sexta-feira, 14 de outubro de 2016

BOOM e uma quase tragédia

Dia lindo. Estrada maneira. Motão. Curvinhas.

Cascalho.

BOOM.

 
Legendas:

Eu caí.

Um erro de avaliação.

O inimigo oculto.

Eu mesmo.

Frenagem em pânico sobre cascalho.

Lição aprendida.

Não pilote rápido demais para as condições. Por exemplo, cascalho escondido.

Todo o equipamento de proteção todo o tempo. (Eu não tive ferimentos.)

Viva para pilotar outro dia.

O autor do vídeo conta na descrição o motivo da frenagem em pânico:

Entrou na curva e viu a placa de PARE quando já estava sobre o cascalho.

Tentou endireitar a moto para frear, mas o cascalho derrubou a moto.

Ao precisar frear durante uma curva, você precisa endireitar a moto para evitar que ela derrape.

Mas se houver areia, cascalho, lama, água, qualquer coisa que prejudique a aderência dos pneus, já era, a moto vai para onde ela quiser.

E até para onde não quiser, levando você junto.

Este outro vídeo mostra o mesmo acidente pela visão do terceiro piloto.

Quase não dá para ver o acidente, mas mostra os danos na moto que foram pequenos.

Como se vê pelas imagens, eles não estavam tão rápido quanto o primeiro vídeo dá a impressão.

Em alta velocidade, o impacto do piloto contra um dos suportes do guard-rail seria suficiente para acabar de uma vez com o histórico de pilotagem do rapaz.
A campanha pela extinção dos guard-rails fatiadores de motociclistas é antiga na Espanha e Europa.

Aqui no Brasil o pessoal ainda não tem consciência disso.

Só descobre o drama quando vê um amigo passar por isso.


Perder um amigo nessas condições deve ser uma das piores experiências da vida.


A campanha contra guard-rails assassinos também existe no Brasil, mas cadê a força do movimento?

Não existe classe mais desunida que a dos motociclistas.

Só os motoboys se unem por uma causa, mas os bloqueios de avenida em protestos logo acabam e não resultam em nenhuma mudança.

Jogar a conta das tragédias exclusivamente nas costas dos mortos livra um monte de autoridades de passar por processos na Justiça.

Acidentes de motos não acontecem apenas por imprudência dos pilotos.

Fechadas por motoristas inábeis, quedas por falhas mecânicas, falhas na manutenção de ruas e rodovias e falhas no projeto e segurança das vias também ocorrem.

Falta conscientização e conhecimento de seus direitos como cidadão.

Um abraço,

Jeff

17 comentários:

  1. essas pedrinhas, um bolsão de areia e uma moto é receita pra comprar um pedaço de asfalto.
    e guardrail nem se fala, é uma lâmina esperando para nos cortar ao meio François Cevert que o diga.
    abraços.

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    1. Olá, Patrick!
      O que eu gosto nesse vídeo é justamente mostrar como é fácil cair com uma moto sem nem mesmo abusar da velocidade, basta passar por essas coisas supercomuns de encontrar.
      E ele também demonstra como manter uma velocidade compatível com a estrada te livra de sofrer consequências muito sérias em um piscar de olhos.
      Infelizmente, o pessoal hoje em dia não faz ideia de quem foi François Cevert. Outros tempos, outras cabeças...
      Um abraço,
      Jeff

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  2. aqui perto de casa tem uma esquina que é perfeita para ir pro chão, final de asfalto com continuação numa rua de calçamento de pedras, e para ajudar quando chove fica a esquina toda (desde a calçada até mais da metade da písta) com 2cm de areia, inclusive cada vez que passo ali com a dona patroa aviso ela para que não fique furiosa quando eu cair nessa esquina, sim falei QUANDO pq em condições assim é só questão de tempo.

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    1. Seu comentário me trouxe lembranças da minha primeira moto...
      Lembranças doloridas...
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Rapaz no curto caminho que eu faço pro trampo tem uma esquininha da maldade que vira e meche tem resto de carga(bairro industrial) uma vez eu tava indo de boa como sempre eu vi uma luz(caminhão) e diminui, uma moto ultrapassou pra fazer a curva primeiro e já pegar a reta na frente, o cara tava devagar mas tipo e caiu do nada ai já sai sinalizando pro caminhão não passar em cima ate me joguei na frente, o cara ficou desconfiado e quase passou por cima de nos dois kkk mas então ele parou em cima do outro motoqueiro, encostei a minha e ajudei ele foi quando eu vi que no lado da pista dele tinha uma fina camada de cascalho/pedra de construção de uns 2 palmos kkkk foi livramento pra min porque com certeza que eu tivesse sido o apressadinho eu teria caído primeiro, o cara ficou suave e as pedras ficaram la por uns 2 meses e toda vez que nos encontramos na esquininha a gente se cumprimenta.

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    3. Geralmente quem anda de boa acaba tendo boas histórias para contar.
      E quem vai apressado descobre mais uma dura e dolorosa lição da vida.
      Um abraço,
      Jeff

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  3. Como sempre uma matéria muito boa. Jeff estou querendo fazer a manutenção da minha coroa, estou me informando e tal e em alguns lugares(pessoas) dizem que se eu for fazer essa troca eu preciso troca o kit que seria coroa pinhão e corrente pra evitar desgaste prematuro sera que essa informação é verdadeira? No manual também não me diz nada sobre o material só um numero de reposição da corrente, compartilhe comigo o seu conhecimento kkk

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    1. Ah, que susto, a sua coroa é a da moto...já ia dizer que não se pode fazer a manutenção da coroa sem o consentimento dela.
      Essa informação é verdadeira sim. A corrente e as engrenagens se desgastam sempre nos mesmos lugares e se acasalam. Uma corrente nova não vai se encaixar nos pontos de desgaste já estabelecidos e irá se desgastar mais rapidamente.
      Isso ocorre por causa das pequenas tolerâncias que existem em todas as peças mecânicas, por melhor que seja a usinagem ela será instalada com uma descentralização de alguns milésimos de milímetro impossível de eliminar, e isso causará um desgaste característico exclusivo ao longo de centenas de milhares de revoluções da roda.
      Dependendo de como estiver o desgaste das engrenagens, isso poderá causar uma situação perigosa.
      Olhamos o desgaste dos dentes da coroa, mas o desgaste dos dentes do pinhão é mais acentuado porque ele gira mais vezes a cada volta da roda.
      Então quando a coroa está feia, o pinhão está em estado terminal escondido lá embaixo da tampa do pinhão e ele irá deixar a corrente pular fora dos dentes, podendo quebrar não só a tampa mas a própria carcaça do motor, uma das piores coisas que pode acontecer com a moto.
      Fora travar a roda e cair com ela.
      As engrenagens são feitas em aço comum 1020 (0,2% de carbono) ou aço 1045 (0,45% de carbono). Quanto mais carbono, mais duro o aço.
      O aço 1045 é um meio termo ideal, aguenta os trancos sem se desgastar prematuramente.
      Uma relação em aço 1045 custará o dobro de uma em 1020, mas durará três vezes mais e até um pouco mais se for bem tratada com limpeza frequente e boa lubrificação. Correntes com retentores graxa (aneizinhos de borracha em todos os elos) duram muito mais e valem a pena.
      Investir na relação é garantia de poder contar com a felicidade de sua companheira por muito tempo.
      Péraí, de que relação estamos falando?
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Obrigado pelas dicas já esta tudo anotado já já irei fazer a plast.. ops manutenção kkkk

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  4. O leitor Luis Antônio Peters comentou no facebook:

    As defensas metálicas são problemáticas para os ciclistas também. Em Florianópolis, elas apresentam muitas pontas e lâminas para dentro da ciclovia, oferecendo grande risco em caso de queda!
    Tenho defendido o uso das muretas de concreto também.
    Não sei se os motociclistas aqui estão ligados na parada, há uma exigência do MPSC para conserto das defensas metálicas na SC401, que deveriam ser trocadas.

    Olá, Luís Antônio! Aquela ciclovia da SC-401 deveria ter sido construída do outro lado do guard-rail e com defensas de concreto, como é na Alemanha. Infelizmente, não passa de um improviso feito no acostamento.... e ainda assim, é mais do que se faz pelo Brasil afora. Usar tachões para delimitar ciclovias é outro absurdo. Outro dia vi o acidente do Richard Branson, dono da Virgin, tomou um capote feio e literalmente quebrou a cara. O que você acha da ideia de os ciclistas também começarem a usar capacete integral? Ou pelo menos com proteção facial? Afinal, as velocidades que algumas bicicletas atingem se iguala à das motos em baixa velocidade, e em caso de atropelamento que pode acontecer em qualquer velocidade a proteção oferecida pelos capacetes de ciclistas é quase nula... Só uma ideia.
    Um abraço,
    Jeff

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  5. No Brasil é pior, ainda tem buracos, remendos, pedaços sem asfalto

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    1. Olá, Jeferson!
      É fato... cada 100 metros uma surpresa, e das piores...
      Um abraço,
      Jeff

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  6. Olá novamente Jeff!

    Investi R$ 225,00 na motoca hoje. Troquei o retentor como você me auxiliou.
    120 da revisão geral, o resto é do retentor, troquei as pastilhas dianteiras do freio a disco (nunca tinha trocado nos 23 mil km rodados), filtro de ar também.

    Aproveitando o gancho do leitor Felipe Rafael (trato na coroa, hahaha), é normal que com esses +23.000km rodados meu conjunto esteja cerca de metade dos "riscos" de ajuste?
    Apenas a partir dos ~15.000 km que passei a lubrificar frequentemente quando conheci seu blog.

    Amanhã verifico o nível do óleo pra garantir e só alegria, esse vazamento foi a primeira coisa que tive que fazer nela. É uma pena que ela deve ter sofrido com uma enorme falta de óleo no "início", eu caí na conversa da Honda e do manual (erroneamente utilizado) e cheguei a andar até 2 mil km sem repor ou trocar óleo, até uma pequena viagem de ~590 km (ida+volta) eu fiz.

    O importante é que ela ainda está andando, não me acidentei ou tive quedas nesses 4+ anos de uso, e que agora faço as manutenções básicas.
    Tenho muito a aprender ainda, pelo menos acho que agora cuido dos mais importantes, mesmo que poucos cuidados.

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    1. Olá, Wesker!
      Você mesmo trocou?
      Parabéns!
      Encaixou o retentor bem assentado no final do alojamento?
      Não usou graxa para a instalação, né? A graxa facilita a instalação mas tem o inconveniente de facilitar a desinstalação... sem ninguém por a mão.
      É fundamental instalar o retentor do lado certo, a marca do fabricante deve ficar voltada para o lado de fora, senão ele não cumpre sua função.
      Se eu soubesse que você mesmo iria instalar, teria entrado em mais detalhes...
      23 mil km é uma ótima quilometragem para uma relação meia vida, muita gente ficaria feliz quando troca a relação com tudo isso.
      Eu apostaria que sua corrente usa retentores de borracha e as engrenagens são de aço 1045 de uma boa marca, acertei?
      Um abraço,
      Jeff

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    2. Me desculpe o mal entendido, não realizei a troca. Nem mesmo arrisquei pois uma vez tentei abrir a tampa do pinhão e não consegui (era pra limpar), então só de lembrar da tentativa nem quis arriscar mais uma vez.
      Eu já queria mesmo fazer uma revisão em algum local, nem que seja pra dormir melhor, aproveitei esse probleminha do retentor e fiz tudo hoje.
      Ele me mostrou a borrachinha antiga.

      Também não sei dizer com certeza, mas pelo pouco que já li sobre, acho que minha corrente possui sim esses retentores de borracha, já o aço e marca não faço ideia, são originais ainda. (Titan 150 EX 2012).

      Obrigado!

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    3. Legal, fico mais tranquilo que o serviço tenha sido feito por alguém com experiência.
      Sem dúvida, essa é uma relação muito boa, tente descobrir a marca. Geralmente o tipo de aço "1045" e a marca do fabricante são gravados na coroa. Aposto em Riffel ou Vaz, as duas principais fornecedoras nacionais.
      Um abraço,
      Jeff

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    4. acredito que estamos no mesmo patamar de aprendizagem Wesker rs vai umas dicas ai? Se eu não me engano a sua motoca tem freio a disco dianteiro certo? apesar da maioria dos mecânicos dizer pra você por e deixar la o fluido de freio tem garantia de 1 ano e o manual recomenta fazer a troca a cada 2 anos, tem uma coisa que descobri recentemente que é a troca do filtro de combustível(unidade) para motos com injeção eletrônica acredito que a sua também tenha, não se esqueça da manutenção(limpeza) da tela + filtro centrifugo os dois a cada 12 mil km, a vela de ignição manutenção a cada 4 mil e a troca a cada 8 mil km, troca do filtro de ar úmido a cada 12 mil, limpar o respiro do motor a cada 4 mil km esse não sei se a sua tem, essas são as manutenções que eu faço de acordo com o meu manual espero ter ajudado e por favor confira no seu manual se as informações batem.
      Jeff varias vezes o pessoal me fala que a troca do filtro(assim desse jeito mesmo) é feito a cada duas trocas de óleo(na minha moto só tem um filtro "trocável") mas no meu manual diz a cada 12 mil km, quando eu era menos leigo eu fazia essa troca mas depois comecei a fazer como o manual pedia mas nunca tive coragem de deixar os 12 mil sempre verifiquei e quando ele tava começando a ficar ruim eu trocava ate porque era baratinho e o meu uso é severo(pó, terra e areia) então preferia não arriscar... qual é o certo?

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