Adivinhou!
Um motoqueiro gordinho apanhando a luva caída!
É por isso que nunca se pode confiar em entrar cegamente em curvas cegas — mesmo que a estrada faça você se animar e atacar as curvas todo empolgadão...
Pode haver grandes obstáculos à frente.
Depois de uma curva cega sempre pode ter um carro ou caminhão em baixa velocidade...
Depois de uma curva cega sempre pode vir outra curva ainda mais fechada...
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Junte isso com nossa tendência instintiva a ficar olhando para o perigo, levando a moto diretamente para lá... é o tema da postagem A fixação do olhar e como isso te derruba.
Depois de uma curva cega pode vir um caminhão daqueles grandes que não conseguem fazer curvas apertadas sem invadir a pista contrária... (blind curve = curva cega)
E é por isso que o pessoal pinta essas faixas duplas no asfalto.
A proibição de ultrapassagem não é só para evitar trombadas com quem vem na pista contrária, ela também serve de alerta de que você não verá algum obstáculo que apareça assim que sair da curva — portanto, vá com cuidado.
Se eles dizem que não pode ultrapassar, pode apostar que existe um motivo para isso — e esse é o motivo de muito tonhão fazer a ultrapassagem proibida e se ferrar de verde e amarelo. Ou de azul, vermelho e branco.
Falando nisso, a coisa mais bizarra que apareceu na minha frente depois de uma curva foi lá no Rastro da Serpente, trajeto tupiniquim que lembra um pouco a Tail of the Dragon (Rabo do Dragão) dos vídeos.
Imagem: http://www.viagemcomemocao.com.br/rastro-da-serpente-de-moto/ O pessoal também pernoitou em Guapiara, e achei hilária a descrição do hotel... essa é a graça de viajar de moto. Só não confunda Rastro da Serpente com a Serra do Rio do Rastro, que fica em Santa Catarina.
É uma paralela interiorana com a BR-116, que liga Sorocaba via Itapetininga - SP a Curitiba no Paraná.
Perto da divisa, muito longe de qualquer cidade, depois de um tempão só vendo mato, curva e passarinho — nenhum carro, nada — faço a curva e vejo lá na frente um скейтбордист no meio da pista.
Se eu fosse enumerar coisas que poderiam aparecer no meio da pista, a última coisa que eu imaginaria ali naquelas paragens seria um emo sobre rodinhas.
Em outro lugar apareceu um susto de verdade, a pista afundou em um precipício de uns 100 metros de altura, nenhuma sinalização nem aviso antes da curva, a coisa tinha acontecido há pouco tempo.
Imagem ilustrativa: http://www.gazetadejoinville.com.br/portal/2016/01/04/serra-do-rio-do-rastro-esta-interditada/
Era assim, mas bem mais alto, e sem bloqueio da via...
E falando em bloqueio de via, até mesmo uma estrada superturística como a Serra do Rio do Rastro pode ter seus imprevistos depois das muitas curvas:
Imagem e reportagem: http://oregionalsul.com.br/destaques/35819/35819
Esse desmoronamento aconteceu na semana passada, dias depois daquele outro que atingiu e destruiu um carro.
A gente nunca sabe o que vem depois da curva, por mais deserta e tentadora que ela seja — então não vacile, ouça sempre aquela vozinha dentro do capacete quando ela falar pra você maneirar o peso da mão.
Ela não costuma errar não.
Um abraço,
Jeff
além disso discuido na postagem, no meio da curva pode ter uma "poça" de areia.
ResponderExcluirdá um tombo lindo, o problema depois é descolar o asfalto do couro do lombo.
Olá, Patrick!
ExcluirSaquei de imediato que discuido era discutido.
Recebi seu comentário e a correção via email, mas quando abri a página para responder, a correção tinha sido apagada. Foi você mesmo, ou foi bug do blogspot?
Mas foi também um descuido meu por não falar da areia e daqueles riachinhos lavando a pista que aparecem em trechos de serra, são bastante escorregadios ainda mais para motos de pneu esportivo.
Um abraço,
Jeff
eu que apaguei e escrevi de novo.
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