domingo, 31 de julho de 2016

As 125 lá de fora

Vídeo com motinhos 125 que você nunca verá aqui no Brasil:

E você não verá aqui por que mesmo?

Bem, Brasil é Brasil...

O pessoal já compra motos desatualizadas a preço de ouro, então para os fabricantes está muito bom do jeito que está.

E se viessem, elas não iam vender mesmo, iam acabar encalhadas nas lojas.

Lá fora elas já custam o equivalente a uma 250 das deles lá na Europa, Japão e resto do mundo — que é o preço de uma 125 pelada das nossas aqui no BrasilA Lexmoto é exceção ao custar 1500 euros, o equivalente a 5500 reais.

Se viessem para cá, os jénios iam querer vender cada uma a preço de esportiva 600 carenada de quatro cilindros.

Essas motinhos só encontram mercado na Europa porque lá você pode começar a pilotar a partir dos 16 anos, mas só pode rodar com uma moto de grande cilindrada depois dos 24 anos.

O processo de habilitação exige experiência prévia com motos menores, não é que nem aqui no Brasil onde o pessoal já pode sair se matando com uma motona no dia do aniversário de 18 anos.
Imagem e reportagem: http://www.jornaldoestadoms.com/2016/04/jovem-de-18-anos-morre-apos-perder.html

Como o trânsito por lá é civilizado, muita gente opta pela economia e não migra para motos maiores e mais gastonas, o mercado é muito maior para as motos pequenas, daí a diversificação dos modelos.

Para a gente só resta ficar babando e esperando motinhos como essas um dia chegarem por aqui...
Um abraço,

Jeff

4 comentários:

  1. Por aqui tem (ou teve) as Ching Lings carenadas, a Green 150 Sport, Shineray (que não me recordo o modelo), Bull com dois modelos (um 150 e outro 250) e se procurar, deve ter mais “dragões guerreiras” carenadas, mas, parece que mesmo entre o público das chinesas, o pessoal não se liga muito nesses modelos, não sei se uma CG carenada, teria a mesma falta de interesse destas, já que por aqui 125/150 é um segmento para atender principalmente o “Durango Livre” e serviços (e já está perdendo espaço para Twisters e Fazers antigas), ambos os casos temem o preço de uma carenagem nova, tanto que é raro ver scooter sendo usada para entregas, pelo menos as inteiras.
    Como você bem disse, aqui você já pode fazer 18, tirar carta e se matar numa moto, e nem precisa ser motão. A autoescola não te treina para a vida, te treina para no máximo passar na prova.

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    1. Fato, Vinícius!
      A Green Sport carenada custava menos do que uma CG e usava o mesmo motor da Kansas, e o manual mandava colocar 1,4 litro de óleo. Se fosse lançada por uma empresa com mais estrutura, certamente teria vendido bem mais.
      Mas é mesmo uma pena que não tenhamos a oportunidade de ter opção de motos mais sofisticadas.
      Forte abraço,
      Jeff

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  2. parabéns pela publicação curto o seu blog aprendi bastante coisa principalmente sobre o óleo(pura verdade) , realmente não veremos mesmo por aqui , outro detalhe que vi sendo motos 125 todas com freio a disco , nada de freio a tambor , ai esta a prova que la o mercado é mais avançado .

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    1. Obrigado, Eduardo!
      Lá fora não usam mais freio a tambor nem nas motonetas... Aqui a desculpa é a de que o consumidor rejeita moto com freio a disco por medo de cair.
      Motoescola só ensina a passar no exame do detran. Se ensinassem a realmente pilotar uma moto, não teríamos tantos acidentes e os motociclistas teriam conhecimento para escolher melhor e exigir motos de melhor qualidade.
      Um abraço,
      Jeff

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