sábado, 24 de janeiro de 2015

Bateria equivalente não é bateria igual

Ontem aconteceu uma coisa engraçada com um amigo meu:

Ele saiu para ir ao banco e errou o caminho.

Até aí, nada de anormal. Mas o engraçado é que ele errou o caminho justamente na quadra do banco e até agora não entende por qual motivo refez o caminho por duas quadras.

O fato é que dando essa volta completa e desnecessária, ele ficou atrás de uma moto com placa de Brasília. Na hora em que o brasiliense parou na esquina, parecendo indeciso, ele se prontificou a ajudar. 

Passada a informação de como chegar à rua procurada, se despediram, mas a moto do viajante não deu partida. 

Na terceira tentativa já não tinha mais bateria nenhuma, e como moto com injeção não pega no tranco, o dono optou por comprar uma bateria nova, seria a coisa mais prática a fazer com a moto no meio da rua e ambos com milhares de quilômetros para voltar para casa.

O fato é que nem a concessionária tinha a bateria original, e de lá eles telefonaram para uma loja que não tinha a original, mas uma equivalente. 

Buscaram a tal bateria e ele deixou o novo amigo na concessionária, que iria fazer o socorro no local. Foi tratar dos seus assuntos, quando na volta passou por lá e o pessoal ainda estava brigando com a bateria.


Parou para ver o que estava acontecendo, e descobriu mais uma:

A bateria equivalente era parecida com a original, mas não tinha o mesmo tamanho, era uns poucos centímetros maior na altura e menor na largura e comprimento. Ficava mal encaixada, no limite de não dar certo.

Mas o pior de tudo foi que os conectores eram montados de maneira diferente:
Baterias vistas de frente

Enquanto na bateria original os cabos eram parafusados por cima dos pólos, na bateria similar eles eram parafusados pela frente dos pólos.

Só que o pólo da nova bateria era mais largo e a aba do terminal não se encaixava, e as tentativas para apertar o cabo não davam certo porque a aba afastava o terminal da posição correta assim que o parafuso começava a ser apertado.

Vista superior de um dos pólos da bateria similar

O problema foi resolvido torcendo o cabo de maneira que a aba ficasse voltada para fora.

Um verdadeiro ovo de Colombo, mas para o pessoal na tensão brigando para colocar a moto para funcionar no meio da rua não era uma solução evidente.

Fica a dica, os cabos e a fiação conectados à bateria têm flexibilidade suficiente para serem torcidos e inverter a posição de montagem do terminal.  


Moral da história: 


É sempre melhor usar uma bateria original para evitar esses percalços na hora da instalação. 

Na hora de vender o vendedor sempre fala que não tem problema, você só descobre a bucha na hora da instalação.

Lembrete:

Uma bateria descarregada não quer necessariamente dizer que sua vida tenha chegado ao fim. O problema pode estar no retificador/regulador enviando uma voltagem mais baixa que a ideal. 

Trocar a bateria foi necessário para poder levar a moto pesadona até a oficina e conferir o sistema de carga, porque a concessionária não dispunha de serviço de resgate.

E também foi opção do proprietário para não se arriscar a uma pane no meio do caminho para casa.


IMPORTANTE:

Na hora de remover a bateria, sempre solte primeiro o terminal negativo (–) no cabo preto da bateria.

Assim, mesmo que a ferramenta se encoste ao chassi na hora de soltar o terminal positivo da bateria, não haverá problema porque não haverá um caminho para os elétrons chegarem até o pólo negativo da bateria.

Na hora de instalar a bateria, sempre conecte primeiro o terminal positivo (+) do cabo vermelho e então o negativo (–).

Isso diminuirá a chance de você provocar um curto-circuito e torrar o fusível ou o sistema elétrico da moto. 

Depois dos terminais conectados, um contato acidental entre a fiação do pólo positivo com o chassi ou outras peças causará um curto circuito, então aja com cuidado. 

Um abraço,


Jeff

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