Reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/12/com-camera-em-capacete-jovem-grava-proprio-acidente-veja-video.html
Este é um acidente super comum:
O motociclista tenta fazer uma ultrapassagem no cruzamento.
Primeira coisa, cruzamento não é lugar de fazer ultrapassagem.
Aguardar sua vez permite que você se inteire da situação antes de atravessar, e atravesse com segurança — você terá somente uma coisa com que se preocupar.
Sempre poderá haver outro carro se aproximando em alta velocidade e que você não teve tempo de ver; ao forçar a ultrapassagem no cruzamento, você está se colocando em risco desnecessariamente.
Segunda coisa, é necessário respeitar a distância mínima em relação aos outros veículos. O piloto do vídeo se enfiou na jaula dos leões sem proteção.
A distância mínima a ser respeitada existe para evitar exatamente o que aconteceu aqui: uma pequena mudança de trajetória do carro causando a queda de um motociclista.
O pessoal das motos não gosta de ouvir isso, mas o que ele fez foi errado sob todos os critérios: da segurança, da legislação e do bom senso.
Terceira coisa, o motorista não dar seta não quer dizer que ele não vá virar na sua frente.
O cara pode se esquecer de dar seta, a lâmpada da seta pode estar queimada, o motorista pode descobrir que precisa virar somente na hora que chegou ao cruzamento... aí não dá mais tempo de fazer nada, um esbarrão e você foi para o chão.
São falhas do motorista? São.
Mas todos erram, motoristas e motociclistas, e é por isso que não podemos nos arriscar eliminando as margens de segurança.
Tem uma palavra para isso: prudência, a capacidade de julgar com sabedoria e discernimento quais as ações apropriadas para um determinado momento e lugar.
Saber distinguir entre atos corajosos e descuidados é um ato de prudência; analise o caso do vídeo e pense a respeito.
Para o motorista, errar é um amassado na lataria; para o motociclista, é uma navalha na carne.
"O cara não deu seta" é o mimimi de 12 em cada 10 motociclistas ralados.
Mas reclamar depois do tombo não serve nem para aliviar a dor das raladuras.
Se você quiser diminuir suas chances de ser mastigado, o mais inteligente é não se enfiar na boca do lobo.
Imagem: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/12/com-camera-em-capacete-jovem-grava-proprio-acidente-veja-video.html
Um abraço,
Jeff
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