Com a primeira moto, cerca de 8 quedas foram causadas diretamente por esse efeito do freio traseiro do qual falamos ontem (apesar de eu sempre frear corretamente, aplicando 70% de força no dianteiro e 30% no traseiro).
Com a segunda moto, apenas uma queda foi causada pelo freio, e ainda assim porque eu estava usando sapatas de freio não originais.
Mas foi esse acidente que me fez ver a maneira pela qual você pode melhorar o desempenho da frenagem de sua moto:
Cada fabricante de sapatas (freio a tambor) ou pastilhas (freio a disco) usa uma receita de bolo própria.
Algumas são mais macias (agarram melhor, mas se desgastam mais rápido) e outras são mais duras (não agarram tão bem, mas são mais duráveis).
Nunca utilizei pastilhas dessa marca, não conheço seu desempenho.
A foto não constitui propaganda ou referência, é meramente ilustrativa.
Essa combinação faz com que o freio traseiro pareça ineficaz no trânsito do dia a dia (você terá dificuldade para parar a moto usando apenas o freio traseiro), mas em compensação, permite frenagens de emergência muito mais equilibradas (e estas são muito mais importantes).
As motos kansas possuem a fama injusta de ter um freio traseiro ineficaz; esse tombo com Jezebel (minha kansas) ocorreu quando experimentei sapatas da marca Fabreq, extremamente eficazes (demais) na hora de travar a roda, o que fez a moto rabear e me levou para o chão.
Na kansas, as pastilhas e sapatas originais Fischer são eficazes na medida certa, você só consegue travar a roda naquelas frenagens de coração saindo pela boca, mas sem levar sustos com reações inesperadas da moto. Um projeto bem acertado no quesito freios.
As pastilhas e sapatas Cobreq apresentam um resultado intermediário. E há diversos outros fabricantes que não tive a oportunidade de testar, como a Ira.
Minha sugestão, caso você esteja insatisfeito com o desempenho dos freios de sua moto, é que você experimente componentes de boa qualidade de fabricantes alternativos para tentar compensar esse efeito.
Esse tipo de acerto é feito pelos pilotos de competição, faça você também que valerá muito a pena.
No processo, você poderá descobrir que a marca X resultou pior que a original, mas a marca Z melhorou o desempenho da frenagem.
Valerá a pena jogar fora os componentes da marca X antes que você se acidente (maldita hora que não fiz isso); em compensação, passar a usar componentes que melhorem sua frenagem poderá evitar um acidente muito grave, compensando amplamente o investimento nos testes.
Qualquer dúvida, é só perguntar.
Um abraço,
Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.
Eu não gosto muito do freio traseiro da kansas, mesmo com as Fischer, nesse ponto prefiro o freio da Intruder, mas nada que se possa dizer que o freio não presta.
ResponderExcluirA Kansas é uma moto de 150cc e tem freio para parar uma 150cc.
E não adianta ter um freio muito potente na traseira uma vez que o peso é jogado pra frente, senti isso na Mirage 250, já perdi o controle dela duas vezes por conta do freio forte e eu não estar acostumado, isso me fez ajustar o freio um pouco mais baixo e sempre usar o freio motor em conjunto.
Bem lembrado, não falei do uso do freio-motor. Esse assunto rende uma postagem exclusiva, inclusive para lembrar que algumas motos não têm freio-motor (as de motor 2 tempos), o que pode ser uma grande e desagradável surpresa para quem comprar uma Viúva Negra sem conhecer sua fama.
ExcluirUm abraço,
Jeff
Outro detalhe que vale ser alertado também, é o fato de uma pessoa (acostumada com uma moto de freio traseiro a tambor) adquirir uma moto com freio a disco "traseiro". É importantíssimo calibrar também o pé... isso mesmo. Calibrar a força da pisada pois estas facilmente travam e a moto fica arredia e de difícil equilíbrio.
ResponderExcluirBem lembrado, Edi. Toda nova moto exige que você gaste um tempo aprendendo como ela se comporta nas mais variadas situações. Treinar frenagens e manobras de emergência é fundamental para se livrar de uma situação potencialmente perigosa. Levar a moto para um local seguro e treinar muito até saber exatamente o que a moto fará nas mais diversas condições é o melhor investimento que você pode fazer.
ResponderExcluirUm abraço,
Jeff
Olá, Darci!
ResponderExcluirObrigado pelo retorno!
Espero que todo mundo leia mesmo esta postagem, e fique precavido para a hora da frenagem de emergência.
Além de precavido, é fundamental praticar, praticar e praticar para conhecer bem a reação da moto e saber dosar os freios adequadamente em todas as situações, inclusive pista molhada.
É claro que essa prática em si envolve riscos, então é bom começar devagar e ir avançando na ousadia com cautela, muita cautela.
Um abraço,
Jeff