quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ciclistas ocultos na faixa de ônibus

Olá, pessoal!

Aí vai a primeira postagem gerada nesta nova etapa do blog! Estou preparando uma especial para contar sobre a volta de Jezebel, mas ainda dependo de algumas fotos... vai ter de esperar um pouquinho.

Vamos lá:

Tem coisas que a gente vê melhor quando não está andando de moto.

E em um desses dias em que eu andava de ônibus, tive oportunidade de ver uma cena interessante.

Estou no ponto de ônibus quando vejo um grande perigo para nós, motociclistas:
 
 
Imagem: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/67731-ciclistas-adotam-cameras-para-denunciar-motoristas.shtml

Pois é, um ciclista.

Na faixa exclusiva para ônibus, uma fila desses grandalhões começou a reduzir a velocidade para parar no ponto, e escondido atrás do primeiro deles vinha um ciclista totalmente à direita, andando perto da calçada.

Na verdade, vinha aquele que considero o pior dos ciclistas: o cara de meia idade com bicicleta esportiva, completamente equipado.

Gente que anda assim costuma se arriscar ainda mais no trânsito. Tem habilitação para carros e não anda de moto porque acha a motocicleta muito perigosa. Pensa que aquele capacete o protege de verdade. Acha que sabe tudo e não sabe nada.

Não deu outra:

Assim que o ônibus à frente dele começou a reduzir a velocidade, o ciclista saiu de trás do ônibus para fazer a ultrapassagem sem diminuir a velocidade. Ciclista detesta frear a bicicleta.

Como tinha experiência no trânsito, o otário respeitável cidadão desmotorizado deu aquela olhadinha rápida para ver se não vinha nenhum carro, e se mandou como deu.

Olhou para ver se não vinha nenhum carro na faixa ao lado, mas não o suficiente para ver uma motocicleta no corredor.

Não fosse o motociclista cravar os freios, o ciclista feliz tinha ido se ralar no asfalto e o motoqueiro infeliz tinha caído na frente da roda do segundo ônibus.

Errou o ciclista?

Claro que errou, o ciclista é sempre o culpado ele não podia mudar de faixa daquele jeito.

Mas o motoqueiro também errou, o motociclista é sempre o culpado ele não pode trafegar sempre pelo corredor, ainda mais com o trânsito em movimento.

Ao se posicionar entre os carros e os ônibus, a moto fica exatamente no ponto cego de todo mundo, a começar pelos motoristas de ônibus e carros.


E principalmente, fica no ponto cego dos ciclistas doidos para mudar de faixa sem perder o embalo, e dos pedestres querendo atravessar a rua pela frente dos ônibus.

Os ciclistas e pedestres ficam totalmente encobertos pelos outros veículos e, quando você menos espera, eles cortam sua frente ou trombam contra sua lateral, levando você para o chão.

Então já sabe, nas proximidades de pontos de ônibus esse tipo de coisa acontece com muito mais frequência, então fique atento a essa possibilidade e evite passar perto de coletivos para evitar surpresas desagradáveis como essa de sair rolando abraçado a um barbudo suado logo pela manhã.

Um abraço, porque eu não pedalo,

Jeff

5 comentários:

  1. Ciclistas em alguns momentos representam um perigo mesmo, por aqui andam quase sempre perto da metade da faixa de rolamento (em vários locais é uma necessidade pelo péssimo estado das ruas e acúmulo de lixo/buracos/poças de água nas beiradas), e os carros atrás e os que estão no sentido contrário não têm o mesmo respeito ou noção de que eu preciso de um espaço de segurança para ultrapassar, e pra ajudar tem os 'motoqueiros' que (novidade) parecem pilotar em um mundo onde só há uma linha reta e que nada pode acontecer de errado.

    Já nos pontos de parada de ônibus sempre paro junto, exceto em ruas claramente abertas e limpas... já tive momentos perigosos pelo desrespeito comum de outros motoristas.

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    1. Gostei dessa frase, "os 'motoqueiros' que (novidade) parecem pilotar em um mundo onde só há uma linha reta e que nada pode acontecer de errado"...
      Resume muito bem a maneira como age a imensa maioria do pessoal que sobe em uma moto e sai acelerando...
      Os acidentes acontecem porque algo inesperado acontece, algo inesperado sempre pode acontecer, ainda mais no trânsito urbano com pedestres, ciclistas, cruzamentos...
      Um abraço,
      Jeff

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  2. O primeiro "veículo" de quase todo mundo, acredito, é a bicicleta. Infelizmente a educação no trânsito não se desenvolve tanto quanto as habilidades para manobrar a magrela e por isso alguns ciclistas se põem em situações de risco perfeitamente evitáveis. Pior é quando tais ciclistas vão para as motocicletas e levam os mesmos vícios para o novo veículo.

    Minha bicicleta não tem refletores ou demais acessórios de segurança, mas só percebi o perigo que era circular por aí de bike nessas condições depois que comprei minha moto. Depois que me acostumei com farol, buzina, setas, espelhos retrovisores, ou mesmo o barulho do motor, subir na bike me faz sentir uma vulnerabilidade assustadora, como se eu estivesse completamente invisível para os veículos.

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    1. É verdade, Robson... o pessoal não tem essa ideia de quão pouco visíveis eles estão no trânsito.
      E a situação piora no inverno, quando todo mundo veste agasalhos escuros.
      Pela manhã cedo e ao entardecer, os ciclistas desaparecem que nem Harry Potter. Ou uma ave de rapina klingon.
      Um abraço,
      Jeff

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  3. Antigamente a direção dos veículos era mecânica e tinha uma folga que dava insegurança ao motorista, fazendo com que os motoristas mantivessem grande distância do que estava a direita e a esquerda. Os carros (poucos) circulavam em fila indiana sem problemas. O trânsito não era pesado e havia mais espaço. Hoje todos os veículos tem direção hidráulica e por isso ocupam todo o espaço disponível das vias (andam lado a lado).
    Andei muito com uma Caloi 10 sem riscos, nunca me acidentei com outros veículos (duas vezes cai em curva e ralei o joelho, por puro despreparo e exibicionismo). A alguns bons anos que não pedalo pois o risco no trânsito é enorme.

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