segunda-feira, 3 de julho de 2017

Um desastre inimaginável

Imagine se acontecesse um desastre formidável nesta cidade:
Imagem: Wikipedia — É minha cidade, Santo André, vizinha a São Paulo, 712 mil habitantes segundo a wikipedia

E esse desastre deixasse METADE da população dessa cidade morta ou impedida de trabalhar.

Praticamente todas as pessoas presentes na região da foto até onde a vista alcança.

Imagine quase metade de todos os moradores de uma cidade como essa dependendo de muletas, cadeiras de rodas ou leitos de hospital pelo resto da vida...

Um desastre comparável à queda de uma bomba atômica sobre a cidade.

Pois é exatamente isso que acontece A CADA ANO — TODOS OS ANOS — em todo o Brasil.

São os dados da seguradora do DPVAT, o famoso seguro obrigatório.
Imagem e reportagem: https://www.sincor-rj.org.br/single-post/2017/06/28/Seguradora-Líder-DPVAT-pagou-mais-de-434-mil-indenizações-às-vítimas-de-acidentes-de-trânsito-em-2016

E desse número de vítimas, a maior parte somos nós, motociclistas:
Reportagem completa: https://www.sincor-rj.org.br/single-post/2017/06/28/Seguradora-Líder-DPVAT-pagou-mais-de-434-mil-indenizações-às-vítimas-de-acidentes-de-trânsito-em-2016

Apesar de sermos minoria no trânsito, acabamos envolvidos na maioria dos acidentes.

Nem sempre a culpa é nossa, mas na imensa maioria das vezes depende exclusivamente de nós tomarmos as precauções necessárias para escapar dos acidentes.


2 em cada 3 mortos no trânsito são motociclistas.

9 em cada 10 inválidos por causa do trânsito são motociclistas.

Não percebemos o tamanho dessa tragédia porque os desastres estão espalhados pelo país inteiro.

Faça sua parte, não entre para essa estatística.

Sua família e seus amigos preferem você vivo e saudável pelo resto de sua longa vida.

Esta estatística foi enviada pelo leitor José Carlos Aires, que conhece bem o assunto e a quem agradeço imensamente por esta colaboração e seu apoio ao blog. 

Um abraço,

Jeff

6 comentários:

  1. Meu primo de 38 anos faleceu sábado devido a um acidente de moto. Perdeu o controle da moto chocando com a mureta que divide as faixas de rolamento. Foi socorrido com vida, estava aparentemente bem, falando, bem lúcido, já no hospital veio a passar mal e veio a óbito.

    Portanto pessoal,todo cuidado no trânsito é pouco, principalmente de moto!

    Um abraço!

    Dan

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    1. Puxa, Dan... meus sentimentos à sua família.

      Provavelmente ele teve uma hemorragia interna.

      Por isso é tão importante não se mover logo após uma queda com impacto forte, a movimentação pode agravar lesões internas que um hospital teria condições de detectar e eventualmente interceder.

      De qualquer forma, é uma situação muito grave e raramente reversível porque depende de uma intervenção cirúrgica imediata, o que é muito difícil de obter na rede hospitalar brasileira.

      Assim, somente a prevenção pode nos colocar fora dessa estatística sinistra.

      Lamento muito,

      Jefferson

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  2. Acho que foi em algum post aqui do blog que vi uma frase sua que me marcou:
    "sua primeira moto não precisa ser sua ultima".
    isso é muito importante pra quem está começando, ainda mais para aquela galerinha que adora uma adrenalina numa CB300....

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    1. Olá, Rafael!

      Obrigado por lembrar dessa frase!

      E te garanto, não é só numa CB300 não, muita gente pensa que está arrepiando a galera em uma cgzinha mesmo.

      Um abraço, e obrigado por acompanhar o blog,

      jeff

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  3. Sabe Jeff, quando a gente está bem e com saúde, jamais pensamos na possibilidade de de repente, em um momento até de alegria, em cima de uma moto (bike, skate, ou seja o que for) se ferir e a partir daí, sentir dores diárias, 24 horas, impedindo de fazer coisas banais como "ir no banheiro", "tomar banho", "falar", "andar" e só sobra em grande abundância a depressão, a tristeza e o choro. É isso, a vida tem disso e devemos ficar atentos, pois a vida pode ser longa, muito longa ...
    Viva a saúde e que não seja em um momento de loucura que coloque-se tudo a perder.
    Sensacional a sua comparação com um BOMBA NUCLEAR caindo todo ano sobre uma grande cidade. Jesus Cristo, será que isso é bobagem? Nem na Guerra da Síria morre tanta gente ou mesmo ficam incapacitados. Aliás, qual a Guerra em que estamos metidos e que não nos atentamos? Fica a pergunta.

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    1. Olá, José Carlos!

      Ao não prestar atenção ao mundo à sua volta, a moçada literalmente arrisca jogar fora o que tem de mais precioso, sua própria vida.

      E pior, colocando em perigo a vida de outras pessoas também.

      Quando leio notícias de motociclistas que perderam o controle da moto por falta de manutenção/revisão/experiência já é algo extremamente triste.

      Mas quando isso resulta na morte não do piloto/pilota, mas de sua garupa, que volta e meia é seu filho/filha/mãe/irmão/alguém da família, conviver com essa dor é uma tragédia indescritível.

      Vamos procurar fazer o melhor que pudermos e estiver ao nosso alcance.

      Se com isso a gente conseguir salvar uma única pessoa, já terá valido a pena.

      Um abraço,
      Jeff

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