Voltando de "férias" com energia renovada!
Imagem: Filhota
Estas foram as férias mais malucas que eu já tive...
Começou que minha filha me avisou que viria para cá no dia 2 de março.
Como suas visitas são sempre de três ou quatro dias, não cancelei a viagem programada para quase dez dias depois a fim de participar do encontro dos WD±40 em Penedo, no Rio de Janeiro.
Sucedeu que minha filhota queria me fazer uma surpresa surpresaça e veio para ficar um mês inteiro... bom, acabei ficando com ela um mês menos uma semana, porque eu não podia cancelar a viagem (que vou contar em outra postagem).
E tudo isso sem deixar de entregar as traduções com prazo curtíssimo de umas novidades muito da hora que estão pintando por aí...
Então começo o
O primeiro comentário que vou responder é o da Mariana Alves na postagem Um novato e uma moto potente .
Como a Mariana confirmou posteriormente, o motivo da quase torção do pé ao quase cair com a moto foi realmente um calçado inadequado — os pés precisam ficar bem firmes dentro das botas para evitar sustos como esse que você passou.
Quanto à sua dificuldade em saber dosar a força de frenagem, realmente não há outra coisa a fazer senão praticar muito em todas as situações.
Somente o tempo e a convivência com sua motocicleta lhe darão essa percepção das reações da moto durante a frenagem.
E mais uma coisa:
Não descarte a possibilidade de que a real culpada por sua dificuldade seja sua moto!
Minha primeira moto foi uma CG e eu vivia caindo com ela por causa do travamento e derrapagem da roda traseira durante a frenagem.
Eu achava que era por minha inexperiência (aprendi a pilotar depois de comprá-la) e não imaginava que poderia haver uma condição de frenagem melhor, afinal, era uma hoooonda.
Passei 28 anos afastado do guidão e quando comprei minha segunda moto, a Kansas Jezebel com freio dianteiro a disco, tive dificuldade inicial para me adaptar porque ao frear eu aplicava no freio dianteiro a mesma força de alicate necessária para parar a moto com o ineficiente freio a tambor da CG.
Depois que me adaptei, fiquei maravilhado com a eficácia do sistema de freios da Kansas, justamente por não travar a roda traseira nem causar desvios de trajetória.
Várias vezes cheguei a levantar a roda traseira do solo sem que a moto se desviasse para lado algum... Em compensação, usando a CG do curso de pilotagem defensiva que fiz aqui em Floripa, travei a roda traseira várias vezes. Edith (minha lifeng Fenix Gold) também freia sem desviar, então o problema realmente é de projeto da moto.
Uma experiência ruim ocorreu no mesmo mês em que troquei as sapatas de freio da Kansas Jezebel por outra marca não original — as sapatas eram mais eficientes, mas causavam uma frenagem mais abrupta, e acabei caindo do mesmo jeito que eu caía com a CG.
O que eu quero dizer é que talvez sua moto não colabore contigo nas frenagens por conta da necessidade de um pequeno acerto como esse, encontrar a melhor marca para as sapatas de freio a fim de obter a máxima eficiência de frenagem da sua moto.
É um ajuste fino que os pilotos de competição fazem, mas os fabricantes não, porque estão presos a contratos de fornecimento de peças.
Quanto à sua preocupação com o contra-esterço, lembre-se de que você já o pratica inconscientemente em todas as curvas que faz.
Ao inclinar a moto, você a está contra-esterçando de maneira quase imperceptível.
Uma boa técnica para ficar craque nisso é a prática do slalom que o Daniel sugeriu no comentário posterior ao seu.
Slalom é aquela prática de mudança de trajetória em espaços muito curtos.
Você domina essa técnica quando solta a cintura e deixa a metade de baixo do corpo acompanhar a moto, e a metade de cima cuidar do guidão.
Ou seja, é algo que você só consegue fazer quando faz uma pilotagem relaxada (no bom sentido), sem medo de cair, e tem muita intimidade com sua moto.
É praticamente como se você guiasse a moto com os quadris. Aplicando esse jogo de cintura durante as curvas (em vez daquela postura tensa típica dos iniciantes) seu domínio da moto melhora muito.
E aproveitando, no vídeo da postagem Posso frear durante a curva?, onde você comenta que não entendeu o motivo da queda no segundo vídeo: me parece que ele passou por uma pequena mancha de óleo.
Mas ele também pode ter derrapado por ter acelerado mais do que o possível para aquela inclinação, ou ainda mais provavelmente porque os pneus estavam frios ou com pressão muito alta (portanto muito abaulados).
Quando você chega perto do limite, qualquer motivo é motivo, por isso que insisto tanto na necessidade de sempre contar com margens de segurança.
Quase abusando (só um pouquinho) em umas curvas deliciosas, Edith e eu quase fomos parar embaixo de um caminhão durante a viagem do começo do mês (é, teve outras...).
Mas esses são assuntos para outras postagens.
E como esta postagem ficou longa, pretendo ir respondendo aos outros leitores na medida do possível ao longo deste mês.
Um abraço, e é muito bom voltar à atividade no blog (mas ficar com minha filha foi muito ótimo — felicidade não tem preço!)
Jeff
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