quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Quase atropelei uma criança — o perigo das vans escolares

Segunda-feira Jezebel e eu seguíamos atrás de uma van escolar quando ela parou pouco antes de um cruzamento movimentado aqui do bairro.

Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.

O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.

Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/

Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.

Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.

Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.

Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!

Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!


E não deu outra:

Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.

A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.

Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.

Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.

Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.

Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar uma perna ou braço perninha ou bracinho.

Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.

Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.

E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.

Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.

Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?

Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...

O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):


E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...

É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.

Todo o trânsito fica bloqueado justamente porque nunca se sabe do que uma criança é capaz, indo ou voltando da escola.

Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:


Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.

Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas para descarregar (ops!) desembarcar ou apanhar crianças.

Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.

Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.

Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.

E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...

Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.

Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...

Um abraço,

Jeff

25 comentários:

  1. Resumo da Ópera... O trânsito é uma grande bosta.
    A dependência de que se reflita em situações que não visíveis é para poucos. Pois a maioria dos motoristas tem dificuldade em refletir em situações límpidas, claras, visualização plena e mesmo assim jogam em cima e pagam para ver.
    Parabéns pela calma e cuidado com a condução de sua moto. Mesmo sob risco de quem vem atrás te atropelar ou estar incomodado com a sua condução.
    Abração

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Resumiu bem, José Carlos! Hahahaha... ri muito!

      Hoje mesmo fiquei atrás de vários motoristas com setas ligadas para um lado indo para o outro, ou então deixadas esquecidas... Caramba, tem uma luz piscando no painel e a pessoa não se toca!

      E o painel dos carros não é como o das motos, que fica lá embaixo. Painel de carro fica no nariz do motorista... não tem desculpa.

      E o trânsito realmente é uma coisa muito ruim.

      Eu elogiei a regra americana, mas ela cria um paradoxo visível naquele segundo vídeo:

      O ônibus escolar para no meio da rua para apanhar o garotinho e o caminhão passa a toda velocidade no acostamento para não causar uma tragédia.

      É uma situação muito perigosa criada pela regra, porque pressupõe que o trânsito seja algo ideal e sem falhas, e a gente sabe que não é.

      Seria evitada se o ônibus parasse no acostamento, como é normal aqui no Brasil, mas aí a sinalização não seria eficaz para bloquear o trânsito da rodovia no sentido oposto...

      Me parece que falta bom senso, ir para o acostamento seria o mais prudente se aquela for a única criança a ser embarcada ali. Mas os americanos confiam tremendamente no respeito às regras, não tenho certeza se essa é a melhor prática nos tempos atuais com os motoristas teclando ao volante.
      Quando estive por lá fiquei sob a responsabilidade dos funcionários da empresa e testemunhei a pessoa comigo guiar o carro com os joelhos enquanto ele falava ao celular e mexia com documentos para responder ao seu superior.

      Isso era 1998, imagina como está a coisa hoje.

      Em resumo, seu resumo mandou bem.

      Um abraço,
      Jeff

      Excluir
  2. Alo,Jeff! To sempre por aqui mas nem sempre comento. Vendo este video,pensei que voce poderia falar algo a respeito,visto que e´ incomum vermos algo assim por aqui,veja: https://www.youtube.com/watch?v=Al-pjJOuKKo
    Aquele abraço!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado!!!!!!

      Maravilha!!!!!

      Vai entrar na categoria "rolamento do câmbio como pior desculpa para justificar falta de óleo no motor".

      Muitíssimo obrigado, Pedra!

      ktm é montada e representada no Brasil pela dafra... já falei sobre a dafra?

      É aquela empresa que os motores das Speed, Kansas, Horizon, etc. estouravam (estouram) motor por falta de óleo aos 20 ou 30 mil km...

      Parabéns à dafra pela manutenção de um padrão de qualidade constante, sempre no mesmo patamar.

      Um abraço, Pedra!

      Jeff

      Excluir
  3. Hahahahah... pensei mesmo que era o rolamento! Nem me passou pela mente a ideia do oleo!mas deve ser mesmo. Pelo menos tiveram a decencia de trocar algumas peças,nao e´ mesmo? Aquele abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Pedra!
      Postei seu comentário e não veio a página onde ela estava publicada, só encontrei agora.

      A ideia dele de que a primeira vítima é o comando está errada.

      A peça mais solicitada é o moente onde vai assentado o rolamento ou a bronzina da biela (dependendo da fabricante e modelo, pode ser um ou outro).

      Se você olhar a postagem das Apache, o desgaste encontrado no teste de "longa" quilometragem da revista surpreendeu por haver desgaste ali com tão pouca rodagem (30 mil km).

      Foi o que aconteceu nessa moto, mas o proprietário não quis saber de conversa.

      Ainda vou fazer uma postagem, acho que a ktm é a única de quem ainda não falei.

      Um abraço,
      Jeff

      Excluir
  4. Eu de novo,Jeff!! Poderia fazer o favor de me explicar o que e´ a tal nova suspençao dianteira das novas Hondas CG's?
    Nao entendi como pode um garfo so´ com a mol e outro so´ com oleo,ser mais equilibrado do que os tradicionais. Dizem que e´ a mesma das motos trail,e que por serem mais leves,sao mais estaveis. Mas eu duvido;mesmo porque procurei e nao achei nada que explicasse como funciona ou se tem algo mais dentro dos garfos.
    So´ por serem mais leves sao mais estaveis? E a diferença que um garfo sobe e desce do outro? sao sincronos? Duvido,mas como pode ser verdade,recorro a voce mais uma vez. outro abraço! haha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Pedra!

      Essa novidade eu ainda não tinha lido a respeito... vou precisar pesquisar o assunto.

      Mas pelo que você descreveu, não haverá uma diferença de subida e descida entre um lado e outro porque o eixo trava os dois e garante o sincronismo.

      Claro que o esforço de torção do conjunto aumenta, mas isso é resolvido aumentando a resistência dos tubos.

      E tubos de aço são bem mais baratos do que molas e outros componentes internos.

      O pequeno aumento de peso dos cilindros compensa a eliminação de uma mola e um pistão de amortecimento. E acredito que o garfo só com a mola não precise de óleo, o que alivia ainda mais o peso do conjunto.

      Ou seja, eles reduziram à metade o número de componentes caros (mola e pistão de amortecimento com válvula de bloqueio de óleo), reduziram o peso, facilitaram a produção e reduziram os custos para eles.


      Em teoria, quanto mais leve for o sistema de suspensão em relação ao peso do restante do veículo, mais eficiente será o sistema para amortecer impactos.

      E o marketing, claro, aproveita para vender a ideia desse "avanço tecnológico" para justificar motos ainda mais caras (quer apostar?)

      Vou ver o que descubro a respeito, mas a minha opinião já está aí.

      Obrigado pela contribuição e um forte abraço,
      Jeff

      Excluir
  5. Obrigado Jeff! Mas eu ainda duvido se o eixo trava mesmo garantindo o sincronismo.Como leigo me permito pensar que;
    1- nao tem como nao haver diferença de subida entre os dois lados do eixo, a nao ser que eles calculem a viscosidade do oleo com a contraçao da mola,ai´ sim, acredito ,mas com um pe´ atras. nao confio nisso nao!
    2- Voce acertou em cheio sobre economia de material,foi isso mesmo!
    3- se eles aumentaram a espessura do tubo tornando-o mais resistente,ok,mas mesmo assim,um conjunto leve na ponta aguentaria a roda girando sem favorecer o tal "Shimmy"(?),devido justamente `a leveza do conjunto dianteiro?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Pedra!
      Você me fez lembrar agora do dia que meu pai me "presenteou" com um amortecedor usado e ficou explicando o funcionamento dele, eu ainda não tinha 8 anos... tem coisas na vida que a gente nunca imagina que estava guardada na gaveta da memória...

      Vamos por partes:

      1- não tem como não haver diferença de subida entre os dois lados do eixo, a não ser que eles calculem a viscosidade do óleo com a contração da mola, aí sim, acredito, mas com um pé atrás. não confio nisso não!

      — Entendo sua dúvida se o eixo consegue garantir o sincronismo. Seu motivo para suspeita é que um conjunto de mola e amortecedor atua ao contrário um do outro, um absorve o impacto e o outro atenua a ação da mola para evitar que entre em ressonância, interrompendo aquele efeito da mola ficar oscilando que nem um ioiô (alguém ainda brinca com ioiô?

      A mola tende a impedir que o eixo suba, já o conjunto do amortecedor tem uma válvula interna que permite o fluxo fácil do óleo durante a subida, e mantém o fluxo restrito durante a descida a fim de evitar que a mola se entusiasme demais com a brincadeira.

      Então a primeira impressão que se tem é que a perna com o amortecedor tenderá a subir mais fácil que a perna com a mola.

      É fato, existirá um efeito de torção no eixo, mas não me parece ser tão intenso que não possa ser anulado pela rigidez estrutural (deslizante) do conjunto do garfo.

      Não é somente o eixo que garante essa rigidez, as guias das metades de cada perna do garfo também impedirão a torção do conjunto.

      Isso aumentará o esforço sobre as guias? Certamente.

      Mas veja que o garfo da suspensão dianteira é um componente de vida útil muito longa, e precisa ter vida longa a fim de garantir a segurança.

      Você usa por anos e raramente faz manutenção, e ainda sim troca somente os retentores e o óleo do garfo quando aparece um vazamento, e os retentores são baratos em relação ao conjunto todo.

      Em compensação, essa pequena torção irá aumentar o esforço e o desgaste sobre as guias, o que nos leva à próxima questão:

      2- Você acertou em cheio sobre economia de material, foi isso mesmo!

      — De que outra maneira você reduziria a vida útil do conjunto da suspensão dianteira, fazendo com que as peças caras se desgastem mais rápido, de modo a que logo o conjunto não compense ser recondicionado apenas com a troca de retentores baratos, obrigando à troca do conjunto todo, e tudo isso sem afetar a segurança?

      Desgastando os componentes mais rápido, claro. (É por esse tipo de coisa que eu nunca quis atuar nessa área... se eu trabalhasse dentro de empresas, teria uma úlcera do miocárdio galopante.)

      3- se eles aumentaram a espessura do tubo tornando-o mais resistente, ok, mas mesmo assim, um conjunto leve na ponta aguentaria a roda girando sem favorecer o tal "Shimmy"(?), devido justamente à leveza do conjunto dianteiro?

      — O que é determinante para o shimmy é a desproporção da força-peso atuando sobre os eixos dianteiro e traseiro, somado à velocidade e aceleração da moto.

      Uma CG não atinge velocidades e acelerações que permitam aliviar o peso atuante na roda dianteira ponto de ocorrer o shimmy.

      Você vai encontrar o shimmy como um problema nas motos esportivas e semiesportivas.

      Aquilo que acontece nas Harley não é propriamente o shimmy, explico mais abaixo.

      A redução de peso proporcionada pelo novo projeto será da ordem de poucos kg, enquanto a diferença de peso entre um piloto e outro supera isso por larga margem e você não vê CG rebolando por aí.

      Assim, não vejo motivo para preocupação quanto a essa questão.

      Então o que acredito que veremos acontecer com essa nova suspensão ‘genial’ da honda é:

      Em poucos anos o pessoal vai estar reclamando que precisou trocar o garfo inteiro, mas em compensação as peças foram muito mais baratas, quase a metade do preço...

      BRINCADEIRINHA !!!!

      Vão estar reclamando é que são muito caras, não se encontra fora das concessionárias, e ainda por cima duram menos — quem aposta comigo?
      (continua)

      Excluir
    2. (continuação)
      Agora voltando ao que acontece com as Harley:

      O “death wobble” ganhou esse nome justamente por não se tratar do “shimmy”.

      Eu somente incluí uma tag 'shimmy' nas postagens sobre o death wobble porque muita gente pode pesquisar na internet pensando tratar-se de shimmy.

      Eu mesmo cheguei a confundir um com o outro logo no início do blog, quando ainda não tinha um melhor entendimento do problema.

      Harleys são motos pesadas e com distribuição de peso que aplica um esforço maior sobre a traseira que a dianteira por causa do motor em V e a posição de pilotagem mais recuada.

      Além disso, são motos com muito torque e capazes de alta aceleração, uma condição importante para o shimmy puro.

      Mas o que acontece nas Harley, e a postagem de ontem me deu uma visão clara sobre o assunto, é que a falta de rigidez do chassi, somada ao uso de coxins de borracha entre motor e chassi, somada aos fatores que favorecem o shimmy, acaba fazendo o chassi entrar em ressonância e atuar como uma mola sem amortecedor vibrando lateralmente.

      Digamos que o quadro da moto seja elástico demais.

      E o death wobble é essa ressonância do chassi que pode acontecer em velocidades relativamente baixas tanto linha reta, se a moto estiver com as rodas desalinhadas porque o quadro se deformou, quanto durante curvas, como é visto no vídeo do teste da moto dos CHiPs (os dois estão na postagem de ontem, 24/08/2017).

      Um abraço, e obrigado por ter levantado essa lebre,
      Jeff

      Excluir
    3. Eu de novo!

      Olha só que coincidência, encontrei uma postagem falando de shimmy em motos pequenas, esqueci de mencionar uma possibilidade nos comentários acima:

      O uso de um baú ou bauleto facilita a ocorrência do shimmy mesmo em motos de baixa cilindrada:

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/10/oscilacao-por-desalinhamento-e.html

      Mas nesse caso o peso aplicado no bauleto atua sobre uma alavanca com o comprimento da moto aliviando o peso sobre a roda dianteira, enquanto no caso do alívio do peso da suspensão dianteira não tem um braço de alavanca para atuar sobre a roda, por isso a influência é muito menor.

      Até mais,
      Eu mais uma vez de novo again

      Excluir
  6. Cara, muito obrigado! Como sempre,claro e objetivo. Voce e´ uma das poucas pessoas a quem me permito exibir minha ignorancia! hahah
    Tem um video de uma ninja 300 shimando aos 60 km /h,que eu ia postar,mas como voce disse que e´ comum,deixa pra la´.Aquele abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pode enviar sim, justamente por ser comum é que precisa conscientizar o pessoal!
      Muita gente quer começar a pilotar comprando uma ninjinha, é importante que saibam o perigo que é.

      Ontem à noite fiz uma postagem sobre um vídeo que a imprensa diz que o piloto morreu fazendo um wheelie, quando na verdade ele perdeu o controle da moto no momento em que ela empinou/shimmou.

      Está programada para esta semana ainda e é meio curta, seu vídeo se encaixa perfeitamente nela!

      Um abraço,
      Jeff

      Excluir
  7. Legal! O video ja´ e´ conhecido,mas acho que passou batido a gravidade da coisa. E´ do canal roberty R7,que tem 270 mil inscritos.veja ai´:
    https://www.youtube.com/watch?v=XGN0Tw7XY4g&t=3s
    Aquele abraço,man!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Pedra! Quem tem amigos não fica perdido!

      Assisti ao vídeo e é engraçado que ele estava justamente falando do quanto a moto é amigável para os novatos... que ironia.

      O que eu vi aos 05:50 é surpreendente, bastou aliviar a mão do guidão para começar a vibração.

      Mas não é o verdadeiro shimmy, apesar de o efeito ser muito parecido. A confusão é natural.

      Apesar de o resultado ser parecido, o shimmy é ainda mais intenso e ocorre quando a roda dianteira da moto perde o contato com o solo durante a aceleração intensa por empinar a devido ao torque aplicado à roda, ou por passar sobre uma irregularidade do asfalto.

      A roda perde o contato com o solo volta para o chão desalinhada, iniciando um contra-esterço que o piloto tenta corrigir piorando cada vez mais a situação até perder o controle, e nada disso aconteceu no vídeo.

      Por isso que não chamo isso de shimmy, mas muita gente chama, então é como não distinguir nevoeiro de cerração, ou chamar de 'fumaça branca' o que na verdade é 'névoa' porque não passa de vapor de água.

      São coisas diferentes, mas no final todo mundo entende ;)

      Muito obrigado pela colaboração, vai ganhar postagem exclusiva.

      Abração a ambos,
      Jeff

      Aquela vibração pode estar sendo causada por desbalanceamento da roda dianteira somada à falta de aperto da porca da coluna de direção.

      Corrigir esse aperto diminuirá muito o efeito.

      Excluir
    2. Ops, remanejei os parágrafos no lugar errado. Bom, acho que ficou entendível (existe isso?).
      Eu de novo,
      Fui

      Excluir
    3. Cara! Muito engraçado mesmo, o cara falando que a moto é amigável para iniciantes e lá pelos quatro minutos ele ainda diz que a Ninja tem "shimma" de fábrica, pra logo em seguida ele tomar um susto tamanho que precisou parar para ver as calç... err... pra verificar a moto. E acaba colocando a culpa no pneu. Mas como o Jeff já disse, pode ter sido o pneu mesmo, mas o que aconteceu foi nevoeiro, e não cerração.

      Excluir
    4. Olá, Max!
      Adoro esses vídeos que o cara diz uma coisa e a moto faz outra só para tirar um barato com o dono...

      A minha vive aprontando dessas, motos têm senso de humor.

      Um abraço,
      Jeff

      Excluir
  8. Jeff,sem querer descobri mais 2 videos com o mesmo tema,veja:
    https://www.youtube.com/watch?v=mCfYRZENYDs
    https://www.youtube.com/watch?v=FhrjfmBa_Vc

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Pedra!
      Mais um comentário que desapareceu e só agora encontrei!

      Acho que vieram muitos comentários juntos e acabaram ficando perdidos no meio dos outros.

      Ainda pretendo fazer uma postagem sobre esse tema, mas como disse, para mim é falta de regulagem/aperto da porca da coluna de direção.

      São duas porcas, cada uma com aperto diferente medido por torquímetro, e aposto contigo que o pessoal não olha o manual na oficina e dá o aperto com base na "experiência" só na porca superior, porque dá trabalho apertar as duas, sabe como é, né?
      Um abraço,
      Jeff

      Excluir
  9. Tudo bem. E´ como a estoria do gago que ao ver um crocodilo gaguejou "um cro... um cro", e acabou dizendo:Ah...jacare´!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ou aligátor... até hoje não descobri a diferença entre um jacaré e um aligátor, não sei não.

      Para mim é tudo Wally Gator.
      Abração,
      Jeff

      Excluir
    2. Jacaré e aligátor são a mesma coisa (provavelmente a diferença está em onde se fala um nome e onde se fala o outro). Por isso mesmo nosso querido(?) Wally Gator é um jacaré.
      https://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/qual-e-a-diferenca-entre-crocodilo-e-jacare/#

      Excluir
    3. Pois é, Max... é por isso que "adoro" documentários do discovery channel.

      Parei de assistir o documentário sobre a fábrica da Ferrari quando começaram a falar nos componentes do motor: cabeça do cilindro e hastes de conexão.

      Ou, no idioma que falamos aqui no Brasil, cabeçote e bielas.

      Um abraço,
      Jeff

      Excluir