Não seria mais fácil e melhor ter um medidor de nível de combustível como nos carros?
Muita gente faz essa pergunta, e acredite, há bons motivos para a existência da reserva em vez do medidor.
O motivo principal é evitar as reclamações dos clientes:
Imagem: http://www.standbyformindcontrol.com/2013/11/mcdf68_gunga_din_temple_of_doom/
As motos sempre tiveram o tanque de combustível pequeno e de formato irregular. A boia e o mecanismo representavam um volume a menos para colocar gasolina em um tanque onde já não cabia muita coisa.
Hoje tudo é miniaturizado, mas também não seria mais fácil usar o medidor em vez da reserva:
Mecanismos de medição de nível são uma complicação a mais para se fabricar, instalar e fazer manutenção (cu$to fala alto na indústria).
E também não seria melhor: sua precisão é baixa — quem tem medidor em moto sabe que não dá para confiar.
Hoje tudo é miniaturizado, mas também não seria mais fácil usar o medidor em vez da reserva:
Mecanismos de medição de nível são uma complicação a mais para se fabricar, instalar e fazer manutenção (cu$to fala alto na indústria).
E também não seria melhor: sua precisão é baixa — quem tem medidor em moto sabe que não dá para confiar.
É mais garantido mudar a posição do registro e ter certeza de que existe quantidade suficiente para chegar ao próximo posto, do que ir na fé e descobrir que o mecanismo travou e você ficou sem gasolina longe de lugar nenhum.
Mas cuidado: há motos que possuem uma reserva ridiculamente pequena por erro de fabricação, a Kansas 2008/2009 (pra variar) é uma delas. Consegui rodar 1,2 km — sorte que Jezebel desmaiou em frente a um posto, depois disso nunca mais dependi da reserva para nada.
O mecanismo de medição do nível de combustível é parecido com aquela boia que tem dentro da caixa d'água de casa ou do reservatório da descarga do vaso sanitário:
Imagem: http://www.automotiva-poliusp.org.br/pesquisa-economia-e-qualidade-para-o-mercado-de-duas-rodas-6/
Um flutuador com um braço articulado aciona um potenciômetro (resistência variável de acordo com a posição da boia) que envia um sinal elétrico proporcional ao nível de combustível para o indicador no painel.
Um flutuador com um braço articulado aciona um potenciômetro (resistência variável de acordo com a posição da boia) que envia um sinal elétrico proporcional ao nível de combustível para o indicador no painel.
Com o tempo os contatos (escovas/trilhas) desse potenciômetro se desgastam, ou os conectores se oxidam, e o medidor fornece uma leitura errada.
Ou a boia trava numa posição: a articulação vai se oxidando/juntando borra e chega uma hora em que o medidor não indica mais nada.
Ou a boia trava numa posição: a articulação vai se oxidando/juntando borra e chega uma hora em que o medidor não indica mais nada.
Pior ainda: ele poderá indicar tanque cheio, quando na verdade a boia está presa lá em cima com o tanque vazio.
Além disso, não existe proporcionalidade na indicação. A boia sempre começa descendo devagar, e da metade para baixo ela vai muito mais rápido.
Isso se deve ao ângulo do mecanismo de alavanca e também ao formato do tanque, que é mais estreito na parte inferior devido ao túnel central para encaixe no quadro da moto (veja a foto acima).
Acredite, manter o hábito de abastecer a cada 200 km e sempre ter certeza de que a torneirinha está na posição correta (sempre tem uma criança que mexe ou um amigo/mané que sacaneia) é muito mais confiável do que um indicador no painel.
Imagine a cena:
Você está num avião sobrevoando o Himalaia, os motores começam a falhar, o marcador de combustível está na posição de tanque cheio, você dá uma pancadinha no mostrador e o ponteiro despenca para vazio.
Você está num avião sobrevoando o Himalaia, os motores começam a falhar, o marcador de combustível está na posição de tanque cheio, você dá uma pancadinha no mostrador e o ponteiro despenca para vazio.
Um abraço,
Jeff
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