A ida

Resumo da viagem:

Primeiro dia, São José a Guapiara: 536 km.

Segundo dia, Guapiara-Campinas + São Paulo-Santo André: 430 km.

Saí de São José (ao lado de Floripa) na sexta com o planejamento e a forte intenção de reabastecer em Joinville, almoçar e abastecer em Curitiba, reabastecer e tomar café em Apiaí e pernoitar em Capão Bonito, e lá abastecer para chegar em Campinas a tempo de almoçar com minha filha.

Como todo planejamento feito por semanas, deu tudo errado.

Saí atrasado, acabei reabastecendo em Barra Velha, almocei em Miringuava (o pior almoço num RodoRede em décadas), abasteci em Curitiba, tomei café em Tunas do Paraná (o melhor café da tarde que já tomei em muitos e muitos anos, numa lanchonete daquelas que você não valoriza pela aparência), esqueci de abastecer em Apiaí e pernoitei em Guapiara, 30 km antes de Capão Bonito.

Há uma antiga estrada de tropeiros entre Curitiba e Itapetininga, a BR-476, e essas são as melhores estradas para se andar de moto. 

Estradas de tropeiros são repletas de curvas e mais curvas, e essa particularmente é chamada de Rastro da Serpente, de tantas voltas que ela dá. Côsa más que belezura.

Imagem: http://www.turismo2rodas.com.br/estrada-rastro-da-serpente/

E como descobri ao sair de Apiaí, já com a estrada escura, se chama Rastro da Serpente também por causa das cobras de tamanho respeitável que atravessam a estrada... Passei por uma toda enrodilhada que só deu tempo de levantar o pezinho, sorte que já estava morta.

No trecho paranaense o asfalto está muito bom, é um prazer percorrer essa estrada, exceto na hora de ultrapassar os caminhões e bitrens.

E no trecho paulista o asfalto se torna uma lembrança, o trecho entre Ribeira e Apiaí o pavimento é ruim quase precário, e depois de Apiaí é precário, precisando melhorar para ficar ruim. 

Vai assim até Capão Bonito, a partir daí até Campinas passando por Sorocaba, Itu e Salto é tudo tapete de pista dupla, côsa más sem graçura.

Correu tudo bem, assuntos colocados em dia com a filhota, hora de ir para São Paulo pela Bandeirantes.

Incrível como tudo parece tão perto, aqueles postos e restaurantes que demoravam uma eternidade para chegar quando eu morava em SP, agora parecem vizinhos um do outro.

No sul tudo é muito mais longe, a gente se acostuma...

Encontrei os amigos para uma churrascada bebemorativa (só no refri) e depois fui para o meu porto seguro em Santo André.

A surpresa da viagem foi no ABC a corrente pular fora da coroa, apesar de eu ter feito a regulagem em Guapiara. 

Não rodou 400 km e se soltou de repente, mais um lembrete para ficar de olho durante a viagem de volta.

Balança longa, corrente barata e carga pesada, receita para uma desregulagem rápida.

Amanhã eu conto o trecho da volta e os incidentes pitorescos de todo o percurso.

Um abraço,

Jeff