domingo, 2 de junho de 2013

Cicrista, essa praga duzinfernu

Calma, ciclistas!

Eu também sou ciclista. Ou pelo menos fui, há uns... bom, há uns muitos anos.

E hoje sou um ciclista motorizado, vulgo motociclista.

Mas o cicrista não é um ciclista.

O cicrista é analfabeto quanto ao código de trânsito.

Desconhece (ou desrespeita) a lei, seja pela pouca idade, seja porque nunca imaginou que fosse necessário conhecer as regras de trânsito para sair por aí pedalando.


Se não for orientada pelos pais ou escola, temos aqui uma cicrista em potencial.

Imagem: http://crapwalthamforest.blogspot.com.br , blog de um ciclista britânico que aponta mazelas do trânsito de lá. A diferença de lá e cá é que por lá há ciclistas e por aqui eles são uma pequena minoria. 

Hoje à tarde, compromisso inadiável de tomar café na padoca, ao entrar na via principal quase fui colhido por um cicrista que vinha pela contramão. 

Sempre recomendo olhar para os dois lados antes de entrar num cruzamento, mas às vezes a condição do trânsito não permite.

Mas esse incidente não foi motivo para assustar, ele ainda estava longe. Foi suficiente apenas para eu começar a pensar nesta postagem.

Não se passaram 500 metros, um automóvel em sentido contrário que tencionava fazer uma conversão cortando a minha preferencial deixou metade do bico do carro na minha faixa.

Sobrou apenas metade da minha faixa para desviar dele.

E o que vinha pela contramão, perto da calçada?

Não apenas um, mas três cicristinhas, todos com menos de 12 anos.

O garotinho tomou o susto da vida dele quando me viu desviando na direção dele, começou a oscilar o guidão, ameaçando perder o controle.

Sim, não basta vir na contramão, tem de vir à velocidade máxima na contramão.

Bom, acabamos passando um pelo outro sem esbarrar nem cair (mas por pouco... o espaço que eu tive foi de pouco mais de um metro, talvez um metro e meio e olhe lá...)

Enquanto escrevo, lembrei do linchamento do motorista de caminhão ocorrido esta semana por uma multidão revoltada porque ele atropelou uma criança de dois anos (leu certo, é 2 e não 12) que brincava no meio da rua com o conhecimento da mãe.

É, provavelmente eu tenha escapado de ser linchado hoje. 

Porque para a mãe do cicristinha, certamente a culpa seria desses motoqueiros loucos. Sempre é.

Raiva, muita raiva.

Preciso de mais café.

Hoje não tem abraço,

Jeff

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