Imagem: Vídeo abaixo
Note que o piloto conhece bem o trajeto, e ouça como ele usa o freio motor para reduzir a velocidade da moto antes das curvas.
Se ele usasse apenas os freios normais, eles se aqueceriam demais e falhariam na hora de fazer uma curva...
O outro motociclista caiu porque estava na marcha errada para a baixa velocidade e alto torque necessário para subir a montanha — aquilo ali é curva para se fazer em primeira marcha, acelerando o motor e controlando na embreagem.
Aliás, é em primeira e segunda marchas que o pessoal desce essa montanha, e essa é uma regra de ouro:
Para ter freio motor em uma descida de serra, evitando o superaquecimento e falha dos freios, use a mesma marcha que você usaria para subir.
Freios muito quentes causam bolhas de vapor no fluido de freio, e quando você aciona o manete (ou pedal nas motos com freio a disco traseiro), você comprime as bolhas e não as pastilhas... eficácia zero para parar a moto.
Lembre-se disso quando programar aquela ida à Serra do Rio do Rastro, Serra da Mantiqueira, Serra do Mar ou os Andes, por que não?
Abusar dos freios causa perda de eficiência, mesmo com temperaturas baixas como neste outro vídeo.
O pessoal desceu a serra de Stelvio no inverno com temperatura na casa dos 6 graus, e tiveram problemas com os freios (nada grave), com a parada (a clássica queda da moto colocada no cavalete lateral em uma descida sem engatar marcha aos 8:55) e com o frio (o clássico tombo por não sentir as pernas na parada para descanso aos 10:10).
Só lembrando, no inverno você pode encontrar com frequência temperaturas próximas de zero nas serras das regiões sul e sudeste brasileiro... viaje preparado.
Bom, digamos que no verão lugares maravilhosos como esse, apesar das paisagens muito lindas, podem se tornar o pior pesadelo para um motociclista...
A grande vantagem de viajar sozinho no inverno é que você não passa raiva...
... e ninguém vê você pagando mico nas paradas.
Um abraço,
Jeff
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