quinta-feira, 3 de novembro de 2016

As mentiras da troca do óleo a cada 3, 5, 10 ou 12 mil km e da capacidade real de óleo do motor da moto

Depois da denúncia da prática escandalosa de ontem, vou alertar sobre mais duas estratégias prejudiciais para nossas motocicletas muito exercidas pelas montadoras:

1) Determinar a troca do óleo do motor em quilometragens exageradas

2) Confundir propositalmente "quantidade recomendada" com "capacidade de óleo do motor" (no texto em azul)

A denúncia da postagem anterior já estava longa demais, então adiei comentar a outra mentira divulgada pela suzuki no email do Jaislan (obrigado mais uma vez, Jaislan!):
Imagem: Resposta da suzuki divlugada no vídeo publicado pelo Jaislan aos 02:10

Afirmo que a suzuki está mentindo (de novo) neste email porque essa quilometragem de 3.000 km definida pela central de atendimento está em contradição com o próprio manual do proprietário da suzuki.

Como será demonstrado abaixo, esta é mais uma mentira da central de atendimento aos clientes da suzuki — e que também é praticada com variações por outras montadoras que recomendam intervalos de troca de óleo prolongados.

A yamaha chega a falar em 5.000 km para uso do óleo mineral, a bmw chega a recomendar 10.000 km para seu óleo sintético e a honda fala em 12.000 km para seu óleo mágico semissintético em suas NC 700 / NC 750... (Obrigado por lembrar, Robson!)

Esta postagem mostrará a prova de que os engenheiros da suzuki nunca recomendaram tal quilometragem de 3.000 km.

Além disso, relacionará os motivos pelos quais essa quilometragem é totalmente inadequada e também apresentará um vídeo comprovando os efeitos danosos de tal quilometragem abusiva sobre o óleo do motor.

Essa questão do intervalo prolongado para a troca de óleo é extremamente importante e lesiva aos seus interesses, caro proprietário:

A j. toledo suzuki afirma oficialmente nesse email que "a periodicidade de troca do óleo" mineral recomendado por eles é de 3.000 km — outras montadoras fazem isso diretamente no manual do proprietário.


No entanto, não é isso que os engenheiros da suzuki falam no manual.

Ao ler o email da suzuki, a maioria dos consumidores acreditará piamente e não perceberá a contradição com o que é dito no manual do proprietário.

Afinal, quem seria louco de contestar a palavra oficial do fabricante da moto?

Mas o fato é que ao recomendar 3.000 km para um óleo mineral a suzuki está forçando a amizade — e o motor da sua moto.

Até pouco tempo atrás, nenhum fabricante recomendava óleo mineral para mais do que 1.000 km em motos de arrefecimento a ar, nem a suzuki.

Na verdade, até onde eu sei os engenheiros da suzuki até hoje nunca recomendaram oficialmente nada diferente. 

Veja:

Como foi observado pelo leitor Takashi neste vídeo, o manual do proprietário da GSR 150i e outras motos da suzuki é omisso quanto à quilometragem recomendada para a troca do óleo.

O manual não determina uma quilometragem para a troca do óleo — apenas estabelece a troca do filtro de óleo a cada 3.000 km ou 6 meses depois da segunda revisão:
Imagem: Página 24 do manual da suzuki GSR 150i em vídeo feito pelo leitor Takashi fazendo a troca conforme o manual. 

É só ler a tabela de manutenção do manual, ela menciona somente o intervalo de troca para o filtro de óleo, e não para o óleo.

E a prova de que a informação dos 3.000 km do email da central de atendimento é uma gorda mentira é esta aqui:

O manual fornece as "capacidades de óleo lubrificante no motor" tanto para a troca com filtro quanto para "somente troca"

"Somente troca" é a troca do óleo sem substituição do filtro de óleo.
Fonte: Manual do Proprietário de j toledo suzuki motos do Brasil da GSR 150i publicado na internet por POWERED Jaislan® Produções©

Se o óleo deveria ser trocado junto com o filtro somente a cada 3.000 km como diz a mentira do email da central de atendimento...

Por que o manual do proprietário determina uma quantidade para troca do óleo sem a substituição do filtro?

Essa seria uma informação totalmente desnecessária se o óleo realmente devesse ser trocado apenas a cada troca do filtro de óleo a cada 3.000 km, você concorda?

Ao especificar a quantidade para troca sem substituição do filtro do óleo, o manual da suzuki ambiguamente afirma — sem usar palavras — que O ÓLEO DEVE SER TROCADO EM INTERVALOS MENORES DO QUE OS 3.000 km DA TROCA DO FILTRO... 

Basta o mínimo de raciocínio e conhecimento do assunto para chegar a isso.

Essa técnica de elaborar manuais ambíguos com procedimentos subentendidos é muito comum entre as montadoras.

Por exemplo, a dafra não menciona a necessidade de ligar o motor para efetuar a medição a frio do nível de óleo da Horizon 150, mas faz um alerta para tomar cuidado com o escapamento quente...

Nos novos manuais de proprietário das CG 160, CB Twister, etc. a honda continua recomendando uma quantidade insuficiente, mas instrui a medir o nível de óleo "corretamente" ligando e desligando o motor logo após a troca do óleo.

No entanto, deixou de orientar que a medição precisa ser feita com o motor completamente frio a fim de evitar uma leitura com o óleo dilatado.

O detalhe é que a troca é feita com o motor quente, e nessa condição a quantidade recomendada parece atingir o nível correto... é uma ilusão, é o mesmo caso da denúncia de ontem.

Se o proprietário conferir novamente no dia seguinte pela manhã irá descobrir que a moto já está pedindo mais óleo...

Mas quem é que confere o nível de óleo duas vezes após a troca?

Todo mundo confia na informação dos fabricantes e segue em frente.

Não devia...

As montadoras se aproveitam que os proprietários desconhecem os pormenores da lubrificação do motor — desconhecem até mesmo a função do óleo dentro do motor.

Mas a partir de hoje isso não acontecerá mais com você, leitor / leitora, porque as funções do óleo e os motivos para não prolongar exageradamente a quilometragem para a troca do óleo serão explicados nesta postagem.

A suzuki afirma mentirosamente no email oficial da central de atendimento que "a periodicidade de troca do óleo é a cada intervalo de 3.000 km."

MENTIRA DESCARADA que não tem apoio nas informações publicadas no seu próprio manual do proprietário...

E que, como é explicado ao longo do texto, contribui significativamente para a diminuição da vida útil do seu motor.

A OUTRA MENTIRA DESCARADA começa no próprio manual do proprietário, vale a pena recapitular rapidamente:

A mentira é chamar a "quantidade aproximada" de óleo recomendada para a troca de "capacidade de óleo lubrificante no motor".
Fonte: Manual do Proprietário de j toledo suzuki motos do Brasil da GSR 150i publicado na internet por POWERED Jaislan® Produções©

Ao fazer esse uso indistinto de palavras com significados diferentes, a suzuki (e não só ela) induz seus clientes a pensarem que não podem colocar nem uma gota a mais de óleo no motor — porque a palavra "capacidade" passa a ideia da impossibilidade de o motor aceitar mais óleo.

E isso não é verdade, como foi demonstrado na postagem anterior e na postagem O óleo da Intruder 125 e a farsa desmascarada.

É um recurso que não apenas a suzuki, mas várias outras montadoras utilizam — a honda escreve "capacidade de óleo 1 litro" nos manuais de proprietário das CG Fan e Titan.

Isso causa aos proprietários o receio de complementar o óleo até atingir a marca de nível superior, mas a própria honda distribui documentação pública afirmando que a capacidade do cárter é de 1,2 litro.

Com medo de estragar o motor por excesso de óleo — um risco real, mas que não ocorre quando se segue a determinação de completar até atingir a marca superior conforme o procedimento do manual — os proprietários são induzidos pelos fabricantes a estragar o motor por insuficiência de óleo.

Lentamente, mas inescapavelmente, o motor trabalhará mais quente que o ideal e as peças se desgastarão em taxas mais aceleradas... e no final, a conta sobrará para o dono da moto pagar ao fabricante das peças.

Fabricante que, por coincidência, é a própria montadora que causou toda a confusão ao elaborar um manual ambíguo — e no caso da suzuki, ao mentir para seus clientes que buscam orientação.

Voltando à quilometragem recomendada para a troca do óleo da suzuki — mas o raciocínio é aplicável aos motores de todas as motocicletas:

3.000 km é uma quilometragem com base em condições ideais de uso do motor e do óleo mineral que não se aplicam à imensa maioria das motos de pequena cilindrada.

Especificamente, no caso da suzuki não se aplicam nem à pequena Burgman, nem à Intruder 125, Intruder 250, Yes 125, GS 120, GSR 125 ou GSR 150i.

Essa quilometragem é atingível com óleos minerais apenas com motos arrefecidas a água, que não esquentam tanto quanto as motos arrefecidas a ar.

É uma quilometragem possível (mas não recomendável) para a Inazuma e Burgman 400 de arrefecimento líquido, e as outras daí para cima.

Nas motos arrefecidas a ar, o óleo se deteriora muito mais rapidamente porque a temperatura mais alta do motor facilita e acelera as reações químicas que degradam o óleo.

Ainda mais o óleo mineral que não resiste tão bem às altas temperaturas quanto o óleo sintético.

Para começar a conversa:

Em quanto tempo esses 3.000 km são percorridos?

Por negligência, a suzuki não mencionou nesse email a informação importante sobre o período máximo de troca de 6 meses recomendado no manual.

É uma falha grave considerável em um documento oficial que deveria orientar corretamente seus clientes.

Tem mais:

A quilometragem recomendada para troca pela central de atendimento não considera se esses 3.000 km foram percorridos em uma única viagem de 5 dias a 90 km/h — ou em 180 percursos diários de 16,6 km a 40 km/h. 

Você atingirá 3.000 km das duas maneiras, mas elas são muito diferentes em termos de desgaste do motor e vida útil do óleo.

Na primeira situação, o óleo do motor completa um número de ciclos e horas de trabalho muito menor do que na segunda.

Rodando na estrada serão 33,3 horas totais de trabalho do óleo em condição ideal de funcionamento do motor durante apenas 5 dias.

Já rodando poucos quilômetros por dia serão 75 horas totais de trabalho do óleo durante 180 dias na condição de uso mais severa do motor — utilização em parte significativa do tempo com o motor abaixo da temperatura normal de funcionamento.

O leitor Clebeson Policarpo perguntou no facebook:

Não seria com o motor acima da temperatura ideal?

Seria abaixo porque o motor só atinge a temperatura ideal de funcionamento perfeitamente distribuída em todo o motor depois de uns 10 ou 15 minutos de funcionamento.

E você não pode pré-aquecer o motor por todo esse tempo antes de sair, porque com a moto parada ele iria se superaquecer sem ventilação e acabar com o cabeçote empenado (deformado).

Muita gente já chegou ao seu destino nesse meio tempo, ou então isso representa 50% do seu trajeto.

E nessa condição as folgas ainda não chegaram ao ponto ideal, o motor consome mais óleo, polui mais, o óleo é mais severamente contaminado do que quando entra em regime.

Se durante o trajeto ele pegar um congestionamento, aí sim o motor trabalhará acima da temperatura ideal.

Além disso, em baixa velocidade com paradas frequentes no trânsito da hora dos picos de congestionamento.

E com a possibilidade de ficar preso parado em marcha lenta no trânsito, quando a temperatura aumentará significativamente e não haverá ventilação adequada para o motor.

Nessa condição de jornadas curtas o óleo será exposto por até 180 dias a uma grande quantidade de combustível não queimado e gases da queima provenientes da câmara de combustão (gás blow-by).

E funcionará por muito mais tempo em condições ruins quando comparado a um motor trabalhando em condição de estrada com rotação estável e ventilação ideal.

O que nos leva ao outro motivo porque quilometragens prolongadas de uso do óleo nunca são recomendáveis:

Gasolina e álcool são solventes de óleo — diluem e prejudicam suas qualidades lubrificantes.

Nossa gasolina contém um teor de álcool que não é recomendado para motores em lugar nenhum do mundo.

No entanto, o veto ao uso de combustível com teor elevado de etanol é sumariamente eliminado dos manuais de proprietário de veículos brasileiros — caso contrário seria impossível vender carros e motocicletas no Brasil.

Esse etanol presente obrigatoriamente por decreto em todos os tipos de gasolina à venda no Brasil gera maior volume de vapor de água na câmara de combustão.

Vapor de água em alta temperatura e pressão se decompõe em hidrogênio livre, oxigênio livre e radicais livres de OH (oxidrila ou hidroxila) que reagem com os componentes do óleo lubrificante.

Essas reações degradam o óleo em taxas muito maiores do que no exterior, onde a gasolina é pura e não há tanto vapor de água.

Óleo degradado tem suas qualidades lubrificantes prejudicadas — o que significa que ao final da vida útil do óleo é maior o atrito interno das peças e seu desgaste é mais acelerado.

É por esse motivo que o motor da sua moto funciona tão melhor quando você faz a troca do óleo — ele fica mais silencioso, a marcha lenta fica mais estável e o câmbio fica mais suave de engatar porque a lubrificação com óleo novo é mais eficiente.

Mas as quilometragens de troca são mantidas elevadas sem considerar esses agravantes locais — como se nossas motos rodassem no Japão em clima ameno e com gasolina de alta qualidade.

Ao recomendar uma quilometragem extremamente alta, esse óleo degradado permanecerá muito mais tempo no cárter se oxidando, acidificando e deteriorando.

Exceto os óleos totalmente sintéticos puros, todo óleo lubrificante contém enxofre (S) residual do refino do petróleo.

Enxofre (S) é altamente reagente com oxigênio (O) e hidrogênio (H), formando H2SO4.

Esse óleo contaminado por H2SO4 formado pela combinação de vapor de água e hidrogênio liberado na combustão reagindo com o enxofre presente no óleo lubrificante poderá permanecer no cárter por até 175 dias a mais do que o óleo usado na viagem de 5 dias.

H2SO4 é ácido sulfúrico, corrói tudo.

Quanto mais tempo o óleo permanecer no cárter, maior sua contaminação por ácido sulfúrico, mais agressivo quimicamente será o óleo velho dentro do motor.

E se isso tudo não bastasse, finalmente o terceiro e mais importante fator para não adiar a troca de óleo por quilometragens elevadas:

Graças a suas propriedades detergentes, o óleo mantém em suspensão as micropartículas de alumínio, aço e carvão resultantes do desgaste e funcionamento normais do motor — pois além de lubrificar e esfriar, a terceira função do óleo é limpar internamente o motor.

As micropartículas maiores são retidas pelo filtro, mas as menores que a porosidade do elemento filtrante em motos que usam filtro do tipo cartucho como a GSR 150i e a Intruder 125 continuarão circulando por longos seis meses junto com o óleo.

Cada vez em maior concentração conforme aumenta o número de horas e ciclos de funcionamento do motor, essas micropartículas flutuando no óleo atuarão como uma microlixa abrasiva cada vez mais eficiente sobre as peças de maior precisão, mais delicadas, caras e submetidas aos maiores esforços e folgas mínimas.

Os maiores prejudicados serão a bomba de óleo, os rolamentos e mancais, comando, parede do cilindro e as superfícies dos dentes das engrenagens do câmbio. 

Em motores multicilindros maiores com bronzinas, de manutenção supercara, as bronzinas serão as maiores vítimas.

É por tudo isso que não é vantagem nenhuma para o proprietário prolongar a permanência de óleo sujo, contaminado, degradado e acidificado no motor.

Prolongar o uso do óleo é uma economia burra que vai contra os interesses dos proprietários — mas não contra os interesses de quem quer vender peças e serviços de retífica e manutenção do motor.

Ou convencer o proprietário a comprar um modelo mais novo ou mais potente antes que a moto atual "comece a dar problemas".

Curiosamente, os fabricantes adoram recomendar quilometragens elevadas para a troca do óleo...

Essa é mais uma das mentiras propagadas pela central de atendimento da suzuki em desacordo com o manual do proprietário.

Determinar uma quilometragem absurdamente elevada para a troca periódica não traz economia alguma — somente causa prejuízo aos proprietários.

E é uma mentira institucionalizada por todas as montadoras de motocicletas.

Melhor do que apenas falar é mostrar exemplos da vida real.

Nada como ver o estado lamentável em que fica um óleo mineral depois de rodar 3.000 km para entender o problema.

Veja a condição do óleo que sai deste motor a partir dos 16:35:
Apesar do título, o autor não faz a troca de óleo conforme o manual. 
Aliás, ele exemplifica de maneira perfeita como os proprietários são vítimas das estratégias utilizadas pelas montadoras para induzir seus clientes a erros — por exemplo, o erro de usar menos óleo do que o necessário para atingir o nível recomendado no manual, o erro de usar óleo mineral por quilometragens excessivamente elevadas, o erro de usar óleo de viscosidade inadequada. 
O sofrimento do motor com óleo 10W-40 — não recomendado pela fabricante, mas gravado nas tampas de outros modelos da suzuki como denunciado na postagem anterior — é perfeitamente audível no vídeo enquanto ele aquece o motor após a troca a partir de 16:15.

Você observa que o óleo se tornou quase uma lama de tantos contaminantes...

A última gota dessa quase lama nem consegue escorrer tamanha é a quantidade de contaminantes presentes nesse óleo que rodou 3 mil km:
Imagem: Vídeo do Jaislan mostrado acima aos 17:35.

Toda essa sujeira ficou passeando lá dentro do motor por relativamente pouco tempo porque o autor do vídeo faz altas quilometragens semanais.

Agora imagine o caso dos usuários que rodam baixas quilometragens por dia mantendo esse caldo sujo dentro do motor por meses... coitado do motorzinho.

Usar a desculpa de que os óleos modernos podem ser usados por mais tempo apenas mascara o fato de que essa maior duração estará contribuindo somente para acelerar o desgaste do motor.

É verdade que óleos sintéticos e semissintéticos resistem melhor a altas temperaturas — mas eles continuam sendo contaminados pelos gases de combustão.

Eles continuam sendo contaminados pelas partículas desgastadas do motor, eles continuam mantendo essas micropartículas em suspensão circulando dentro do motor.

Por que as montadoras enfatizam tanto o grande intervalo recomendado para troca?

Porque é vantajoso para elas, não para você.

O ganho sobre a venda de poucos litros de óleo é insignificante.

Mas o ganho sobre a venda de peças de reposição e serviços de recondicionamento, além de facilitar a venda de motocicletas zero km "antes que sua moto atual comece a dar problemas" — ah, esse é lucrativo.

Essa falsa economia na troca de óleo é um forte argumento de vendas que ilude e seduz muitos proprietários.

Quem tem dinheiro para jogar fora não está nem aí que o motor vá durar menos.

O playboyzinho irá ralar e vender a moto em poucos meses, para ele tanto faz.

A bomba sobrará para o comprador da moto de segunda mão, que sabe que não terá direito à garantia.

Quando o motor der pau com baixa quilometragem, ele pensará que deu azar e amargará o mico do conserto.

trabalhador comprador da moto de segunda mão, e principalmente o trabalhador que compra a moto zero km pensando em contar com ela por muitos anos, afinal foi comprada com dinheiro suado, pensado, sacrificado... 

Esses é que são as maiores vítimas desses artifícios praticados pelas montadoras de motos.

Elas exploram o desconhecimento e a boa fé do povo para lucrar mais recorrendo a artifícios para enganar seus consumidores.

Não precisariam recorrer a esse tipo de expediente, mas o fazem de maneira contumaz.

E os proprietários, tal qual um rebanho obediente, não questionam, não argumentam, nem imaginam a tramóia — apenas levam suas motos direto para o abatedouro espertamente arquitetado pelos fabricantes.

Não agradeça a mim, o mérito é todo dos fabricantes.

Essa mesma marmotagem do óleo mineral para quilometragens altíssimas é praticada por outras montadoras como a yamaha e a dafra.

A honda usa a desculpa do mágico óleo semissintético... assim como a bmw abusa da desculpa do óleo sintético.

Esse é um álibi — não convincente e derrubado por argumentos técnicos sobre a contaminação e degradação a longo prazo do óleo — que suzuki, yamaha e dafra não podem usar porque recomendam óleo mineral. 

A kawasaki só escapa da lista porque, apesar de recomendar óleo mineral, todas suas motos são de arrefecimento líquido — mas a kawasaki comete o mesmo pecado do óleo insuficiente denunciado na postagem anterior.

Questione isso com a montadora de sua moto, seja ela qual for, e veja o que eles te respondem.

Envie um print da sua pergunta e da resposta que eles vão te enviar para jefferson.tradutor@gmail.com
jefferson.tradutor@hotmail.com (Estou com problemas para receber mensagens no gmail.)

Montadoras, respondam a esta acusação se tiverem alguma coisa a dizer.

Terei prazer em publicar tudo aqui no blog. 

E aproveito para agradecer mais uma vez ao vídeo filmador Jaislan da Silva Pereira por suas contribuições inestimáveis sem as quais seria impossível comprovar estas duas denúncias não apenas contra a suzuki, mas contra toda uma série de indústrias que lucram com o nosso prejuízo.

Um abraço,

Jefferson Wagner Dessordi

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A mentira oficial da j. toledo suzuki sobre o óleo do motor — e as 5 perguntas que a suzuki se recusa a responder

Finalmente este blog obteve provas irrefutáveis de mais uma montadora fornecendo informações enganosas aos consumidores:

A j. toledo suzuki motos do Brasil mente metodicamente para seus clientes a respeito do procedimento de troca do óleo das motos fabricadas e comercializadas por ela.

E o melhor, as provas foram fornecidas por eles mesmos, não têm como negar a prática abusiva e lesiva aos consumidores:
Os flagrantes das mentiras são totais e definitivos, não deixam qualquer dúvida.

Afinal, são documentos oficiais emitidos e assinados por eles.
Com base nas provas apresentadas abaixo, eu acuso:

A suzuki — como a maioria das outras montadoras de motos — publica manuais com informações ambíguas que induzem os proprietários a tratar suas motos com uma quantidade de óleo menor do que a ideal.

E sua Central de Atendimento não tem pudor de contradizer as informações recomendadas por seus engenheiros nos seus próprios manuais de proprietário — fornecendo instruções incorretas por escrito sobre o procedimento de medição do nível de óleo.

E não apenas isso:

Quando questionada a respeito dessas contradições, a suzuki motos OMITE INFORMAÇÕES CRUCIAIS PARA OS PROPRIETÁRIOS em flagrante desrespeito às leis e regras básicas de respeito a seus consumidores.

E essa prática coloca a vida útil do motor da sua moto e a própria vida dos ocupantes em risco.

Essa história começa assim (e depois fica bem melhor):

Outro dia o cidadão Jaislan da Silva Pereira discordou de uma postagem aqui do blog e encaminhou um email para a j.toledo suzuki a fim de confirmar qual o procedimento correto de troca do óleo da moto dele, uma suzuki GSR 150i. Obrigado, Jaislan, serei eternamente grato!

A dúvida demonstrada por ele se resume em:

— A quantidade recomendada no manual do proprietário é definitiva e não deve receber um complemento para chegar ao nível determinado, como ele e a enorme maioria de proprietários interpretam?

— Ou é necessário completar com mais óleo até atingir a marca de nível superior "F" gravada no visor a fim de contar com toda a faixa de segurança do visor de nível de óleo — como afirmam o manual do proprietário e o autor deste blog aqui?

Não é uma questão tola.

Rodar com o óleo abaixo do nível recomendado acelera o desgaste do motor e quando muito baixo o motor pode até mesmo travar em plena rodovia, podendo causar um acidente de consequências (im)previsíveis — motociclistas têm o péssimo hábito de morrerem quando atropelados.

Ao colocar apenas a quantidade recomendada, os proprietários são enganados duas vezes:

A primeira porque a montadora recomenda uma quantidade insuficiente que parecerá correta no primeiro momento; e a segunda porque o manual induz os proprietários a realizar a medição logo após a troca, com o motor ainda quente — quando o correto é com o motor frio ligado por apenas 2 ou 3 minutos.

O manual não diz uma palavra sobre o fato de que a mesma medição feita no dia seguinte pela manhã com o motor frio dará um resultado totalmente diferente — com o nível praticamente no mínimo já pedindo complementação para chegar ao nível seguro de trabalho.

Tomo a liberdade de reproduzir a resposta oficial da j. toledo suzuki que o Jaislan publicou em um de seus vídeos porque ela será muito importante para esclarecermos de uma vez esta história:
Imagem: Resposta da suzuki divlugada no vídeo publicado pelo Jaislan aos 02:10

Não sei qual foi a pergunta nem como ela foi formulada, mas a j. toledo suzuki se limitou a enfatizar a quantidade de óleo da GSR 150i nas trocas:

"Havendo apenas troca do óleo 1.000 ml (1 litro), troca do filtro de óleo 1.100 ml."

Mas também não deixou de afirmar que:

"A quantidade deve ser seguida conforme manual do proprietário".

A j.toledo suzuki deu uma resposta ambígua resumindo o que está escrito no manual, mas sem dizer explicitamente que se deve ligar e desligar o motor, nem dizendo para colocar mais óleo para atingir a marca "F".

E também não disse que é importante fazer a medição com o motor totalmente frio pela manhã, porque logo após a troca o motor quente dilata o óleo e dá uma leitura falsa de nível alto.

Jaislan entendeu, e acredito que todo mundo que ler esse email também vai entender, que a j.toledo suzuki não autoriza colocar mais óleo do que as quantidades recomendadas, estou certo nessa interpretação?

Ora, então o manual do proprietário está errado?

Porque lá os engenheiros falam claramente que é necessário completar até atingir a marca "F".
Fonte: Manual do Proprietário de j toledo suzuki motos do Brasil da GSR 150i publicado na internet por POWERED Jaislan® Produções©

A Central de Atendimento parece dizer que essa complementação não é necessária.

Dependendo de como essa resposta oficial for interpretada, teremos duas opções:

1) Ninguém na suzuki estava mentindo:

— A pergunta poderia ter sido feita enfatizando somente a quantidade do óleo e não o detalhe fundamental do procedimento de completar até a marca "F", daí a omissão desse detalhe na resposta.

— A resposta é tão ambígua quanto o manual e "quantidade seguida conforme manual" da GSR 150i implica colocar o adicional suficiente para atingir a marca de nível F começando com "aproximadamente" 1.000 ml ou 1.100 ml.

— Um responsável por dar informações oficialmente em nome da suzuki simplesmente errou. Errar é próprio do ser rumano.

2) Alguém na suzuki obrigatoriamente estava mentindo — porque se a resposta se refere a colocar apenas a quantidade exata, só há uma alternativa válida entre estas duas:

— Ou os engenheiros que projetaram o motor e determinaram ser necessário ligar e desligar o motor e completar o óleo até atingir o nível superior do visor mentiram quando escreveram o manual... 

— Ou a Central de Atendimento que responde oficialmente pela suzuki e determina uma quantidade exata mentiu no email.

Seja qual for o motivo, a resposta da j.toledo suzuki foi suficientemente ambígua para permitir duas opções de interpretações conflitantes.

Então essa resposta oficial não é satisfatória porque nos leva de volta ao ponto de partida:

A quantidade recomendada não atinge o nível recomendado se não receber óleo adicional.

Não sei quanto a você, mas eu odeio respostas ambíguas que mais confundem do que esclarecem.

Elaborei um questionamento à suzuki que não deixasse margem para dúvidas — perguntas que uma vez respondidas não permitiriam qualquer outra interpretação que não fosse a verdade dos fatos.

Dando à suzuki a plena chance de esclarecer definitivamente a verdade, na manhã da segunda-feira 24/10/2016 eu encaminhei o seguinte email para o mesmo endereço que o Jaislan:
E as perguntas que fiz para a central de atendimento da j.toledo suzuki foram diretas e objetivas a fim de obter respostas claras e definitivas:
Por que perguntei sobre a Intruder 125 e não sobre a GSR 150i?

Porque no caso da Intruder a diferença é ainda mais significativa — sei disso porque vários leitores confirmaram — basta ler a postagem Óleo da Intruder 125 e a farsa desmascarada.

Além disso meu irmão teve uma comprada zero km, é uma moto que vi pessoalmente.

As quantidades recomendadas para a troca de óleo da Intruder 125 são de 850 ml (sem filtro) e 950 ml (com filtro), enquanto sabemos por experiência que são necessários 1.100 ml para a troca sem filtro e 1.200 ml para a troca de óleo com substituição do filtro.

Além disso, tenho outras dúvidas sobre a correção do marcador de nível de óleo da GSR 150i, então optei por uma moto encontrável em maior quantidade e portanto mais fácil de comprovar a denúncia de maneira incontestável.

Ao mesmo tempo, já aproveitaria para esclarecer essa questão de o manual da Intruder 125 recomendar o óleo 20W-50, mas a tampa do bocal de abastecimento trazer a gravação 10W-40.

Isso leva proprietários ingênuos a pensar que a viscosidade 10W-40 é aceitável e com isso acabam colaborando inocentemente para abreviar a vida útil de seu motor.

Passados dois dias sem resposta para dúvidas tão simples, encaminhei novo email para o mesmo endereço às 12:47 da quarta-feira 26/10/2016 — sei lá, o primeiro email podia ter se perdido no caminho, né?
Bom, o primeiro email nunca foi respondido, mas o bacana é que depois de aguardar mais dois dias, em 28/10 às 11:57 chegou a resposta oficial da central de atendimento da suzuki motos do Brasil para o segundo email! 

Saboreie:
Os emails que enviei disseram claramente que o procedimento conforme o manual deixa o nível baixo no visor, mas a suzuki não respondeu essa dúvida fundamental.

Ao não comentar absolutamente nada sobre a necessidade de colocar mais óleo no motor, ela aparentemente está desautorizando a colocação de mais óleo no motor.

E foi dito explicitamente para eles que 850 ml ou 950 ml eram insuficientes.

Ao recorrer ao expediente de dizer "usar a quantidade de óleo de acordo com o manual" e enfatizar a quantidade e não o procedimento, ela induz o leitor a erro.

Não diz claramente que a complementação é necessária, mas se respalda contra qualquer acusação de estar mentindo...

Mesmo assim eu a acuso de estar mentindo, porque ao invés de esclarecer o assunto quando questionada diretamente, a suzuki acabou fornecendo um procedimento de medição alternativo (incompleto e incorreto) para a medição do nível de óleo.

A suzuki respondeu apenas o que quis, e manteve oculto o que não lhes interessa revelar.

O proprietário que não tiver acesso ao manual do proprietário (caso de 99% dos compradores de motos de segunda mão) e recorrer à central de atendimento somente obterá como resposta essa carta padrão mentirosa.

A suzuki reafirma a quantidade insuficiente e diz que o nível pode ser verificado sem ligar o motor — em total desacordo com o procedimento de seu próprio manual do proprietário.

A suzuki afirmou com todas as letras um procedimento que induz o proprietário a aceitar como normal o resultado da medição que está em desacordo com o manual do proprietário.

Determinou um procedimento que irá abreviar a vida útil do motor.

Um procedimento que pode causar o travamento do motor e roda traseira da moto em alta velocidade por insuficiência de óleo, resultando na queda e atropelamento dos ocupantes da motocicleta!

Esse email permite descartar a possibilidade de aquele outro recebido pelo Jaislan ter sido um mero erro de algum atendente — o modus operandi enganoso é praticado regularmente.

A central de atendimento deveria ser a autoridade máxima sobre o assunto. 

Nunca poderia entrar em contradição sobre assuntos sérios e básicos como este.

Isso explica porque mecânicos de concessionárias e autônomos do país inteiro tratam tão mal os motores de nossas motos.

Ao repetir o mantra "não pode colocar uma gota a mais do que fala o manual" — apesar de o manual recomendar expressamente colocar mais óleo — estão apenas cumprindo determinações que vêm das próprias empresas.  

É delas que parte o erro que, curiosamente, não traz consequências danosas para eles, mas apenas para os proprietários.

Eu ainda dei uma terceira chance para a suzuki enviando este outro email às 13:18 da sexta-feira 28/10:
Para desencargo de consciência e para ter certeza de que eles estariam ignorando as perguntas deliberadamente, na noite de domingo 30/10 enviei outra vez o mesmo questionamento.

Mas agora por outro canal e não como continuação da conversa, mas diretamente via site da suzuki para testar a resposta no caso de cair em outro departamento lá dentro:
Formulário: http://www.suzukimotos.com.br/ATENDIMENTOCLIENTE/

E obtive a confirmação via email de que eles receberam o formulário, e foi feita por um departamento que se identificou de maneira diferente (Depto. Atendimento ao Cliente), mas usou o mesmo endereço de email.
Pois é, eu realmente estava falando com as únicas pessoas autorizadas a responder em nome da suzuki...

E a "resposta" à pergunta do domingo chegou na segunda-feira via o mesmo departamento da primeira "resposta":
A mesma resposta padronizada que eles entregam a milhares de proprietários.

A mesma resposta padronizada mentirosa que nada esclarece e que somente prejudica os consumidores.

E até às 18 horas desta terça-feira 1º de novembro de 2016 nenhuma outra resposta veio da suzuki, somente estas enganações.

Desde a primeira consulta na segunda-feira pela manhã foram praticamente 7 dias úteis — e as únicas respostas apenas provaram o total desrespeito da montadora suzuki aos consumidores de seus produtos.

As perguntas foram diretas e a suzuki se esquivou e não respondeu ao que foi perguntado.

Pior, omitiu informações vitais.

Pior ainda, informou conscientemente um procedimento errado.

Fazendo o que está dito nos emails, fica impossível para o proprietário descobrir a contradição entre a quantidade e o nível recomendados.

Esse email comprova que a suzuki se preocupa apenas em divulgar a quantidade insuficiente de óleo — ELA NÃO TEM INTERESSE EM ESCLARECER O PROCEDIMENTO CONTRADITÓRIO DO MANUAL DO PROPRIETÁRIO.

Tanto na resposta ao Jaislan quanto nas respostas para mim não existe uma única palavra sobre a necessidade de ligar o motor por 2 a 3 minutos — item 11 do procedimento do manual:
Nos emails não há nenhuma palavra sobre completar o nível de óleo até atingir a marca "F" — item 12 do procedimento do manual:
O manual diz claramente que O NÍVEL DEVE SER COMPLETADO ATÉ ATINGIR A MARCA "F" — o que implica automaticamente em colocar mais óleo do que 850 ml ou 950 ml na Intruder 125.

Mas perguntada explicitamente sobre isso, a suzuki ignorou.

De um total de 7 (sete) perguntas, a suzuki respondeu 2 (duas).

Por que não responde às outras 5 (cinco) perguntas, dona suzuki?

— A Central de Atendimento está afirmando que eu não preciso ligar o motor para medir o nível?

— O que vale é a marca F ou a quantidade?

— Eu posso ou não posso colocar mais óleo do que a quantidade recomendada a fim de atingir o nível recomendado?

— Qual o motivo dessa diferença entre a quantidade recomendada e o nível recomendado?

— Se a quantidade recomendada deixa o nível tão baixo no motor, por que não se diz simplesmente a quantidade correta de maneira a não causar mal entendidos, dúvidas e erros?

— POR QUE ESSAS PERGUNTAS DIRETAS NÃO SÃO RESPONDIDAS?

Quando a empresa se desvia do procedimento e orienta os proprietários erradamente, seus clientes estão sendo feitos de trouxas e são levados a rodar com o óleo já no mínimo a partir de cada troca.

Os clientes confiam que recebem seus motores bem lubrificados das revisões das concessionárias.

Eles confiam que o motor da moto estará protegido ao seguir as quantidades recomendadas pelo fabricante, sem atentar sobre a incoerência em relação ao procedimento da Engenharia.

Confiam na palavra do fabricante, e se ele diz que são 850 ml ou 950 ml, não têm motivo para duvidar — afinal, é a palavra do fabricante...

Só que mesmo quem percebe a contradição do manual e tenta tirar dúvidas é induzido a permanecer no erro.

Recebendo a moto com pouco óleo da revisão da concessionária, o proprietário não terá como descobrir o macete.

Orientado a medir o nível com um procedimento incorreto que não permite descobrir que você está sendo tapeado, você sempre completará o nível de maneira também incorreta.

O dono da moto rodará sempre com o óleo abaixo das condições determinadas pelos engenheiros que projetaram o motor.

Fazendo isso, seu motor durará metade da vida útil que poderia durar e até menos, dependendo das condições de uso da moto.

A j. toledo suzuki venderá mais peças de reposição em menos tempo, venderá mais motos em menos tempo, e o prejuízo será todo seu.

Pelo menos a suzuki foi sincera quanto à gravação 10W-40 da tampa do óleo do motor da Intruder 125:
A montadora reconhece que simplesmente não tomou o cuidado de usar tampas com gravações de viscosidade adequadas ao nosso país e ao produto fabricado por ela.
Imagem: Montagem sobre foto encontrada em http://www.intruder125.com.br/2011/07/trocar-o-oleo-de-motor-faca-voce-mesmo.html — Um tutorial para a troca de óleo da suzuki Intruder 125 em que o autor percebe a incoerência das informações fornecidas pela fabricante no manual do proprietário.

Essas tampas com a gravação 10W-40 são incoerentes com o seu produto, com o seu manual do proprietário e principalmente com o estabelecido no Código de Defesa do Consumidor.

É responsabilidade do fabricante fornecer informações confiáveis sobre seus produtos.

Ao não fazer isso, mais uma vez induziu os donos das motos ao erro de usar um óleo inadequado para nosso país.

Muitos proprietários não sabem que "a tampa informando 10W-40 segue um padrão internacional" e pensam que podem usar esse óleo...


Vão acabar destruindo seu motor mais rápido.

Isso é um desrespeito ao consumidor brasileiro e à legislação brasileira de defesa do consumidor.

Você compra uma Intruder 125 de segunda mão e não recebe o manual do proprietário, qual a informação que chegará até você?

O dado do manual que você não tem e nem carrega na moto, ou a tampa do óleo do motor gravada 10W-40 (e a informação 850 ml gravada na carcaça)?

Essa não conformidade da tampa de óleo é apenas mais uma prova de que a suzuki se omite quanto à coerência das informações prestadas a seus clientes em seus produtos, manuais e serviço de atendimento a clientes.

Você que não é dono de uma suzuki, não se iluda:

Exceto pela inconformidade da tampa do óleo, que até onde sei é exclusividade da suzuki, as outras montadoras fazem a mesma coisa de fornecer informações ambíguas nos manuais.

Essa prática lesiva não é exclusiva da suzuki — honda, yamaha, kawasaki, dafra e várias outras montadoras de motos usam a mesma tática com a finalidade de diminuir a vida útil dos motores e assim vender mais peças de reposição e acelerar a decisão dos clientes para a troca por um modelo mais novo ou mais potente.

Faça o teste em sua moto de qualquer marca e modelo, e questione essas incoerências para sua montadora.

Estou muito curioso para ver a resposta que eles darão.

A resposta da dafra eu já conheço, fraudaram o manual do proprietário para enganar o Ministério Público Federal e continuaram fraudando nos novos modelos lançados posteriormente com as mesmas consequências.

A honda continua afirmando que Titans e Fans usam somente 1 litro de óleo, mas se o dono fizer o procedimento correto do manual, descobre que precisa 1,2 litro a cada troca.

A honda diz que a CB 300 e a XRE 300 usam somente 1,5 litro de óleo, mas se o dono fizer o procedimento correto do manual, descobre que precisa 1,8 litro a cada troca.

yamaha e kawasaki fazem a mesma coisa, geralmente o erro de quantidade fica na casa dos 20% a 30% para menos.

Há várias postagens neste blog abrigadas no tema Denúncia na lateral desta página.

Ali você encontrará material sobre a honda, yamaha, suzuki, kawasaki, bmw, triumph, mvk, kasinski e dafra... 

Não acredite em mim, faça o teste na sua moto.
Procedimento de medição com base no manual da CG 150 Titan. Manuais de outras motos dizem basicamente a mesma coisa, exceto bmw, triumph, harley-davidson e indian (que eu saiba) que pedem medição totalmente a quente. Alguns fabricantes determinam rosquear a vareta medidora. Motos de cárter seco como a Falcon exigem tempos de funcionamento maiores antes da medição, mas você verifica a mesma ocorrência de nível ideal impossível de ser atingido apenas com a quantidade recomendada, exigindo complementação.

Os manuais de proprietário induzem a erros de interpretação. A postagem Como ver o nível de óleo da moto explica o assunto.

E o depoimento em vídeo de um leitor que comprovou isso na sua própria moto você encontra na postagem O vídeo da polêmica do 1 litro de óleo.

Sua vida inteira você tem sido tapeado e levado a jogar dinheiro fora pelas montadoras, colocando seu patrimônio e sua vida em perigo no meio do trânsito assassino.

Não precisa me agradecer.

O mérito é todo das montadoras.

Da mesma forma que acuso publicamente, a suzuki e as demais montadoras têm o direito de se defender publicamente.

Se por acaso alguém da j. toledo suzuki (e demais montadoras) responsável por esse assunto se dispuser a dar uma explicação técnica oficial sobre as dúvidas e acusações expostas aqui, o blog publicará seus argumentos na íntegra.

Pensem muito bem no que vão dizer e fundamentem seus argumentos com base no manual do proprietário e razões técnicas, porque não aceitarei enrolações como essas que foram respondidas ao Jaislan e a mim.

Emails enviados para jefferson.tradutor@gmail.com
jefferson.tradutor@hotmail.com serão publicados na íntegra neste blog. (A caixa de correio do gmail está indisponível no momento, se eu conseguir fazer voltar a funcionar eu informo aqui.)

Um abraço, e uma respeitosa celebração do Dia de Finados,

Jefferson Wagner Dessordi