segunda-feira, 30 de junho de 2014

Todos juntos vamos, pra frente Brasil, assim que abrir o farol.


Olá meus amigos.

Outro dia enquanto ia para o trabalho, me deparei com uma cena um tanto curiosa.




O que vocês notaram aqui?

Que o sujeito do carro ao lado direito é um porco e está jogando lixo pela janela?

Que está um dia ensolarado e tanto eu quanto o sujeito da moto da frente devem estar fervendo dentro das jaquetas?

A faixa vermelha e escorregadia que a prefeitura insiste em pintar na pseudo ciclovia?

Que a lente da minha câmera está extremamente suja?




Ou na moda da copa para carros, as capinhas para espelhos?

Se já não bastasse o ponto cego, o pessoal ainda inventa algo para piorar a situação em nome da torcida.

A dica para os motoristas é óbvia, não use essa porcaria ou pelo menos não deixe que ela cubra o espelho.

Para os motociclistas é redobrar o cuidado quando ver uma dessas, estando no corredor ou não, provavelmente esse sujeito só usa o espelho para estacionar.


Vinícius Melo


PS: De repente é aquela corrente pra frente...

Conversando com o Daniel sobre esta postagem, ele alertou sobre as bandeirinhas do Brasil que saem voando dos carros.

Mais um bom motivo para andar com a viseira sempre bem fechada.

Um abraço,

Jeff

sábado, 28 de junho de 2014

Olha só, parece que é uma boa novidade

Dica enviada pelo leitor e colaborador do blog, Darci Neto:


Vídeo: http://videos.r7.com/detran-usa-nova-tecnica-de-aplicacao-de-faixas-de-pedestre/idmedia/5391ba080cf2d6291ef05127.html

Não consegui embedar o vídeo, então visite o link para assistir a reportagem.

Trata-se de um novo material que promete resolver o problema das faixas de pedestres escorregadias quando molhadas, e que têm levado muitos de nós a conhecer a dura realidade da vida (= asfalto).

O material vem em rolos de papel toalha elastoplástico laminado adesivo com uma textura antiderrapante que parece ser realmente melhor do que aquele chiclete colado que eles perpetram habitualmente. 

Não consegui descobrir o quanto o coeficiente de atrito (= capacidade de derrubar motoqueiros) é mais elevado, mas descobri que esse tipo de faixa está sendo testado aqui do lado em Brusque e Balneário Camboriú.

Assim poderei sentir na prática como é o comportamento dessa faixa em condições reais e depois de algum tempo de uso (os testes começaram no ano passado).

Tá bom, concordo, foi a pior desculpa para ir até Balneário Camboriú, mas será interessante ver como essas faixas estão depois de um ano de uso.

Será que não estão se despregando e causando mais riscos do que a faixa pintada tradicional?

Só dando um pulo lá para sapear. Vou tentar fazer isso em menos de duas semanas para manter o assunto em pauta.

Pelo menos o material garante melhor visibilidade noturna porque é bastante refletivo:


Imagem: http://www.conline.com.br/DOCS/especificacoes.pdf — A Conline é um fabricante, mas não sei se é o mesmo da reportagem.

No vídeo, duas coisas chamaram minha atenção:

1) Eles alegarem que a faixa pintada dura apenas 6 meses (fala sério, a gente sabe que dura bem mais do que isso... não sei não se não chega a 6 anos...). Isso pareceu forçação de barra para justificar um produto bem mais caro no lugar de outro que já não é barato (sacumé, licitação, manja?). Ainda se compensar pela maior segurança... 

2) O fato de ninguém lembrar que as maiores vítimas dessa armadilha traiçoeira somos nós, motociclistas, e não os motoristas ou pedestres.

E olha que o entrevistado era uma autoridade de vias de trânsito...

Um abraço, e grato ao Darci pela dica, 

Jeff

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mais dicas do Roberto Agresti

http://g1.globo.com/carros/dicas-de-motos/noticia/2014/06/como-resolver-5-problemas-que-dao-dor-de-cabeca-ao-motociclista.html

Cinco dicas úteis do Roberto Agresti sobre desgaste dos cabos de comando, pneu furado e perda da chave da moto, sem esquecer da regulagem da corrente.

Um aspecto importante que ele aponta e que eu nunca havia comentado é a possibilidade de quebra da carcaça do motor por rompimento da corrente. 

Dá uma conferida lá e não deixe para trocar a corrente apenas quando ela estiver no osso. 

Indicação do amigo e companheiro de viagens Edifrans, lá do torrão andreense. 

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Como instalar filtro de gasolina adicional

Como instalar um filtro de gasolina adicional entre o registro de combustível e o carburador?

Não tem mistério:

1) Compre um filtro de gasolina para motos (e duas abraçadeiras) que nem este aqui:





Imagem: www.evoo.com.br  um fórum sobre aeromodelismo... mas o filtro é para motos.

2) Corte a mangueira de combustível mais ou menos a meio caminho entre o registro de gasolina e o carburador.

Imagem: www.tocadacotia.com.br

3) Instale o filtro e trave as pontas da mangueira com as abraçadeiras.

O filtro deve ficar instalado desse jeito para não formar uma alça que prenda uma bolha de vapor em dias quentes:

Uma instalação sem abraçadeiras fará o filtro se soltar despejando gasolina em cima do motor quente, e só não incendiará a moto por sorte.

www.clubedosyamaheiros.forumeiros.com
4) Não se descuide do sentido de instalação do filtro, a seta tem que apontar na direção do fluxo da gasolina do tanque para o carburador:


5) Se a mangueira ficar muito volteada, desconecte o filtro, corte um pedaço da mangueira suficiente para acabar com o volteio e instale novamente.

Esse filtro precisará ser trocado a cada 20 ou 30 mil km, não se esqueça disso. 

Aproveite para limpar o filtro original, aquele que vai dentro do registro ou no copinho de sedimentos do registro de gasolina.

É só desparafusar que ele sai. Mas faça isso com o tanque vazio!

Um abraço,

Jeff


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Duas Suzies

Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/06/motociclistas-morrem-apos-sairem-de-pista-e-tombarem-em-rodovias-de-sc.html

Reportagem: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/06/rodovias-catarinenses-registram-quatro-mortes-neste-sabado-4532914.html

A moto acima era uma suzuki GSXR 1000. A moto do outro acidente era uma suzuki Intruder 125.

Mas podiam ser motos de qualquer marca, isso não faz diferença.

Nos dois acidentes, os pilotos perderam o controle em uma curva, despencando de ou se chocando contra um barranco.

Nos dois acidentes, falta de domínio da moto. 

Suspeita de velocidade excessiva no primeiro caso, possivelmente a mesma coisa para o segundo. 

Velocidade excessiva para as habilidades de ambos.

Lembra da minha primeira postagem, a Apresentação?

Era disso que eu falava lá. 

Uma 125 é menos arisca do que uma moto de alta cilindrada, mas já é suficiente para mudar sua vida para sempre.

Tome cuidado e não subestime a máquina.

Nem superestime sua habilidade.

A adrenalina da pilotagem é viciante e leva a erros de julgamento.

Pratique o domínio da moto e sempre conte com uma margem de segurança.

Em uma moto, basta um erro apenas e game over.

Um abraço,

Jeff

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mais uma de celular. - O Aparelho do Mal

Olá meus amigos.

Por coincidência do destino, apareceu mais uma campanha interessante, sobre o uso do celular (ou aparelho do mal) enquanto dirige.



Abraço!

Vinícius Melo

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pneu de moto não pode ser riscado nem recauchutado

Riscar um pneu de moto (aprofundar os sulcos de um pneu careca) é uma das maiores burrices criminosas que alguém pode fazer.

Se o pneu que já chegou ao fim da vida útil está mais vulnerável a furos, aprofundar os sulcos só piora a situação.


Olha só o estado de ressecamento da borracha.
Isso não é um pneu, é uma bomba relógio...
Esse pneu já morreu e esqueceram de reciclar.
Mais medonho que isso só o 0x0 lá em Fortaleza. 
Imagem: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/pneus-riscados-sao-perigosos.html

Você elimina o resto de resistência do pneu e passa a rodar em cima de duas bolas de chiclete esperando a primeira pedrinha pontuda se encaixar no sulco riscado e furar o pneu, fazendo você perder o controle da moto e dar de cara com um poste ou um caminhão.


Reportagem: http://www.bocaonews.com.br/noticias/principal/acidente/80727,pneu-fura-moto-capota-e-motoboy-fica-gravemente-ferido-na-br-324.html

O próprio processo de riscagem pode rasgar a malha resistente da carcaça do pneu, criando um ponto fraco que se romperá e irá furar ou estourar a câmara do pneu com o tempo.

Já o pneu recauchutado é vendido com garantia, mas se ele der problema, você poderá não sobreviver para voltar e reclamar, já pensou nisso?


Esse risco (no sentido de perigo) existe nos pneus de carros e caminhões, mas um motorista tem mais chance de sobreviver a uma colisão do que um motociclista.


Na verdade, a fabricação de um pneu é bastante complexa e sujeita a variáveis difíceis de controlar — nem os pneus novos estão livres de sair de fábrica com problemas, volta e meia são feitos recalls de lotes defeituosos pelos fabricantes de pneus, sabia disso?


Esse tipo de informação não é amplamente divulgada para não arranhar a imagem dos fabricantes, circula somente entre os revendedores. Mas quem conhece o meio sabe como a coisa funciona.


No caso dos pneus riscados e recauchutados, uma carcaça pode ter passado por pancadas e grandes esforços em sua primeira vida, estar no limite da resistência, implorando aos céus para ser sucateada antes que estoure, aí vem um cara e risca ou recauchuta a coitada.


E um "sortudo" acaba comprando, achando que fez um ótimo negócio. 


Pode crer, não fez.


Há toda uma ciência por trás da fabricação de pneus, e improvisos em motos sempre acabam muito mal em longo prazo.


Um abraço,


Jeff

sábado, 21 de junho de 2014

Meu pé, meu querido pé

Este é um daqueles modelos plásticos de pé que você vê nas lojas de produtos ortopédicos.


Imagem: http://www.drtobler.com/the-agony-of-da-feet-no-more/

Este também é outro modelo plástico de pé, mostrado dentro de uma bota cortada.


Imagem: http://www.flatfeetpain.com/shoes-for-plantar-fasciitis/

O pé visto por dentro é feio, né?

Mas estou postando essas imagens aqui para você perceber a importância do uso de calçados adequados para andar de moto.


Veja que um tênis/bota de cano curto como esse da foto é bacana, tem um ótimo encaixe para a pedaleira na sola que dá mais firmeza durante frenagens,
mas o cano curto não protege a parte saliente de um dos ossos, a cabeça a protuberância o maléolo medial da tíbia.

Melhor uma bota com cano mais longo, porque essa parte do osso fica muito exposta em caso de queda.


Na imagem você pode ver a espessura do couro e do solado de uma boa bota. 


Caso o motociclista caia e seja arrastado por um carro, toda aquela camada de couro da bota teria de ser desgastada até que o asfalto chegasse na pele, músculos, ossos, tendões, artérias, veias e 
nervos (uh, isso dói...)

Mas se o motociclista não usar uma bota adequada, o calçado vai pular fora do pé e não haverá nada entre o pé e o ralador de queijo asfalto passando rápido debaixo dele até o carro parar algumas dezenas de metros depois.

Por que eu estou postando isso?


Porque outro dia na Rede Vida no Trânsito vi uma apresentação sobre lesões de motociclistas.


Lembra do primeiro modelo de pé lá de cima?


Tinha uma foto quase igual.


não era um pé de plástico.


Depois dessa...


Hoje é sábado, dá uma sapeada por aí e capriche na escolha de sua nova bota de couro grosso com cano médio ou longo


E com salto.


Um abraço,


Jeff

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Falando só de motos a diesel

Por que não existem motos a diesel?

Seria uma maravilha de economia e ainda não precisaria trocar a vela...

Bom, existe uma ou outra moto a diesel, mas nenhuma delas com volume de vendas comparável às motos a gasolina. 

Um fabricante americano, a Hayes Diesel Technology, desenvolve motos para o exército americano — motos a diesel não precisam usar combustível diferente dos caminhões e tanques de guerra, uma vantagem logística.


Imagem: http://www.dieselbike.net/militaryproduction/militaryproduction.htm

O principal problema dos motores a diesel é que são muito pesados (porque precisam ser muito resistentes), esquentam bahbaridade e vibram muito. 

OK, são três problemas, e todos eles muito sérios em uma motocicleta.

A coisa é tão dramática que as vendas da Hayes são restritas ao pessoal acostumado com as Harley exército do tio Sam.

Mas também existem empresas europeias que apostam nas vantagens de economia e robustez dos motores a diesel, usando tecnologia para contornar suas inconveniências. 

A alemã Neander desenvolveu um motor revolucionário, o primeiro motor a diesel que não vibra que nem uma har... ahh... britadeira:





Fabricante: http://www.neander-motors.com

Muito me apeteceria rodar nessa moto a diesel invocadona:

Motor turbodiesel de 1340 cc, velocidade máxima de 220 km/h, a uma rotação máxima de apenas 4200 rpm com torque cavalar brutal de 214 Nm (uma moto 125 comum tem torque na casa dos 13 Nm — só 16,5 vezes mais.)

O peso da moto não é declarado, mas certamente é bem superior a 300 kg (uma 125 pesa um terço disso).

Mesmo assim, esse motor torcudão consegue acelerar essa cavalona de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, aceleração de Ducati ou Ninja. E sem vibrar.

Como a Neander conseguiu isso?

Projetando um motor a diesel revolucionário com duas (eu disse duas) árvores de manivelas.

É isso mesmo, dois virabrequins.


Imagem: http://www.neander-motorcycle.com/shortversion-neu/main_en.html

Cada pistão é conectado a duas bielas que acionam duas árvores contra-rotativas.

Como o motor é bicilíndrico, esse projeto elimina a vibração porque os pistões, árvores e contrapesos opostos compensam uns aos outros.


Já imaginou viajar em uma moto a diesel que é mais cavala e vibra menos do que uma... ahn... dessas motos custom famosas que abundam por aí? 

E ainda por cima, fazendo 22,2 km/litro?

Se o pessoal que compra motos estradeiras valorizasse detalhes técnicos dos corações de suas máquinas (= Mecânica) e não apenas a estética de suas motos, a Neander talvez tivesse chance.

Como eu gosto de ideias arrojadas, torço por eles!

Um abraço,

Jeff
PS: Para conhecer mais motos a diesel: http://www.dieselbike.net/

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Motos a álcool, gasolina e diesel

Porque motocicleta só funciona com gasolina?

Porque não existem motos a álcool ou a diesel?

Não é bem assim... há motos projetadas para trabalhar exclusivamente com álcool e outras com mistura de gasolina e até 80% de álcool (o chamado motor flex).

E também só com diesel, mas não no Brasil.


Moto rodando exclusivamente a álcool não é nenhuma novidade; só não digo que é coisa antiga porque é do tempo da minha mocidade. Hummm... epa, péraí...


Imagem: http://infomoto.blogosfera.uol.com.br/2012/01/13/moto-a-alcool-completa-30-anos-2/

O problema é que o preço e o desempenho com álcool nunca compensaram.

A reportagem com a história das motocicletas a álcool brasileiras você lê no blog Infomoto.

Por que um motor a gasolina não funciona com álcool? 

Explicando de maneira simples, a gasolina pega fogo mais fácil do que o álcool. 

Ela também gera mais calor (= mais energia) do que a mesma quantidade de álcool.

Então para um motor funcionar bem com álcool, é necessário um truque: ele precisa trabalhar com maior compressão do que os motores a gasolina.

Mas o que é compressão?

Durante o funcionamento do motor 4 tempos, apenas um tempo (uma descida do pistão) é dedicado à explosão que move a moto. 

Depois da explosão, o pistão sobe com a válvula de escape aberta e expulsa a fumaça (tempo de escapamento), aí ele desce com a válvula de admissão aberta e deixa entrar ar e gasolina (ou álcool, ou uma mistura de gasolina e álcool — é o tempo de admissão).

Então ele sobe com as duas válvulas fechadas e comprime a mistura numa proporção próxima a 10 vezes, esse é o tempo de compressão.

Quanto maior for a proporção (taxa) da compressão, mais fácil será para a mistura de ar e combustível explodir lá dentro.

Motores a gasolina não podem sofrer uma compressão muito elevada, senão a gasolina acaba explodindo antes da hora certa, antes da faísca, antes do pistão subir completamente — só o calor gerado pela compressão já é suficiente para ela sofrer ignição.

O motor começa a "bater pino" e será destruído em pouco tempo pelo esforço excessivo.

Já os motores a álcool precisam dessa compressão mais elevada para funcionarem bem. 

Tentar fazer uma moto projetada para rodar com gasolina somente usando álcool inviabiliza o funcionamento — o álcool não consegue explodir com a baixa compressão, encharca a vela e mata a faísca.

Os motores flex ficam no pior dos mundos meio termo, usam uma compressão um pouco mais alta do que a ideal para a gasolina e um pouco mais baixa do que a ideal para o álcool, e compensam os problemas que surgem com o gerenciamento eletrônico do motor, adiantando ou atrasando a faísca de acordo com a necessidade.

E se você elevar muito mesmo a compressão, você nem precisará de faísca: é assim que funcionam os motores diesel.

O pistão de longo curso comprime o ar e o diesel é injetado por uma bomba com pressão altíssima contra o ar altamente comprimido dentro do cilindro, sofrendo ignição espontânea — não precisa faísca, vela, bobina, módulo eletrônico... nada das coisas que pifam tradicionalmente.

Aí você pergunta porque não existem motos com motor diesel, certo? 

Bem, esse será o assunto da postagem de amanhã... com uma novidade que você nunca viu.

Um abraço,

Jeff

quarta-feira, 18 de junho de 2014

400 postagens e mais Vida no Trânsito !

Olá, amigos!

Esta postagem é especial!

Esta é a postagem publicada de número 400, o blog atingiu 10 mil visualizações mensais, e a partir desta semana o Minha Primeira Moto passa a integrar a Rede Vida no Trânsito.



Imagem e reportagem: http://www.portaldailha.com.br/noticias/lernoticia.php?titulo=projeto-rede-vida-no-transito-e-lancado-em-florianopolis&id=23094

Conforme o folder de apresentação da Rede: 

A Rede Vida no Trânsito tem como Missão “Garantir o Direito à Vida no Trânsito” e como Visão “Fazer de Florianópolis, até 2020, capital referência em educação, respeito, gentileza e paz no trânsito, reduzindo o número de mortes e feridos graves”!


O site oficial da Rede ainda não está disponível, mas a página no facebook está aberta aos visitantes: 




Ao participar da Rede Vida no Trânsito, o MPM passa a ter acesso às informações e estatísticas coletadas na cidade, contato direto com os agentes e autoridades envolvidos nas ocorrências, e ainda tem a possibilidade de colaborar diretamente com as pessoas que poderão tomar atitudes práticas em relação aos alertas publicados aqui.


A bandeira do combate aos acidentes ocorridos por desconhecimento da manutenção básica e regulagem da moto, assim como a necessidade de melhor preparação dos novos pilotos com cursos e práticas de pilotagem defensiva, será devidamente enfocada.


Se quisermos que este País melhore, temos que arregaçar as mangas e fazer o que estiver ao nosso alcance.

Estou muito animado com a possibilidade de darmos nossa contribuição para esta causa que é de todos!

A participação dos leitores, acompanhando e enviando casos aqui para o blog, sempre foi a motivação para continuar a alimentar o blog!

Afinal, saber que vocês acompanham o blog diariamente é a força que impulsiona estes cansados batedores de teclas. 

Aproveito para agradecer a contribuição inestimável dos amigos Vinícius (cocriador e coautor) e Daniel (colaborador relutante e anônimo) para este blog!

E também agradeço à toda a galera amiga que acompanha meus resmungos desde o antigo fórum (é tanta gente que não dá para mencionar aqui), em especial aos amigos WD±40 de todo Brasil, participantes de encontros ou que ainda não tiveram essa oportunidade — eu não estaria aqui e o blog não existiria sem essa ajuda, força motivadora e grande amizade. 

E claro, não posso deixar de agradecer à minha doce e amada companheira de aventuras, Jezebel, meu amor, minha paixão!!! 

Esperamos que o blog seja cada vez mais útil aos leitores!

Um abraço a todos os amigos que leem e participam do blog, (a quem muitas vezes fico devendo respostas porque minhas ferramentas de visualização e escrita de comentários volta e meia desaparecem do meu painel de controle e não adianta reclamar com o google, já tentei...)

Jeff

terça-feira, 17 de junho de 2014

O ajuste dos freios da moto

O canalha do homem se adapta a tudo, dizia um dos meus personagens prediletos de Crime e Castigo.

Não devia.

Lembrei dessa frase para ilustrar o ajuste do freio dianteiro a tambor por causa da minha primeira moto.

Demorei todo esse tempo para falar desse ajuste crucial que as motos com freio a tambor precisam para funcionar com o mínimo (e só o mínimo) de decência porque hoje Jezebel (minha segunda moto) tem um excelente freio dianteiro a disco... eu nem me lembrava mais dessa regulagem importantíssima.

Explicando: 

Freio a disco não precisa de ajuste, ou melhor, é autoajustável. 

Conforme as pastilhas se desgastam, o fluido hidráulico preenche o vazio e compensa o desgaste das pastilhas. 

Como resultado, enquanto houver material de atrito nas pastilhas, o freio a disco sempre estará no ponto ideal de frenagem — acionou, parou. E parou bem.

Se o freio a disco não estiver parando como deve, é só trocar as pastilhas. Se o manete ou pedal (no caso de freio a disco traseiro) parecer borrachudo, você aperta e não freia a moto, trocar o fluido e fazer uma sangria para remover alguma bolha de ar resolve o problema.

Mas minha primeira moto tinha freio dianteiro a tambor... e as motos com freio dianteiro a tambor já começam com uma deficiência, esse sistema de frenagem tem baixo rendimento.

E se você não regular e deixar ambos os freios a tambor sempre bem regulados, o manete e o pedal precisarão ser acionados por um curso maior, fazendo aumentar muito a distância percorrida pela moto antes de começar a parar de verdade.

Por que eu disse que o canalha do homem se adapta a tudo?

Porque a gente se esquece de regular os freios a tambor a cada poucos dias e vai se acostumando com o curso maior do manete e pedal, com a demora maior antes de parar, e a coisa vai piorando, e a gente vai se adaptando, até que chega uma hora em que a moto não para onde a gente precisa que ela pare e cataplau.

Aí o conserto das peças e pernas quebradas fica caro.

Nas motos com freio dianteiro a disco isso não é tão crítico, o freio mais usado sempre é o dianteiro. 

Mesmo assim o freio traseiro a tambor não pode deixar de ser ajustado, ele colabora para manter a moto estável durante a frenagem — pelo menos na minha segunda moto (uma deficiência grave dos freios das CG/Titan é justamente o travamento fácil do freio traseiro, causa de inúmeros tombos por esse Brasil afora).

Manter os freios a tambor sempre bem regulados é muito fácil, não precisa mecânico nem ferramentas, até mesmo as meninas conseguem fazer, não precisa usar a força:

Basta empurrar o braço do freio para longe da porca do ajustador e ficará muito fácil girá-la com os dedos para fazer o ajuste.

A ferramenta ajuda, mas não é necessária.



Só isso.

O mesmo procedimento pode ser usado para ajustar o freio traseiro.

Ambos os freios precisam estar sempre bem ajustados para minimizar a deficiência inata dos freios a tambor.

Mas atenção:

Tanto no freio dianteiro como no traseiro, a porca do ajustador tem um encaixe que precisa ficar bem assentado no pino redondo. 


Imagem adaptada de: http://www.fazerfacil.com.br/motos/sistema_freio.htm

Se a porca ficar encavalada, ela mudará de posição e comprometerá o ajuste.

Tome cuidado para que as lonas não fiquem muito justas dentro dos tambores, porque com o aquecimento elas se dilatarão e a situação piorará.


Nesse tipo de freio deficiente por natureza é fundamental usar a técnica de frenagem correta:


Aplique ambos os freios simultaneamente com 70% de força no DIANTEIRO e apenas 30% no traseiro em condições normais — A proporção é invertida para motos com motor V2 e scooters.


Inverta essa proporção quando estiver com garupa e conforme as condições da pista — teste essas combinações e pratique frenagens de emergência para não ter surpresas, cada modelo de moto tem seus macetes. Veja a postagem Como frear corretamente.


Para ver um tutorial completo sobre a regulagem dos freios a tambor, visite este site.

Esse é um pequeno ajuste muito rápido e fácil de fazer, e que pode evitar acidentes graves.


Qual o sintoma de um freio a tambor mal regulado?

Como foi dito, se o ajuste do freio a tambor estiver muito folgado, o curso da alavanca ou pedal será muito longo. Isso é tempo perdido durante a frenagem, o que pode te levar a um acidente.

Se estiver com folga insuficiente, as sapatas do freio irão permanecer em contato com o tambor e causarão superaquecimento do cubo. Aí é só afrouxar a porca reguladora um pouquinho que tudo volta ao normal.

Não confunda o aquecimento normal dos freios devido ao uso com o superaquecimento por má regulagem:

Um freio superaquecido estará tão quente que você não conseguirá tocar e poderá até soltar fumaça. 

Isso acontece muito quando você se esquece de regular o freio na hora de levar uma garupa.  

Um abraço,


Jeff

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Incêndio em posto de gasolina

Reportagem: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/05/explosao-em-posto-de-combustiveis-no-recife-destroi-13-veiculos.html

Ué, o que essa notícia tem a ver com um blog sobre motos?

Tudo. 


O incêndio começou quando um motociclista ligou sua moto.


É claro que ele não teve culpa pelo acidente, mas fica aqui o alerta.


As pessoas pensam que o grande perigo de incêndio é própria gasolina se incendiar. Mas o vapor de gasolina é mais perigoso ainda.


E quando esse vapor se mistura com o ar, essa combinação é extremamente inflamável, mais até do que a gasolina pura.

A gasolina não pega fogo se não tiver contato com o ar. Não existe incêndio se você eliminar um dos três elementos: ar, combustível e calor. 

Durante o abastecimento, seja do tanque da moto ou do tanque do posto de gasolina, sempre existe o risco de um vazamento desprender uma nuvem de vapor de gasolina, como aconteceu neste acidente. 


Então quando você for abastecer a moto, por segurança evite fazer isso quando tiver um caminhão tanque descarregando. 

O momento para acontecer um vazamento grande e perigoso é esse. 


E será grande a chance de o vapor inflamável vir na direção do motor mais quente e que solta mais pipocos pelo escapamento (o seu).

Você também estará evitando abastecer sua moto com aquela gasolina que remexeu toda a sujeira acumulada no fundo do tanque subterrâneo enferrujado e carcomido do posto.


E de quebra, poderá estar salvando algumas vidas, inclusive a sua.


Um abraço,


Jeff

sábado, 14 de junho de 2014

A luva da moto

A história desta postagem é curiosa.

A pergunta "qual o tipo de arame que prende a luva da moto?" trouxe um leitor até o blog e me fez quebrar a cabeça.

Nunca descarto perguntas desse tipo, porque apesar de parecerem incompreensíveis, podem ser regionalismos para peças que conheço por outro nome.

Pensei que fosse esse aquecedor de punho aqui, algo bastante comum no inverno de Santa Catarina e provavelmente do Rio Grande do Sul, talvez Paraná. (Duvido que seja presa com arame.) 


Imagem: xt660.com.br

Mas uma pesquisa por "luva da moto" no google me levou a esta reportagem:


Reportagem: http://rondoniaempauta.com.br/nl/policial/luva-da-moto-escapa-e-motoqueiro-fratura-mao-na-br-364/

E Rondônia certamente não é mercado para esse tipo de luva.

Continuei confuso, não conseguia imaginar qual peça da moto seria essa tal luva capaz de se soltar e provocar uma queda.

Nem imaginar uma luva comum se soltando da mão e causando uma queda...


Até que tive o estalo: 


Esse problema já havia acontecido comigo! 

Não cheguei a cair, sempre programei uma postagem a respeito e sempre esqueci....

O que o pessoal de Rondônia chama de luva da moto é a manopla, a empunhadura do guidão.

No lado direito ela é colada em um tubo plástico móvel e forma o acelerador, do lado esquerdo ela é colada diretamente no cano do guidão.
Imagem: http://gumahd76.blogspot.com.br/2011/04/red-choppers-customizacao.html


Quer dizer, ela deveria ser colada... 

As oficinas e algumas montadoras de segunda linha simplesmente encaixam as manoplas no guidão sob pressão.

Com o peso da mão do piloto, a vibração e principalmente, se chover, a manopla esquerda começa a escorregar para fora do guidão muito lentamente. 

Sempre que eu percebia isso acontecendo, eu a empurrava torcendo para a posição, mas enquanto o guidão estivesse molhado ela sempre se soltava novamente.

Como o problema desaparecia com o fim da chuva, eu nunca lembrava de solucionar o problema definitivamente, até que um dia ela realmente saiu do guidão e quase causou uma queda.

A solução para isso é muito simples e barata, não depende de oficina.

O certo é usar aquelas colas de alta resistência, mas podem ser difíceis de achar. Uma alternativa que você pode usar é fita isolante.

Pois é, fita isolante. 

Tire a manopla e passe uma camada reforçada de fita isolante por toda a extensão onde a manopla se encaixa no guidão. 

Aqueça a manopla com água quente ou um secador de cabelos e instale-a ainda quente. Ela precisa entrar justa. 

Depois que a manopla esfriar, ela sairá do lugar somente usando um jato de ar quente (ou uma talhadeira...)

Um procedimento simples e que pode evitar um tombo perigoso.

Um abraço,

Jeff
PS: Mas continuo não fazendo ideia do arame usado para prender a luva da moto.... será que ele estava falando do cabo do acelerador? É ruim, hein?

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Quanto óleo vai na minha moto?

PARE!

Você já começou perguntando errado.

O importante não é quanto óleo vai no motor, mas qual o nível de óleo que deve ser mantido nele.


Peguei a imagem no blog citado, mas fico triste de ver como o pessoal repete inocentemente o mantra dos fabricantes, divulgando "verdades" que só interessam a quem vai lucrar com o seu prejuízo. 
Imagem: http://linemoto.blogspot.com.br/2009/05/troca-de-oleo.html


De que adianta você se preocupar em colocar 1,2 ou 1,3 litro de óleo, se no dia seguinte essa quantidade terá diminuído por causa do consumo natural ou de um vazamento?

O que você precisa saber é medir o nível de óleo para manter sua moto bem lubrificada todos os dias.

E o critério é simples: com o motor frio e a moto nivelada, o nível tem que estar sempre próximo da marca de nível máximo da vareta medidora DEPOIS DE LIGAR E DESLIGAR O MOTOR PELA MANHÃ.

É isso mesmo, não é como nos carros.

Sabendo usar a vareta medidora, você descobre a quantidade certa de óleo até para uma Norton Big 4 633cc de 1933. 

Você não vai achar manual do proprietário para essa simpática senhorinha octogenária:


Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Norton_Big_4

Mas então, como é que se mede?

NÃO É COMO NOS CARROS !!!

Não basta tirar a vareta, te ensinaram errado!

Está em todos os manuais de proprietário na parte que ensina como medir (aquela que você nunca leu porque pensava que sabia):

Com o motor frio, pela manhã, com a moto no cavalete central ou então equilibrada rigorosamente na vertical, VOCÊ LIGA O MOTOR DA MOTO POR 2 OU 3 MINUTOS, desliga e aí tira, limpa e coloca a vareta sem rosquear (a maioria das motos é sem rosquear, consulte o seu manual) e vê onde o nível está marcando. E completa com o mesmo tipo de óleo até atingir a marca de nível máximo.

Fazendo do jeito certo acima, que é o que recomenda o manual do proprietário (pode conferir), você descobre que o fabricante manda colocar 1 litro ou 1 litro e pouco, e mesmo assim ainda está faltando óleo para chegar ao nível máximo, você precisará completar.

Isso vale para o dia seguinte à retirada da moto da concessionária, e depois de todas as revisões — Leia a denúncia A esperteza dos fabricantes e a ingenuidade do povo.

Sabendo usar a vareta medidora corretamente, você nunca precisará se preocupar em saber a quantidade recomendada para sua moto; bastará usar a observação e o bom senso.

Claro, isso só funciona se a vareta medidora da sua moto não tiver sido trocada por outra de outro modelo.

Um abraço,

Jeff