terça-feira, 11 de junho de 2013

Domingueiros e domingueiras


Sair aos domingos é sempre uma festa.

Você vê cada coisa... fazem você pensar se realmente é domingo ou você ainda está de porre do sábado.


Nesses passeios dominicais com Jezebel, cheguei à conclusão de que existem dois tipos básicos de domingueiro(a):

O totalmente sem noção, e aquele que pensa que tem noção.

O sem noção é fácil de reconhecer: ele pára quando a preferencial é dele, e avança quando não é. Fica esperando um tempão absurdo porque não tem noção da distância e aceleração dos outros veículos. 

Ele pára 50 metros antes do semáforo porque pensa que assim vai enganar o ladrão que ele imagina em cada esquina. E te ultrapassa com medo de usar a outra faixa, você que se esprema para o meio-fio.

Mas com o sem noção eu até consigo conviver mais ou menos, ele não é tão perigoso quanto o domingueiro que pensa que tem noção.

Esse é atrevido, cola na traseira dos outros achando que está em Mônaco e é mais piloto que o Rubinho. Quer dizer, o Massa... quer dizer, o Bruno Senna... ahn, bom, deixa pra lá.

Hoje de manhã um desses ficou atrás de mim. Mas não por muito tempo. Saquei a do cara e desviei para uma rua transversal, só para deixá-lo passar, e à distância fui vendo a atitude do mané. 

Esse tipo de tarado gosta de ficar colado em qualquer um na frente dele. Ah, se minha torcida valesse, coitado do outro motorista...

A sanha insana dos domingueiros e domingueiras não conhece limites. Entram na contramão, entram na preferencial ocupando duas faixas, param o carro na faixa da esquerda para fazer conversão à direita, estacionam em diagonal bloqueando a sua (minha) saída e impedindo que pedestres andem pela calçada...

O cúmulo da domingueirice bizarra é ver um domingueiro rebocando outro com uma das rodas travadas. E o insano carregando a família toda e se iludindo que o motor vai aguentar.

Mas tem um tipo de domingueiro que é extremamente peculiar, porque é mais comum nos sábados à tarde:

Você o ouve chegando de longe... pensa que é um barco com motor de popa, tenta conferir pelo retrovisor, mas é ofuscado pelo brilho impecável dos cromados recém-polidos. 

Você se recupera do susto e aí vê passar o inconfundível V2zão pototópototó mais uma parafernália de custom gadgets, exhorbitant saddlebags, exclusive serial manufactured mirrors, american cow face’s eye price jacket, underwear overdrive, little coconut helmet, etc., incluindo tatoos de skull e bar & shield do fabricante americano que não vou falar o nome, mas não é a Indian. 

Cuidado com ele!

Porque se você não mantiver uma boa distância, na primeira curva ele atravessará aquela barca de uma faixa para outra fazendo a tangência bem em cima de você, porque aquele trem não tem freios e o domingueiro de sábado morre de medo de inclinar a moto para fazer uma curva.

Esse domingueiro happy fat boy é conhecido como coxinha (chicken’s little thigh pastry — um dia eu explico o porquê).

Meninas e meninos, acreditem, eu vi tudo isso acontecer num único domingo.

É muita emoção para um dia só.

Um abraço, e cuidado com os seus domingos,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

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