quinta-feira, 6 de abril de 2017

Motos e motonetas na chuva

A reportagem demonstra no vídeo a fragilidade das motonetas para enfrentar enxurradas:

Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2017/03/motociclista-e-arrastado-por-enxurrada-durante-chuva-no-veja-video.html

O piloto se arriscou e a moto deu sorte de passar, mas poderia ter sido arrastada, faltou muito pouco.

Já a motoneta mais leve foi derrubada e arrastada pela correnteza forte.

É uma situação muito perigosa, potencialmente fatal que deve ser evitada sobre duas rodas. 

Não é porque uma moto mais pesada deu sorte de passar que sua motoneta conseguirá fazer o mesmo.

Motonetas são os veículos mais vulneráveis do trânsito. E bicicletas são veículos de lazer, não deveriam circular em avenidas. Pronto, falei. Quem vai ser o primeiro a atirar a primeira pedra virtual? Por via das dúvidas, espere um pouquinho que vou colocar meu capacete bem afivelado com a viseira fechada.

E as chuvas trazem outro risco para as motos e motonetas, que comentei outro dia...

Os buracos encobertos pela água que as pequenas rodas das motonetas têm enorme dificuldade para enfrentar.

Infelizmente, com um exemplo para ilustrar:
Imagem e reportagem: http://www.emaisgoias.com.br/motociclista-morre-apos-ser-atropelada-por-caminhao-no-setor-cidade-jardim/

Chuva, motos e motonetas não combinam.

Ainda mais à noite, com seus faróis e iluminação traseira limitados.

Buracos ocultos pela água suja são impossíveis de ver, ainda mais com a fraqueza do farol das motos e a viseira do capacete embaçada e coberta de gotas refratando e refletindo as luzes da rua e dos carros.

Motos e motonetas já são mais difíceis de se ver no trânsito normal durante o dia — e à noite com chuva praticamente desaparecem no mar de luzes do trânsito.

Principalmente as motonetas que têm lanternas, faróis e setas mais baixos que as motos, portanto ainda menos visíveis.
Imagem: http://yanjin.deviantart.com/art/On-the-scooter-at-night-201382470

Agora imagine essa cena com chuva...

Aliás, não precisa nem chover nem ser motoneta nem ser de noite...
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/videos/t/todos-os-videos/v/motocicleta-cai-em-cratera-aberta-no-meio-da-rua-em-arandu-sp/3268652/

Basta um buraco aberto por vazamento da rede de água para estragar o dia de um motociclista...

Motocicletas, motonetas e água — por cima, por baixo ou pelos lados — não combinam.

Ainda mais à noite.

Um abraço,

Jeff

8 comentários:

  1. O veículo mais eficiente que há é a bicicleta.

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    1. Obrigado, Luís!
      Sem dúvida. Não gasta combustível, não polui. Mas não tem velocidade, aceleração e visibilidade para rodar por avenidas de grandes centros urbanos. E na falta de espaço seguro nas avenidas, alguns ciclistas rodam pela calçada esbarrando nos pedestres.
      Bicicletas em trânsito pesado urbano são um problema em qualquer grande cidade do mundo. Menos na Holanda, que tem características muito peculiares, como a planeza de suas cidades e a baixa velocidade de tráfego típica das cidades medievais europeias.
      Mas o risco de se rodar de bicicleta atravessando cidades capitais aqui no Brasil, na minha opinião, não compensa a economia e benefício à saúde.
      Mas a vida é de cada um, meu papel como motociclista e motorista é continuar desviando de ciclistas fazendo manobras arriscadas e circulando na contramão e sem iluminação à noite.
      Aliás, eu estava bolando uma postagem sobre ciclistas depois que três deles apareceram na contramão quando eu ia para supermercado, mas acabei esquecendo depois que, na volta, um ciclista adolescente atravessou a rua para andar na contramão bem na minha frente, me obrigando a frear, o que me deu mais um tópico para a postagem. Mas isso foi logo antes de a minha moto pifar (o que será motivo de postagem especial), e acabei esquecendo.
      Mas obrigado por lembrar, agora eu colocarei novamente a postagem sobre ciclistas em pauta!
      Um abraço,
      Jeff

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  2. Bom dia Jeff, tudo bem?
    Gostaria de te pedir um conselho profissional ou uma orientação.
    Sou formado em engenharia mecânica e estou naquela fase da vida que não sei pra onde seguir e não encontro algo que me de vontade de aprofundar o conhecimento. Por enquanto o que mais me chama a atenção é o motociclismo mesmo.
    Recentemente conheci um blog chamado "equilíbrio em duas rodas" e acredito que o dono é de um prof de engenharia da motocicleta que fica em Pernambuco, bem londe de da minha cidade. No blog ele indica vários livros para se estudar sobre dinâmica, termodinâmica etc, porém são todos em inglês e isso é um problema sério.

    Bem, onde quero chegar com toda essa história?
    Vc tem ideia de onde posso encontrar esse conhecimento em português? Não encontrei livros, cursos e pós graduação nessas áreas aqui na região do Paraná, somente em Pernambuco :/

    Abraços!

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    1. Olá, Daniel!
      Somente agora estou conseguindo responder mensagens, o google dizia que havia um erro 502 que pelo jeito, nem eles sabem o que é.
      Muito bacana o blog Equilíbrio em Duas Rodas!
      Gostei da maneira como ele trata os assuntos, mas não tive tempo de ir a fundo.
      Literatura específica sobre motos eu só conheço as internas de algumas montadoras. Cursos de alto nível sobre engenharia automotiva só conheço os da FEI na cidade vizinha de São Bernardo aqui em SP. Tem os cursos práticos do SENAI e alguns cursos pela internet e à distância, mas esses são para formação de mecânicos. Há livros sobre dinâmica e termodinâmica em Português, mas literatura especificamente sobre motocicletas você encontrará em Inglês. Materiais da internet podem ser traduzidos pelo tradutor do google, está cada vez melhor e logo acabará com meu emprego.
      Posso dar uma ajuda com um ou outro texto, se você precisar.
      A maneira mais prática de aprender é fazendo. Tenho ideias para fazer algumas motos e vou precisar de um engenheiro para levar a culpa. Podemos trocar informações e traduções por email, jefferson.tradutor@gmail.com
      Quem sabe um dia meu projeto maluco acaba acontecendo?
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Bom dia Jeff.
      Muito obrigado pela resposta. Fiz uma pesquisa sobre engenharia automotiva e descobri que na utfpr de Curitiba existe esse curso, único problema é que não trabalham com motocicletas... Mesmo assim acho que vou iniciar os estudos nessa área, e as questões relacionadas a dinâmica da motocicleta talvez fique pra ser estudada por conta própria :).
      Tomara que num futuro próximo possamos fazer alguma parceria e lançar uma moto nesse mercado protegido das gigantes.
      Abraços!

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    3. Olá, Daniel!
      Tenho a impressão de que o curso da FEI aqui em SBC também só aborda automóveis, e a especialização em motocicletas precisa ser feita pelos engenheiros dentro de cada montadora porque não existem escolas específicas. Um ranço educacional proveniente do tempo em que motocicletas ainda eram vistas como pouco mais do que bicicletas motorizadas.
      E essa formação / doutrinação feita em casa em cada montadora acaba "especializando" gerando gerações de engenheiros sem nenhuma visão de mundo que não aquela oferecida pela própria empresa. E como respondi na
      resposta ao Alysson na postagem Óleo sintético, verdades e propagandas, "Nossas escolas técnicas e de engenharia não ensinam lubrificação. Nenhum profissional está preparado."
      Daí, quando alguém lá no Japão faz a burrada de dizer que um óleo 10W-30 poderá ser usado no lugar de um 20W-50 sem levar em conta o fator ambiental, ao contrário do que a prática sempre recomendou há gerações, ninguém levanta a voz para dizer um A.
      Não é à toa que a honda vem fazendo o papelão que vem fazendo, até mesmo na Fórmula 1.
      Passaram dois anos tendo problemas porque cismaram de enfiar a parte eletrônica do motor junto do turbocompressor, como se componentes eletrônicos não fossem extremamente sensíveis a altas temperaturas. "Justificaram" que o prolema era a necessidade de manter o perfil aerodinâmico compacto e não havia outro lugar...
      Aí para este ano tiveram liberdade total de desenvolver um novo motor e o resultado é o que a gente viu, na primeira corrida o Alonso tendo de tirar o pé para conseguir chegar, porque além de pouco potente, o motor bebe que nem um gambá e a mecânica não tem resistência para aguentar uma saidinha da trajetória em dia de chuva que mói o semi-eixo.
      Depois de ontem, o Alonso puxa o carro de lá (no bom sentido) antes do final do ano.
      E vai sair falando da honda que nem proprietário de CB/XRE 300.
      Um abraço,
      Jeff

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  3. Gosto muito de bicicletas e em 2001 quando trabalhava a 6km de casa ia todos os dias de bicicleta e chegava primeiro que meus colegas que pegavam onibus no mesmo ponto que eu pegaria se fosse de onibus e eles trabalhavam comigo... Eu chegava na empresa tomava banho e ia tomar um café e ai eles chegavam, mas vale ressaltar o qur o jeff disse. Pegava calçada, rua na contramão e hoje vejo que aquilk não era legal e não era seguro nem pra mim e nem para oa pedestres... A verdade é que ciclistas na sua maioria não obedecem as leis de trânsito. Estava quase esquecendo de mencionar que tbm ultrapassa farol vermelho inclusive em cruzamentos... Por isso concordo que os ciclistas correm mais riscos que os motociclistas... Pois apesar da agilidade... Falta velocidade, farol para ser um pouquinho mais visivel, equipamentos de segurança entre outros que não lembro.

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    1. Olá, Marcelo!
      Somente agora consegui responder comentários, o google/blogspot estava com problemas.
      Obrigado pelo depoimento!
      Eu gosto de falar mal das bicicletas porque quase todo motociclista um dia foi ciclista... eu também fiz muita coisa reprovável ao guidão de uma, mas tinha a desculpa de ser pré/adolescente.
      O grande problema do nosso trânsito é que todos são mal formados pelos centros de formação de condutores, e os ciclistas não recebem formação nenhuma... por não conhecerem ou não acharem necessário seguir as regras de trânsito, criam situações potencialmente perigosas para eles mesmos e para nós motociclistas. Raramente um motorista irá se machucar em um acidente com um ciclista, mas em todos os outros casos, ocorrerão ferimentos graves para eles mesmos, pedestres ou motociclistas.
      O ideal seria que todos tivessem conhecimento e boa formação como condutores. Até os pedestres deveriam aprender regras de segurança ainda crianças, e bem cedo, quanto antes melhor.
      Quem sabe um dia veremos cidadãos conscientes andando por aí... nesse dia, certamente o número de acidentes de trânsito diminuirá muito.
      Um abraço,
      Jeff

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