quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ora, ora... novas motos da harley-davidson agora com novo chassi 65% mais rígido... por que será, né?

A harley lançou a nova linha 2018 da série Softail e olha só a grande novidade destacada:
Imagem e press-release: http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/harley-davidson-faz-barca-de-lancamentos-2018-veja-fotos.ghtml

"Novo chassi 65% mais rígido que seu antecessor" é a maneira menos feia de dizer que o chassi anterior é 40% mais fraco.

Entenda "fraco" no sentido de "menos rígido" — o chassi anterior é 40% menos rígido.

Sabe aquele papo "em time que está ganhando não se mexe"?

Pois é, parece que alguém do time lá de Wisconsin não ia muito bem das pernas e foi substituído...

Todo mundo achando que o chassi antigo das Harleys já seria satisfatório em termos de rigidez... e estava todo mundo enganado.

O chassi poderia ter sido muito melhor, e há muito tempo.

A engenharia reprojetou o chassi para obter maior rigidez, e o marketing está enfatizando essa melhoria surpreendente — 65% é um ganho de rigidez e tanto. 

Surpreendente que puderam melhorar tanto assim um projeto que supostamente já deveria estar perto da perfeição.

Esse ganho de 65% é a prova clara de que o chassi não estava nem perto da perfeição.

As motos eram vendidas como sendo o suprassumo da tecnologia da harley, mas não eram... havia margem para melhorar 65%.

Isso me faz pensar (é raro, mas de vez em quando acontece):

Parece que minha teoria na postagem anterior passou bem perto da realidade...

Lá eu levantei a hipótese de que os quadros da harley não seriam suficientemente rígidos para aguentar o enorme peso do motor em pequenos tombos... 

... se deformando a cada queda do mesmo jeito que a minha primeira moto, minha não tão saudosa honda CG 1978...

... causando o desalinhamento das rodas alertado pelo Chuck da Classic Cycles...

... e segundo ele, essa seria a causa da mania das Harleys apresentarem o famoso "balanço da morte" (death wobble).

Se você não conhece a história, a postagem é esta aqui:
Postagem completa: https://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2017/08/harleys-e-sua-tendencia-mortal-de-sair.html

Juro que quando escrevi a postagem da semana passada eu não sabia que a harley estava para lançar novas motos nesta semana.

E também não fazia a menor ideia de que os engenheiros lá de Milaseu Milwaukee (Заднее столкновение corretor ortográfico!!!) estavam preocupados em reforçar o quadro dessas motos...

Parece que minha suposição inicial de que os quadros das Harley poderiam ter problemas de desalinhamento originais de fábrica não se confirmou, mas a realidade é muito pior.

A própria fábrica admite que os quadros não eram tão resistentes quanto os novos da linha 2018 — portanto, os quadros anteriores são muito mais vulneráveis a problemas de desalinhamento.

E de rigidez estrutural.

Agora tudo faz sentido.

São justamente as motos equipadas com os quadros 'ainda não 65% mais rígidos' que apresentam o death wobble. 

Falta de rigidez quer dizer tendência a se deformar e a desalinhar as rodas, causando instabilidade — como aquela moto testada e reprovada pela polícia rodoviária da Califórnia:


Reforçar o chassi para eliminar esse problema é uma coisa lógica.

Isso irá evitar que o quadro atue como uma mola, desalinhando as rodas temporariamente — e entre em ressonância fazendo a moto rebolar que nem uma doida.

Pelo menos, terá a tendência de entrar em ressonância apenas em velocidades maiores, é o mesmo princípio usado para afinar as cordas do violão.

Também evitará que o chassi se deforme por qualquer tombo besta e fique com as rodas desalinhadas.

Suspeito que um 'chassi ainda não 65% mais rígido' — ou 40% mais fraco em relação ao novo chassi — seja capaz de se deformar permanentemente até sem levar um tombo besta...

Deformação elástica é aquela que o objeto deformado retorna à forma original depois que o esforço aplicado é eliminado.

Deformação plástica é aquela que permanece depois que o esforço excessivo é eliminado.

Note que a capacidade de resistir ao esforço depende somente da rigidez e resistência mecânica desse objeto.

Um objeto que se deforma elasticamente está a um passo de se deformar permanentemente, basta ultrapassar seu limite de resistência física. 

Existe um limite para a deformação elástica — passou desse limite de esforço, ela vira uma deformação plástica, permanente.

Um pequeno esforço acima desse limite faz a diferença — é a gota que transborda o copo — e o resultado é a deformação plástica permanente do chassi da motocicleta.

Tipo aquela que você coloca duas réguas e descobre que suas rodas estão desalinhadas porque seu chassi se deformou, apesar de você nunca ter caído com sua moto.

Que segundo o Chuck da Classic Cycles, pode induzir o balanço da morte death wobble.

Então "é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho"?

A moto oscila porque o quadro se deforma, ou o quadro se deforma porque a moto oscila porque ele é fraco para aguentar?

Mas é claro que, se a má fama das Harleys foi causada pela fraqueza dos quadros anteriores, a fabricante nunca irá convocar um recall de seus "antecessores".

Já imaginou o prejuízo?

Quem caiu, caiu. Quem ainda cair, azar.

Azar dos ocupantes, não da fábrica.

Para eles, death wobble não é defeito, é "feature".

A culpa é sempre do piloto, nunca das fabricantes.

Qualquer semelhança entre esse reforço dos quadros das H-D modelos 2018 e o reforço dos quadros das dafra Kansas com o lançamento do modelo 2010 — SEM CONVOCAR RECALL DAS MOTOS ANTERIORES — é só uma coincidência, claro.

Não dá para comparar a qualidade de uma com a outra.

Só dá para comparar o método, que é comum a todas as fabricantes.

Novos modelos resolvem problemas dos anteriores, e os proprietários... 

Bem, os proprietários nunca descobrem o que está por trás dos press-releases de divulgação das empresas que enfatizam apenas o lado bom da coisa, e fica tudo por isso mesmo.

Os fatos estão aí, a moto é sua, tire a conclusão que quiser.

Você que se cuide, seja qual for a sua moto, porque você sempre estará sozinho em cima dela.

No máximo, com sua garupa — e a responsabilidade pela vida dela será somente sua.

Aprenda a ver o mundo com outros olhos, batalhe por sua segurança, porque para o marketing e o mercado você é apenas um 'consumer'.

No Brasil "consumer" é traduzido como "cliente", mas ao pé da letra, "consumer" é apenas "consumidor".

Boa sorte com sua moto de qualquer marca,

Jeff

18 comentários:

  1. Queria ver a cara dos saudosista da h-d que falam que Honda e derivados são de pobre. Queria ver os sangue azul de queixo caído ao saber que sua tão consagrada marca não passa de mais do mesmo. Inconsequente e negligente.

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    1. Olá, Leandro!
      Seria bom se todo mundo se unisse para dar uma lição nessas empresas.
      Não se salva nem umazinha, de rabo a rabo.
      Um abraço,
      Jeff

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  2. Fiquei triste... Querem acabar com o sensual rebolado da "mota" (sim, é assim que se diz em Portugal, conforme disse o Jeff), o famoso rebolado que também é mortal. Espero que a minha motinha não rebole tanto assim como aquelas motonas e seja de quebra, menos mortal.
    Essas moças são sinistras.
    Abração.

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    1. Olá, José Carlos!
      Captei uma leve schadenfreude no seu comentário, ou é impressão minha?
      Hahahaha...
      A gente brinca, mas o assunto é sério.
      Aquele cara do vídeo usando capacete coquinho e camiseta sem mangas se ralou de maneira pavorosa.
      A possibilidade de minha moto fazer uma coisa dessas existe, é a famosa síndrome de ruptura do chassi da Kansas.
      Credo... vou procurar uma madeira para bater 3 vezes.
      Forte abraço,
      Jeff

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  3. Um amigo comprou a muitos anos uma Kasinski Mirage 150, teve problemas no motor precisando de retífica, ele aproveitou e substituiu por motor de 200cc com tudo regularizado no DETRAN. A moto melhorou bem de desempenho, mas após alguns anos de uso, a moto começou a apresentar uma vibração estranha que estava aumentando, até que num belo dia, vindo em via próxima aqui de casa, em baixa velocidade, a moto quebrou no meio e ele se estatelou no chão. Na queda apenas ralou um pouco o cotovelo mas levou um mega-susto.
    Um dia ele viu a minha moto e gostou muito, principalmente da estrutura robusta dela e a pouco mais de um mês ele comprou uma idêntica, está feliz e sempre me comenta que as pessoas admiram a moto.
    É aquilo que você afirma, a melhor moto é aquela que ao acordar de manhã, há uma alegria em tê-la em sua garagem e satisfação em usá-la no dia a dia.
    Abração.

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    1. Caramba, José Carlos!
      Não estava sabendo que a Mirage 150 apresentava a mesma fraqueza de quadro que a Kansas.
      Você já deve ter lido que as duas são irmãs, e eu pensava que a zongshen tinha eliminado o problema quando reprojetou a Kansas e lançou a Miraginha... fiquei surpreso agora.

      E o motivo da retífica da moto do seu amigo foi a sacanagem de dizer que a moto só precisa de 1,4 litro na troca do filtro de óleo que não existe...

      Essas coisas são revoltantes. Mas como acontecem entre pessoas que não conhecem umas às outras, o pessoal não toma consciência de que estão sendo tapeados por empresas preocupadas em ganhar dinheiro sem se preocupar com a vida dos seus consumidores.
      É uma pena.
      Um abraço,
      Jeff

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  4. Olá Jeff, tudo tranquilo?
    Espero que vc consiga acessar esse vídeo, pode ser útil em futuras postagens sobre acidentes. Se não conseguir abrir, é só fazer parte do grupo.

    Grupo: https://www.facebook.com/groups/780725662007934/

    Vídeo: https://www.facebook.com/groups/780725662007934/permalink/1428180383929122/

    Abraços!

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    1. Olá, Daniel!
      Obrigado!

      Vou pedir ajuda pros amigos... continuo sem facebook e não sei acessar via blog. Tecnologia e senhas demais,sabe como é...

      Se por acaso for o vídeo da bbc, programei postagem com base na reportagem.

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Não é. É um vídeo comum de um cara q leva um susto e cai. Nada trágico, ainda bem.

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    3. Adoro acidentes com final feliz! São muito instrutivos...
      Vou ver o que consigo fazer.
      Abração,
      Jeff

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  5. Faz uns meses que estava rolando uma discussão no Reddit...
    estavam questionando a Harley Davidson....
    Seus fãs estavam ficando velhos e os mais novos não se interessam mais por suas motocicletas "overpriced". Alguns prevêem que a Harley irá passar por uma nova crise se não revitalizar sua marca, mas isso é algo complexo de fazer.
    Adicionar novas tecnologias acaba afastando os clientes tradicionais, mas optar pelo tradicional acaba por afastar os mais novos.
    Lembra a HD elétrica do filme dos vingadores? Foi apenas um veiculo conceito, mas teria publico interessado.
    Como o exemplo do Toyota Prius. É ecônomico, barato, feio, virou piada, mas ainda foi sucesso de vendas. Os mais jovem tendem a ser menos conservadores.

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    1. Olá, Rafael!
      O Bayer sintetizou bem a situação na postagem do Old Dog Cycles http://olddogcycles.com/2017/08/nao-gostou-da-linha-2018-entao-provavelmente-ela-nao-e-para-voce.html

      É verdade, os tempos estão mudando, e o motociclismo não é visto com os mesmos olhos hoje que o pessoal da minha geração se encantou.

      Muito do charme da coisa está em pegar estradas sem trânsito, o que hoje é impossível de encontrar próximo à cidade onde você mora... o que te obriga a viajar por rodovias não tão prazerosas em busca de um lugar para viajar e curtir, que geralmente já estará abarrotada de outros curtidores...

      Quanto às Harleys, ao optarem por finalmente modernizarem seus motores e motos, perderam o 'charme' que distinguia a marca das demais.
      E se a nova geração não está interessada em motos em geral, os poucos com tendência a comprar uma moto não terão motivo para sonhar com uma H-D, ainda mais se puderem comprar uma japonesa por custo menor.

      Muito da aura das Harleys veio da guerra contra os japoneses, esse é um dos motivos de a velha geração não aceitarem motos vindas do Japão — muita gente morreu para não dar a vitória a eles, e as Harley viraram um símbolo da vitória na segunda guerra e um lembrete permanente de que o "inimigo" estava hondando a casa.

      Mas essa geração e a geração que herdou isso dos seus pais combatentes está envelhecendo e os netos e bisnetos não vêem motivo para essa hostilidade nos dias de hoje.
      Prevejo que logo a h-d terá de lançar motonetas elétricas.
      É um filme antigo.
      A harley passou por uma crise parecida nos anos 60, e chegou a fabricar motonetas e a se associar com uma fabricante italiana para vender motos 125.
      Inclusive venderam no Brasil, pesquise por "harley motovi 125", uma moto muito parecida com a Kansas.

      Tenho pesadelos imaginando um mundo povoado de motonetas elétricas.
      Mas parece que é o futuro.

      Um abraço,
      Jeff

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    2. o "inimigo" estava hondando a casa!! ~ essa foi boa! :p

      isso mesmo! e o pessoal comentava justamente que compra-se uma Yamaha ou Honda por metade do preço e ainda são motos muito robustas....
      mudando um pouco de assunto..., viu a situação da Gibson? Faz anos que eles vem acumulando dívidas e essa semana saiu que eles não conseguiram renegociar.
      A venda de guitarras já está em baixa e a galerinha já não vê motivos para gastar mais de US$800 em uma guitarra só pela sua marca.
      Olha a industria de veiculos..., as gigantes que permaneceram foram Ford e GM....
      Os tempos mudam e a industria norte americana não está sabendo se reinventar.

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    3. Olá, Rafael!

      Este seu comentário foi publicado, mas não recebi confirmação de qual postagem, curiosamente a informação só chegou agora.

      E a ford e a gm só sobreviveram com uma ajuda generosa do governo americano, senão teriam falido completamente.

      Não sabia da Gibson, mas é mais um sintoma de um mundo passando por uma mudança incrível.

      Hoje você não precisa mais comprar um instrumento musical de produção quase artesanal, há sintetizadores para tudo.

      Bateria virtual que funciona por captura de movimentos é uma das coisas mais bruxalescas que já vi...

      Se um dia não tivermos mais acesso a essa alta tecnologia eletrônica, o mundo estará em situação muito complicada porque não haverá mais conhecedores das técnicas tradicionais... É incrível a diferença de conhecimento do mundo de uma geração para outra.

      Um abraço,
      Jeff

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  6. Jeff, vi em alguma postagem sua que tem óleos minerais que afinam com o uso, e outros que engrossam...
    Quais desses é pior para o motor, os que afinam ou os que engrossam?

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    1. Boa pergunta!
      A causa é que o petróleo é um caldo principalmente de bactérias e algas mortas. O pessoal pensa em dinossauros, mas o petróleo é um chorume desses organismos e outros animais que morreram em lagos e mares rasos há centenas de milhões de anos.

      Dependendo do tipo da fauna e das caraterísticas químicas e físicas (pressão e temperatura) do solo onde ocorreu a formação do petróleo, ele pode ser classificado em naftênico (mais rico em gasolina depois do craqueamento) e parafínico (mais rico em parafina e cera).

      Óleos lubrificantes desenvolvidos a partir de petróleo naftênico têm maior tendência a evaporar, em compensação causam menos carbonização no motor.

      Já os óleos com base parafínica têm boas características lubrificantes (cera e parafina puras são lubrificantes sólidos), mas tendem a causar maior carbonização na cabeça do pistão.

      O inconveniente dos óleos naftênicos é exigir reposição mais frequente, e basta o motor funcionar uma única vez com lubrificação insuficiente para causar danos irreversíveis, só desaparecerão quando o motor for retificado.

      Quando o motor funciona sempre com o nível de óleo perto do mínimo, a intensidade do dano por desgaste será mínima a cada vez, mas cumulativa, e o efeito virá a longo prazo.

      Como os naftênicos desaparecem do cárter muito rápido, e o consumo em motos novas depois de amaciadas é mínimo — mas aumenta significativamente depois que o motor atinge 30 ou 40 mil km, os donos acabam traídos pelo descuido em manter o nível correto.

      Já os óleos de base parafínica demoram mais para desaparecer do cárter, o que considero um ponto extremamente positivo.

      No entanto, a carbonização nas partes mais quentes do motor, particularmente a cabeça do pistão, pode entupir os furos de óleo do pistão.

      A parte de dentro (por baixo) do pistão recebe um esguicho de óleo para diminuir sua temperatura e vazar por esses furos na região dos anéis.

      Isso lubrifica e diminui a temperatura da parte mais sensível ao desgaste no bloco do motor, a camisa do cilindro.

      Com os furos entupidos, cessa a lubrificação, aumenta o desgaste da camisa.

      A solução para os dois casos é uma só:

      Sempre manter o nível de óleo perto do máximo.

      Com o nível correto de óleo, o motor trabalha a uma temperatura mais baixa, o que minimiza a evaporação e a carbonização para qualquer tipo de óleo.

      Por isso que martelo tanto nessa sacanagem de entregarem as motos com o mínimo de óleo nas revisões, além de especificarem uma viscosidade inadequada para as temperaturas predominantes no Brasil.

      A questão da viscosidade está ligada à eficiência da lubrificação dos mancais, aquelas regiões onde o contato metal com metal é fatal. (Que tal?)

      Uma viscosidade insuficiente não isola as peças, e o atrito entre elas literalmente come as superfícies, inutilizando o motor em quilometragens muito baixas. Bom para as fabricantes, péssimo para os proprietários.

      E na minha opinião, a pior combinação possível é justamente essa:

      Óleo de viscosidade inadequada, de base naftênica que afina e evapora ainda mais rápido com o uso, mantido em um nível muito baixo que as próprias fabricantes não recomendam, mas que suas concessionárias fazem questão de não atingir nas revisões. Muito menos orientam corretamente os proprietários...

      Então, seja qual for o óleo, viscosidade correta e manutenção do nível correto são a resposta.

      Minha preferência é pelos parafínicos que engrossam, porque mantendo a evaporação em nível mínimo, o espessamento também é mínimo.

      Já os óleos que afinam, quanto mais finos, menor a proteção aos mancais.

      E como eu disse, basta uma única ocorrência de proteção insuficiente para causar o desgaste irreversível.

      Obrigado pela pergunta, e um abraço,
      Jeff

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  7. Acho que os óleos Havoline e Lubrax são de base parafinica, não vejo que eles afinam com o uso, pelo contrário...
    E também não vejo diferença alguma no comportamento do motor quando troco o óleo e também quando ele já está no fim da sua vida útil, com o havoline. Ele mantém o motor silencioso e as trocas de marchas macias em todo decorrer do uso até a troca,(1500 km).
    Mais não arrisco a passar dessa quilomentragem, sei que já está no limite para óleo mineral.

    Abraco, e obrigado!

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    1. Olá, Maicon!
      Concordo contigo!
      Mas faça isso com um óleo naftênico, aos 700 km o câmbio já começa a ficar duro de passar as marchas e achar o neutro, de tão fino que está o óleo.
      Um abraço,
      Jeff

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