sexta-feira, 28 de julho de 2017

O que esses engenheiros têm na cabeça?

O que esses engenheiros têm na cabeça?

Bom senso é que não é.

motivo da minha revolta foi ter passado por três situações tensas, muito tensas, em meros 120 km.

Situações tensas que poderiam ter nos quebrado inteiros, senão coisa pior, e tudo por conta de engenheiros que não fazem jus ao diploma e nem ao salário.

Saí para testar Jezebel depois de uns reparos elétricos, e o primeiro susto aconteceu aqui:

É o pedágio da Via Anchieta logo depois do Riacho Grande.

Na maioria das rodovias estaduais paulistas, motos não pagam pedágio.

Em compensação, são obrigadas a passar por um corredorzinho estreito junto do muro à direita com um labirinto ridículo para te obrigar a reduzir ainda mais a velocidade.

Esse corredorzinho fica no que seria o acostamento, e para voltar para a pista, sabe o que tem do lado?

As cabines de passagem automática para caminhões.

Eles não param e nem mesmo reduzem a velocidade.

Aí você, obrigado a passar a 30 km/h no corredorzinho, não ganha velocidade suficiente porque não existe para onde ir:
Olha o estreitamento, a faixa acaba na sua frente, te obrigando a se encaixar na faixa à sua esquerda, porque sempre tem alguém parado no acostamento.

Acostamento onde é proibido parar e estacionar, mas ninguém faz nada.

Se você não ficar ligado no acionamento automático da cancela indicando que um caminhão vem vindo em alta velocidade, pode acabar entrando na frente dele.

Palmas para o engenheiro que projetou essa solução brilhante, é capaz de reduzir o número de acidentes de moto no trânsito reduzindo permanentemente a quantidade de motociclistas em circulação.

segundo susto foi logo depois do pedágio, antes da interligação com a Imigrantes, e foi maior ainda.

O caminhão à minha frente deu seta para a esquerda e inesperadamente foi para o acostamento...

Estava lá na nossa frente no meio da pista a metade de um para-lama librelato caído de uma carreta.

Imagem: http://www.librelato.com.br/implementos/pecas

librelato é a marca, fiquei sabendo porque vi bem de perto.

Se não fosse a preocupação do caminhoneiro herói de sinalizar o perigo à frente, Jezebel e eu teríamos nos ralado bonitamente.

Se ele tivesse atropelado o para-lama em vez de desviar, a gente ia dar de cara com esse trambolho, tombo certo.

Fruta que faliu, metade dessa piñoña é grande pra динозаврa, caída ela ocupa 1/3 da faixa. 

Tenha uma ideia:
Imagem: http://www.librelato.com.br/implementos/pecas

É uma dessas coisas pretas em cima dos rodeiros duplos da carreta do semirreboque e do cavalo mecânico.

É o caso de se perguntar, удар астероида, esses engenheiros que fabricam essa гуайява, esses engenheiros não sabem que essas фрикадельки não aguentam o trabalho?

Os engenheiros da librelato e dos outros fabricantes que colocam essas coisas nos caminhões não se tocam que essas peças de prástico se quebram com a vibração, o vento e o impacto de pedras? É prástico mesmo, porque plástico teria melhor qualidade e não se quebraria desse jeito.

Não sabem que esses para-lamas do insucesso são desproporcionalmente mais frágeis do que todas as outras peças de uma carreta?

Não sabem que ao cair essas peças viram lixo e esse lixo criado por eles coloca a vida dos motociclistas e mesmo dos motoristas em perigo?

Санта Виктория Лопырева, custava fabricar um negócio que fosse suficientemente resistente ou que não caísse quando quebrasse por fadiga?

Porque todos esses para-lamas se rompem por fadiga.

Custava fabricar algo que não colocasse a vida dos outros — especialmente a minha e da Jezebel — em perigo?

E o terceiro e pior de todos os sustos foi em outro pedágio.

Olha só o шведский стол que fizeram no novo pedágio do rodoanel na saída para Mauá:
10 ou 11 faixas viram 2 em um espaço de 500 150 metros.

Você é obrigado a pagar o pedágio em uma das cabines centrais indicadas pela seta amarela e de repente à sua frente a pista se afunila.

Sem ter tempo de nada, você está no meio do fluxo dos carros que passaram em alta velocidade pelas cabines de cobrança automática à sua esquerda e do fluxo dos caminhões que também passaram em alta velocidade pelas cabines de cobrança automática à sua direita.

Essas quatro faixas monopolizam as duas únicas faixas, e todos os outros carros e motos das outras 6 faixas que ainda estão pegando embalo não têm onde se encaixar.

Ninguém espera um afunilamento tão intenso em um espaço tão curto — e em uma curva acentuada.

Ou seja, sobra para você — que está de moto — se livrar de ser atropelado.

Olha, dá raiva de ver a incompetência de quem faz um projeto desses.

Eles eliminaram as cabines de pedágio antigas (antigas com pouco mais de um ano de uso) só por economia, para ficar mais fácil recolher o dinheiro em um único local.

E criaram esse monstro rodoviário que chamaram de pedágio.

É uma das piores (ou seria melhores?) armadilhas de trânsito que já vi, e somos obrigados a pagar por um lixo de projeto como esse.

Ora, vão todo mundo que projetou esse lixo сбор кокосов.

Hoje não tem abraço, tô muito puto.

Jefferson

9 comentários:

  1. Jeff, tudo bem? Viu que no site da Suzuki agora estão disponibilizados todos os manuais de proprietário dos modelos comercializados por eles atualmente? De vez em quando dou uma olhada por lá pra ver se não sou surpreendido por um recall mal comunicado, sabe... E pelo que parece, tiraram de linha a minha querida GSR125 comum, sobraram apenas a GSR125s (aquela com carenagem no farol e sob o motor) e a GSR150i, injetada. Pelo jeito 2016 foi o último ano dela, mas pelo menos as peças são as mesmas...
    Será que outras concessionárias estão disponibilizando os manuais também? Está sabendo de alguma coisa, talvez alguma lei ou decreto que baixaram por aí? Grande abraço!

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    1. Olá, Péricles!
      Toda semana a suzuki tenta me convencer a entrar no site deles enviando falsas mensagens ao blog, por isso passo longe deles... hehehe...

      Um motivo para terem tirado esse modelo de linha e muitos outros é a nova meta de emissões que entra em vigor no ano que vem.

      Eles estabelecem metas cada vez mais severas com o objetivo de poder tirar multar as motos que não atendam os novos índices e forçar uma reciclagem cada vez mais rápida.

      Se o ministério público não tivesse acabado com a farra das inspeções veiculares, todo mundo estaria se ferrando porque os motores não atingem os níveis depois que se desgastam rapidamente com uso de óleo inadequado e por quilometragens exageradas.

      Somente agora percebo as intenções por trás de tudo isso.

      Desconheço alguma obrigatoriedade por parte do governo... vai ver que alguém ligado à Defesa do Consumidor é leitor do blog... hahaha...

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Opa...

      Eles estabelecem metas cada vez mais severas com o objetivo de poder tirar de circulação e multar as motos que não atendam os novos índices e forçar uma reciclagem cada vez mais rápida.

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  2. Bom, creio que o engenheiro responsável deva ter usado autocad, equações diferenciais, o escambau... Só esqueceu de usar a experiência que ele tem como motorista.

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    1. Olá, McGyver!
      Você tocou num ponto interessante:

      Será que ele tem experiência real como motorista?

      Digo no sentido de pegar estradas, de acompanhar o resultado do produto em campo?

      A gente que viaja, que pega estrada rotineiramente, vê muita barbaridade que nos ensina a ficar atentos a detalhes.

      Mas a moçada na frente do autocad, que vivência do mundo eles têm?

      Estou pesquisando uns pipocos que estão acontecendo em motores recém desenvolvidos que são coisa inimaginável... só estou esperando coletar mais algum fato ilustrativo.

      Um abraço,
      Jeff

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  3. Oi Jeff! Aqui no RS o maior perigo nas rodovias são aquelas malditas bandas de rodagem dos pneus de caminhões que se desprendem dos pneus recapados!

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    1. Olá, Carlos!
      Por aqui em SP também são muito comuns principalmente nos longos trechos de retas, onde a velocidade é maior e facilita o desprendimento da banda.

      Em 2014 fiz uma postagem sobre isso:

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2014/02/pneu-dechapando.html

      Infelizmente, cortaram os links de algumas fotos, vou atualizar assim que for possível.

      Um abraço,
      Jeff

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  4. Outra aberração é na Castello Branco, onde a cabine de passagem de motos (moto não paga), no pedágio, em Barueri , é NO MEIO (não é no cantinho direito) e a gnt fica à mercê de motoristas imprudentes, q trocam de faixa faltando poucos metros de cabine, de uma vez, Pq viu a do lado mais vazia.
    Aí o idiota te

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  5. E na Castello Branco, onde, nos pedágios, de Barueri em ambos os sentidos,a passagem das motos é NO MEIO e não no cantinho direito?
    Vc fica à mercê do motorista idiota q troca de faixa a poucos metros da cabine, pq viu a do lado mais vazia.
    Quem inventou isso é burro.
    Já presenciei várias fechadas por causa desta aberração.

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