Na verdade, nem sei se ela se chamava Cristiane, mas me pareceu que este era seu nome quando a vi agora há pouco, caída no asfalto, olhar fixo no céu.
Cristiane tinha pressa de chegar em casa, o dia no trabalho tinha sido corrido, e ainda precisava preparar a janta para a Aninha.
Cada vez menos tempo pra ficar com ela, coisa boa da moto é que Cristiane podia ultrapassar todo mundo no trânsito pesado. Ainda tinha umas 30 prestações da bizzinha pela frente, mas o dinheiro economizado com ônibus ajudava bastante.
E o melhor era o tempo que ela ganhava no trânsito, podia brincar com a Aninha antes que ela dormisse, a Aninha crescendo tão rápido, começando a querer falar....
Cristiane nem imaginava que do outro lado, o Carlos estava atrasado para o jogo de futebol de toda quinta-feira.
Se o Carlos chegasse atrasado, iam acabar colocando outro cara no lugar, o aluguel da quadra tinha horário certo.
Carlos precisava chegar antes das 7, o bom da cgzinha é que ele não ficava preso no trânsito, tava quase lá, só mais dois quilômetros, beleza.
Mas havia uma curva, e a Cristiane e o Carlos não viram um ao outro.
O time do Carlos desistiu de jogar quando chegou a notícia.
E a Aninha vai passar as próximas noites perguntando pela mãe.
Triste,
Jeff
PS: Para evitar acidentes como este, leia a dica em Tenha a visão além do alcance.
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