Qual é a primeira coisa que um veículo lento faz depois de passar um carro parado?
Ele volta para a faixa da direita e te espreme (09:48):
Vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?v=t_bCDlNOhJc
Tentar ultrapassar pela direita nessas condições é se jogar na boca do lobo.
E você lembra daquela dica — um caminhoneiro andando lentamente na faixa da esquerda está se preparando para uma conversão à direita?
Achei um vídeo perfeito para ilustrar (07:26):
A manobra foi sinalizada com o pisca do cavalo mecânico, mas não da carreta, provavelmente por mau contato na conexão — algo super hiper comum.
Na hora em que o motociclista viu, ele já estava vendido, teve muita sorte de poder escapar pela ciclovia.
O pisca também pode deixar de ser acionado por esquecimento do motorista.
Por isso, ao ver um veículo lento na faixa da esquerda, ligue o seu desconfiômetro — ele provavelmente tem motivo para estar lá, ou então está se preparando para voltar para a direita.
E o motorista não espera que do nada apareça um mané que não deveria estar ali.
Este blog nasceu depois que vi o resgate de uma garota com a motinho em baixo da roda dianteira de um Scania lá em Santa Catarina.
Tem coisas que a gente não esquece e não se cansa de alertar.
Um abraço,
Jeff
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terça-feira, 10 de outubro de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Quase atropelei uma criança — o perigo das vans escolares
Segunda-feira Jezebel e eu seguíamos atrás de uma van escolar quando ela parou pouco antes de um cruzamento movimentado aqui do bairro.
Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.
O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.
Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/
Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.
Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.
Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.
Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!
Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!
E não deu outra:
Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.
A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.
Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.
Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.
Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.
Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar umaperna ou braço perninha ou bracinho.
Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.
Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.
E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.
Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.
Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?
Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...
O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):
E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...
É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.
Todo o trânsito fica bloqueado justamente porque nunca se sabe do que uma criança é capaz, indo ou voltando da escola.
Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:
Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.
Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas paradescarregar (ops!) desembarcar ou apanhar crianças.
Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.
Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.
Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.
E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...
Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.
Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...
Um abraço,
Jeff
Era meio-dia, concluí que a van estava deixando uma criança em casa e teríamos tempo de passar por ela antes que alguma criança descesse e eventualmente atravessasse a rua na frente dela.
O ônibus em sentido contrário estava a uma boa distância, mas como acontece com todas as vans, era impossível ver o que poderia estar logo à frente na esquina.
Pesei bem a situação, e a primeira coisa que me veio na cabeça é que crianças costumam ser mais ligeiras do que a gente imagina e sempre atravessam a rua sem olhar. Ainda mais na hora do almoço...
Imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/previsto-para-fevereiro-uso-de-cadeirinha-em-van-escolar-deve-ser-adiado/
Além disso, a pista estava molhada e a proximidade com a esquina não me dava segurança.
Alguém poderia fazer a conversão e nós iríamos dar de cara com algum ônibus, caminhão, carro, moto ou picape lotada de pamonhas de Piracicaba, pamonhas fresquinhas... Ia sobrar curau e puro creme do milho verde pra todo lado.
Optei por não passar a van — para irritação do motoristazinho afobadinho atrás de nós, que buzinou.
Eu não dei bola pra buzina dele, e essa foi a melhor decisão que tomei na vida!
Apesar do horário, a van não estava entregando crianças em casa — surpreendentemente, naquele horário ela estava buscando alunos para levar à escola!
E não deu outra:
Como um raio, a pequena futura campeã olímpica de 9 anos saiu correndo de trás do carro estacionado no outro lado da rua.
A baixinha estava totalmente escondida pelo carro, quando vi ela já estava no meio da rua.
Na pressa de não atrasar o motorista, a guria atravessou correndo sem olhar, direto pela frente da van parada — como toda criança faz.
Se eu tivesse errado na minha avaliação da situação, certamente teríamos atropelado aquela menininha.
Por menor que fosse a nossa velocidade, o impacto de uma criança com menos de 30 kg rapidíssima contra uma moto e piloto totalizando mais de 200 kg quase parados faria ela ricochetear e cair de cabeça no asfalto.
Isso ia causar uma concussão grave ou quebrar uma
Mesmo que nada tão grave acontecesse, no mínimo eu iria acabar com uma baita dor de cabeça.
Jezebel e eu iríamos passar a tarde na delegacia e depois responder a um processo desgastante.
E ainda por cima arcar com custos de advogado mais assistência médica, raio X, tomografia, tudo que os pais achassem necessário.
Bom, isso, se nós escapássemos do linchamento do pessoal mamado no boteco.
Já imaginou eu apanhando e sendo chamado de "motoqueiro doido", "assassino", "irresponsável", "filho de гуанако" e outras coisas inenarráveis? Poxa, logo eu?
Isso me fez lembrar a sabedoria da lei de trânsito quanto a veículos escolares em vigor lá nos Estados Unidos...
O trânsito nos dois sentidos da rua é obrigado a parar quando um ônibus escolar para e aciona a sinalização — justamente para evitar riscos como esse (veja o que acontece aos 0:30):
E ontem eu comprovei na prática que essa lei existe não só por causa de crianças saindo do ônibus e atravessando a rua desatentas...
É também por causa das crianças que atravessam a rua apressadas para embarcar no ônibus, uma situação que eu nunca tinha imaginado.
Todo o trânsito fica bloqueado justamente porque nunca se sabe do que uma criança é capaz, indo ou voltando da escola.
Mesmo assim, muita gente não respeita e o pessoal está investindo em câmeras para registrar e dar multas pesadas para os motoristas (e motociclistas) que desobedecem a parada obrigatória:
Aqui no Brasil isso ainda não existe, mas as crianças se comportam da mesma maneira, inocentes e desligadas dos perigos do trânsito.
Fica a dica, não ultrapasse vans escolares paradas para
Ou então faça isso com o máximo de cuidado, já que nossas leis permitem — mas a prudência não recomenda.
Não pense somente na possibilidade de alguém descer da van, pense também nas crianças que poderão atravessar a rua correndo no sentido oposto surgidas do nada.
Você não terá visão de crianças do outro lado da van ou atrás de carros estacionados, e nunca terá ideia de onde aparecerá uma criança correndo — porque elas são ótimas em fazer isso.
E você ficará admirado com a rapidez com que elas atravessam a rua sem olhar...
Criança é um bichinho tão ágil que pensa que é capaz de atravessar correndo antes de um carro passar, só pela brincadeira.
Já vi muita criança indo para o hospital porque achou que seria divertido assustar o motorista...
Um abraço,
Jeff
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Isso engana tanta gente... a tentação de ultrapassar pela direita
Taí uma manobra que os motoristas fazem e que engana muitos motociclistas:
A clássica esterçadinha para a esquerda antes de fazer a conversão para a direita...
Alguns motoristas têm esse costume para alinhar melhor o carro com a entrada da garagem ou a rua onde querem entrar.
Aí, no que você pensa que ele vai, ele volta...
Mais uma vez, vale a regra de ouro:
Nunca ultrapasse pela direita (a menos que o motorista esteja dando seta que irá para a esquerda).
E mesmo assim, o motorista sempre poderá mudar de ideia em cima da hora...
Depois não adianta ficar com o mimimi "o cara virou sem dar seta" — seta ligada não é contrato assinado.
Mesmo que ele sinalizasse, você não teria tempo de fazer nada — e não dá para ver a seta quando você já está do lado do carro.
Melhor coisa é iniciar a ultrapassagem somente quando tiver certeza absoluta de que o motorista não fará nenhuma bobagem pra cima de você.
E também tenha a certeza de que nem você fará a bobagem:
Outro engano muito comum dos motociclistas é achar que carros parados não oferecem perigo...
Ultrapassar pela direita junto aos carros estacionados é uma bobagem que muita gente faz.
Há várias chances de algo dar errado:
– Um pedestre pode atravessar no meio dos carros — e dificilmente você o verá a tempo, ainda mais se for uma criança.
– Um carro pode embicar na sua frente na tentativa de sair da vaga — só a virada do pneu já pode te derrubar;
– Alguém pode embicar o carro para tentar estacionar em uma vaga... e só a virada do pneu... bom, você entendeu.
– Alguém pode abrir a porta na sua cara — carros estacionam para seus ocupantes descerem. Dããã...
O resultado é este aqui:
A foto foi enviada pelo leitor Rafael Machado de Souza, a quem muito agradeço.
Motoristas não se preocupam em olhar pelo retrovisor antes de abrir a porta quando o trânsito ao lado deles está parado.
Aliás, muitos não olham nem com o trânsito em movimento... carros costumam passar a uma distância suficiente dos carros parados para permitir abrir a porta sem perigo.
Eles não esperam encontrar um motociclista fazendo a bobagem de passar em alta velocidade naquele espaço apertado.
Mesmo em baixa velocidade, é quase impossível evitar um acidente nessas condições.
Motocicletas são ágeis, mas necessitam que você pense por elas e tenha noção do que está fazendo.
Resumindo, não seja um total sem noção...
Aqui no blog a gente alerta para você não cair nessas armadilhas, mas se você quiser cair, tudo bem.
Indenizar o(s) proprietário(s) do(s) carro(s) (à esquerda e à direita, e quem sabe o(s) da frente também) será problema seu. Consertar sua moto também.
Dica:
Um serviço de funilaria e pintura do(s) carro(s) que você riscar e amassar muito provavelmente sairá mais caro do que a grana lascada que você pagou na sua moto zero km.
Um abraço,
Jeff
A clássica esterçadinha para a esquerda antes de fazer a conversão para a direita...
Alguns motoristas têm esse costume para alinhar melhor o carro com a entrada da garagem ou a rua onde querem entrar.
Aí, no que você pensa que ele vai, ele volta...
Mais uma vez, vale a regra de ouro:
Nunca ultrapasse pela direita (a menos que o motorista esteja dando seta que irá para a esquerda).
E mesmo assim, o motorista sempre poderá mudar de ideia em cima da hora...
Depois não adianta ficar com o mimimi "o cara virou sem dar seta" — seta ligada não é contrato assinado.
Mesmo que ele sinalizasse, você não teria tempo de fazer nada — e não dá para ver a seta quando você já está do lado do carro.
Melhor coisa é iniciar a ultrapassagem somente quando tiver certeza absoluta de que o motorista não fará nenhuma bobagem pra cima de você.
E também tenha a certeza de que nem você fará a bobagem:
Outro engano muito comum dos motociclistas é achar que carros parados não oferecem perigo...
Ultrapassar pela direita junto aos carros estacionados é uma bobagem que muita gente faz.
Há várias chances de algo dar errado:
– Um pedestre pode atravessar no meio dos carros — e dificilmente você o verá a tempo, ainda mais se for uma criança.
– Um carro pode embicar na sua frente na tentativa de sair da vaga — só a virada do pneu já pode te derrubar;
– Alguém pode embicar o carro para tentar estacionar em uma vaga... e só a virada do pneu... bom, você entendeu.
– Alguém pode abrir a porta na sua cara — carros estacionam para seus ocupantes descerem. Dããã...
O resultado é este aqui:
Motoristas não se preocupam em olhar pelo retrovisor antes de abrir a porta quando o trânsito ao lado deles está parado.
Aliás, muitos não olham nem com o trânsito em movimento... carros costumam passar a uma distância suficiente dos carros parados para permitir abrir a porta sem perigo.
Eles não esperam encontrar um motociclista fazendo a bobagem de passar em alta velocidade naquele espaço apertado.
Mesmo em baixa velocidade, é quase impossível evitar um acidente nessas condições.
Motocicletas são ágeis, mas necessitam que você pense por elas e tenha noção do que está fazendo.
Resumindo, não seja um total sem noção...
Aqui no blog a gente alerta para você não cair nessas armadilhas, mas se você quiser cair, tudo bem.
Indenizar o(s) proprietário(s) do(s) carro(s) (à esquerda e à direita, e quem sabe o(s) da frente também) será problema seu. Consertar sua moto também.
Dica:
Um serviço de funilaria e pintura do(s) carro(s) que você riscar e amassar muito provavelmente sairá mais caro do que a grana lascada que você pagou na sua moto zero km.
Um abraço,
Jeff
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Decisões erradas
Uma decisão errada é dolorida.
A decisão de fazer uma ultrapassagem pela direita é mais dolorida ainda:
Ela dói mais ainda porque... não é uma decisão sábia.
Além do seu prejuízo, ele ainda vai ter de pagar o prejuízo do motorista — é proibido ultrapassar pela direita.
E não me venha com o mimimi "o cara entrou na frente"...
Atualização:
O leitor LordySlayer alertou que o motorista entrou com o sinal vermelho para ele, e é verdade, eu não tinha reparado. O que não muda o fato:
No trânsito, sempre alguém vai entrar na sua frente.
Ainda mais na frente das motos, pouco visíveis e tão ágeis.
"Ah, mas o cara não deu seta"...
Se o carro estivesse dando seta, o cara da moto teria tentado passar pela direita do mesmo jeito.
Ele podia ter segurado a moto, esperar o carro terminar a conversão e fazer uma ultrapassagem normal pela esquerda.
Mas faltou vivência de trânsito e malícia para prever a manobra do motorista e sobrou o gostinho de abrir o acelerador.
Também sobrou um gostinho bem ruim depois de tudo isso.
Uma dor no braço,
Jeff
A decisão de fazer uma ultrapassagem pela direita é mais dolorida ainda:
Ela dói mais ainda porque... não é uma decisão sábia.
Além do seu prejuízo, ele ainda vai ter de pagar o prejuízo do motorista — é proibido ultrapassar pela direita.
E não me venha com o mimimi "o cara entrou na frente"...
Atualização:
O leitor LordySlayer alertou que o motorista entrou com o sinal vermelho para ele, e é verdade, eu não tinha reparado. O que não muda o fato:
No trânsito, sempre alguém vai entrar na sua frente.
Ainda mais na frente das motos, pouco visíveis e tão ágeis.
"Ah, mas o cara não deu seta"...
Se o carro estivesse dando seta, o cara da moto teria tentado passar pela direita do mesmo jeito.
Ele podia ter segurado a moto, esperar o carro terminar a conversão e fazer uma ultrapassagem normal pela esquerda.
Mas faltou vivência de trânsito e malícia para prever a manobra do motorista e sobrou o gostinho de abrir o acelerador.
Também sobrou um gostinho bem ruim depois de tudo isso.
Uma dor no braço,
Jeff
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
O passeio vai ser legal, não ia?
Passeios de moto são muito legais, mas o entusiasmo incontido é perigoso.
Quando você se deixa levar pela empolgação, o passeio periga acabar em 2 minutos e 40 segundos.
As distrações com as motos dos amigos, o querer se mostrar para a turma, a alegria de pegar a estrada, a atenção voltada para tudo — menos para o foco na pilotagem.
Resista à tentação de descobrir a velocidade final da sua moto.
Chegar na curva e descobrir que não deu para fazer pode quebrar mais do que apenas as suas pernas — infelizmente, o rapaz do vídeo não sobreviveu.
Não tenho notícias sobre o que aconteceu a este piloto, mas não ter ninguém do lado dele é um mau sinal.
De moto basta uma decisão errada para sua vida virar do avesso.
Ao sair para um passeio, não caia nessas armadilhas.
Um abraço,
Jeff
Quando você se deixa levar pela empolgação, o passeio periga acabar em 2 minutos e 40 segundos.
As distrações com as motos dos amigos, o querer se mostrar para a turma, a alegria de pegar a estrada, a atenção voltada para tudo — menos para o foco na pilotagem.
Resista à tentação de descobrir a velocidade final da sua moto.
Chegar na curva e descobrir que não deu para fazer pode quebrar mais do que apenas as suas pernas — infelizmente, o rapaz do vídeo não sobreviveu.
Não tenho notícias sobre o que aconteceu a este piloto, mas não ter ninguém do lado dele é um mau sinal.
De moto basta uma decisão errada para sua vida virar do avesso.
Ao sair para um passeio, não caia nessas armadilhas.
Um abraço,
Jeff
sábado, 15 de outubro de 2016
Uma decisão fatal e infelizmente muito comum
Um triste acidente fatal flagrado por câmera e reportado pelo g1:
Vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2016/10/video-mostra-que-van-invade-faixa-contraria-em-batida-que-matou-casal.html
Uma van faz uma ultrapassagem proibida e acaba colidindo frontalmente contra um casal em uma moto.
O paradoxo deste acidente é que a colisão frontal ocorreu depois que a van retornou para a pista correta.
Ou seja, no momento do acidente, quem estava na contramão era a moto.
Por que o motociclista tomou essa decisão errada?
Pânico.
Ao ver a van vindo direto contra ele na contramão, o piloto desviou para a pista livre.
Mas a pista livre era justamente aquela que o motorista da van ia buscar assim que terminasse a ultrapassagem.
Infelizmente, o piloto tomou a pior decisão e se atirou em direção à morte certa.
Provavelmente não optou pelo acostamento por estar cheio de buracos.
Colisões como essa são mais comuns do que se imagina.
Uma variante é a colisão frontal quando os dois veículos buscam escapar do acidente indo para o acostamento.
A menos que esteja bêbado, desmaiado ou teclando no celular, quem está fazendo a ultrapassagem arriscada sempre tentará evitar uma colisão frontal.
Ele certamente tentará retornar para a própria pista ou desviará para o acostamento oposto.
São as duas ações lógicas e previsíveis mais prováveis.
Ao ver um veículo se aproximando na contramão, a melhor atitude é buscar com boa antecedência o seu lado direito mais próximo do acostamento.
Mantenha sua trajetória até o último momento possível para poder desviar apenas o necessário e na direção correta em função da decisão do motorista.
Nunca invada o sentido contrário, evite ao máximo sair da própria pista.
Permanecer mais à direita deixará uma margem maior para que o motorista consiga retornar para a própria pista.
Você estará dificultando que ele tome a decisão de ir para o seu acostamento e ao mesmo tempo sinalizando sua intenção de desviar para lá se necessário.
Sempre será preferível arriscar suas chances em um tombo no acostamento.
Uma colisão frontal em velocidade de estrada sempre será fatal para os ocupantes da moto.
Carros nessa situação do segundo vídeo não deixam espaço para o motorista tomar decisão, a colisão é quase inescapável.
Motos são estreitas e na maioria das vezes só dependem do sangue frio do piloto para escapar por um triz.
E da sorte.
Permanecer do lado direito de sua pista pode ser a diferença entre uma história incrível ou uma fatalidade.
Uma análise deste quase acidente você encontra nesta outra postagem.
Um abraço,
Jeff
PS: Você encontra uma abordagem diferente sobre este acidente nesta postagem do Old Dog Cycles.
Vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2016/10/video-mostra-que-van-invade-faixa-contraria-em-batida-que-matou-casal.html
Uma van faz uma ultrapassagem proibida e acaba colidindo frontalmente contra um casal em uma moto.
O paradoxo deste acidente é que a colisão frontal ocorreu depois que a van retornou para a pista correta.
Ou seja, no momento do acidente, quem estava na contramão era a moto.
Por que o motociclista tomou essa decisão errada?
Pânico.
Ao ver a van vindo direto contra ele na contramão, o piloto desviou para a pista livre.
Mas a pista livre era justamente aquela que o motorista da van ia buscar assim que terminasse a ultrapassagem.
Infelizmente, o piloto tomou a pior decisão e se atirou em direção à morte certa.
Provavelmente não optou pelo acostamento por estar cheio de buracos.
Colisões como essa são mais comuns do que se imagina.
Uma variante é a colisão frontal quando os dois veículos buscam escapar do acidente indo para o acostamento.
A menos que esteja bêbado, desmaiado ou teclando no celular, quem está fazendo a ultrapassagem arriscada sempre tentará evitar uma colisão frontal.
Ele certamente tentará retornar para a própria pista ou desviará para o acostamento oposto.
São as duas ações lógicas e previsíveis mais prováveis.
Ao ver um veículo se aproximando na contramão, a melhor atitude é buscar com boa antecedência o seu lado direito mais próximo do acostamento.
Mantenha sua trajetória até o último momento possível para poder desviar apenas o necessário e na direção correta em função da decisão do motorista.
Nunca invada o sentido contrário, evite ao máximo sair da própria pista.
Permanecer mais à direita deixará uma margem maior para que o motorista consiga retornar para a própria pista.
Você estará dificultando que ele tome a decisão de ir para o seu acostamento e ao mesmo tempo sinalizando sua intenção de desviar para lá se necessário.
Sempre será preferível arriscar suas chances em um tombo no acostamento.
Uma colisão frontal em velocidade de estrada sempre será fatal para os ocupantes da moto.
Carros nessa situação do segundo vídeo não deixam espaço para o motorista tomar decisão, a colisão é quase inescapável.
Motos são estreitas e na maioria das vezes só dependem do sangue frio do piloto para escapar por um triz.
E da sorte.
Permanecer do lado direito de sua pista pode ser a diferença entre uma história incrível ou uma fatalidade.
Uma análise deste quase acidente você encontra nesta outra postagem.
Um abraço,
Jeff
PS: Você encontra uma abordagem diferente sobre este acidente nesta postagem do Old Dog Cycles.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Nunca divida uma curva com um caminhão
Entrar junto com um caminhão em uma curva é uma das coisas mais estúpidas que você pode fazer com uma moto.
Caminhões não conseguem fazer curvas no espaço de uma única faixa da pista.
Eles são obrigados a invadir as faixas vizinhas...
Entrar com a moto no espaço que o caminhão vai ocupar durante a curva é uma das principais causas de acidentes entre motos e caminhões.
Como você viu, não dá tempo de fazer nada, então sua única chance é não se enfiar onde não deve.
O rapaz do vídeo teve muita sorte de escapar dessa com vida.
Estou sendo otimista.
Um abraço,
Jeff
Caminhões não conseguem fazer curvas no espaço de uma única faixa da pista.
Eles são obrigados a invadir as faixas vizinhas...
Entrar com a moto no espaço que o caminhão vai ocupar durante a curva é uma das principais causas de acidentes entre motos e caminhões.
Como você viu, não dá tempo de fazer nada, então sua única chance é não se enfiar onde não deve.
O rapaz do vídeo teve muita sorte de escapar dessa com vida.
Estou sendo otimista.
Um abraço,
Jeff
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Adianta ter motão e não saber usar?
O pessoal rodando de boa, quase sem fazer arte, aí do nada aparecem dois manés com motos mais potentes se achando os tais e fazem uma baita лазанья dessas...
E nos comentários ainda tem gente que vem falar mal do pessoal das motonetas...
Ô, pessoalzinho tarado incapaz de fazer autocrítica e enxergar que quem está errado, está errado...
Só porque têm motos caras — que muitas vezes não sabem pilotar direito, nem tão mais potentes — a yamaha R15 que caiu é uma 150 carenada, são bons de reta — e se borram nas curvas, alguns se acham donos do mundo com direito de passar por cima das leis e até do bom senso.
Mas na hora em que vão para o chão por mérito próprio, o pessoal das motos menos potentes que eles tanto menosprezam é quem para pra ajudar.
O pessoal das motinhos não abusou tanto, não aprontou muito e teve condição de voltar para casa por conta própria...
Já os caras das "motonas" se acharam no direito de ultrapassar todo mundo na contramão em local proibido, sem visão, o ( * ) fechou no meio da curva, pagaram o maior micão, saíram no prejuízo, e é capaz de um deles ter de voltar de carona na caminhonete de alguém...
Uma lição de vida dessas devia levar esse pessoal a repensar algumas atitudes na sua relação com os outros motociclistas e motoristas...
Ter uma moto mais potente capaz de rodar significativamente mais rápido que outras não lhes dá o direito de se achar superior a ninguém.
Que tal aproveitar para deixar apenas boas lembranças de nossa breve passagem por este nosso mundo onde podemos pilotar por tão pouco tempo?
Um abraço,
Jeff
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Ultrapassagens pela direita
Olha só o que pode acontecer quando você cai na besteira de ultrapassar um caminhão pelo lado direito:
Imagem e reportagem: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Carreta_passa_sobre_motocicleta_em_cruzamento_e_casal_escapa_ileso&edt=25&id=406637
Nem todo acidente causado por ultrapassagem pela direita tem o mesmo resultado feliz onde os ocupantes escapam praticamente ilesos — a menina na garupa na foto abaixo morreu uma fração de segundo depois.
Vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2015/07/cameras-flagram-acidente-que-matou-adolescente-em-joao-pessoa.html
Foi um acidente plenamente evitável, parecido com este aqui:
Reportagem: http://radarbo.com.br/NOTICIAS/LER/11617#.Va20tqRViko
Reportagem: http://www.topmidianews.com.br/cidades/noticia/mulher-gravida-e-acidentada-na-av-afonso-pena
Nem vou comentar o absurdo de transportar uma mulher grávida em uma moto... em qualquer queda, ela cai de barriga no chão, o trauma com risco de vida para a criança é quase certo.
Ultrapassar pela direita, seja carro, caminhão ou ônibus, certamente é uma das maiores burradas que um motociclista pode cometer.
Além de ser proibido, o motorista não espera que alguém vá cometer essa infração.
O mesmo vale para motocicletas: não ultrapasse outra moto pela direita — motociclistas formados motoristas não esperam que alguém faça isso.
E mantenha uma distância de segurança da outra moto — duas motos cabem na mesma faixa, mas se uma delas precisar desviar de um buraco, pedestre ou cachorro, todos irão para o chão. Menos o buraco.
Como eu sei que você leitor do blog é um cara esperto, não cometerá uma barbaridade dessas.
Fico com pena é dos outros, que não leem, não têm acesso a essa informação e não são orientados nas motoescolas.
Pobres brasileirinhos que morrem tão cedo...
Um abraço,
Jeff
sexta-feira, 24 de julho de 2015
A moçada que dá aula nas autoescolas de hoje...
Choveu muito na madrugada de sexta-feira aqui na região, a ponto de alagar a avenida da saída do bairro, o que estranhei.
Chegando à ponte, vi o rio nivelado com a margem, coisa que nunca tinha visto acontecer.
Mas passada essa região, o trânsito fluiu normal até perto da padoca, quando a avenida se alarga e passa a ter duas faixas em cada pista.
Assim que a pista alargou, o carro à minha frente deu seta indicando que iria parar para entrar à esquerda, e eu sinalizei minha intenção de mudar de faixa para fazer uma ultrapassagem permitida pela direita.
Macaco velhodeu o beijinho olhou por cima do ombro e lá estava o carro da autoescola me ultrapassando pela direita, apesar de minha sinalização de mudança de faixa.
O vidro era filmado, não pude ver se era aluno ou instrutor guiando o carro, mas fosse quem fosse, ia sobrar para o instrutor.
O código de trânsito é claro: ultrapassar pela direita é proibido, ponto final.
Emparelhamos (hehehe) e sinalizei amistosamente (maioumeno, né?) para o motorista abaixar o vidro — era o instrutor sozinho no carro.
Seguiu-se o diálogo:
— Como é que você, instrutor de autoescola, faz uma ultrapassagem pela direita?
Justificativa do instrutor de autoescola:
— É uma via de duas faixas.
— Você não aprendeu que é proibido ultrapassar pela direita?
— Mas é uma via de duas faixas...
— Você sabe ler? Leu o código de trânsito? É proibido ultrapassar pela direita.
E a "discussão" ficou nisso, porque aqui é Santa Catarina e ninguém se estressa por pouca bobagem.
Essa "justificativa" de ser uma avenida de duas faixas é a coisa mais ridícula que alguém pode alegar, eu sempre tinha discussões muito sérias com quem me dizia isso. E era o meu pai, hein?
É óbvio que a regra sobre não ultrapassar pela direita se aplica justamente a vias de duas faixas ou mais, porque se fosse aplicável a vias de uma única faixa, a regra seria "é proibido ultrapassar pela calçada".
Ouvir isso de um instrutor de autoescola.... bah!
Com todo esse conhecimento das regras e a vivência no trânsito que um garoto de no máximo 25 anos pode ter, ele está "formando" os novos condutores.
Fui para a padoca, tomei meu sagrado matinal, e enquanto a vida se infiltrava lentamente em minhas veiasTM by Garfield , rascunhei mentalmente esta postagem.
Garfield: https://garfield.com/
Voltei para casa e ao chegar ao alagamento, pude entender porque aquele trecho que nunca alagou estava alagado:
Todo o campo da fazenda ali do outro lado tinha virado uma enorme lagoa cheia de garças e outras aves bicudas, até as palmeiras lá longe estavam ilhadas...
Côsa mais maior de linda!
Vendo uma paisagem dessas, não tem como continuar com sentimentos negativos.
Qualquer hora passo lá na autoescola para tomar um café e incutir um pouco de vivência na cabeça daquele novato.
Um abraço,
Jeff
Chegando à ponte, vi o rio nivelado com a margem, coisa que nunca tinha visto acontecer.
Mas passada essa região, o trânsito fluiu normal até perto da padoca, quando a avenida se alarga e passa a ter duas faixas em cada pista.
Assim que a pista alargou, o carro à minha frente deu seta indicando que iria parar para entrar à esquerda, e eu sinalizei minha intenção de mudar de faixa para fazer uma ultrapassagem permitida pela direita.
Macaco velho
O vidro era filmado, não pude ver se era aluno ou instrutor guiando o carro, mas fosse quem fosse, ia sobrar para o instrutor.
O código de trânsito é claro: ultrapassar pela direita é proibido, ponto final.
Emparelhamos (hehehe) e sinalizei amistosamente (maioumeno, né?) para o motorista abaixar o vidro — era o instrutor sozinho no carro.
Seguiu-se o diálogo:
— Como é que você, instrutor de autoescola, faz uma ultrapassagem pela direita?
Justificativa do instrutor de autoescola:
— É uma via de duas faixas.
— Você não aprendeu que é proibido ultrapassar pela direita?
— Mas é uma via de duas faixas...
— Você sabe ler? Leu o código de trânsito? É proibido ultrapassar pela direita.
E a "discussão" ficou nisso, porque aqui é Santa Catarina e ninguém se estressa por pouca bobagem.
Essa "justificativa" de ser uma avenida de duas faixas é a coisa mais ridícula que alguém pode alegar, eu sempre tinha discussões muito sérias com quem me dizia isso. E era o meu pai, hein?
É óbvio que a regra sobre não ultrapassar pela direita se aplica justamente a vias de duas faixas ou mais, porque se fosse aplicável a vias de uma única faixa, a regra seria "é proibido ultrapassar pela calçada".
Ouvir isso de um instrutor de autoescola.... bah!
Com todo esse conhecimento das regras e a vivência no trânsito que um garoto de no máximo 25 anos pode ter, ele está "formando" os novos condutores.
Fui para a padoca, tomei meu sagrado matinal, e enquanto a vida se infiltrava lentamente em minhas veiasTM by Garfield , rascunhei mentalmente esta postagem.
Garfield: https://garfield.com/
Voltei para casa e ao chegar ao alagamento, pude entender porque aquele trecho que nunca alagou estava alagado:
Todo o campo da fazenda ali do outro lado tinha virado uma enorme lagoa cheia de garças e outras aves bicudas, até as palmeiras lá longe estavam ilhadas...
Côsa mais maior de linda!
Vendo uma paisagem dessas, não tem como continuar com sentimentos negativos.
Qualquer hora passo lá na autoescola para tomar um café e incutir um pouco de vivência na cabeça daquele novato.
Um abraço,
Jeff
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Vídeo para motociclistas e ciclistas
Ao final da página você encontrará um vídeo de dez minutos.
São dezenas de tombos e colisões principalmente de motos, mas também algumas de bicicletas, e alguns atropelamentos de motos e de bicicletas.
Alguns acidentes podem chocar pelo impacto, mas você não verá sangue escorrendo na tela.
É triste quando alguém se machuca, mas se existe um registro do fato, que ele sirva de exemplo para que outras pessoas não cometam os mesmos erros.
Veja como a maioria dos acidentes é causada pelos próprios motociclistas (e ciclistas) abusando da velocidade ou da habilidade que pensam ter.
No caso das bicicletas, os acidentes ilustram como elas são vulneráveis no trânsito — se nós com nossos faróis, buzinas, motores roncando e freios mais eficientes só um pouquinho não conseguimos nos defender 100%, coitados dos ciclistas.
Você verá que um erro que aparece muitas e muitas vezes é o do pessoal se esbaldando em faixas que parecem estar livres, e
Ou melhor, de vermelho e azul, já que a maioria das cenas foi filmada na Россия.
Vale a pena assistir para aprender a não entrar nessas situações.
Um abraço,
Jeff
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Minha estrada na visão de um caminhoneiro
Você tem vontade de pegar a estrada com sua moto e se pergunta, o que vou encontrar pela frente?
Bom, eu (ainda) nunca filmei minhas viagens, mas achei este vídeo que dá uma boa ideia do que é voltar de São Paulo para Santa Catarina pela BR-116.
Achei esse vídeo legal porque mostra a paisagem muito linda e a emoção e os perigos da estrada.
Ao mesmo tempo, o caminhoneiro passa uma mensagem de cautela e experiência, e ouvi-lo ajuda a entender o ponto de vista dos caminhoneiros, tão incompreendidos (e desrespeitados) pelos motociclistas — ou seja, esse vídeo do canal Diário de Bordo de um Caminhoneiro tem tudo a ver com este blog.
É caminhão que não acaba mais, né?
E a maioria deles não respeita o limite de 60 km/h, os carros muito menos, então você fica naquela, não sabe se será multado pelas câmeras ou pelo monte de radares ou se o pessoal vai passar por cima.
Com o tempo você desencana, descobre que só os radares registram a velocidade — você só não pode exagerar na mão pesada porque rodar acima da média do pessoal pode chamar a atenção de quem monitora as imagens.
Os motoristas habituados com a rota sabem onde a fiscalização é rigorosa e onde é menos intensa porque os limites são francamente exagerados para motos, automóveis e caminhões leves, que têm menos tendência a apresentar fadiga do freio.
Se você vir um motorista reduzindo, reduza também, porque certamente tem radar multando logo à frente.
Não estou dizendo que você deva desrespeitar os limites de velocidade; mas você também não pode se arriscar a ser atropelado por um caminhão ou ônibus com horário para chegar no terminal.
O resultado do desrespeito à velocidade máxima pelos caminhões pesados é que volta e meia alguém sofre fadiga do freio, desgarra na curva e morde o barranco, como você viu no vídeo.
O negócio é fugir dos pontos de concentração de caminhões, as serras. Mas não tem como escapar dessa serra do Azeite em Cajati, na reserva ecológica do Parque Estadual do Rio Turvo.
Tanto vindo por Peruíbe quanto por Piedade, é caminho obrigatório.
E as marcas no asfalto dos caminhões desgarrando nas curvas são lembretes constantes de como não se pode deixar de prestar atenção a quem está atrás de você.
Mais um vídeo do canal Diário de Bordo de um Caminhoneiro feito na mesma região: (o acidente é mostrado aos 4:30, mas é interessante ouvir o que o motorista tem a dizer)
Sempre é bom lembrar como é importante reduzir a velocidade com pista molhada. E não há dia que não chova em Joinville...
De Kansas 150 eu viajo mais ou menos no mesmo ritmo que esse caminhoneiro, com todo mundo ultrapassando, porque a coitadinha não consegue rodar mais rápido que isso.
Já com a Fenix Gold Edith Giovanna eu conseguiria acompanhar os outros caminhões do vídeo, o que dá um pouco mais de segurança — se eu precisar andar mais rápido para desemparelhar dos grandalhões nas curvas, o motor tem potência para garantir um lugar seguro.
Encontrar um estreitamento de pista como o que aparece aos 8:30 do primeiro vídeo é uma situação tensa, da qual você tem que procurar fugir o quanto antes.
Ninguém espera afunilamentos, e o pessoal descendo caminhões já no limite do que conseguem frear tem dificuldade para segurar os brutos ladeira abaixo.
A situação só é pior quando você chega logo depois que o acidente acontece e a pista ainda não está sinalizada — felizmente, em todas as ocasiões nós sempre chegamos depois de um bom tempo, e nenhum dos acidentes foi daqueles terríveis.
Naquele trecho do primeiro vídeo os acidentes são tão frequentes que ele é monitorado por câmeras e o pessoal da PRF chega rapidinho e providencia a sinalização, mas se o caminhão ficar bloqueando a estrada, o congestionamento poderá demorar horas.
Em outros trechos em que o socorro demora mais, como na BR-376 do vídeo abaixo, o pessoal improvisa com o que estiver à mão até chegar o pessoal da segurança viária.
Se você chegar em uma curva e avistar pilhas de galhos e arbustos na beira da estrada, tome medidas evasivas (se mande dessa faixa) porque haverá um caminhão acidentado ou quebrado logo após a curva.
E isso é frequente, tem viagens em que conto 4 ou 5 acidentes só na ida entre Floripa e SP, exclusivamente nas BR.
Se eu usasse a Régis no trecho da serra do Café, entre Juquitiba e Miracatu, contaria uns 6 ou 7...
Para encerrar, um vídeo de um trecho que eu gosto muito, a divisa de Paraná com Santa Catarina pela BR-376, até agora a BR mais bonita do Brasil para mim. E para o caminhoneiro também.
Para mim a BR-376 tem a mais bela das paisagens, a mata é linda. Só fico em dúvida com a BR-101 entre o litoral norte de SP e Paraty e também Angra dos Reis no RJ.
E curtindo esta postagem eu me lembrei que esqueci de contar o último e mais emocionante capítulo do retorno da última viagem longa, aquela de Penedo/ Pouso Alegre / Poços de Caldas. (Depois dessa ainda teve a de Urubici com minha filhota, mas essa foi curtinha.)
Como agora já publiquei esta postagem, vou adiar aquelas por mais um tempo, senão esse blablablá de estrada e viagem vai acabar cansando.
Um abraço, e até a próxima viagem,
Jeff
Bom, eu (ainda) nunca filmei minhas viagens, mas achei este vídeo que dá uma boa ideia do que é voltar de São Paulo para Santa Catarina pela BR-116.
Achei esse vídeo legal porque mostra a paisagem muito linda e a emoção e os perigos da estrada.
Ao mesmo tempo, o caminhoneiro passa uma mensagem de cautela e experiência, e ouvi-lo ajuda a entender o ponto de vista dos caminhoneiros, tão incompreendidos (e desrespeitados) pelos motociclistas — ou seja, esse vídeo do canal Diário de Bordo de um Caminhoneiro tem tudo a ver com este blog.
É caminhão que não acaba mais, né?
E a maioria deles não respeita o limite de 60 km/h, os carros muito menos, então você fica naquela, não sabe se será multado pelas câmeras ou pelo monte de radares ou se o pessoal vai passar por cima.
Com o tempo você desencana, descobre que só os radares registram a velocidade — você só não pode exagerar na mão pesada porque rodar acima da média do pessoal pode chamar a atenção de quem monitora as imagens.
Os motoristas habituados com a rota sabem onde a fiscalização é rigorosa e onde é menos intensa porque os limites são francamente exagerados para motos, automóveis e caminhões leves, que têm menos tendência a apresentar fadiga do freio.
Se você vir um motorista reduzindo, reduza também, porque certamente tem radar multando logo à frente.
Não estou dizendo que você deva desrespeitar os limites de velocidade; mas você também não pode se arriscar a ser atropelado por um caminhão ou ônibus com horário para chegar no terminal.
O resultado do desrespeito à velocidade máxima pelos caminhões pesados é que volta e meia alguém sofre fadiga do freio, desgarra na curva e morde o barranco, como você viu no vídeo.
O negócio é fugir dos pontos de concentração de caminhões, as serras. Mas não tem como escapar dessa serra do Azeite em Cajati, na reserva ecológica do Parque Estadual do Rio Turvo.
Tanto vindo por Peruíbe quanto por Piedade, é caminho obrigatório.
E as marcas no asfalto dos caminhões desgarrando nas curvas são lembretes constantes de como não se pode deixar de prestar atenção a quem está atrás de você.
Mais um vídeo do canal Diário de Bordo de um Caminhoneiro feito na mesma região: (o acidente é mostrado aos 4:30, mas é interessante ouvir o que o motorista tem a dizer)
Sempre é bom lembrar como é importante reduzir a velocidade com pista molhada. E não há dia que não chova em Joinville...
De Kansas 150 eu viajo mais ou menos no mesmo ritmo que esse caminhoneiro, com todo mundo ultrapassando, porque a coitadinha não consegue rodar mais rápido que isso.
Já com a Fenix Gold Edith Giovanna eu conseguiria acompanhar os outros caminhões do vídeo, o que dá um pouco mais de segurança — se eu precisar andar mais rápido para desemparelhar dos grandalhões nas curvas, o motor tem potência para garantir um lugar seguro.
Encontrar um estreitamento de pista como o que aparece aos 8:30 do primeiro vídeo é uma situação tensa, da qual você tem que procurar fugir o quanto antes.
Ninguém espera afunilamentos, e o pessoal descendo caminhões já no limite do que conseguem frear tem dificuldade para segurar os brutos ladeira abaixo.
A situação só é pior quando você chega logo depois que o acidente acontece e a pista ainda não está sinalizada — felizmente, em todas as ocasiões nós sempre chegamos depois de um bom tempo, e nenhum dos acidentes foi daqueles terríveis.
Naquele trecho do primeiro vídeo os acidentes são tão frequentes que ele é monitorado por câmeras e o pessoal da PRF chega rapidinho e providencia a sinalização, mas se o caminhão ficar bloqueando a estrada, o congestionamento poderá demorar horas.
Em outros trechos em que o socorro demora mais, como na BR-376 do vídeo abaixo, o pessoal improvisa com o que estiver à mão até chegar o pessoal da segurança viária.
Se você chegar em uma curva e avistar pilhas de galhos e arbustos na beira da estrada, tome medidas evasivas (se mande dessa faixa) porque haverá um caminhão acidentado ou quebrado logo após a curva.
E isso é frequente, tem viagens em que conto 4 ou 5 acidentes só na ida entre Floripa e SP, exclusivamente nas BR.
Se eu usasse a Régis no trecho da serra do Café, entre Juquitiba e Miracatu, contaria uns 6 ou 7...
Para encerrar, um vídeo de um trecho que eu gosto muito, a divisa de Paraná com Santa Catarina pela BR-376, até agora a BR mais bonita do Brasil para mim. E para o caminhoneiro também.
Para mim a BR-376 tem a mais bela das paisagens, a mata é linda. Só fico em dúvida com a BR-101 entre o litoral norte de SP e Paraty e também Angra dos Reis no RJ.
E curtindo esta postagem eu me lembrei que esqueci de contar o último e mais emocionante capítulo do retorno da última viagem longa, aquela de Penedo/ Pouso Alegre / Poços de Caldas. (Depois dessa ainda teve a de Urubici com minha filhota, mas essa foi curtinha.)
Como agora já publiquei esta postagem, vou adiar aquelas por mais um tempo, senão esse blablablá de estrada e viagem vai acabar cansando.
Um abraço, e até a próxima viagem,
Jeff
terça-feira, 7 de julho de 2015
Frear no susto dá nisso...
Veja o vídeo com atenção:
Percebeu o que fez o cara cair?
Ele estava fazendo uma ultrapassagem permitida, mas em alta velocidade e alta aceleração como só uma moto potente consegue fazer...
Quando viu o carro prateado à frente da picape vermelha dando seta para virar à esquerda em uma estradinha vicinal:
Imagem: https://www.youtube.com/watch?t=226&v=j9VTq5rsXA4
Ele não era um novato e reagiu prontamente, antes de ser fechado pelo carro e se envolver em uma colisão muito séria.
Mesmo assim, freou no susto e cravou os freios, perdendo o controle da moto.
Note que o piloto nem chegou a ser fechado pelo carro.
A roda travou por frear bruscamente e o controle da moto foi para o espaço junto com as poupanças — a dele e a bancária.
Felizmente, a primeira foi bem protegida pelo equipamento de segurança completo.
Já a bancária...
Imagem: https://www.youtube.com/watch?t=226&v=j9VTq5rsXA4
Motos potentes e motos tipo trail não tão potentes tipo Bros e Lander com freio dianteiro a disco podem capotar quando a frenagem é feita no susto:
Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=_BTXFx2bc6A
Para você não precisar frear no susto, você precisa avaliar constantemente a situação e os riscos potenciais à sua frente antes de decidir se lançar em uma ultrapassagem.
Fique o tempo todo de radar ligado monitorando o seguinte:
Ali na frente tem algum cão, criança, pedestre, faixa de pedestres, cruzamento, rua lateral, estrada vicinal, entrada de estacionamento ou saída de estacionamento que poderá te colocar em perigo?
Se houver (e há muita chance de haver), evite se colocar em uma situação de risco em que você seja obrigado a frear de repente ou nem tenha tempo para isso.
Nunca confie que não entrarão na sua frente, os motoristas olham apenas os carros e nós desaparecemos entre eles, principalmente se o farol alto estiver apagado.
Iniciar uma ultrapassagem sem tomar cuidado com esses detalhes pode acabar muito mal porque basta um esbarrão e você, sua garupa e as suas economias vão para o chão. Consertar uma moto caída sai caro...
Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=_BTXFx2bc6A
Aí você vai dizer:
Mas no primeiro vídeo o cara do carro estava errado, ele tinha que ter ido para o acostamento e não dar seta e virar no meio da rodovia...
Negativo!
Ir para o acostamento e aguardar uma oportunidade para atravessar uma rodovia simples é uma coisa que só nós aqui no Brasil é que fazemos.
Esse comportamento foi desenvolvidopor seleção natural como resposta adaptativa ao fato de que o brasileiro não respeita as leis de trânsito.
Mas nos EUA, onde o acidente foi filmado, a imensa maioria do pessoal leva o código de trânsito muito a sério e, quando alguém vai fazer uma conversão e para no meio da estrada, quem vem atrás também para, e normalmente não ocorrem engavetamentos.E não falo isso por ver filmes não, falo por experiência própria.
Então não caia nessa armadilha das motos — a de achar que a moto, por sua capacidade de acelerar, também é capaz de fazer ultrapassagens seguras.
Na verdade, na vida real, é o oposto.
Quanto maior a potência e a capacidade de acelerar, maior será sua chance de tentar uma ultrapassagem sem o devido cuidado.
Frear uma moto em emergências é sempre uma operação arriscada.
Se você não tiver treinado e adquirido prática com a sua moto e deixar para descobrir esses macetes apenas quando frear no susto, vai ter um prejuízo lascado.
Um abraço,
Jeff
Percebeu o que fez o cara cair?
Ele estava fazendo uma ultrapassagem permitida, mas em alta velocidade e alta aceleração como só uma moto potente consegue fazer...
Quando viu o carro prateado à frente da picape vermelha dando seta para virar à esquerda em uma estradinha vicinal:
Imagem: https://www.youtube.com/watch?t=226&v=j9VTq5rsXA4
Ele não era um novato e reagiu prontamente, antes de ser fechado pelo carro e se envolver em uma colisão muito séria.
Mesmo assim, freou no susto e cravou os freios, perdendo o controle da moto.
Note que o piloto nem chegou a ser fechado pelo carro.
A roda travou por frear bruscamente e o controle da moto foi para o espaço junto com as poupanças — a dele e a bancária.
Felizmente, a primeira foi bem protegida pelo equipamento de segurança completo.
Já a bancária...
Chuto uns 3 mil reais só em peças... ih, falei besteira, só o escape já dá isso. |
Motos potentes e motos tipo trail não tão potentes tipo Bros e Lander com freio dianteiro a disco podem capotar quando a frenagem é feita no susto:
Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=_BTXFx2bc6A
Para você não precisar frear no susto, você precisa avaliar constantemente a situação e os riscos potenciais à sua frente antes de decidir se lançar em uma ultrapassagem.
Fique o tempo todo de radar ligado monitorando o seguinte:
Ali na frente tem algum cão, criança, pedestre, faixa de pedestres, cruzamento, rua lateral, estrada vicinal, entrada de estacionamento ou saída de estacionamento que poderá te colocar em perigo?
Se houver (e há muita chance de haver), evite se colocar em uma situação de risco em que você seja obrigado a frear de repente ou nem tenha tempo para isso.
Nunca confie que não entrarão na sua frente, os motoristas olham apenas os carros e nós desaparecemos entre eles, principalmente se o farol alto estiver apagado.
Iniciar uma ultrapassagem sem tomar cuidado com esses detalhes pode acabar muito mal porque basta um esbarrão e você, sua garupa e as suas economias vão para o chão. Consertar uma moto caída sai caro...
Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=_BTXFx2bc6A
Aí você vai dizer:
Mas no primeiro vídeo o cara do carro estava errado, ele tinha que ter ido para o acostamento e não dar seta e virar no meio da rodovia...
Negativo!
Ir para o acostamento e aguardar uma oportunidade para atravessar uma rodovia simples é uma coisa que só nós aqui no Brasil é que fazemos.
Esse comportamento foi desenvolvido
Mas nos EUA, onde o acidente foi filmado, a imensa maioria do pessoal leva o código de trânsito muito a sério e, quando alguém vai fazer uma conversão e para no meio da estrada, quem vem atrás também para, e normalmente não ocorrem engavetamentos.E não falo isso por ver filmes não, falo por experiência própria.
Então não caia nessa armadilha das motos — a de achar que a moto, por sua capacidade de acelerar, também é capaz de fazer ultrapassagens seguras.
Na verdade, na vida real, é o oposto.
Quanto maior a potência e a capacidade de acelerar, maior será sua chance de tentar uma ultrapassagem sem o devido cuidado.
Frear uma moto em emergências é sempre uma operação arriscada.
Se você não tiver treinado e adquirido prática com a sua moto e deixar para descobrir esses macetes apenas quando frear no susto, vai ter um prejuízo lascado.
Um abraço,
Jeff
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