quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Reportagens que dão raiva de ver

Mais uma reportagem sobre acidentes de motos, mais uma reportagem despejando ideias preconcebidas (preconceitos) contra os motociclistas.

Assista o vídeo:



Não basta passar raiva ao ver o repórter posando de motociclista com o capacete desafivelado.... 

Ainda temos que ouvir o médico dizer "infelizmente, sofremos com a falta de conscientização dos motoqueiros, sofremos um pouco a falta de educação deles".

Coisa que eu concordo apenas em parte. O problema não está somente do nosso lado e a reportagem comprova isso.

No vídeo são mostrados 5 acidentes — em 3 deles, os motoristas fecharam ou atropelaram as motos.


Apenas 2 desses acidentes talvez possam ser atribuídos à imprudência dos pilotos — e eu digo talvez, porque os motociclistas podem muito bem ter passado mal e apagado, colidindo com a traseira dos carros, como vimos outro dia.


Lamentavelmente, o oficial da Polícia Rodoviária Federal Luiz Graziano desperdiçou uma ótima oportunidade de conscientizar os motoristas de que os espelhos retrovisores laterais não servem apenas para fazer baliza.

Se houvesse consciência por parte dos motoristas de quão erradamente eles regulam aquela мерда ali do lado, não haveria tanto motoqueiro chutando espelho. E caindo, gemendo, xingando e morrendo por chutar espelho.

Se posicionar no ponto cego dos veículos é um erro dos motociclistas sim; já falei várias vezes sobre isso aqui no blog.

Mas esse ponto cego dos automóveis somente é tão grande por conta da incompetência e burrice de se regular o espelho em função de estacionar o carro e não da segurança do trânsito.

Mas o motociclista é que é "um problema social".

Não vou negar que os motociclistas erram e erram feio.

Mas não posso aceitar essa visão unilateral do problema.

Somos estigmatizados como criminosos, obrigados a retirar o capacete para provar que não somos bandidos, somos revistados sob a mira de armas engatilhadas apenas porque optamos por um veículo que também é usado por criminosos.

Mas carros e jatos executivos também são — aliás, grandes criminosos.


E daí, como fica?

Da minha parte, vou protestar diretamente com quem falou essas coisas.

Vou perguntar ao médico e ao oficial da PRF se as entrevistas deles foram truncadas (coisa muito comum na imprensa) e por que não aproveitaram para fazer um apelo aos motoristas para dirigirem com mais atenção sem usar o celular ao volante.

Um abraço,

Jefferson

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