uno e sabe Deus de quem mais) ou em um estágio intermediário (caso do nissan March e sabe Deus de quem mais) e dentro de um prazo determinado por eles.

Como eu disse lá em cima, há algum tempo atrás mudanças de regra no meio do jogo só tinham duas possibilidades:


Ou eram abomináveis, porque prejudicavam o lado mais fraco; ou visavam a auxiliar o jogador em visível desvantagem. Mas isso era antigamente.


Hoje vivemos em um admirável mundo novo e cheio de nuances. É a modernidade.

O sistema antigo é universal e muito prático — medir o nível do óleo com o motor totalmente frio garante uma constância dos fatores temperatura e descanso do motor, não queima a mão de ninguém e garante resultados exatos.

Você mede o nível com exatidão antes de começar o dia, antes de começar uma viagem.

Não precisa aguardar tempo algum, basta abrir o capô pela manhã e conferir a situação real do nível de óleo, sem risco de se queimar, de ser atingido pela ventoinha ligando automaticamente, e sem depender de condicionantes de tempo.


Já com o novo sistema:


Medir o nível com o motor quente exige parâmetros adicionais — você precisa aguardar 10 minutos, nem mais nem menos, para obter o nível correto.

Você precisa mexer em um motor quente, com cuidado para não se queimar.

Há um detalhe que faz toda a diferença:


O óleo está dilatado pelo calor do motor, portanto o nível medido com o motor completamente aquecido não corresponde ao nível medido com o óleo frio.


As marcas da vareta medidora poderiam ser feitas em qualquer altura, portanto em qualquer condição de uso do motor... mas os fabricantes optaram por fazer as marcas para um nível correspondente ao prazo de 10 minutos de escoamento do óleo para o cárter.

Por quê 10 minutos? 

Qual o benefício desse prazo?

Dez minutos é um prazo que inviabiliza a conferência rápida no posto de gasolina. Não traz vantagem alguma.

Passados 10 minutos, nem todo o óleo escoou para o cárter. O retorno do óleo é um processo longo e contínuo, que leva muitas dezenas de minutos, senão horas.

Se você não aguardar 10 minutos, ou se você ultrapassar o prazo de 10 minutos, a leitura será inexata.

Analise agora o caso da nissan:

O procedimento é muito similar ao das motos, a medição é feita com o motor em uma temperatura que não é totalmente quente, mas também não é totalmente fria.

O óleo não chegou a se dilatar tanto quanto em um motor que acabou de chegar em casa.

Os procedimentos "modernos" exigem que você se lembre de realizá-lo 10 minutos depois de chegar em casa, ou então gaste 15 minutos pela manhã aquecendo e esperando o óleo escoar.

Os procedimentos "modernos" consomem um tempo que hoje em dia ninguém tem.


Ao chegar em casa você tem uma pá de coisas para fazer, como abrir a porta para as crianças, sair correndo atrás do cachorro que escapou, descarregar as compras... 
...cumprimentar o vizinho e zoá-lo porque o time dele perdeu de lavada para o Figueirense, e por último, e mais importante, tirar a água do joelho — você não vai se lembrar de cronometrar 10 minutos exatos para medir o nível do óleo. 

E antes de sair de casa, quem é que pode se dar ao luxo de desperdiçar 15 minutos fazendo um procedimento de medição do nível do óleo?


O procedimento anterior era direto, rápido, simples e objetivo.


Com essa mudança não noticiada, milhões de proprietários continuarão a medir o nível de óleo como sempre fizeram — basta ver o que acontece com as motocicletas, todo mundo mede o nível da maneira errada. E é difícil convencer o pessoal da besteira que estão fazendo. ""Sempre foi assim!" "1 litro é 1 litro".

Qual a consequência disso?

20% da faixa de medição não são suficientes para fundir o motor de imediato, mas nível de óleo abaixo do ideal é um fator que acelera o desgaste do motor.

Nas motos, principalmente as arrefecidas a ar, isso reduz à metade a vida útil do motor.

Nos carros isso aparentemente não é tão grave como nas motos pequenas; a falta de 200 a 300 ml de óleo mascarados pelo procedimento de medição em uma faixa de segurança de 1 litro, com mais 2 a 3 litros no cárter, ainda não compromete o motor — se ele estiver com a quantidade correta de óleo, ou seja, se o nível estiver próximo à marca de nível superior.


Mas o que acontecerá na hora em que o proprietário conferir o nível de óleo da maneira errada, e encontrar o óleo aproximadamente na metade da vareta?

A leitura será falsa, indicando um nível de óleo que não existe; na verdade o óleo já estará no mínimo, implorando reposição, mas o proprietário não descobrirá e continuará a rodar normalmente em condições prejudiciais ao motor.

Além disso, existe outra coisa a ser verificada:

É fundamental ver se a quantidade recomendada pelo fabricante realmente deixa o nível de óleo na marca de nível superior, onde ele sempre deve ficar.

Se eu fosse proprietário de automóvel, me certificaria quanto a isso.

EU MEDIRIA O NÍVEL DE ÓLEO IMEDIATAMENTE DEPOIS DA TROCA, independente de ser feita em concessionária ou posto de gasolina.

Eu faria exatamente o procedimento descrito no manual, ligaria e desligaria o motor sempre aguardando os prazos determinados...


E comprovaria se os fabricantes de automóveis também não adotaram a prática de recomendar uma quantidade de óleo insuficiente para atingir o nível superior da vareta medidora...


Veja o texto destacado em azul no manual da fiat...


ADVERTÊNCIA: depois de ter adicionado ou substituído o óleo, funcionar o motor por alguns segundos, desligá-lo e só então verificar o nível do óleo.


Será que a quantidade recomendada deixa o nível de óleo realmente na marca de nível superior, garantindo a faixa de segurança?


Ou será que o nível de óleo fica lá embaixo, já pedindo reposição e facilitando com que seu motor se desgaste precocemente por falta de óleo? O macete "se por acaso o nível estiver baixo, complete"...

Fizeram isso com as motos, não fizeram?


A consequência virá apenas a médio prazo, e o gasto com peças de reposição sobrará para o proprietário.

Mas ele nem perceberá, porque já compra o veículo pensando em vendê-lo antes que comece a ter problemas — problemas causados pelo fato de o motor sempre trabalhar com o nível de óleo abaixo do ideal.

Ele nem percebe que está pagando um preço bem alto por conta dessa modernidade do modo de medição adotada pelos fabricantes, da mesma forma que acontece com as motocicletas.

Poucas dezenas de reais que não são investidos na manutenção e que depois se transformam em milhares de reais na aquisição de um carro novo. Ou moto nova.

— Que é isso, Jeff... você está dizendo que empresas sérias como essas fariam algo assim tão danoso aos seus clientes?

Só para refrescar a memória, informar os desinformados e não deixar que alguns escândalos sejam esquecidos:


Reportagem: http://www.autohoje.com/index.php/noticias/noticias/item/50128-ford-quer-esquecer-escandalo-dos-pneus-firestone  

A ford sabia do problema de explosão dos pneus do Explorer e, em vez de alertar imediatamente os clientes sobre o perigo que corriam, ficou trocando e-mails com o fabricante dos pneus durante vários meses para decidir quem assumiria o prejuízo pelo recall.


Reportagem: http://www.csrconnected.com.au/2013/04/my-biggest-mistake-what-we-all-can-learn-from-the-ford-pinto-case/  em inglês
Já no caso do ford Pintofamílias eram queimadas vivas pelas estradas dos EUA enquanto a ford fazia uma análise para considerar os custos e benefícios de convocar o recall, contabilizando a expectativa de pagar indenizações por explosão do tanque de combustível inseguro e mal localizado. O que são algumas centenas de vidas em comparação com a meta de faturamento da empresa? 

Reportagem: http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/autodefesa/conteudo_295052.shtml

Aconteceram muitos e muitos casos, a fiat nunca admitiu que o carro tivesse problemas. Os donos diziam que a roda se soltava e causava o acidente, a fiat alegava que a roda se soltava por causa do acidente. Sério, falaram isso. Foi até tema de reportagem da revista Quatro Rodas.

Reportagem: http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/12/gm-ja-contabiliza-100-mortes-em-escandalo-de-defeito-na-ignicao.htm  

A mola do miolo do interruptor de ignição era fraca e, com um chaveiro pesado, a chave escapava com o carro em movimento, travando a direção, desligando o motor e desativando o servofreio. A gm sabia do problema há anos e não tomou atitude alguma até que o escândalo se tornou público. O último registro fala em 121 mortes.

Imagem: Aproveite para vê-la aqui, porque foi misteriosamente removida da página da Wikipedia sobre o assunto...

A toyota economizou grana eliminando a etapa de testar os veículos antes do lançamento. Os tapetes travavam o pedal do acelerador em aceleração máxima causando acidentes fatais. Tiveram de fazer um acordo de indenização bilionário depois que o escândalo se tornou público. 

 Fonte: http://serkadis.com/index/347050
Fonte: http://www.car.blog.br/2015/07/honda-civic-city-fit-e-cr-l-sao.html
Reportagem: http://omundoemmovimento.blogosfera.uol.com.br/2015/07/28/defeituoso-airbag-da-honda-so-sera-substituido-em-novembro/  

Caso o airbag seja acionado, os ocupantes podem sofrer lesões por estilhaços no pescoço, causando hemorragia fatal — sabia disso? Solução só daqui a alguns meses. Se não fosse a pressão do governo dos EUA, o assunto dos airbags matadores teria ficado por vários anos somente nos relatórios e estatísticas. 
Reportagem: http://www.car.blog.br/2012/11/hyundai-e-kia-escandalo-com-dados.html

hyundai e kia tiveram de indenizar os proprietários nos EUA porque seus carros consumiam mais do que os relatórios enviados para a homologação e a propaganda afirmavam. Já pensou se a moda pega no Brasil? 

Reportagem: http://meiobit.com/327018/volkswagen-teria-feito-o-software-de-500-mil-carros-trapacear-em-testes-de-emissoes-oxido-nitrico-nos-estados-unidos/ 
Reportagem: http://economia.terra.com.br/acoes-da-volkswagen-despencam-em-meio-a-escandalo,edecc40d41a280495e66b06b16226f069kdc77r1.html
Reportagem: http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/09/volkswagen-admite-que-11-milhoes-de-carros-tem-software-que-frauda-testes.html

Se a vw não fosse flagrada pelo governo dos EUA, ninguém iria descobrir que doenças seriam causadas por uma artimanha esperta para mascarar o desempenho do carro... sem contar aquele lance dos motores do Gol G5 pipocando...

Se não tiver tempo de ler todas as matérias, veja pelo menos o caso dos rolamentos das rodas do fiat Stilo e o escândalo desta semana na matéria do Cardoso. 

Pois é, senhoras e senhores, meninas e meninos...

Me desculpem por acabar com sua ilusão...

A regra do jogo é ter lucro — consumidores são mera estatística.


A quem beneficia essa mudança no procedimento de medição do nível de óleo que os fabricantes de automóveis fizeram?

Avalie você mesmo se ela se destina a dar vantagem ao consumidor — o jogador mais fraco, o time em desvantagem. 

Eu tenho minha opinião a respeito e os leitores habituais do blog sabem qual é.

Não considero que essa alteração que os fabricantes fizeram seja pura e simplesmente uma trapaça — ninguém pode acusá-los disso.

Afinal, eles estão informando os clientes, que não se dão ao trabalho de ler o manual do proprietário.

Trata-se apenas da esperteza dos fabricantes e a ingenuidade do povo, agora em versão 4 rodas.


Só lembrando, ser esperto não é crime.


Ser ingênuo também não, mas isso pode te dar enormes prejuízos — além de potencialmente colocar a vida de proprietários e suas famílias em risco.

Fique esperto com veículos de duas ou de quatro rodas... confie apenas em você mesmo.


Aprenda a interpretar a saúde mecânica do seu veículo e conheça os fundamentos das práticas de manutenção para não ter prejuízo nem arriscar sua vida.

Tenho muita pena daqueles proprietários com quem converso e me respondem com desdém "nem sei quanto óleo vai, deixo tudo na mão do mecânico"...

A vigilância do dono é que faz carros e motos engordarem. Ou algo assim.

Um abraço, e um agradecimento especial ao Deivisson, que descobriu mais esse macete que tomei a iniciativa de denunciar,


Jefferson

13 comentários:

  1. Tenho muita pena daqueles proprietários com quem converso e me respondem com desdém "nem sei quanto óleo vai, deixo tudo na mão do mecânico"...

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  2. Agora Jeff quanto a quantidade recomendada de óleo, eu sempre acompanho a troca de óleo do Fiat Uno, o manual pede 2,7 litros, mas sempre colocaram 2,8 litros e fica na marca de nível superior!

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    1. Olá Deivisson! Obrigado por companhar o blog!
      Pode colocar 3L de óleo no motor do Uno que quando tu for efetuar a troca saírá aproximadamente os 2,7L, o motor vai consumir um pouco de óleo, assim eld não chega baixar óleo na vareta. Esses 300ml a mais não danificarão o motor.

      Um abraço!

      Dan

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    2. Já eu sou partidário de não fazer nada diferente do que diz o manual do proprietário.
      Nunca recomendo colocar mais óleo do que o fabricante determina, apesar de saber que pequenas quantidades não irão danificar o motor. Mas o que eu considero uma pequena quantidade para mim pode não ser para outra pessoa. Alguém que não tenha noção de mecânica poderá colocar uma quantidade a mais suficiente para danificar o motor e dirá que seguiu a sua dica, e aí, como fica?
      Tem aquele caso clássico do cara que comprou um galão de óleo e despejou tudo dentro do motor...
      É por isso que eu e o Dan vivemos tomando café — é para tentar chegar a um acordo sobre as ideias... hehehe
      Falando nisso, café amanhã, Dan?
      Um abraço,
      Jeff

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Daniel eu sempre acompanho o nível de óleo do motor e colocando os 2,8 litros e medindo da maneira correta o carro por ser pouco rodado, menos de 40 mil km e por a dona dele rodar pouco e sempre ter que trocar o óleo pelo prazo de validade consome pouco óleo, não sendo visível a diminuição do nível pela vareta medidora. Então prefiro colocar o recomendado e se preciso completar até o nível máximo! Obrigado

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  3. Agora Jeff quanto a quantidade recomendada de óleo, eu sempre acompanho a troca de óleo do Fiat Uno, o manual pede 2,7 litros, mas sempre colocaram 2,8 litros e fica na marca de nível superior!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Deivisson
      Vamos ver daqui se a alguns anos isso continuará acontecendo... e se outras marcas ainda estarão respeitando essa prática. O importante é ficar atento sempre.
      Um abraço,
      Jeff

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. O importante é ficar atento e ler o manual!
      Nesses tempos de internet bem que as fabricantes poderiam disponibilizar um manual do proprietário interativo, com imagens bem feitas e coloridas e vídeos explicativos como por exemplo da verificação do nível de óleo! Infelizmente isso não é uma preocupação dos fabricantes, que cada vez mais querem que vc deixe o carro na mão do mecânico da concessionária!

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    5. O importante é ficar atento e ler o manual!
      Nesses tempos de internet bem que as fabricantes poderiam disponibilizar um manual do proprietário interativo, com imagens bem feitas e coloridas e vídeos explicativos como por exemplo da verificação do nível de óleo! Infelizmente isso não é uma preocupação dos fabricantes, que cada vez mais querem que vc deixe o carro na mão do mecânico da concessionária!

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