segunda-feira, 24 de junho de 2013

Respondendo à Bianca – parte 2

Enquanto almoçava pensando na matéria sugerida pela Bianca, sobre estacionamento de motos, a resposta veio bem à minha frente:


Acredite, só é engraçado para quem não é dono de uma delas... experiência própria.


Um motociclista quase foi atropelado ao reduzir a velocidade para entrar na vaga de estacionamento ao lado do restaurante.

Foi aí que eu percebi que uma matéria sobre estacionamento de motos tinha que começar pelo princípio:

O cuidado que devemos ter na hora de estacionar deve começar bem antes do ato de estacionar em si.

Então, vamos lá:

Ao procurar uma vaga para estacionar, não se descuide do fluxo do trânsito. Sinalize sua intenção e não reduza a velocidade bruscamente ao avistar um espaço vago. 

Vale mais perder uma boa vaga do que uma boa calça. (Num tombo, as calças se rasgam em lugares inenarráveis.)

A atenção fixa no espaço para estacionar pode fazer com que você não veja obstáculos no percurso: um desnível acentuado na calçada, um ralo sem grade de cobertura no caminho. Quanto mais alinhados com o pneu, mais facilmente esses obstáculos podem te derrubar.

Ao descer da moto, tenha certeza de pisar num lugar firme e seguro. Não pise no picolé!

Ao deixar a moto estacionada, certifique-se de travá-la corretamente e verifique se ela não está atravancando a saída de outras motos. 

Estacionar nas pontas e nos cantos da área reservada para as motos pode deixar sua moto vulnerável a esbarrões de outras motos e principalmente de carros — as vias no interior de estacionamentos são estreitas e automóveis têm muita dificuldade de manobrar em espaços estreitos...

Outro risco existente nos estacionamentos de motos é o do efeito dominó, uma moto derrubada leva todas as outras de roldão. Isso é mais fácil de acontecer quando as motos estão no cavalete lateral.

Deixar a moto no cavalete central também tem outras vantagens: além da maior estabilidade, essa é a posição correta para deixar a moto quando o tanque estiver cheio. Nunca deixe a moto no cavalete lateral nessas condições.

O abrigo do sol é o ideal, mas nem sempre é possível. Lembre-se que o sol muda de posição ao longo do dia, então de repente uma vaga ao sol ao meio-dia estará na sombra pela maior parte da tarde.

Ah, estacionando em ladeiras:

A inclinação pode trazer problemas para a colocação no cavalete lateral e mesmo no central. Em ruas muito inclinadas, opte por estacionar em diagonal, usando o cavalete que oferecer o melhor apoio (nessas situações, geralmente será o lateral com a moto inclinada diagonalmente ladeira acima).

Seja em subidas ou descidas, manobre a moto de modo que ela sempre fique apontada em direção ao alto da ladeira, primeira marcha engatada para evitar que ela comece a rolar.

Acho que só ficou faltando falar da firmeza do solo. Cuidado ao estacionar sobre terra/areia fofa. O cavalete tende a ir afundando pouco a pouco, o que pode levar sua amada ao chão depois de alguns minutos. 

Se não tiver outro jeito, colocar uma tábua ou telha debaixo do cavalete ajuda a estabilizar, desde que ele aguente o peso... e esse calço não poderá ser muito alto, senão você cria outro problema de desequilíbrio.

E ao sair da vaga, muita atenção ao trânsito para entrar na via. 

Fique atento a pedestres que sempre podem cruzar sua frente, pensando que serão vistos antes que você acelere. Eles não levam em consideração que você está olhando para o outro lado, aguardando uma brecha para se encaixar no fluxo.

Mas pedestres são assim mesmo, nós é que temos que pensar por eles.


Um abraço,

Jeff

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