Leitor Ricardo Carvalho na postagem Alerta aos prorietários de kawasaki:
Jeff, acabei de adquirir uma Kawasaki Dtracker 250. Qual óleo vc recomenda, mineral ou sintético? Moro no nordeste, temperatura bem alta na maior parte do ano. E qual o procedimento seguro para mudar de sintético para mineral?
Leitor Alexandre Francisco na postagem Qual o melhor óleo, mineral ou sintético?
Olá Jeff, tudo bem? queria tirar uma dúvida definitiva sobre óleo: Gostaria de saber qual o melhor óleo para usar na minha Bros 2012 flex. O óleo mineral, o sintético ou o semissintético (se forem todos 20W-50). Quando você diz: "o semissintético certamente lubrificará melhor, mas cobrará caro por isso." você se refere a preço mesmo?
Aproveitando para responder a ambos:
Recomendo usar o óleo indicado no manual do proprietário, considerando as recomendações para adequação à temperatura do próprio fabricante no caso da kawasaki.
No Nordeste, caso o manual da DTracker recomende um 15W-40 com aquele gráfico de viscosidades alternativas em função da temperatura da região, certamente eu usaria um óleo 20W-50.
No caso da Bros, da mesma forma eu optaria por um 20W-50, indiferente do tipo de óleo.
Quanto a essa opção por óleo sintético em vez do mineral, ou vice-versa, não haverá problema se a viscosidade for adequada à temperatura (o que não pode é usar um óleo menos viscoso do que o recomendado pelo fabricante).
No caso dessa Bros, o óleo sintético tem que atender à norma JASO MA especificada no manual do proprietário; há óleos sintéticos que farão a embreagem patinar e a condenarão. Se todos são da mesma viscosidade, problema nenhum.
A referência a cobrar caro é em relação ao preço mesmo. A crítica que faço é quanto ao uso de óleos pouco viscosos, como o 10W-30, que até outro dia o fabricante proibia a utilização, e agora liberou geral — esse óleo 10W-30 cobra caro no pior sentido, o de abreviar a vida útil do motor por ser inadequado às temperaturas brasileiras, por exigir monitoração mais frequente do nível, e certeza de usar o nível correto, coisa que muito pouca gente faz.
Os intervalos de troca também precisarão ser respeitados, eles são menores para o óleo mineral e maiores para o sintético, mas eu tenho dúvidas se ele pode ser tão maior quanto os fabricantes falam.
Dificuldade para passar marcha é sintoma de que o óleo não está mais lubrificando tão bem quanto antes, e é um bom critério para saber que já passou da hora da troca. A experiência diária com sua moto lhe dirá se os prazos especificados pelo fabricante são coerentes ou não.
O principal cuidado a tomar na mudança de um tipo para outro é lavar o cárter com o novo óleo para eliminar os restos do óleo anterior. Tipo colocar o novo tipo de óleo, rodar 100 a 200 km e trocar novamente pelo óleo definitivo.
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Leitor Victor Garcia da Silva na postagem Há crises que vêm para o bem:
Espero que a suzuki Inazuma baixe, 16 mil não dá! Gostei da moto, 2 cilindros, arrefecimento a água, vi os testes na imprensa internacional, baita ciclística, falaram muito bem, mas 16 MIL! Numa 250?, mais cara que a Ninjinha?
Pois é, Victor... o coerente seria entrar no mercado em uma faixa de preços um pouco acima da Fazer, uma monocilíndrica de mesma cilindrada que é referência no mercado. O preço pouco superior se justificaria pelo motor bicilíndrico, seis marchas e arrefecimento líquido.
Hoje a Fazer está a 12 690 reais e a Next está a 12 790. A primeira tem arrefecimento a óleo e a segunda tem arrefecimento a água, e ainda assim o pessoal não está vendendo a um preço superior à concorrente. E ambas ainda estão caras em relação ao mercado internacional.
Curiosamente, não há motos equivalentes à nossa Fazer na Colômbia:
Imagem: Imagem: http://www.incolmotos-yamaha.com.co/site/Productos/UrbanasTrabajoyDeportivas/
O modelo que eles chamam de Fazer por lá, assim como a FZ, são motos 150 vendidas por 6 100 000 pesos colombianos (6 710 reais brasileiros). Já a SZ-R,outra 150, sai por 4 400 000 pesos (4 840 reais).
Tenho a impressão que assim que acabar o oba-oba de modelo novo, com a atual crise de vendas, o preço da Inazuma ficará mais próximo, senão eles perderão vendas.
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Leitor Nilson Nelson na postagem Bateria equivalente não é bateria igual:
De quanto em quanto tempo devemos trocar a batera da moto?
A vida de uma bateria varia muito em função do fabricante, condições de uso e vícios do piloto.
Eu me policio para desligar o farol antes de desligar o motor, e desligar a chave assim que desligo o motor (normalmente desligo pelo corta-corrente e depois pela chave). Isso evita ficar consumindo corrente via luz de freio durante as manobras para estacionar a moto.
Também evito desperdiçar partida elétrica, antes de dar partida sempre verifico se o corta-corrente está na posição correta, uso o afogador sempre, e nos dias um pouco mais frios eu já aumento a rotação de marcha lenta antes da primeira tentativa de ligar o motor, isso garante que ele funcione de primeira.
Fazendo tudo isso, a vida dessa última bateria tem sido bastante satisfatória, já vai ultrapassar os 3 anos.
Qualquer coisa acima de 3 anos já está bom, mas não desista da bateria na primeira vez que ela falhar. O problema pode estar no sistema de carga falhando em carregar a bateria, nesse caso uma recarga e a substituição da peça defeituosa pode fazer com que ela volte ao normal por mais um ano ou dois.
Um abraço a todos, e obrigado por acompanharem o blog,
Jeff
Ricardo Carvalho comentou no facebook:
ResponderExcluirO manual da Dtracker com relação ao óleo do motor é praticamente igual ao da ninja. Acontece que o manual dá um prazo de 12.000 km pra trocar. Acho esse prazo muito longo mesmo. Prefiro não arriscar. Vi em outra reportagem que a gasolina brasileira, com álcool e muitas vezes adulterada como a gente sabe, diminui a viscosidade do óleo antes do tempo. Essa informação procede? Valeu!
Olá, Ricardo! Transcrevo uma frase de um estudo técnico sobre o uso de álcool em combustíveis que encontrei na internet: " It is also well known that burning biofuels in an engine may create a harsher environment for the lubricating oil and to increase rate of its degradation", ou seja: "Também é bem conhecido que a queima de biocombustíveis em um motor pode criar um ambiente mais severo para o óleo lubrificante e aumentar a taxa de sua degradação." Várias coisas interessantes no artigo em http://biotreth.eu/state-of-art/
Um abraço,
Jeff