quarta-feira, 21 de junho de 2017

A vida é uma caixa de bombons... e maumaus

Há pessoas e pessoas, há motociclistas e motociclistas...

Segunda-feira passei por uma das experiências mais bizarras da minha vida. Sério, estou revisando na quarta e ainda tenho flashes da cena na memória...

Saí para comprar os componentes que faltavam para fazer a primeira de uma série de experiências sobre viscosidade do óleo aqui para o blog.

Estava feliz da vida, finalmente vou poder fazer postagens com fotos e filmagens próprias! 

Foi quando avistei uma Mirage 150 estacionada em cima da calçada em frente a uma loja.

Os alforjes indicavam que ela pertencia a alguém viajante.
Imagem meramente ilustrativa de Mirage 150 com alforjes obtida na internet. Não era essa moto. Apesar de também estar sobre uma calçada, enorme coincidência, mas essa está em frente a uma praça e não a uma loja.

Ora, a Mirage 150 usa o mesmo motor que a Kansas.

Viajar sem conhecer o macete do óleo é um risco de vida — faltam 400 ml de óleo na recomendação do manual.

A chance de o motor estourar na frente de um caminhão é enorme.

Já passei por duas situações em que durante vários minutos não conseguia ultrapassar uma carreta sendo pressionado por outra colada atrás de nós...

Se meu motor não estivesse com a quantidade de óleo correta, certamente teria travado/estourado e hoje o blog não existiria. Simples assim. De tão quente o câmbio chegou a ficar preso em uma marcha, não mudava de jeito nenhum. Mais um pouco e todos nós íamos para o além. 

Me senti na obrigação de informar pra pessoa sobre o risco de rodar com óleo muito baixo no cárter. Questão de querer ter sempre a consciência limpa, ao contrário do que faz o pessoal da indústria de motocicletas.

Pra quê eu fui fazer essa besteira...
Imagem: Forrest Gump 

Sem nem querer ouvir o que eu ia dizer, a pessoa já disse que não estava interessada.

Alertei que ela poderia estar correndo risco de vida por causa do óleo.

Eu não devia ter feito isso... 

A pessoa ficou furiosa porque falei do macete do óleo.

Disse que já tinha ido e voltado para o Rio Grande do Sul, e a moto já estava com 30 mil km (!!!).

Jogou na minha cara que nunca tinha tido um único problema.

Pobre alma, pensa que 30 mil km é grande coisa...

Não faz ideia de que a moto acabou de chegar na quilometragem onde os motores sem óleo tipicamente estouram.

Não me deixou explicar, deu murro no balcão da loja e me expulsou de lá falando palavras que nem em russo dá para postar aqui.

Em toda minha vida não lembro de ter visto tanta grosseria ser dita por um motivo tão banal. 

Sei lá, a pessoa deve ter seus motivos.

Quando eu falei que sua atitude era injusta, a pessoa gritou e ameaçou chamar a polícia... poxa, qual foi o meu crime? 

Tentar ajudar?

Lamentei ter falado qualquer coisa que possa ter dado uma pista para que esse alguém um dia venha a descobrir e consiga evitar estourar o motor por falta de óleo.

Afinal, essa pessoa merece.

E de preferência, lá perto da divisa do Paraná.
Imagem: Google Street View BR-116

Sorrisinhos irônicos quando alerto alguém sobre o macete do óleo eu nem contabilizo, estou acostumado a receber.

Mas grosserias como as que eu vi e ouvi, ah... isso foi novidade.

Saí de lá admirado e fiz o que o bom senso manda fazer:

Parei na loja vizinha onde havia outro motociclista estacionado, e falei pra ele do macete do óleo.

Esse outro proprietário confirmou que o motor da Fan dele já travou sem ele nunca entender o motivo.

Agradeceu pela dica e ganhei mais um amigo.

Há motociclistas e motociclistas, há pessoas e pessoas... cada um escolhe o seu caminho.

Mas chega de inhaca e vamos falar de coisas boas:

Finalmente vou poder colocar a Jezebel para rodar de novo!

Pouco falei sobre isso porque eu queria documentar em imagens o problema que a Jezebel apresentou há uns 3 meses.

Esperei chegar a câmera fotográfica/filmadora que comprei, mas a danada era barata justamente porque não tinha memória interna. Ódio.

Então adiei o projeto até obter condições propícia$ e agora poderei documentar o problema e a solução.

E com esse material novo espero poder gerar algumas postagens interessantes.

Já estou fazendo alguns vídeos sobre o óleo... 

Também poderei voltar a viajar!

Não vejo a hora de passar novamente pela divisa do Paraná!

Se o pessoal lá de cima for bonzinho comigo, terei a chance de dizer em alto e bom som:

Filmando, claro.

Um abraço,

Jeff

34 comentários:

  1. Boa noite Jeff! já tava sentindo falta de tanto post...
    lembra do americano da CBR300 que te falei via email??
    resumindo pro pessoal que vai ler aqui: ele iniciou um tópico pedindo o motivo de não ter mais oleo na moto a cada troca....ele comprou a moto 0Km em novembro e o manual dizia pra trocar a cada 8000 milhas.
    isso dá incríveis 12 mil kilometros!

    Eu expus na discussão que isso é loucura e que aqui costumamos fazer trocas a cada 1000 ou 3000 km. Então sugeri fazer trocas a cada 4000 milhas...
    Até enviei pro dono links dos nossos manuais da CBR300 que dizia pra trocar a cada 6000Km, mas ele não quis levar em consideração. Apenas falou que "são motores diferentes".
    A partir daí eu nem perdi mais tempo na discussão. foda-se! quando estourar o motor ele vai lembrar disso!

    *fora outros usuarios que desdenharam com "desperdício de óleo" ou "motocicleta chinesa"

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    1. Olá, Rafael!

      Eu te avisei que eles não dariam bola para nossa opinião de latinos cucarachas...

      Fiz estágio em uma empresa americana, treinamento na fábrica para novos produtos que seriam lançados.

      Quando vi o novo produto "matador" que seria lançado, alertei que o projeto tinha uma falha básica, não previa a fadiga do atuador, a peça mais exigida do sistema, e isso poderia ser corrigido com uma pequena mudança no desenho da peça.

      Basicamente, mudar o formato da união de dois componentes para fazer a força aplicar um esforço de compressão e não de ruptura.

      Me responderam que o projeto tinha sido feito totalmente no computador e o computador não falhava.

      Não deu um ano, e adivinha?

      O prejuízo foi tamanho que a empresa foi à falência.

      Só tem uma coisa pior que o desconhecimento dos fatos da vida:

      A arrogância de não querer pesar e avaliar novas ideias.

      Mas a engrenagem do mundo continua se movendo, girando indiferente.

      O negócio é não ficar no caminho dela e salvar nossa parte.

      Como dizia o Homem:

      "Quem tiver olhos para ver e ouvidos para ouvir, que veja e ouça."

      Um abraço,

      Jeff

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  2. Jeff, achei outro oleo bom para motos sem radiador.
    oO Repsol V-Twin 20w50 mineral.Existem dois tipos de 20w50 mineral,sendo o outro Street,se nao me engano.O Street e´ menos viscoso ,ja´ o V-twin suporta 250 graus e tem 19,3 de viscosidade aos 100 graus. O oleo diz que e´ proprio para viagens.O link:
    https://www.repsol.com/imagenes/es_en/RP_MOTO_V_TWIN_4T_20W50_EN_tcm11-560016.pdf
    Aquele abraço!

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    1. Olá, Pedra!
      Obrigado pela dica!
      Chegou a testar?
      Vou colocar esse óleo na lista dos comparativos de viscosidades que farei nos moldes daquele vídeo russo.
      Quero comprovar se essas viscosidades declaradas se comportam de maneira compatível ou se tem jacaré na lagoa.
      Forte abraço,
      Jeff

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  3. Ah,Jeff,pensando no seu artigo,me lembrei de uma coisa e te mando de presente!
    https://www.youtube.com/watch?v=DdfP-6fqKgI

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    1. Cara... Bombom e Maumau....
      Não me lembrava disso mesmo!!!
      Até fui conferir, não podia ser anos 80 / 90.

      Eram os anos 70 mesmo: https://en.wikipedia.org/wiki/Roland_and_Rattfink

      Passou muito pouco junto com Pantera Cor de Rosa e a Formiga e o Tamanduá (que não era um tamanduá, mas um porco-formigueiro africano...)

      Mas o Bombom era tão chato que merecia mesmo se ferrar.

      Epa! Hummmm.... Bom, de qualquer forma, me identifico mais com o Maumau, pelo menos no visual... hehehe

      Obrigado pelo Túnel do Tempo!!!

      Um abração,

      Jeff

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  4. Claro que rem os 70! Nao reconheceu os caras tocando com as coroas deflores do hippies? E no final ainda disseram:" esse cara fez uma viagem ruim"!! hahahah!!Cheguei a ver as pessoas se cumprimentarem dizendo:" E ai´,macaco? Tudo bem?"Se disser isso agora vai preso! Que viagem!!

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    1. Pois é....
      Até hoje lembro o dia em que ouvi tocar no rádio pela primeira vez Ouro de Tolo com o Raul...
      Raul, Belchior, Elis, Milton, Beatles, Vietnã, Mururoa, Sem Destino tão cortado e mutilado pela censura que só mostrava as motos...
      Vem daí minha rebeldia contra tudo isso que está aí.
      Que naquela época era "o sistema".
      Vou dormir que estou viajando, mas de cansaço...
      Um arbaço,
      Jeff

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  5. Saúde & Paz.
    Jeff, fica triste não.....rsrsrsr
    Outro dia conversando com um cunhado que tenho, (fez "curso de mecânica Honda") sobre o seu Blog e as dicas e orientações de óleo e etc e tal. Ele simplesmente me respondeu:
    _ Sigo o que o sempre apredi, troco óleo de 1.000 em 1.000 e nunca completo nos intervalos.
    No que Eu disse: Mas o manual recomenda conferir e completar.
    _ Nunca li o manual.
    Ou seja... adianta muito não. Mas como Vc. sempre oriento e explico. Ao menos fico de consciência tranquila caso ocorra alguma fatalidade por este motivo-falta de óleo.

    Dito popular:
    “O pior galo cego é aquele que se recusa a ver os fatos como eles são...
    Prefere acreditar no que as raposas dizem.”

    Ps.: Dia 24/06 saindo para um "giro" no norte de Minas...a noite: cachaça e carne de sol. rsrsrsrs
    Abraços e boas Aceleradas.

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    1. Olá, Ninja!

      Ótima viagem!

      Nada como curtir a vida, viajar fazendo uma dieta saudável! Nada de alface... hehehe...

      Já vi esse ditado em algum lugar... hahaha

      Esse negócio de rodar 1000 km sem completar acontece porque a pessoa não confere a quantidade de óleo que sai do motor.

      Nós tivemos muita sorte de a dafra ter dado tantos problemas com as primeiras motos, senão a gente nunca descobriria esse esquema.

      Foi uma coincidência (in)feliz que na mesma época a honda enfiou o óleo 10W-30 na goela de todo mundo (estou sendo educado), o que permitiu evidenciar o problema que acontecia diluído ao longo do tempo, mas ficou escancarado quando os motores honda começaram a pipocar feito noite de São João.

      "Curso de mecânica honda"... hahaha...

      Se nem mecânicos de concessionárias fazem a coisa certa, que dirá esses cursos oferecidos por aí.

      Ou será que ele fez o curso oficial?

      Se fez, você a seriedade da coisa...

      Um abraço, e boas curvas, muitas curvas,

      Jeff

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    2. Se fez, você vê a seriedade da coisa...

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  6. Saúde & Paz.
    Foram palavras dele "Curso de mecânica honda" mas é curso oferecido mesmo.
    hahahahahaha.
    É que escrevendo...distorce um pouco os entendimentos.
    Viagem, sem alface-claro.rsrsrrs
    Abraços.

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    1. Cursos de leigos para leigos... o pessoal repete aquilo que sempre ouviu.

      Está tudo escrito claramente nos manuais de proprietário, nos manuais de mecânica de cada modelo à venda na concessionária, e nas apostilas do curso de treinamento que um amigo meu traduziu.

      Nada explica as concessionárias honda e de todas as outras marcas entregarem as motos apenas com a litragem indicada, quando a obrigação delas seria entregar com o nível correto.

      Nada justifica o procedimento de medição correto não ser explicado durante a entrega da moto.

      O pessoal fala de todas as luzinhas do painel, mas não explica coisas básicas como medir o nível do óleo e ajustar o cabo da embreagem...

      Mesmo a honda (supostamente) fazendo a coisa certa na campanha das 7 trocas de óleo está sendo sincera, porque assim que o dono parar de levar a moto na concessionária irá colocar somente a litragem.

      O esquema é bem feito. Escreveram tudo no manual, ninguém pode acusá-los de nada. Mas 40 anos de lavagem cerebral são difíceis de reverter.

      Aliás, "campanha das 7 trocas" parece aquelas picaretagens que a gente vê na tv.

      Só coincidência, claro. O nome da promoção nem é esse.

      Um abraço,

      Jeff

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  7. hahaahahaa,

    aconteceu algo parecido comigo jeff, meu trabalho era final de semana, daí dia de semana eu ficava com tempo livre (vadiando) durante o horário comercial, daí ia quase todos os dias tomar um chimarrão numa oficina da cidade que por coincidencia é a unica que usa a quantia certa de óleo, pois bem, tinha um zé qualquer lá que trabalhava de tele moto usando uma fan 125, a mais fuleira/pelada das cg 125, e eu puxei assunto sobre o óleo e o animal me vem com o seguinte discurso:
    "ah, mas vai a merd.... eu trabalho com essa moto todos os dias, troco óleo de 20 em 20 dias pois faço mais de 100km ao dia, acha que não saberia se ando com o óleo certo?"

    apenas dei de ombros e falei então tá, isso foi numa quarta, na segunda feira seguinte chega o senhor da razão lá com a Cem Geito em cima de uma pampa com o motor travado, agora confesso que fiquei numa felicidade de ver aquele corno ter que fazer o motor da moto, passei o tempo todo olhando pra situação com uma cara de "eu te disse" mas não falei nenhuma palavra.

    tinha que ver ele espumando de brabo quando o mecanico disse que era óleo ruim e pouco que ele estava usando.

    estourou o motor com 22 mil


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    1. HAHAHAHA!!!

      Dei risada quando cheguei na última linha!

      O Daniel me passou uma história praticamente igual por email...

      Mas o pessoal pensa que sabe tudo, fazer o quê?

      Azar deles...

      Um abraço,

      Jeff

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    2. putz, essa foi de matar. hahahah
      toda semana eu instalo bateria em algum veiculo que ficou muito tempo parado. eu sempre aviso pra fazer limpeza e trocar de óleo. gasolina tambem estraga! tem gente que compra carro parado a mais de 6 meses!

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  8. jeff, tem alguma informação sobre o caso j tofugindo?

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    1. Olá, Patrick!
      Não pesquisei mais a respeito...
      Única novidade é que pelo jeito eles leram a postagem desmascarando o esquema de propagandas imbecis, não sem antes me enviarem mais uma pérola em um falso comentário em uma postagem sobre a yamaha... claro não publiquei, mas guardei para juntar a outras que não vieram.

      Qualquer dia eu publico só para matar saudades, afinal é hilário ver a suzuki indiretamente falando mal da concorrente...

      Um abraço,
      Jeff

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  9. Jeff no seu teste você usará somente óleos de motor ? Pergunto você pois há alguns dias comprei um óleo de viscosidade 140 helipoidal(queria o 240 mas não achei) pra lubrificar alguns equipamentos. Se precisar na loja do mecanico tem.

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    1. Olá, Greg!

      Minha intenção inicialmente é comparar óleos de motores de motos.

      Óleos dessa viscosidade vão ficar para uma segunda etapa.

      Helipoidal? Esse nome é novo pra mim.

      Pensei que tinham criado um neologismo misturando helicoidal com hipoidal...

      Mas parece que foi erro de digitação, encontrei somente Helicoidal e Hipoidal, fabricados pela YPF argentina.

      Helicoidais são as engrenagens dos câmbios dos carros, de dentes inclinados (as das motos têm dentes retos).

      E hipoidais são as engrenagens do diferencial, onde os dentes são "espiralados". As cargas são mais intensas nestas últimas.

      Não encontrei referências ao nome helipoidal na internet além de erros de digitação.

      Mas seria um neologismo muito útil para um fabricante de óleos que quisesse diferenciar seu produto como tendo "algo a mais".

      E se quisesse vender seu produto como atendendo aos dois tipos de engrenagens.

      Apenas por marketing, porque um óleo de especificação mais alta atende perfeitamente uma aplicação menos exigente.

      Será que alguém já registrou esse nome?

      Melhor correr!

      Um abraço,

      Jeff

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    2. Desculpa foi erro meu mesmo. Na hora eu não lembrava se era po ou co, aí pus o que me pareceu soar mais bonito.rsrsrs. Mas esse é um gear oil comum f gl5 sae140(vi tudo isso no rótulo porque lembrar ja sabe né ).
      Só. Mais uma coisa jeff, vc citou que o motor da mira é o mesmo da kansas, ela é fabricada pela mesma empresa ou só o motor? E o motor dela usa varetas no lugar da corrente? Abraço.

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    3. Olá, Greg!

      Mas o nome é muito bom mesmo!

      Anotei o óleo, um dia eu ainda testo.

      Sobre a Mirage 150 e a Kansas 150, são da mesma fabricante, a chinesa zongshen que veio pra o Brasil comprando a rede kasinski.

      Infelizmente, foram embora daqui porque o pessoal só lembra o nome de uma marca na hora de comprar moto.

      O motor de ambas é com vareta, e só não são idênticos por particularidades.

      A bomba de óleo e o eixo de acionamento da embreagem são diferentes, se não me engano o da Miraginha permite um acionamento mais suave porque tem alavanca maior na fixação do cabo.

      Basicamente, a zongshen corrigiu os problemas da Kansas quando criou a Mirage, mas para o meu gosto o desenho da Kansas é mais bonito.

      Um abraço,

      Jeff

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  10. Olá Jeff! Há Motociclistas e motoqueiros... Há Blogueiros e meros curiosos que acham que entendem de algo... Parabéns por não desistir de sua missão e parabéns pela volta da Jezebel! Estamos no aguardo!

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    1. Obrigado, Paulo!

      Já comecei a fazer os esqueletos das postagens, agora é só fotografar.

      Queria ter mais tempo livre para poder ir atrás dela... muito trabalho recentemente, tenho que aproveitar a maré.

      Sobre essa questão de motociclistas e motoqueiros, lembrei de uma postagem do old dog cycles.

      Fui conferir e ela tinha link para uma outra do Tite, são estas duas aqui:

      http://olddogcycles.com/2013/08/motoqueiro-ou-motociclista.html

      http://www.motonline.com.br/noticia/motoqueiro-ou-motociclista-e-ponto-de-vista/

      Sou mais próximo da geração do Tite, e o que ele fala é isso mesmo.

      Minha primeira moto não tinha nome porque era chamada de motoca.

      Ou então eu ainda não tinha pirado.

      Já cheguei a usar essa distinção entre motoqueiro e motociclista aqui no blog muito mais para poder me comunicar com a nova geração, já que "motoqueiro" hoje é palavrão, e não a gíria usada por velocissauros blogueiros rebeldes.

      E também porque tenho dúvidas se o tradutor do google conseguiria se fazer entender.

      Outro dia encontrei na wikipedia um comentário sobre uma música em que "pick up" — cantada, xaveco — foi "traduzida" por "picareta acima".

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Call_Me_Maybe

      Tenho medo de pensar na salada que o tradutor do google seria capaz de fazer.

      Um abraço,

      Jeff

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  11. Saúde & Paz.
    Jeff, divulgar nosso Blog. rsrsrsrrs

    Minha opinião sobre o tema: Motoqueiro ou Motociclista.
    http://lobosolitariopm.blogspot.com.br/2016/01/motoqueiro-ou-motociclistaeis-questao.html

    Abraços e boas aceleradas.

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    1. Hahahaa!!!!

      Muito boa!

      Afinal, quem nunca?

      Pilotar motos é estar sempre no fio da navalha, não existe uma linha divisória, nunca existem apenas dois lados em uma questão.

      Nossas vidas têm um mar de possibilidades.

      Já dizia o Homem:

      "Com o mesmo rigor que julgar os outros, você também será julgado."

      O pessoal devia pensar em usar isso no dia a dia e não apenas quando chegar do outro lado.

      Um abraço,

      Jeff

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  12. Boa noite Jeff, esse é um efeito colateral dos leitores do blog, esses dias tava conversando sobre óleo com um dono de uma fan 125 ano 2008 ele comprou ela zero na loja, ele tem ela até hoje ela é bem conservada, ai ele se lembrou de um fato que aconteceu na época que ele comprou, ele disse que antes de completar os 1000km ela começou a fumaçar ai a desculpa da concessionaria foi que a camisa já veio riscada de fábrica e consertaram para ele, na mesma conversa tinha mototáxi de titan 150 ai perguntei quanto ele colocava nela de óleo, ai ele falou 1 litro ai reforcei a historio da quantidade para ele e tal e ele disse mas já to acostumado assim mesmo, ai eu me lembrei de uma coisa que ele tinha falado e usei para fazer ele refletir um pouco, ele tinha dito assim na pop 100 vai 900 ml na fan 125 1 litro ai eu disse como pode na titan 150 e os mesmo 1 litro da 125, só assim para ele começar a entender o negocio, mas haja conversa até chegar nesse ponto.

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    1. Olá, Torres!

      Poxa, desculpe.. estou deixando todo mundo neurótico que nem eu com esse negócio do óleo...hahaha!

      Camisa riscada de fábrica?

      Taí uma coisa difícil de acontecer...

      A moto do seu conhecido pode ter começado a fumaçar porque ele não se preocupou em amaciar (rodar com a mão leve nos primeiros 5 mil km) e não repôs o óleo durante o amaciamento.

      É uma fase onde o motor consome mais óleo do que depois do amaciamento porque trabalha mais quente que o anormal devido ao maior atrito interno enquanto as peças não se ajustam entre si.

      Além disso, em 2008 o óleo recomendado pela honda tinha por característica evaporar bem rápido do motor.

      Minha primeira moto também fumava até eu trocar a marca do óleo.

      Sobre o volume de óleo, realmente existe uma proporcionalidade entre a cilindrada do motor e o volume de óleo que ela precisa usar.

      A necessidade de esfriar o motor obriga a usar mais óleo nos motores maiores.

      Mas quem fundamentalmente quem define a quantidade de óleo não é a cilindrada e sim o volume do cárter.

      A cilindrada é o volume da câmara de combustão calculado pelo diâmetro do cilindro e curso do pistão.

      Na 125 essas dimensões são 52,4 x 57,84 mm e na 150 só aumenta um pouco o diâmetro do pistão, 57,30 x 57,84 mm.

      Uma diferença de cilindrada pequena como essa entre as 125 e 150 não chega a justificar usar mais óleo, e o cárter das duas é praticamente idêntico, cabe a mesma quantidade de óleo.

      Obrigado por acompanhar o blog e tome cuidado para não encontrar um cara que nem o da postagem quando falar sobre o óleo!

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Olá novamente, Torres!

      Seu comentário me fez pensar em um ponto que eu nunca havia considerado:

      Fiz as contas e a diferença de cilindrada não é tão pequena como eu imaginava.

      150 / 125 = 1,2

      Ou seja, 20% !

      Supostamente cada explosão dentro do motor da 150 gera aproximadamente 20% mais calor do que na 125...

      Então é muito possível que o seu raciocínio, com o qual eu não havia concordado ali em cima, esteja correto!

      Essa falta proporcional de mais óleo para ajudar a esfriar o motor nas
      150 poderia explicar o motivo de ela ter sido tão mal recebida pelos motoboys...

      A diferença aparentemente inócua de 25 cm3 fez o motor eliminar a margem de segurança que tinha o motor da 125, e ela passou a ser mais vulnerável a problemas que as antigas varetadas.

      Quando passaram a usar óleo 10W-30 colocado abaixo da quantidade ideal pelas concessionárias, pipocou problema para todos os lados...

      Se a 125 precisa de 1,2 litro, pelo critério de dissipação do calor a 150 precisaria de 20% a mais, quase 1,5 litro de óleo...

      Será que cabe tudo isso lá dentro sem dar calço hidráulico?

      Taí uma experiência que eu gostaria de fazer, mas não recomendo que se faça, porque se o motor pifar não quero me sentir culpado.

      Obrigado pelo seu comentário que chamou minha atenção para um ponto no qual eu nunca havia pensado!

      Um abraço,
      Jeff

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    3. Jeff, eu uso 1,3 litros de Motul 5100 10w30 na minha Fan 150 ESi 2011/2011. Como uso ela mais na cidade, reponho 100ml a cada 15 ou 20 dias. Então pode muito bem ter acontecido de ter rodado com ela, chegando a 1,5l no motor, e posso dizer com toda a certeza, que ela não fuma, nem aparenta qualquer problema. Pelo contrário !!! O motor demora mais para super-aquecer, roda mais macio e silencioso, e o cambio fica muito mais macio, por mais tempo. Também não aconselho a pôr 1,5l no motor das 150cc, mas 1,3l pode pôr sem medo !!! E usem óleo de qualidade !!! Motul 5100 de preferência. Se não der pro bolso, Lubrax 10w30 semisintetico. Ahhh...uso também Militec junto com o óleo do motor, 20ml a cada troca (2.000km) e Perfect Clean da Koube no tanque, para fazer uma limpeza no tanque e descarbonizar o motor. Minha moto foi adquirida ZERO, e sou o único dono dela. Ela esta com mais de 60.000km !!! Já usei o oléo original Honda, Mobil, Yamaha e Ipiranga. Não recomendo nenhum deles.

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    4. Olá, Marcelo!

      Esse pode ser o segredo para o semissintético não dar chabu, usar uma quantidade generosa e manter sempre o nível correto!

      Mas as concessionárias, não sei por qual motivo, adoram meter tinta lacre na tampa da vareta medidora e a honda faz de conta que não vê...

      Engraçado que todo mundo reclama do óleo genuíno, da mesma forma que eu reclamava do único óleo que a honda recomendava em 1979...

      Incrível como a honda tem mau gosto para escolher óleos e ainda dizer que são os melhores do mundo...

      Um abraço,

      Jeff

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  13. Bom dia, boa tarde, boa noite!

    Tudo bem Jeff? Espero que sim.

    Olha só que interessante o que achei neste fim de semana:

    http://clubedosyamaheiros.forumeiros.com/t4530-custo-x-beneficio-de-oleos-para-motores-4t-voce-usa-o-oleo-certo

    Vai ao encontro de tudo aquilo que você fala sobre óleos lubrificantes.

    Chamou a atenção do uso do óleo Lubrax Top Turbo, base mineral, 15W40, que o autor usa no inverno. Conhece alguém que usa esse tipo de óleo? Apesar de ser óleo para frotas mistas, é viável para motocicletas?

    Uma coisa que achei interessante foi o ponto de vista do autor sobre a Yamaha indicar o uso de óleo 20W50 para todo o Brasil por "considerar o clima quente durante todo o ano e evitar confusão quanto ao tipo de óleo a ser usado", segundo o autor da postagem. Porém os manuais dos modelos mais recentes, pelo menos o da Fazer 250 de 2016 e de 2017, já recomendam o uso de óleos de outras viscosidades (10W40, 20W40 e 20W50), mas omitem a tabela viscosidade x temperatura. Coisa que não ocorre nos manuais europeus (pelo menos constatei isso nos manuais da Yamaha de Portugal – quando indicam viscosidades diferentes também exibem a dita tabela viscosidade x temperatura ambiente).

    E aí vai a pergunta que não quer calar: por que omitem a tabela? Negligência ou omissão intencional? Só sei que agora na maioria das concessionárias estão tentando empurrar o Yamalub 10W40 semissintético, independente da maneira como o motor é resfriado (a ar/óleo ou arrefecimento líquido) ou da temperatura ambiente.

    Informação gera conhecimento, e agradeço muito a você, no seu esforço muitas vezes mal compreendido, de divulgar isso para nós, amantes do motociclismo e de nossas motocicletas.


    Um grande abraço.

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    Respostas
    1. Muito obrigado pela solidariedade, Luiz!

      E fico muito grato por indicar a tabela e estudo que o Ctrl –Alt –Del (será nick ou nome de batismo?) fez lá naquele fórum!

      É um belo resumo de praticamente todas as marcas de óleo usadas à venda no mercado.

      Vai facilitar muito a postagem sobre o comparativo de viscosidades que estou preparando!

      Conheço alguém que usa o Top Turbo em motos sim, meu amigo Daniel lá de Floripa.

      Tivemos muitas conversas na padoca sobre as vantagens que esse óleo apresentaria.

      Meu maior receio era que a alta carga de aditivos anticorrosão de um óleo para motores diesel pudesse ser muito alcalina e corroer o alumínio do motor da moto.

      Afinal, motores diesel de caminhões são todos com bloco de ferro fundido.

      Mas o motor da Speed Cocota dele durou até 100 mil km, flutuou válvula porque foi brincar de cortar giro (hehehe).

      Vi o motor aberto que ele mesmo desmontou e montou, e estava impecável por dentro e por fora sob todos os aspectos.

      Corrosão já teria se instalado nessa quilometragem, então perdi o receio quanto a isso.

      No entanto, discordo em usar viscosidade abaixo de 50 em qualquer situação no Brasil, mesmo ao sul de SP.

      Morei quase 3 anos em São José, cidade vizinha a Floripa, e peguei muitos dias com temperatura na casa dos 35 graus e não só no verão.

      Cidades na faixa litorânea sempre são quentes, e a grande maioria da população reside nelas.

      As condições são menos dramáticas no planalto, mas aí entra outro aspecto negligenciado da questão:

      Todo o raciocínio feito para criar a classificação SAE fala em adaptar a viscosidade em função da temperatura ambiente, mas pensando em motores de automóveis.

      Os americanos nunca fabricaram motores de arrefecimento a ar, nem previram essa possibilidade.

      Então ninguém leva em conta que os motores a ar esquentam muito mais do que os arrefecidos com radiador de água.

      Mesmo as motos com radiador de óleo trabalham mais quentes do que com radiador de água.

      E é por isso que não abro mão da viscosidade 50 e agora estou usando 60 depois que o motor ficou um pouco cansado.

      Quando a honda era Honda, também não abria mão.
      (continua...)

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    2. Os manuais vinham em inglês para tradução com essa tabela de viscosidade x temperatura, e a Honda mandava eliminar e substituir pelo óleo 20W-50 recomendado por ela.

      O fato é que funcionava suficientemente bem para o pessoal não reclamar, mesmo a maioria das concessionárias sempre colocando apenas o mínimo de óleo e deixando para o comprador a responsabilidade de completar.

      Mas logo que lançou o óleo “genuíno” 10W-30, a honda tomou a liberdade de determinar o uso exclusivo dessa viscosidade, enquanto na mesma época em outros países oferecia a alternativa de usar 10W-40 se a temperatura fosse mais elevada que no Japão...

      Dica: O Brasil é bem mais quente que o Japão.

      É assunto da postagem:

      https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/04/e-dona-honda-complicou-para-o-seu-lado.html

      Hoje existe uma nova filosofia de lubrificação nas escolas de engenharia, de cabeça feita pelas petroleiras que desenvolveram os óleos sintéticos, que diz que pelo fato de esses óleos não variarem significativamente de viscosidade por serem mais estáveis, seria possível diminuir a viscosidade utilizada.

      Não, não é, os fatos estão aí para comprovar.

      Pergunte pro Fernando Alonso...

      A bmw eliminou problemas de estouro de motor simplesmente mudando a viscosidade do óleo de 0W-30 para 10W-60, comentado nas postagens de 19 de maio e posterior:

      https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/05/motor-projetado-para-oleo-30-nao-pode.html

      https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/05/erros-e-acertos-da-postagem-da-bmw.html

      A bmw fez a mesma coisa nos motores das motos F800 lá fora.

      Ou seja, os motores são mantidos no mercado usando óleos da menor viscosidade possível para acelerar seu ciclo de vida.

      A desculpa de que os óleos finos são necessários para diminuir o consumo e a poluição é uma estória contada para o povão para que ele se acostume com carros e motos cada vez mais descartáveis.

      O leitor Takashi resolveu colocar óleo 25W-60 no seu carro projetado para usar óleo 10W-40, se não me engano, e constatou menor consumo e menos fumaça de óleo queimado.

      Ele está descrevendo o caso nos comentários da postagem:

      https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2015/06/esqueca-as-mentiras-sobre-o-oleo-e-faca.html

      Os fatos contradizem tudo que se diz por aí.

      Nos comentários dessa mesma postagem nós discutimos um vídeo de um especialista de uma petroleira que afirma que os novos óleos são fundamentais para lubrificar mais rapidamente os mancais.

      Engraçado é que usar óleo 10W-60 não é problema, mas sim solução para os mancais das bmw, ferrari, aston martin, bugati Veyron...

      O especialista atual da petroleira diz o contrário do que estava escrito em seu curso de lubrificação nos anos 70 (eu li inteirinho...)

      Óleos mais viscosos eram essenciais para garantir a lubrificação inicial justamente por serem mais viscosos e permanecerem no mancal, diminuindo o atrito na partida.

      São coisas que não se consegue explicar usando as leis da Física e a lógica desinteressadamente.

      Um abraço, e muito obrigado pela ótima contribuição,

      Jeff

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