segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Feliz ano novo, brasileiros otários (eu incluso)

Imagem: Primeira página do G1 de hoje

Desde sexta-feira cortaram a água mal cheirosa que vinha pelos canos aqui no meu bairro porque não pode faltar água nos chuveiros de praia e piscinas de Jurerê Internacional durante a alta temporada.

Faltam luz e água, e o culpado não é a falta de planejamento estratégico do governo... o culpado sou eu, que sou consumidor, porque vejam só, eu consumo.


Quando há água e luz, eu consumo.


Não há cortes de carne nobre para distribuição aqui em Santa Catarina porque está indo tudo para o exterior.


Sabe de quem é o monopólio da carne?


"Eu não sabia".  


Falando nisso, quem é o chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras? 


Quem botou os ladrões mais ladrões lá dentro, e quem foi pago com o nosso dinheiro arrancado pelos impostos para fiscalizar e não fiscalizou?

Esta semana me desliguei da rede que pretende melhorar o trânsito porque não há lugar ali para o ensino e a orientação. 

"As estatísticas provam que ensinar os jovens sobre o trânsito apenas piora a situação porque eles se tornam motoristas precoces... não adianta tentar educar condutores já formados porque eles são refratários... automóveis rodando a 30 km/h não causam acidentes graves e estimulam o uso do transporte público..." 


"A solução é reduzir a velocidade, implantar radares, fiscalizar e multar... por que estimular os jovens a usar automóvel ou motocicleta se podemos formar cidadãos dispostos a abrir mão do transporte privado para usar ônibus ou bicicleta?"


Ouvi esses absurdos e não foi só uma ou duas vezes não.


Já no meu entender, cada cidadão deve ser livre para optar pelo meio de transporte que melhor lhe convier e tem o direito de ser ensinado sobre as melhores maneiras de fazê-lo, para sua segurança e dos demais.

Seria obrigação do Estado, que cobra para isso, mas para eles não interessa. Multar e manipular o povo como bom gado obediente rende um certo prazerzinho perverso. Poder é poder, mesmo que seja mínimo... moldar a nova geração desse modo para mim é um projeto fascista.

Mais que fascista... socialista. 

Como minha formação humanista não permite compactuar com quem acha que o melhor projeto para uma cidade é transformá-la em uma Berlim Oriental dos anos 70, estou fora. 

Encaremos os fatos, fracassamos como nação.

O Brasil é uma grande fraude.

Não há alternativas à esquerda, à direita ou ao centro.

Cansei de me iludir.


Cansei de esperar pelo país do futuro. 

E já não tenho mais forças para tentar mudar o que está ao meu alcance. 

Não dá para dialogar com tantas cabeças doutrinadas incapazes de pensar fora da cartilha que lhes foi ensinada.

Eles não leram mais nada além da cartilha.

Um abraço,


Jefferson

Um comentário:

  1. Por isso que acompanho o blog, por que ele lhe fornece muito mais do que informações sobre motos, compartilho da sua opnião mas ainda tenho esperança o país vai mudar quando o dinheiro do bolsa familia não der para comprar o arroz e feijão, pois a inflação acabou com o poder de compra daqueles que foram enganados, e será tarde para aqueles que nelas acreditaram.

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